Você está na página 1de 14

Avaliação Mediadora: Uma

prática em construção da pré-


escola à Universidade

Jussara Hoffmann
 Alguns defendem a avaliação como se ela
significasse a resolução de todos os
problemas educacionais, outros atacam,
desconsiderando o importante papel de
informação e orientação para melhoria do
ensino.
 È difícil entender, porque se relaciona a
aspectos metodológicos mais específicos,
ligados a definição de critérios, elaboração
de instrumentos, formas de análise e
interpretação de resultados.
 Avaliar é confundido com medir – origem
histórica da avaliação.
 Notas (medida) tem provocado desvios
significativos, pois classifica alunos, é é
um estigma de não revelar o potencial dos
alunos.
 A avaliação não está integrada ao
processo dinâmico de ensino
aprendizagem, por isso traz uma série de
malefícios à construção do conhecimento
por parte do aluno e do próprio professor
 Avaliações Tradicionais – avalia a fração do
conhecimento, valoriza aquilo que o aluno
lembra do que lhe foi transmitido do que àquilo
que ele pode fazer com o que aprendeu.
 Esse método supervaloriza o conhecimento já
constituído em detrenimento às formas pelas
quais novos conhecimentos podem ser gerados.
 A nota final, conceito, passa a ser o objetivo
principal, deixando em segundo plano a
construção do conhecimento.
 Característica: discriminação, exclusão e
seleção – notas para filhos excelentes =
presentes.
 A avaliação não tem como objetivo
classificar ou selecionar. Fundamenta-se
nos processos de aprendizagem, em seus
aspectos cognitivos, afetivos e relacionais;
fundamenta-se em aprendizagens
significativas e funcionais que se aplicam
em diversos contextos e se atualizam o
quanto for preciso para que se continue a
aprender.
 Deve-se avaliar o que se ensina
Formas de avaliação
 Avaliação Inicial: avaliar para conhecer o aluno
e ensinar melhor.
 Avaliação Final: avaliar ao finalizar um
determinado processo didático.
 Se a avaliação contribuir para o
desenvolvimento das capacidades do aluno,
converte-se em ferramenta pedagógica que
melhora a aprendizagem do aluno e a qualidade
de ensino – sentido definitivo de um processo
de avaliação formativa.
Finalidade da avaliação
 Conhecer melhor o aluno: competências curriculares,
estilo de aprendizagem, interesses, técnicas de trabalho
– avaliação inicial.
 Constatar o que está sendo aprendido: recolher
informações, aplicar outros procedimentos
metodológicos, julgar o grau de aprendizagem.
 Adequar o ensino aos que apresentam dificuldades.
 Julgar globalmente o processo ensino aprendizagem.
 Refletir sobre a função dos objetivos
 Tradicionalmente há um terceiro elemento, além
de planejamento e processo de ensino: a
aprendizagem produzida nos alunos.
 A informação sobre os resultados obtidos leva
ao replanejamento dos objetivos e conteúdos,
atividades didáticas, materiais e
relacionamentos.
 Segundo Hoffmann, avaliar é dinamizar
oportunidades de ação-reflexão; reflexões
acerca do mundo.
 A avaliação deve ser: contínua, formativa e
personalizada.
 O PPP (Projeto Político Pedagógico) e a
análise dos índices de aprovação das
escolas, mostram que deve haver uma
conjugação dos conceitos de educação/
ensino aprendizagem e avaliação.
 A prática pedagógica no que se refere a
avaliação, deixa muito a desejar. Apesar
de tantas informações sobre o sistema de
avaliação, ainda permanecem com
posicionamentos seculares, construído o
contexto avaliativo à sua revelia
 Entender por avaliação os tipos de provas, de
exercícios, de testes, de trabalhos, etc, não
compreendem a avaliação como processo de
aprendizagem.
 Falar de avaliação no âmbito de educação escolar leva
a pensar na sua função, o papel social do professor, a
razão da existência da escola. Traz a discussão sobre a
inclusão e exclusão, privilégios e direitos, direitos e
obrigações, instrução e formação, que alunos queremos
formar, que escola estamos construindo para a nossa
sociedade.
 O sistema educacional apoia-se na avaliação
classificatória, verifica a aprendizagem ou competências
por medidas, de quantificações, das quais os alunos não
respondem ao conjunto de disciplinas e excluem-se do
processo de escolarização.
 A avaliação não é um processo parcial e nem linear.
 Transformar a prática avaliativa significa
questionar a educação desde as suas
concepções, seus fundamentos, suas
organizações, suas normas burocráticas.
Significa mudanças conceituais, redefinição de
conteúdos, das funções docentes entre outras.
 A reestruturação interna da escola necessita de
avaliação contínua, formativa no
desenvolvimento integral do aluno.
 Estabelecer um diagnóstico correto para cada
aluno e identificar as possíveis causas de seus
fracassos e/ou dificuldades visando uma maior
qualificação e não somente a quantificação da
aprendizagem.
Avaliação Formativa
 Não tem como objeto classificar ou
selecionar.
 Fundamenta-se nos processos da
aprendizagem, em seus aspectos
cognitivos, afetivos e relacionais.
 Princípio fundamental: avaliar o que se
ensina.
Características
 A avaliação deve ser contínua e integrada ao
fazer diário do professor: evitar medidas,
registrar observações.
 Avaliação deve ser global: tendo em vista as
capacidades do aluno: cognitiva, motora,
relações interpessoais, e de atuação.
 Avaliação deve ser formativa: concebida como
um meio pedagógico.
 Se avaliar é sinônimo de melhorar, essa
melhoria se refere ao aluno, ao currículo,
ao professor e, em definitivo... À
ESCOLA.

Você também pode gostar