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A EVOLUÇÃO DO DEBATE
AMBIENTAL – DE ESTOCOLMO
À RIO + 20
PONTOS MARCANTES DO DEBATE
Início: década de 60 – diferentes perspectivas
entre países mais e menos desenvolvidos
Desaceleração e crise dos anos 70: Constatações
acerca do alto preço da sociedade de consumo
“Limites do crescimento” e a nova agenda de
discussões
PRINCIPAIS VISÕES SOBRE MA NA DÉCADA
DE 70, SEGUNDO KERRY TURNER (1987)¹
1973:CONVENÇÃOSOBRE COMÉRCIO
INTERNACIONAL DE ESPÉCIES DE FAUNA E
FLORA AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO (CITES)
1974:
CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS
PARA O COMÉRCIO E O DESENVOLVIMENTO
(UNCTAD, México)
EVOLUÇÃO DO DEBATE MUNDIAL SOBRE MEIO
AMBIENTE
1979:
CONVENÇÃO SOBRE POLUIÇÃO
TRANSFRONTEIRIÇA
1982: CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DO MAR
1985:
CONVENÇÃO DE VIENA PARA A PROTEÇÃO
DA CAMADA DE OZÔNIO
1984-87:
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO
AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO
COMISSÃO BRUNTLAND
Criada em 1983 pela ONU para:
1. Propor estratégias ambientais de longo prazo
2. Elaborar propostas que levassem à cooperação
entre países mais e menos desenvolvidos
Elaborar propostas para que a comunidade
internacional pudesse tratar da questão
ambiental
Ajudar a definir noções comuns de longo prazo
sobre as questões ambientais
COMISSÃO BRUNTLAND
“ Em 1982 (...) houve quem desejasse que suas atribuições se
limitassem às questões ambientais. Isso teria sido um grave erro.
O meio ambiente não existe como uma esfera desvinculada das
ações, ambições e necessidades humanas, e tentar defende-lo sem
levar em conta os problemas humanos deu à própria expressão meio
ambiente uma conotação de ingenuidade em certos círculos
políticos. Também a palavra desenvolvimento foi empregada por
alguns num sentido muito limitado, como o que as nações pobres
deviam fazer para se tornarem ricas e por isso passou a ser posta
automaticamente de lado por muitos (...) Mas é no meio ambiente
que todos vivemos; o desenvolvimento é o que todos fazemos ao
tentar melhorar o que nos cabe neste lugar que ocupamos. (...)”
Critérios norteadores:
prudência ecológica,
equidade social,
eficiência econômica
EVOLUÇÃO DO DEBATE MUNDIAL SOBRE
MEIO AMBIENTE
1993
(Viena) Conferência da ONU sobre direitos
humanos
1994(Cairo) Conferência das Nações Unidas sobre
População e Desenvolvimento
1995(Copenhague) Conferência das Nações Unidas
para o Desenvolvimento Social
1995(Berlim) Conferência das partes da convenção
quadro sobre mudanças climáticas
1995(Pequim) Conferência das Nações Unidas sobre
a Mulher
EVOLUÇÃO DO DEBATE MUNDIAL SOBRE
MEIO AMBIENTE
Erradicar a pobreza
(redução pela metade, até 2015, da população sem água
potável e esgotamento sanitário; idem da população que vive
com menos de US$ 1 por dia...)
Mudar os padrões de produção e consumo insustentáveis
Proteger e administrar a base de recursos naturais face ao
desenvolvimento econômico e social
Perseguir o desenvolvimento sustentável num mundo
globalizado
Saúde e desenvolvimento sustentável
...
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
A conferência tem capacidade de mobilização,
mas não consegue implementar metas
Saldo da cúpula: mostrar barreiras e dificuldades
Conjuntura internacional desfavorável: resultado
eleitoral da Europa, ataque aos EUA, super-
exposição do debate ambiental
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Nãoalinhamento dos emergentes (BRICs) em torno
de propostas comuns
Ausências importantes: agentes da utilização dos RN
e organismos internacionais financeiros e de
regulação: OMC, FMI, Banco Mundial...
RIO + 20 – RIO DE JANEIRO, 2012
A Rio+20 foi a 4ª conferência internacional para
discutir a saúde do planeta em seus aspectos
sociais, econômicos e ambientais
Sua agenda foi previamente estabelecida no
zero-draft “The future we want”, documento
composto por 128 parágrafos que versaram sobre
os seguintes temas:
DRAFT ZERO
Reafirmação dos compromissos políticos
assumidos nas conferências Rio 92 e Rio+10
(Agenda 21 e Declaração de Joannesburgo de
Desenvolvimento Sustentável)
Economia verde no contexto do desenvolvimento
sustentável e da erradicação da pobreza
(NA CONSTRUÇÃO DA ECONOMIA
VERDE NÃO É PERMISSÍVEL:)
Criar novas barreiras comerciais
Impor novas condições à ajuda e ao
financiamento internacional
Aprofundar os gaps ou exacerbar a dependência
tecnológica entre mundo desenvolvido e em
desenvolvimento
Restringir o espaço político para que cada país
trilhe seu próprio caminho em direção ao
desenvolvimento sustentável
MEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO
Reafirmação do compromisso por parte dos
países desenvolvidos de atingir 0,7% do PIB em
assistência a países em desenvolvimento até
2015, garantindo de 1,5 a 2% de ajuda aos países
menos desenvolvidos
Reafirmação da importância do fortalecimento da
capacidade científica, tecnológica e de inovação
para a promoção do desenvolvimento sustentável,
bem como da desobstrução de seus canais de
transferência
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TOGEIRO DE ALMEIDA, L. Política ambiental. Uma
análise econômica. São Paulo: Papirus/Unesp, 1998.
BARBIERI, J.C. Gestão ambiental empresarial.
Conceitos, modelos e instrumentos. São Paulo:
Saraiva, 2007.
MEADOWS, D.et al. Limites do crescimento. São
Paulo: Editora Perspectiva, 1972.
UNITED NATIONS. The future we want. Rio+20,
January, 2012 (draft zero).
CAMARGO, A.,CAPOBIANCO,J.P.,PUPPIM, J.A.
(orgs.) Meio ambiente Brasil. Avanços e obstáculos
pós Rio-92. São Paulo: Estação Liberdade, 2002.