• Estrada a percorrer; • Auxilia a pessoa a se apropriar do conhecimento para satisfazer sua curiosidade natural; • Não é isolada da realidade/vida social; • Ato de pesquisa – é político – não se estabelece separação entre pesquisador e objeto pesquisado; • Na realização da pesquisa – precisa ter uma pergunta a ser respondida – retomar questões • Fazer pesquisa = coletar dados e analisá-los à luz de uma teoria e um método; • Pesquisa = indagação/busca minuciosa para averiguação da realidade; • Há dúvidas sobre o conceito; • Só existe quando: há um problema a ser definido, examinado, avaliado e analisado criticamente para sua solução; • A confusão - pesquisa, metodologia e procedimentos metodológicos = acirradas disputas. • 2. Pressupostos teóricos e metodológicos • Não há pretensão de uniformizar os pesquisadores; • Diferentes visões de mundo e pressupostos teóricos e metodológicos = diferentes paradigmas epistemológicos – fundamentar a opção metodológica: 2.1 POSITIVISMO • Sec. XVIII – XIX; • Transformações sobre conhecimento e ciência; • Consolidar a ascensão da burguesia (legitimação conservadora do Estado burguês); • Modo de produção de feudal para o capitalismo; • Adequa o conceito de ciência às novas necessidades da sociedade; • Rejeita pressupostos metafísicos (descrever os fundamentos, as condições, as leis, a estrutura básica, as causas ou princípios, bem como o sentido e a finalidade da realidade como um todo ou dos seres em geral) e religiosos; Valorização do fato, da experiência e da prova ao tratar os fenômenos sociais; Embasa-se nas ciências naturais e no método empírico- analítico; Fundamentado na objetividade e neutralidade (sem ideologia); Usa técnicas quantitativas na coleta e análise dos dados (estatística); Busca as causas, explica os fatos – o próprio objeto é a fonte de conhecimento tal como ele se apresenta. 2.2 FENOMENOLOGIA • Estudo dos fenômenos – o que é dado a conhecer pela consciência; • Fenômeno é desvendado a partir da relação entre Eu e esse fenômeno; • Não há fenômeno isolado – só são possíveis em sua totalidade; • Usa a Interpretação/compreensão como caminho para conhecer o significado do fenômeno; • Mediação Sujeito-objeto / Eu-fenômeno – enfatizando a capacidade de interpretação do pesquisador sobre o fenômeno (objeto de estudo); • Subjetividade = elemento fundamental; • Interpretação do fenômeno – por meio do resgate do todo que está implícito no fenômeno; • Critica abordagens embasadas no experimentalismo, nos métodos quantitativos e nas propostas tecnicistas – por não apontar as ideologias subjacentes aos fenômenos; • Privilegia pressupostos implícitos nos discursos, textos e comunicações com o uso de técnicas não quantitativas (entrevistas, depoimentos, vivências etc.); • Homem = ser inacabado, de relações com o mundo – capacidade de interpretação para desvendar e apreender a essência do fenômeno. 2.3 MATERIALISMO HISTÓRICO-DIALÉTICO • Fundado por Marx – recuperando alguns pressupostos de diferentes correntes filosóficas que levam a uma síntese; • Apoia-se metodologicamente em Hegel (os fundamentos mais importantes); • Hegel – dialética = movimento, estado do espírito, cuja lógica se assenta na contradição – para uma coisa se torna outra é preciso compreender que esta coisa traz em si a sua própria negação, o seu não ser; • Marx – colocar a dialética sobre seus próprios pés = “as formas historicamente assumidas pelas sociedades humanas dependem das relações econômicas que prevalecem durante as fases que conformam o seu processo de desenvolvimento” (BRABOSA, s/d, P. 145); Dialética não é qualidade do espírito – acrescenta a visão de que a natureza humana é conformada por relações sociais que indivíduos produzem em contextos históricos definidos (materialismo histórico- dialético); Método de interpretação do real a partir de seus fatores econômico- sociais; As pesquisas – desvendam as contradições apresentadas pelo real, no sentido de transformar essa realidade resgatando sua dimensão histórica; Ciência = resultado da produção humana – envolvida na dinâmica da relação entre sujeito e objeto (homem e natureza constituindo-se como categoria histórico-concreta).
2.4 DA VALIDADE CIENTÍFICA
Três questões fundamentais:
1. Validação científica em ciências humanas:
– Pelo cuidado na definição teórico-metodológica (fundamental para o encaminhamento dos procedimentos técnico-científicos para a execução da pesquisa); 2. Questão ética: – A produção de conhecimento científico deve ser clara, transparente e acessível. 3. A pesquisa como arte: – Como empinar pipa – construímos a armação (referencial teórico); fazemos os recortes para que o projeto se sustente; confeccionamos o lastro teórico para garantir o equilíbrio e usamos uma linha (o fio condutor do trabalho científico).