Você está na página 1de 9

MODERNISMO EM

PORTUGAL
Professora Letícia Sepini
Professora de Língua Portuguesa
IFSULDEMINAS – Campus Machado
MODERNISMO EM PORTUGAL

 1915 a 1927 – Geração Orpheu

Mário de Sá-Carneiro
Fernando Pessoa
Almada Negreiros

 Escandalizar, agitar culturamente


 Futurista
MODERNISMO EM PORTUGAL
 1927 a 1940 – Geração Presença

José Régio
Miguel Torga
Adolfo Casais Monteiro

 Literatura Viva
 “Em Arte é vivo tudo o que é original. É original tudo o
que provém da parte mais virgem, mais verdadeira e
mais íntima duma personalidade artística.”
MODERNISMO EM PORTUGAL
 Neo-Realismo

Alves Redol
Ferreira e Castro
Fernando Namora

 Literatura engajada
 Denúncia Social
 Antifascista, antinazista, libertária.
FERNANDO PESSOA - 1888 a 1935

 Divisão da Obra de Pessoa

 Obra ortonímica (Fernando Pessoa ele mesmo)


 Obra heteronímica
a) Alberto Caeiro
b) Álvaro de Campos
c) Ricardo Reis
 Na prosa: Bernardo Soares (semi-heterônimo) “O livro do
desassossego”
Fernando Pessoa ele mesmo
“O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente”

 Os poemas assinados por Fernando Pessoa têm facetas


distintas mas se completam.
 Saudosista (Mensagem)
 Orgulho da Pátria Portuguesa “Minha Pátria é a língua
portuguesa”
 Influência cubista e futurista
Fernando Pessoa ele mesmo
Não sei quantas almas tenho
Assisto à minha passagem, 
Não sei quantas almas tenho. 
Diverso, móbil e só, 
Cada momento mudei. 
Não sei sentir-me onde estou.
Continuamente me estranho. 
Nunca me vi nem acabei. 
Por isso, alheio, vou lendo 
De tanto ser, só tenho alma. 
Como páginas, meu ser. 
Quem tem  alma não tem calma. 
O que segue não prevendo, 
Quem vê é só o que vê, 
O que passou a esquecer. 
Quem sente não é quem é,
Noto à margem do que li 
O que julguei que senti. 
Atento ao que sou e vejo,  Releio e digo:  "Fui  eu ?" 
Torno-me eles e não eu.  Deus sabe, porque o escreveu. 
Cada meu sonho ou desejo  Fernando Pessoa
É do que nasce e não meu. 
Sou minha própria paisagem;
Fernando Pessoa ele mesmo
Mensagem
 Ulisses
 
O mito é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo –
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
 
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
 
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade.
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre.

Você também pode gostar