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Higiene e conforto

• O enfermeiro proporciona conforto e bem estar ao utente; capacita


outros membros da equipa para esta tarefa.
Aspectos gerais da higiene
• A noção de higiene não estava presente na cultura da humanidade
até há alguns séculos atrás.
• Os povos de origem européia, por exemplo, não tinham o hábito de
asseio que se tem nos dias actuais.
• Nos séculos XIX e XX, com a descoberta de que vários micróbios
causam doenças, a higiene se tornou fundamental à manutenção da
saúde e a prevenção de infecções.
Conceito de Higiene
• A palavra higiene é de origem grega, que significa hygeinos - o que é
saudável.
• É derivada de Hígia - Deusa Grega da saúde, limpeza e sanitariedade.
• Tornou-se um ramo das ciências da saúde que visa a prevenção de
doenças.
• É um conjunto de conhecimentos e técnicas para prevenir doenças
infecciosas usando métodos de limpeza.
Importância da Higiene
• O utente, em geral, tem seus mecanismos de defesa comprometidos pela
própria doença, tornando-se mais vulnerável às infecções.

• A pele é constituída por células que se renovam e descamam


continuamente.
• Por isso, diversos tipos de sujidades aderem a pele com facilidade. Assim,
os microrganismos se multiplicam intensamente em toda a sua superfície
• Portanto, ao assegurar a integridade e a higiene da pele e da mucosa do
utente é favorecido que estas funcionem como barreiras mecânicas aos
microrganismos.
Tipos de Higiene
Tipos de higiene

 Higiene Mental:
• Observe o quadro
ao lado e identifique
três características
que marcam o seu
dia a dia.

• Guarde só para você


e avalie como está
sua saúde mental.
Higiene pessoal
• É um conjunto de hábitos de limpeza e asseio com que cuidamos do
corpo.
• Lavar o corpo, as roupas, os utensílios, as habitações, diminui
sensivelmente o risco de infecção por fungos, bactérias e vírus.
• A higiene corporal abrange a pele, as mucosas, cavidade oral, unhas
compondo todas as atividades para conservar a saúde e o bem-estar
do utente e prevenir infecções.
• Por ser um fator de importância no dia a dia, acaba por influenciar no
relacionamento inter social.
Meios de promover a higiene
pessoal
• Higiene Oral
• Lavagem da cabeca
• Lavagem dos genitais
• Banho na cama
• Banho no Chuveiro
• Banho de Imersao
Benefícios da higiene pessoal
do utente
• Promove a higiene corporal e da pele;
• Proporciona a sensação de conforto e bem-estar;
• Estimula a circulação sanguínea;
• Mantém o utente com uma aparência saudável;
• Auxilia na prevenção de escaras por decúbito;
• Previne o aparecimento e a propagação de infecções;
Meios de promover a higiene
pessoal
• Banho diário com água e sabonete neutro.
• Assepsia: uso de desodorizante é bastante útil. No entanto devem ser
evitados os que inibem a produção de suor, podendo assim aumentar
a transpiração em outros locais do corpo – transpiração
compensatória.
• Lavagem das mãos: sempre que necessário, antes das refeições, antes
do contacto com os alimentos e depois de utilizar a casa de banho.
• Manter as unhas cortadas e limpas.
Meios de promover a higiene
pessoal
• Higiene oral: Os dentes e a boca devem ser escovados depois da alimentação,
usando um creme dental com flúor.
• A higiene inadequada dos dentes dá origem à cárie dentária, que pode ser
causa de inúmeras doenças.
• Água potável: beber água filtrada, fervida ou mineral.
• Alimentação equilibrada, com alimentos naturais (se possível) e que encontrem-
se em melhores condições de conservação.
Higiene Mental
• É a necessidade que o ser humano tem de aliviar, limpar seus pensamentos,
buscando manter-se com idéias positivas e otimistas;

• A higiene mental previne conflitos sociais e doenças psicossomáticas, mantendo


o utente sereno, tranquilo, cooperativo;

 O enfermeiro pode contribuir com a higiene mental do utente possibilitando ou


estimulando actividades que o mesmo sinta-se bem em realizar:
• Rezar, ouvir música, ler, jogar, pintar, escrever, receber uma massagem e
outros.
Higiene colectiva
• É o conjunto de normas de higiene implantadas por um grupo ou comunidade
para evitar doenças e preservar a vida de todos.
• Cada um se preocupa com a sua higiene e com a higiene do meio que lhe rodeia.
• Por exemplo: A higiene do quarto do utente.
• Vai depender dos cuidados de higiene de cada utente:
• Colocar o lixo no lixo;
• Evitar restos de alimentos na mesa de cabeceira;
• Expectorar em local apropriado;
• Solicitar troca de roupas sempre que sujo ou molhado;
• Manter seu espaço organizado.
Higiene Ambiental
• Consiste na limpeza dos ambientes naturais, como rios, mares, florestas, terrenos
urbanos e rurais;
• O espaço externo do hospital, por exemplo, constitui um espaço de higiene
ambiental:
• Manter limpo;
• Isento de lixo comum e lixo infeccioso;
Dicas gerais de higiene
• A higiene do ambiente deve ser diária, com reforço semanal mais
cuidadoso;
• Observar a presença de insetos e providenciar o controle;
• Não deixar restos de alimentos na cozinha;
• Manter janelas e portas abertas sempre que possível e livres de
poeiras;
• Lavar as mãos sempre que sujas, ao sair da casa de banho, antes das
refeições;
• Lavar frutas e verduras com água e sabão;
Dicas gerais de Higiene
• Evitar levar o dedo na boca, nariz, olhos e ouvidos; Faça a limpeza
dessas área na casa de banho.
• Não roer as unhas;
• Espirrar ou tossir protegendo a boca e o nariz com a mão em concha;
Em seguida lavar as mãos;
• Tomar banho diário;
• Lavar cabeça e couro cabeludo pelo menos 2 a 3 vezes por semana;
• Escovar os dentes ao acordar, a cada término de refeição e antes de
dormir.
Higiene oral
• A higiene oral reduz a colonização local, sendo importante para
prevenir e controlar infecções, diminuir a incidência de cáries
dentárias, manter a integridade da mucosa bucal, evitar ou reduzir a
halitose;
• Deve ser feita pela manhã, após as refeições e antes de deitar.
Higiene oral do utente activo
• É realizada pelo próprio utente;
• O enfermeiro deve solicitar o material aos familiares;
• Aproveitar a estadia do utente no hospital para observar a escovação,
ensinando a técnica correta quando necessário e a importância da
troca de escova a pelo menos cada 2/3 mêses.
• Orientações dadas pelo enfermeiro
• Escove as superfícies voltadas para a bochecha dos dentes superiores e, depois, dos
inferiores (1).
• Escove as superfícies internas dos dentes superiores e, depois, dos inferiores (2).
• Em seguida, escove as superfícies de mastigação.
• Para ter hálito puro, escove também a língua, local onde muitas bactérias ficam alojadas (3).
Higiene oral do utente com
limitações
• O acompanhante pode ser orientado para realizar a higiene oral,
desde que o utente esteja consciente;
• Este deve ser preparado para o procedimento correcto, inclusive o
uso de EPI;
• O enfermeiro deve observar os primeiros procedimentos até certificar
as condições de realização pelo acompanhante;
• Caso a higiene oral seja realizada pelo acompanhante, o enfermeiro
não deve deixar de tomar conhecimento sobre os horários de
realização, as condições da mucosa oral do utente, ressecamento dos
lábios, sangramento e outros.
Higiene oral do utente
inconsciente
• Em pacientes inconscientes compete ao enfermeiro lavar-lhe os
dentes,gengivas, bochechas, língua e lábios com o auxílio de uma
espátula envolvida em gaze umedecida em solução dentifrícia ou
solução de bicarbonato.

• Após verificação, se necessário, aplicar um lubrificante nos lábios para


prevenir rachaduras que facilitam a penetração de microrganismos,
infecção e dificultam a alimentação.
Higiene oral do utente

• Material necessário:
• Copo com água;
• Escova de dentes ou
espátula montadacom
algodão ou compressa;
• Pasta dentífrica;
• Cuvete ou copo
descartável;
• Toalha de rosto;
• Vaselina (protecção dos
lábios)
Higiene oral do utente
• EPI necessário:
• Luvas de procedimento;
• Máscara;
• Óculos;
• Avental plástico.

• A toca também é importante para evitar


salpicos no cabelo do trabalhador
BANHO NO LEITO
• Banho

• Consiste na remoção da sujidade do corpo do utente a fim de


proporcionar conforto, estimular boa circulação e manter a aparência
saudável.
Benefícios do banho
• O banho é um factor importante para o utente na sua recuperação,
no seu conforto, no seu bem-estar, ajuda na circulação e, também,
limpa a sujidade da pele como o suor, urina, fezes, secreções.
• No banho o utente fica mais exposto, assim com sutileza, o
enfermeiro avalia a pele, cabelos, unhas e a higiene oral.
• A observação da pele inclui a cor, temperatura, hidratação, edema e
vermelhidão, que podem ser indicativos de aparecimento de futuras
escaras.
Banho no leito
• O banho no leito é somente para os utentes acamados que não
apresentam condições para o banho de chuveiro.

• Material necessário:
• Roupa para mudar (dois lençóis, uma fronha), toalha de banho e pijama;
• Biombo, saco para roupa suja;
• Bacia, balde com água morna, balde para água suja, sabão (peça o de uso do
utente), compressas, arrastadeira ou urinol;
• Produtos pessoais: desodorizante, perfume e outros.
• EPI necessário:
• Luvas de procedimento;
• Máscara;
• Óculos;
• Avental plástico.

• A toca também é importante para evitar salpicos no cabelo do trabalhador.


Importante
• A aceitação do utente ao banho;
• Condições do cabelo e couro cabeludo;
• Condições da face (olho, nariz, ouvido, boca, lábios);
• Condições da pele (sinais de dermatite, de pressão ou escaras);
• Condições das unhas;
• Higiene íntima: corrimento, vermelhidão, perdas involuntárias de urina ou fezes.
Lavagem dos cabelos e do couro
cabeludo
• O couro cabeludo é a pele que reveste o crânio e que possui cabelo.
• É diferente das demais peles por dois motivos:
• Abaixo desta pele existe uma estrutura muito vascularizada;
• Grandes sangramentos ocorrem em ferimentos neste local, que devem
necessariamente ser suturados para evitar a formação de hematomas.

• O tecido do couro cabeludo fino, friável e altamente vascularizado é chamado de


Gálea.
• Os ferimentos contusos apresentam grandes hematomas, e muitos recém-
nascidos nascem com bossa, ou seja, hematomas abaixo do couro cabeludo e
acima do crânio.
Lavagem dos cabelos e do couro
cabeludo
• Consiste na lavagem dos cabelos e do couro cabeludo, promovendo a
limpeza, bem estar, o relaxamento e a sensação de conforto do
paciente acamado.
• A higiene do couro cabeludo é necessária para prevenir lesões,
estimular a circulação sanguínea e evitar o aparecimento de piolhos,
sendo importante também para a estima pessoal.
• Em geral, é realizada 2 a 3 vezes por semana, pois o acúmulo de
seborréia e caspa causa prurido e desconforto no utente.
• Antes de iniciar o procedimento, certifique-se de que não haja contra-
indicações ou prescrição de cuidados especiais, como nos casos de
utentes graves, submetidos a cirurgias de cabeça e pescoço ou com
traumatismo raquimedular.
• Previamente à lavagem, proteger os ouvidos do utente com algodão,
visando evitar a entrada de água.
• Para facilitar o procedimento e evitar a fadiga, o utente deve ser
posto em decúbito dorsal, com um travesseiro ou coxim sob os
ombros; a cama deve estar forrada com oleado impermeável e toalha,
e a bacia mantida sob a cabeça
• No intuito de propiciar conforto ao utente, moderar, no enxágue, a
quantidade de água, mas cuidar para que todo o sabão/shampoo seja
removido. Este é oferecido pelo utente ou familiar.
• Realizar movimentos de fricção do couro cabeludo com a ponta dos
dedos (nunca com as unhas) para estimular a circulação.
• Após a lavagem, retirar o excesso de água dos cabelos com a toalha e
providenciar a secagem.
• Pentear, quando o utente estiver impossibilitado.
Higiene das mãos e das unhas
• Trata-se de cuidados simples da lavagem das mãos. As mãos são
vectores que favorecem a contaminação. As unhas são receptoras de
numerosas bactérias.
• Propor ao utente para lavar as mãos ao sair da casa de banho, antes e
depois das refeições, antes de tomar medicamentos, antes de se
deitar e de acordo com as suas necessidades.
• Lavar as mãos com um sabão neutro, incluindo os espaços
interdigitais, a palma e as costas da mão e embaixo das unhas.
• Enxaguar e secar em toalha pessoal.
• Manter as unhas aparadas, retas.
• O álcool glicerinado pode estar ao alcance do utente para a higiene
das mãos;
• Este substitui a lavagem das mãos com água e sabão desde que as
mãos não estejam visivelmente sujas.
• Deitar cerca de 5ml do produto na palma de uma das mãos e
friccionar na região palmar e dorsal das mãos, espaço interdigital,
dedos, unhas.

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