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Código Civil

Pessoa Física ou Natural


Disciplina: Legislação Civil e Empresarial
Professor: Diego Marlon
Tópicos

 Código Civil – Conceito e Introdução;

 Pessoa Física ou Natural;

 Nascituro;

 Natimorto;

 Capacidade Civil;

 Emancipação.
Legislação Civil

Conceito:

De acordo com FIGUEREDO (2019), “o Direito Civil pode ser conceituado


como o complexo de normas, princípios e regras que disciplinam as
relações privadas desde antes do nascimento até depois morte do ser
humano”.

Temas como a personalidade, autonomia privada, liberdade negocial,


propriedade, intervenção mínima estatal, intangibilidade familiar, direito
hereditário e solidariedade social e os pontos mais específicos para o nosso
curso, o Direito Empresarial, contratos, bens, pessoas naturais e pessoas
jurídicas etc.
Personalidade Jurídica

A Personalidade Jurídica é a aptidão genérica para


titularizar direitos e contrair deveres na ordem jurídica.
Quem possui é determinado sujeito de direitos.
Afirma BRITO (ADIN 3510) que a personalidade jurídica
consiste na qualidade de ser pessoa, Segundo Orlando
Gomes (2018) é atributo jurídico da pessoa. O pressuposto
dos demais direitos. Sem a personalidade, não se é sujeito de
direitos. A pessoa é uma ente personalizado.
Personalidade Jurídica

Destacamos que o Direito Civil ampara tanto as pessoas físicas quanto


as pessoas jurídicas no mesmo nível de igualdade, capazes de contrair
obrigações e titularizar direitos, mas quando nos referimos aos animais,
por mais alto nível afetivo que tem pelo animal, NÃO SÃO
CONSIDERADOS SUJEITOS DE DIREITOS. No Brasil não recebem nem
doação, nem testamento. Certamente por isso que o sujeito de direito
utilizam do artifício de abertura de uma fundação de amparo aos animais,
para, atingir tal fim.
Pessoa Física ou Natural

É todo ser humano enquanto indivíduo, do seu nascimento até a morte. Essa
designação é um conceito jurídico e se refere especificamente ao indivíduo
enquanto sujeito detentor de direitos e de deveres.
De acordo com FIGUEIREDO (2019, p. 113), o nascimento com vida ocorre
no instante em que principia o funcionamento do aparelho
cardiorrespiratório, clinicamente aferível por várias maneiras. Nesses termos o
recém-nascido adquire personalidade jurídica tornando-se sujeito de direito, mesmo
que faleça depois.
Bom salientar que o código civil faz referência a um único requisito, “nascer
com vida”, não é necessário horas de vida, choro da criança ou 24 horas de
existência, nasceu, respirou, adquiriu a personalidade jurídica.
Pessoa Física ou Natural

Aproveitando a oportunidade e acrescentar a informação


de que após o nascimento há de ser realizado o registro da
pessoa natural. Este se dará no lugar que tiver ocorrido o
parto, ou no local da residência dos pais, dentro do prazo de
15 dias. Tal prazo será ampliado em até 3 meses nas
localidades distantes a mais de 30 km da sede do cartório,
conforme Art. 50 da Lei de Registros Públicos – Lei 6.015/73.
Nascituro

O direito do Nascituro está relacionado a questões


patrimoniais, trata-se daquele sujeito que foi concebido, que
há uma expectativa de vida com seu nascimento, porém
ainda não adquiriu a personalidade jurídica em respeito o art.
2º, mas está assegurado os direitos patrimoniais até que
venha ao mundo.
Nascituro

Assim são direitos do nascituro:


• O direito a vida;
• Direito ao pré-natal;
• Direito de receber doação;
• Direito a Herança;
• Alimentos gravitíssimos, etc.
Assim o direito no Nascituro são patrimoniais, uma segurança
jurídica, garantindo ao sujeito que vai nascer toda proteção jurídica
necessária para garantir os seus direitos.
Natimorto

Em conceito contraditório, afirmam os manuais que o


natimorto é aquele que já nasceu morto. Lembrando que o
Nascituro era antes de nascer morto e o ainda assim o
direito Nascituro alcança o Natimorto, assegurando o Direito
ao Nome, Sepultamento e imagem.
Capacidade

Conceitua-se a capacidade como a medida jurídica da


personalidade, dividindo-se em:

• Capacidade de direito ou gozo ou Absolutamente Incapazes;

• Relativamente Incapaz.
 
•  Capacidade Absoluta
Capacidade de direito ou gozo ou
Absolutamente Incapazes

P A R T E    G E R A L
 LIVRO I
DAS PESSOAS
 TÍTULO I
DAS PESSOAS NATURAIS
 CAPÍTULO I
Da Personalidade e da Capacidade

Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: 


I - os menores de dezesseis anos; 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento
para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

 Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da


vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.    
Capacidade de direito ou gozo ou
Absolutamente Incapazes

É uma capacidade genérica, adquirida juntamente com a


personalidade, como confirma o art. 1º que “toda pessoa é capaz de
direitos e deveres na ordem civil”. Trata-se de um atributo inerente à
condição humana, podendo ser também compreendida como aptidão para
contrair direitos e deveres na ordem jurídica, na qualidade de sujeito.
Nessa linha de pensamento, nada impede que um menor de idade seja
proprietário de um imóvel ou venha a ser contemplado em testamento ou
doação, por exemplo. Afinal, o menor, como pessoa que é, é dotado de
capacidade de direito.
Relativamente Incapazes

Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 


I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o
discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;         


III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade;       
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
Parágrafo único.  A capacidade dos indígenas será regulada por legislação
especial.  
Relativamente Incapazes

Estão tipificados no artigo 4° do referido código civil, e são as


pessoas que ainda não tem o desenvolvimento mental completo,
portanto são assistidas em seus atos da vida civil. Melhor dizendo, suas
decisões são fiscalizadas pelos responsáveis legais que assinam junto.
Os relativamente incapazes, para exercerem atos da vida civil devem
estar devidamente assistidos. Na assistência, há a vontade do assistido,
que é conjugada com aquele que exerce a assistência.
Os atos praticados por pessoas relativamente incapazes sem a devida
assistência são considerados atos anuláveis
Emancipação
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido
o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos
tenha economia própria.
Emancipação

E emancipação voluntária é aquela que se dá pela concessão de ambos os


responsáveis, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independente de homologação judicial, a menos que tenha, no mínimo, 16 anos
completos

A emancipação judicial é aquela concedida pelo tutor ao pupilo – que tenha


ao menos 16 anos completos, mediante decisão judicial.

A emancipação legal ocorre nas seguintes hipóteses; casamento; exercício


de emprego público; colação de grau de ensino superior; empresário, proprietário
de estabelecimento comercial, ou existência de relação de emprego, desde que,
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

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