sinais • A história pessoal e familiar do paciente precisa ser ampla e profundamente explorada • O encontro com o paciente nunca deve ser transformado num simples recenseamento de dados considerados como objetivos • O comedimento prudente deve ser a regra em termos de prescrição medicamentosa • 1.00 AUTISMO INFANTIL PRECOCE – TIPO KANNER F84.0 Autismo Infantil 1. Início geralmente durante o primeiro ano de vida com presença de manifestações características antes dos 3 anos de idade 2. Associação de: - Transtornos graves do estabelecimento das relações interpessoais e das relações sociais - Alteração qualitativa da comunicação (ausência de linguagem, transtornos específicos da linguagem, déficit e alteração da comunicação não verbal) - Comportamentos repetitivos e estereotipados, frequentemente com estereotipias gestuais, brincadeiras, e interesses restritos e estereotipados - Busca por imutabilidade (constância do ambiente) - Transtornos cognitivos. • 1.01 OUTRAS FORMAS DE AUTISMO F84.1 Autismo atípico Síndrome autística incompleta ou de aparecimento tardio após a idade de 3 anos. • 1.02 AUTISMO COM TID COM ATRASO MENTAL PRECOCE Imbricação de um atraso mental grave presente desde o início com traços autísticos, particularmente crises de angústia aniquiladora associadas a regressões e comportamentos autoagressivos. F84.1 Autismo atípico + F70 A F79 Atraso mental • 1.03 SÍNDROME DE ASPERGER Presença de uma síndrome autística sem atraso do desenvolvimento cognitivo, e sobretudo, do desenvolvimento da linguagem. F84.5 Síndrome de Asperger • 1.10 ESQUIZOFRENIA DA CRIANÇA F20 Esquizofrenia Aparecimento após 4 ou 5 anos de idade, os transtornos psicóticos manifestam-se seja progressivamente, seja a partir de um episódio agudo ou subagudo, se inscrevem em processo evolutivo a longo prazo. Predominam dissociação, discordância, manifestações de angústia psicótica, um retraimento e uma desorganização importante da vida mental com perda rápida de capacidades adaptativas. Manifestações delirantes menos frequentes e mais difíceis de serem evidenciadas. Tomam forma de ideias persecutórias ou de ideias de transformação corporal, fobias estranhas. • 1.11 TRANSTORNOS ESQUIZOFRÊNICOS NA ADOLESCÊNCIA 1.110 Aspectos Prodrômicos F21 Transtorno esquizotípico Diminuição da atenção e das capacidades de concentração Baixa sensível em resultados escolares e de interesses Anedonia Retraimento social; tendência ao isolamento Inversão do ritmo nictemeral; irritabilidade, acessos de violência Pensamento difluente, discurso desafetado, ideias bizarras, megalomania, pensamentos ou gestos suicidas Intensificação regular ao longo de vários meses, associados a uma ansiedade constante, angústia maciça, indizível, quase contínua. Pontos de partida •Hoje, esforços para distinguir os dois quadros clínicos. •Jerusalinsky simplifica: Autismo como falha na função maternal e Psicose, na função paterna. •KANNER (1938): Autismo Infantil Precoce - Incapacidade para estabelecer relações - A linguagem, quando existente no sujeito, não era utilizada para comunicação - Memorização decorada excelente - Reações de horror e angústia a ruídos fortes • A delicadeza da discussão sobre o papel das mães de autistas: as dificuldades daquelas colocadas no exercício de uma função que desconheciam exercer. • FUNÇÃO MATERNA: o lugar de Outro primordial, impelido pelo próprio desejo suporá uma existência que ainda não está lá no bebê; e que por isso mesmo se instalará no sujeito. • Pequenos e recíprocos reconhecimentos • O reconhecimento no olhar, no desejo materno • Pequenas hipotonias e a evitação do olhar serão os primeiros sinais manifestos • Diante da falha da função materna, vem a ausência da imagem do corpo. • FUNÇÃO PATERNA: a psicose se constitui pela foraclusão do Nome-do-Pai, pela expulsão (é isso que quer dizer foraclusão) da metáfora paterna. • 4 tempos, de acordo com Calligaris: - Uma disposição já inscrita no Outro - Algo relativo a 1ª relação com Outro dito materno - O tempo do Édipo - O tempo da latência e a saída na puberdade • O Outro não se estruturou como barrado. A metáfora paterna inoperante não faz a falta, o furo.