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Reforma de Hidráulica

do Edifício-Sede
Economia de Água

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO


Edifício-Sede
INTRODUÇÃO
O consumo a seguir apresentado é divido em:
• Consumo efetivamente; e
• Perdas do sistema (vazamentos).
As perdas no sistemas são de difícil estimativa, pois
requerem testes que ensejam na paralização do
fornecimento de água.
Para fins de cálculo, portanto, desconsiderou-se as
perdas do sistema.

Fonte: http://www.cetenco.com.br/images/thumbs/cetenco-plaza-4_red_thum
Histórico de Consumo de Água

onte: Contas de água da Sabesp


3500

Histórico do Consumo de Água (2019)


3059
3000
2795 2802 2795 2762
2695
2658
2593 2593 2593
2540
2499
2500 2410 2405
2300
Consumo de água (m3)

2000

1500

1000

500

0
Jan-19 Feb-19 Mar-19 Apr-19 May-19 Jun-19 Jul-19 Aug-19 Sep-19 Oct-19 Nov-19 Dec-19 Jan-20 Feb-20 Mar-20
Período (meses)
Fonte: Contas de água - Sabesp
USOS FINAIS DA ÁGUA
No trabalho “Usos finais de água em edifícios públicos”¹, foram analisados os usos finais da água
em 10 edifícios públicos de diferentes tipologias.
USOS FINAIS DA ÁGUA
Neste estudo, o Tribunal de Justiça é o edifício que mais se assemelha ao Tribunal Regional Federal
da 3ª Região em relação ao consumo de água, tipo e quantidade de aparelhos sanitários e
arquitetura.
USOS FINAIS DA ÁGUA
Outros estudos mostram diferentes percentuais dos usos finais da água potável em diversos
edifícios.
• No artigo “As bacias sanitárias e as perdas de água nos edifícios”², lê-se: As bacias sanitárias são
frequentemente apontadas como as responsáveis pelo maior índice de consumo de água em
edifícios, com valores variando de 32% a 40% (GRISS, SHOULER, 1994; SHOULER, THOMAS,
2000; LEAL, 2000).
• O estudo “Usos finais de água potável em edifícios de escritórios localizados em Florianópolis”³
apresenta a tabela a seguir, com valores variando de 52,3% a 82,3% para as bacias sanitárias e
8,9% a 37,8% para as torneiras.
• Considerando os estudos acima, estima-se que 50% do consumo de água seja das bacias
sanitárias.
USOS FINAIS DA ÁGUA
EQUIPAMENTOS
Situação atual:
• Bacia com válvula de descarga (Hydra Max –
consumo de 10 a 18 litros por uso);
• Torneira com fechamento automático.
EQUIPAMENTOS
Após projeto:
• Bacia com caixa acoplada com duplo acionamento
(consumo de 3 a 6 litros por uso).
• Torneira com fechamento automático (pressão ou
sensor de movimento).

A bacia da caixa acoplada é portanto 40% a 70% mais


econômica
Tubulação de esgoto
8º andar

Equipamentos
Entre outros problemas, são cada vez
mais frequentes os vazamentos, em todos
os andares.
Tubulação de esgoto
8º andar

SITUAÇÃO ATUAL
Caso o vazamento atinja o forro, há risco
de repentino rompimento. Como
consequência, o sanitário do andar abaixo
também será interditado para reparos.
As tubulações de esgoto são de ferro fundido, material que deixou de ser utilizado nos
novos projetos de edificações. Os reparos tornam-se cada vez mais difíceis, sendo
inevitáveis os remendos e adaptações, que aumentam os riscos de novos vazamentos.
As tubulações de água
limpa são de aço
galvanizado, também
afetadas pela oxidação.

Como a tubulação é
embutida nas paredes, os
reparos são custosos e
demorados, causando
graves transtornos aos
usuários, além de
produzir entulho e poeira.
A forma como os registros
foram distribuídos no
projeto original exige que
até sete andares sofram
interrupção no fornecimento
de água para reparos de um
único banheiro.
A extensão da interrupção
do fornecimento de água e a
necessidade de remoção de
alvenaria exige que a maior
parte dos serviços seja
realizada à noite ou aos
finais de semana, com
impacto nos custos.
Por vezes, a extensão do dano
se multiplica durante o
conserto, pois a oxidação
fragilizou as paredes da
tubulação.
A simples movimentação (por
exemplo, torção) pode causar
rompimento em seções do
cano embutidas na parede.
Vazamentos de água sob alta pressão podem causar alagamentos de setores inteiros e
afetar também os andares imediatamente abaixo. Não há impermeabilização do piso
dos sanitários, fator de risco adicional em caso de vazamentos.
Outro exemplo concreto
ocorreu em março de
2019, quando um
vazamento na prumada
de água limpa causou
um curto-circuito num
dos elevadores.
O péssimo estado da
tubulação exigiu vários
dias para conserto e o
elevador permaneceu
paralisado por quase
uma semana.
Rupturas nas tubulações que passam pelo
shaft, a depender do volume de água,
também poderiam ter graves consequências.
Em caso de inundação do poço e danos às
bombas de recalque, haveria risco de
suspensão do expediente, por falta de água
para abastecer os sanitários.
A imagem ao lado retrata situação real,
ocorrida em 2019.
Houve falha no anel de vedação do tubo de
subida à caixa d’água, que causou a
inundação do poço. Os motores ficaram
submersos e sofreram danos, bem como o
sistema de proteção e comando.
O funcionamento do prédio foi mantido
graças a medidas de contingência.
O sistema permaneceu em funcionamento
emergencial, com risco de suspensão de
expediente em caso de agravamento dos
danos. Foi necessário monitoramento
permanente, 24h por dia, 7 dias por semana,
até a solução definitiva.
Outros problemas
• Desatendimento às Normas de Acessibilidade (NBR 9050).
• Revestimentos degradados, com diversos remendos e
tonalidades díspares.
• Sistema de descarga com válvula de alto consumo de água
potável e elevado custo de manutenção.
• Válvulas redutoras de pressão inoperantes, aumentando o
risco de vazamentos, diminuindo a vida útil dos metais e
causando travamento de válvulas de descarga.
• Louças e metais degradados.
• Odor desagradável no ralo devido a falhas de
dimensionamento do sistema.
Reforma das instalações hidráulicas
1. Substituição de toda a tubulação 5. Substituição dos
por PVC, PVC-R e PPR. revestimentos (piso e
2. Substituição das válvulas parede).
redutoras de pressão, 6. Substituição de louças e
adequando-as às pressões metais.
especificadas em norma.
7. Atendimento à Legislação
3. Registros individuais em cada de Acessibilidade, com
ambiente, evitando-se a implantação de um sanitário
interdição de áreas não afetadas. PCD por pavimento.
4. Substituição das válvulas Hydra 8. Possibilidade de instalação
por caixas acopladas, resultando de purificadores de água
em grande economia de água. para consumo humano.
Execução
Para mitigar os
inevitáveis
transtornos
causados por uma
obra de grande
porte, a equipe
técnica da Seção de
Edificações elaborou
uma alternativa de
execução por
prumadas.
Etapa 1
Instalação das
prumadas de água
fria.
Obras somente aos
finais de semana.
Os sanitários
permanecerão livres
para uso durante o
expediente normal.
Etapa 1
Instalação das
prumadas de água
fria.
Obras somente aos
finais de semana.
Os sanitários
permanecerão livres
para uso durante o
expediente normal.
Etapa 2
Primeira interdição:
sanitário feminino
(e copa, se Q2/Q4).
Reconstrução dos
sistemas elétrico e
hidráulico.
Substituição de
revestimentos,
louças e metais.
Período: 45 dias.
Etapa 3
Segunda interdição:
sanitários masculino
e privativo.
Reconstrução dos
sistemas elétrico e
hidráulico.
Substituição de
revestimentos,
louças e metais.
Período: 45 dias.
Entrega Exemplo: Q4
Configurações finais
dos pavimentos-tipo.
Quadrante 1:
3 WC + sala técnica
Quadrante 2:
3 WC + copa
Quadrante 3:
3 WC + sala técnica
Quadrante 4:
3 WC
(1 deles para PCD)
Entrega Simulação

Configurações finais
dos pavimentos-tipo.
Quadrante 1:
3 WC + sala técnica
Quadrante 2:
3 WC + copa
Quadrante 3:
3 WC + sala técnica
Quadrante 4:
3 WC
(1 deles para PCD)
Reforma de Hidráulica
do Edifício-Sede
DIRG
Diretoria-Geral

SADI
Secretaria da Administração

UINP
Subsecretaria de Infraestrutura e Administração Predial

DAEG
Divisão de Arquitetura e Engenharia

RDIF
Seção de Edificações

RPRT
Seção de Projetos Técnicos

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