Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Garantia de Escoamento
AGENDA:
Hidratos;
Parafinas;
Incrustação;
Asfaltenos.
Hidratos
Contextualização;
Como são formados;
Envelope de fase;
Problemas;
Prevenção.
Garantia de Escoamento
Contextualização:
O conceito de garantia de escoamento é apresentado como sendo um
conjunto de estratégias relacionadas à previsão, prevenção, mitigação e
remoção de outros depósitos que podem interromper ou reduzir a
capacidade de escoamento de um sistema de produção de petróleo.
Hidratos
Contextualização:
Os hidratos são compostos cristalinos com aspecto similar ao do gelo, em
que as moléculas de água envolvem as moléculas de gás.
Um problema característico de uma linha de produção ou transporte de gás
é a formação dos hidratos, sob certas condições de temperatura e pressão, e
podem ocasionar riscos de segurança para o sistema de produção ou
transporte, portanto é necessário tomar medidas preventivas a fim de
garantir o escoamento nestas linhas.
Hidratos
Contextualização:
Hidratos
Contextualização:
Devido ao avanço das explorações de petróleo em águas profundas,
aumenta-se a profundidade e com isso aumenta-se a possibilidade de
formação de hidrato nas linhas de produção. A formação de hidrato pode
causar muitos problemas para a produção, dificultando o escoamento,
gerando danos aos equipamentos, perda de produtividade, parada na
produção e obstrução nas linhas de exportação.
Hidratos
Envelope de fase
A região na qual o hidrato é estável termodinamicamente se localiza acima
ou à esquerda de cada curva, uma para cada valor de densidade de gás,
assim, cada curva é função basicamente do tipo de gás.
Envelope de fase
Região
estável
Hidratos
Envelope de fase
Esta região estável é a região na qual ocorre a formação do hidrato, e
observa-se que em condições tipicamente operacionais de produção, ou
seja, baixas temperaturas e altas pressões, coincidem com a região de
formação de hidratos.
De modo a evitar que isto aconteça, devem-se mudar as condições de
equilíbrio termodinâmico, deslocando o envelope do hidrato para a
esquerda, de forma a tornar a região estável em condições ainda mais
severas de temperatura e pressão; retardar ou perturbar o aparecimento dos
primeiros cristais de hidrato; retirar parte da água presente no óleo e isolar
termicamente o duto.
Hidratos
Problemas:
Os hidratos geralmente se depositam em regiões de curvas e pontos baixos
na tubulação, conexões e válvulas, pois são regiões com maior acúmulo de
água.
Os problemas operacionais causados pelo acúmulo de hidratos podem ser:
Entupimento das linhas de kill e choque;
Obstrução do espaço anular abaixo do BOP;
Prisão da coluna de perfuração devido à formação de hidratos no riser;
Dificuldade na abertura ou fechamento das gavetas do BOP;
Parada na produção;
Perda de produtividade.
Hidratos
Prevenção:
A prevenção da formação de hidrato visa impedir que ocorram os
problemas listados, e existem diversas técnicas, como:
Desidratação do gás (reduzir concentração de água);
Isolamento térmico;
Injeção de inibidores termodinâmicos;
Injeção de inibidores cinéticos;
Injeção de anti-aglomerantes.
Hidratos
Inibidores Termodinâmicos:
São aditivos capazes de deslocar a curva do envelope de fase do hidrato para
a esquerda de modo a tornar as condições de estabilidade mais severas e
portanto mais difíceis de serem atingidas. Seu principal objetivo é reduzir a
atividade da água, ou seja, reduzir a quantidade de água livre na mistura.
Hidratos
Inibidores Termodinâmicos:
Vantagens:
Redução na temperatura de formação do hidrato;
Funcionam com qualquer mistura de hidrocarbonetos;
Funcionam tanto na fase vapor como na fase líquida;
Desvantagens:
Necessitam de grandes quantidades para funcionarem;
Requerem grande estoque e sistema de bombeamento;
Podem apresentar incompatibilidade com outros produtos químicos;
Podem causar precipitação de sais na água produzida.
Hidratos
Inibidores Cinéticos
São polímeros solúveis em água e reagem com glicóis e álcoois de alto peso
molecular. Estes aditivos diminuem a taxa de crescimento de cristais de
hidrato. Seu modo de operação ocorre na fase aquosa.
Vantagens:
Possui relativa insensibilidade a fase de hidrocarbonetos, podendo ser utilizado
em uma ampla gama de hidrocarbonetos.
É um inibidor de baixa dosagem.
Desvantagens:
Sua ação só ocorre em condições de subresfriamento baixo, o que limita sua
utilização em águas profundas.
Seus benefícios são limitados a paradas de produção.
Hidratos
Inibidores Antiaglomerantes:
São basicamente polímeros e surfactantes, de baixa dosagem.
São utilizados para prevenir plugs de hidratos. Os inibidores
antiaglomerantes permitem que se formem pequenos cristais de hidratos e
bem dispersos na fase óleo. A eficiência deste inibidor depende do tipo de
óleo, da salinidade da água e do corte de água.
Vantagens:
Facilitam o transporte dos cristais já formados.
São de baixa dosagem.
Não sofrem com influência de baixa temperatura e alta pressão.
Desvantagens:
Ineficaz com o aumento da concentração de sais.
Apresenta toxidade.
Hidratos
Isolamento térmico:
O principal objetivo do isolamento térmico é manter as temperaturas fora
do envelope de hidratos por mais tempo. O isolamento pode ser aplicado
em cada parte do sistema de produção, como:
Poço, através do tubo de isolamento a vácuo (V.I.T), ou fluido de completação
gelificado;
Equipamentos submarinos, através de aplicação de espuma sintética;
Flowline e Risers.
Hidratos
Parafinas:
São compostas de uma mistura de hidrocarbonetos saturados de elevado peso
molecular;
Apresentam cadeias lineares, ramificadas ou cíclicas cujos componentes se unem
por meio de ligações simples;
São oficialmente chamados de alcanos;
Quanto maior o tamanho da parafina, maior seu ponto de fusão e por consequência
mais facilmente será a sua deposição nas paredes internas do duto;
Condições de temperatura e pressão são fatores que no processo de deposição de
parafina.
Parafinas
Parafinas:
A temperatura na qual começa a ocorrer a cristalização dando origem a fase sólida é
chamada de TIAC (Temperatura Inicial de Aparecimento de Cristais) ou ponto de
névoa. A TIAC também é considerada como o ponto em que ocorre o limite máximo
de solubilidade, que causa a precipitação dos cristais.
Com a redução na temperatura e aumento da viscosidade do fluido que está
escoando, pode-se interpretar o perfil térmico de modo a evitar que se chegue ao
ponto de névoa.
A determinação da TIAC pode ser feita por meio de ensaios em laboratório como
calorimetria diferencial de varredura (DSC) e por meio de processos
termodinâmicos, ou seja, representa a verdadeira temperatura em que as fases
líquida e sólida estão em equilíbrio para uma dada pressão.
Parafinas
Parafinas:
Ressalta-se que cada composição de óleo terá uma TIAC diferente, pois a
cristalização depende da taxa de resfriamento, da composição da parafina e das
condições de escoamento.
A precipitação e a cristalização de parafinas de elevado peso molecular formam um
gel composto por cristais de parafinas imerso na fase líquida (óleo).
A temperatura na qual o comportamento da fração de sólido torna-se predominante
em relação a fase líquida é chamada temperatura de gelificação, e é determinada por
ensaios reológicos.
Outro fator importante no estudo de parafinas é o ponto de fluidez, ou seja,
temperatura mínima em que o petróleo ainda é capaz de escoar e indica o inicio da
formação do gel no óleo sob resfriamento.
Parafinas
Incrustação:
A incrustação é causada pelo acúmulo de sais inorgânicos de baixa solubilidade
em água na parede interna do duto. É formada devido a fixação de substâncias
em suspensão e precipitação de sólidos dissolvidos que se tornam sólidos
insolúveis com o aumento da temperatura.
Pode ocorrer em diferentes locais, como: formação, canhoneados, espaço anular,
tubo de produção, equipamentos de subsuperfície e de superfície, e sistemas de
injeção de água.
Incrustação
Incrustação, problemas:
A incrustação causa problemas como perda de carga nas linhas de produção,
redução do diâmetro externo ocasionando prejuízos, redução da vazão, custos
operacionais de intervenção e limpeza.
Incrustação
Incrustação, remoção:
Remoção química: consiste na seleção correta do agente químico que será
aplicado para promover a remoção da incrustação. Geralmente é o primeiro
método e o de menor custo.
Inibição com ácidos ou quelantes, com o objetivo de dissolver a matriz
ocorrendo a adsorção do inibidor. Carbonatos são solúveis em meio ácido
(remoção feita com soluções de ácidos). Sulfatos são solúveis em meios
alcalinos (remoção através de quelantes).
Remoção mecânica: englobam uma gama de ferramentas e técnicas aplicáveis na
coluna de produção e nos canhoneados levando em consideração a preservação
na integridade do duto, eficácia de remoção e capacidade de avançar no duto.
Podem ser usadas técnicas como: perfuração e trituradores de aço.
Asfaltenos
Asfaltenos:
São frações de petróleo de elevada massa molecular que possui uma fração
insolúvel em hidrocarbonetos parafínicos de baixo ponto de ebulição, mas
solúvel em hidrocarbonetos aromáticos.
Pode estar solúvel no óleo ou se precipitar devido a alterações no equilíbrio.
Os asfaltenos tendem a precipitar com o aumento da pressão, pois com isso
ocorre um aumento no volume relativo de componentes leves, levando a um
aumento na diferença entre o parâmetro de solubilidade do óleo e dos
asfaltenos. Abaixo do ponto de bolha eles são mais solúveis devido à evaporação
dos componentes mais voláteis.
Asfaltenos
Asfaltenos:
Estudos indicam que pode ocorrer precipitação de asfaltenos de forma
espontânea no reservatório levando a formação de nanopartículas, e está
relacionado à produção/recuperação do petróleo, principalmente devido a
variação de temperatura e pressão. Causando mudanças na molhabilidade e
reduzindo a permeabilidade absoluta da rocha reservatório.
Uma das razões mais frequentes para a ocorrência deste fenômeno é a injeção de
gases (CO2,N2, gás natural e frações leves) nos processos de recuperação
avançada ou métodos especiais de recuperação de petróleo.
Asfaltenos