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MICROECONOMIA III
Aula 3
1. Equilíbrio Geral na
Caixa de Edgeworth
Tópicos Aula 1
Um efeito de retroalimentação é um
ajustamento de preço ou quantidade
em um mercado causado por
ajustamentos de preço e quantidade
em outros mercados.
Análise de Equilíbrio Geral
S*M SM SV
$3,50
$6,35
$3,00
$6,00 D’V
DM DV
S*M SM SV
$6,82
$6,75 $3,58
$3,50
$6,35
D*V
$3,00
D*M
$6,00 D’V
D’M
DM DV
Observação
Se o efeito de retroalimentação não
fosse considerado, o impacto do
imposto seria subestimado
Esta é uma observação importante para
os formuladores de políticas públicas.
Dois Mercados Interdependentes:
Ingressos de Cinema e Aluguel de Fitas de Vídeo
Perguntas
Qual seria o efeito de retroalimentação
de um imposto sobre o consumo de um
bem complementar?
Quais seriam, nesse caso, as
implicações de política do uso da
análise de equilíbrio parcial em
detrimento da análise de equilíbrio
geral?
Mercados interdependentes: inflação agrícola
do etanol
Qual a relação de uma greve e conflitos na
Nigéria com o café-da-manhã nos Estados
Unidos?
Elevação do preço do petróleo >
aumento da demanda por substitutos: etanol >
aumento da demanda por milho (insumo) >
elevação no preço das rações animais >
elevação do preço dos ovos e cereais >
elevação do custo do café-
da-manhã (agginflation)
E se o etanol virar commodity?
Outros Acordo
Simulação Alca UE-Mercosul
Mercados Amplo
PIB Real (var. %) 0,359 0,347 0,064 0,607
Consumo Real das Famílias (var. %) -0,441 -0,389 -0,705 -1,478
Saldo Comercial Externo (var. R$ bi)* 2,327 1,932 2,897 6,613
Exportações (var. %) 4,290 4,367 4,891 12,538
Importações (var. %) 0,167 0,855 -0,193 0,781
Investimento Real (var. %) 0,634 0,719 -0,353 0,735
Uso de Fator Trabalho (var. %) 0,187 0,185 0,032 0,291
Uso de Capital (var. %) 0,234 0,239 0,190 0,617
Setores 84
Produtos 378
Fatores primários Trabalho e capital
Regiões 2 (São Paulo, Demais Regiões)
Origem dos produtos 9
Usuários 12
Ano Base 1996
Uso do modelo Estática Comparativa
Equações 380.762
Variáveis 388.319
VCHA,B VCHB,A
VCHA,A
VCHB,B
VCIA,B
VCIB,A
Produtores Produtores
VCIA,A VCIB,B
BRASIL
Argentina, Resto do Mercosul, Nafta, Resto da
Alca, União Européia, Japão, Resto do Mundo
Análise de Equilíbrio Geral
Premissas
Dois consumidores (países)
Dois bens
Ambos os consumidores conhecem as
preferências do outro
As trocas não envolvem custos de transação
James & Karen podem dispor, juntos, de 10
unidades de alimento e 6 unidades de
vestuário.
As Vantagens do Comércio
Unidades de Unidades de
Vestuário Vestuário
de James B de Karen
2V 4V
+1V
1V 5V
-1A A
6V
0J 6A 7A 10A
Unidades de alimento de James
Eficiência nas Trocas
Alocações Eficientes
Se, no ponto B, as TMgS de James e
Karen são iguais, a alocação é
eficiente.
Isso depende do formato de suas
curvas de indiferença.
Eficiência nas Trocas
Unidades de alimento de Karen
10A 0K
6V
A: UJ1 = UK1,
mas as TMgS
não são iguais.
Todas as
combinações
na área D
Unidades de sombreada são Unidades de
Vestuário preferidas a A. Vestuário
C
de James de Karen
B UJ 3
UJ2
Ganhos do A
comércio UJ1
UK3 UK2 UK1 6V
0J Unidades de alimento de James 10A
Eficiência nas Trocas
Unidades de alimento de Karen
10A 0K
6V
B é eficiente?
Dica: as
TMgS são
iguais em B?
D
Unidades de Unidades de
Vestuário Vestuário
C
de James de Karen
B UJ 3
C é eficiente?
D é eficiente?
UJ2
A
UJ1
UK3 UK2 UK1 6V
0J Unidades de alimento de James 10A
Eficiência nas Trocas
Alocações Eficientes
Qualquer troca que leve a um
ponto fora da área sombreada
reduzirá o bem-estar de um dos
10A Unidades de alimento
0 de Karen
consumidores (que estará mais 6V
K
A Curva de Contrato
O conjunto de todas as possíveis
alocações eficientes de alimento e
vestuário entre Karen e James é dado
pelos pontos de tangência entre todas
as suas curvas de indiferença.
A Curva de Contrato
E, F, & G são eficientes Unidades de alimento de Karen
no sentido de Pareto . 0K
Para que uma mudança
aumente a eficiência,
todos devem se Curva de
beneficiar. Contrato
G
Unidades de F Unidades de
Vestuário Vestuário
de James E de Karen
0J
Unidades de alimento de James
Eficiência nas Trocas
Observações
1) Todos os pontos de tangência entre as
curvas de indiferença são eficientes.
2) A curva de contrato mostra todas as
alocações que são eficientes no sentido
de Pareto.
Uma alocação eficiente no sentido de
Pareto ocorre quando não são possíveis
trocas que aumentem o bem-estar de todos
os consumidores.
Eficiência nas Trocas
Equilíbrio do Consumidor em um
Mercado Competitivo
Os mercados competitivos têm muitos
vendedores e compradores efetivos ou
potenciais. Isso significa que um
indivíduo que não esteja satisfeito com
os termos de troca propostos por outro
indivíduo pode procurar uma terceira
pessoa que ofereça condições
melhores para a troca.
Eficiência nas Trocas
Equilíbrio do Consumidor em um
Mercado Competitivo
Existem muitos indivíduos iguais a
James e muitos iguais a Karen.
Todos são tomadores de preço
Preço do alimento e do vestuário = 1
(os preços relativos determinarão as
trocas)
Equilíbrio Competitivo
Unidades de alimento de Karen
10A 0K
6V Partindo de A:
Linha de preços
PP’ é a linha de preço, Cada James compra
que mostra as possíveis P 2V e vende 2A, movendo-se
de A para C e, portanto, de Uj1
combinações; a inclinação é -1 para Uj2, que é uma curva
mais alta.
Unidades de C Unidades de
Vestuário Vestuário
de James de Karen
Partindo de A:
Cada Karen compra 2A e
vende 2V, movendo-se
UJ 2
de A para C e, portanto,
de UK1 para UK2, que é
uma curva mais alta.
A
UJ1
UK 2 UK1 P’ 6V
0J 10A
Unidades de alimento de James
Equilíbrio Competitivo
Unidades de alimento de Karen
10A 0K
6V
Linha de preços
Aos preços escolhidos:
P A quantidade demandada
de alimento (Karen) é
igual à quantidade
ofertada (James)
--equilíbrio competitivo.
Unidades de C Unidades de
Vestuário Vestuário
de James de Karen
Aos preços escolhidos:
A quantidade demandada de
vestuário (James) é igual à UJ 2
quantidade ofertada (Karen)
--equilíbrio competitivo. A
UJ1
UK 2 UK1 P’ 6V
0J 10A
Unidades de alimento de James
Eficiência nas Trocas
Perguntas
De que forma o mercado atingiria o
equilíbrio?
O que diferencia o resultado das trocas
entre muitos indivíduos e o resultado
das trocas entre apenas dois
indivíduos?
Eficiência nas Trocas
A Eficiência Econômica em
Mercados Competitivos
É possível verificar que no ponto C (na
próxima transparência) a alocação
associada a um equilíbrio competitivo é
economicamente eficiente.
Equilíbrio Competitivo
Unidades de alimento de Karen
10A 0K
6V
Linha de preços
P
Unidades de C Unidades de
Vestuário Vestuário
de James de Karen
UJ 2
A
UJ1
UK 2 UK1 P’ 6V
0J 10A
Unidades de alimento de James
Eficiência nas Trocas
Observações relativas a C:
1) Dado que as duas curvas de
indiferença são tangentes, a
alocação referente ao equilíbrio
competitivo é eficiente.
2) A TMgSAV é igual à razão dos
preços, ou TMgSJAV = PA/PV =
TMgSKAV.
Eficiência nas Trocas
Observações relativas a C:
3) Se as curvas de indiferença não
fossem tangentes, não haveria
troca.
4) O equilíbrio competitivo é
alcançado sem intervenção do
governo.
Eficiência nas Trocas
Observações relativas a C:
5) Em um mercado competitivo, todas
as trocas mutuamente vantajosas
serão realizadas e a alocação de
equilíbrio resultante será
economicamente eficiente (este é o
primeiro teorema da economia do
bem-estar)
Álgebra do Equilíbrio
(Varian, cap. 27)
Pessoa B
Pessoa
B
Alocação de
Equilíbrio
x2A x2B
Pessoa A
w 2 W = dotação w2B
A
Bem 2
0A
Pessoa A x1A w1 A Bem 1
Álgebra do Equilíbrio
x (p , p ) x (p , p ) w w
1
A 1 2
1
B 1 2
1
A
1
B
x (p , p ) x (p , p ) w w
2
A 1 2
2
B 1 2
2
A
2
B
re - escrevendo :
x 1
A
1
2 A
(p , p )w x (p , p )w 0
1 1
B
1
2 1
B
x 2
A ( p , p ) w x
1
2
2
A
2
B (p , p )w 0
1
2
2
B
Álgebra do Equilíbrio
Excesso de demanda líquida (e):
e ( p1 , p2 ) x ( p1 , p2 ) w
1
A
1
A
1
A
e ( p1 , p2 ) x ( p1 , p2 ) w
2
A
2
A
2
A
e ( p1 , p2 ) x ( p1 , p2 ) w
1
B
1
B
1
B
e ( p1 , p2 ) x ( p1 , p2 ) w
2
B
2
B
2
B
Álgebra do Equilíbrio
Excesso de demanda agregada (z):
z1 ( p1 , p2 ) e ( p1 , p2 ) e ( p1 , p2 )
1
A
1
B
x ( p1 , p2 ) x ( p1 , p2 ) w w
1
A
1
B
1
A
1
B
z 2 ( p1 , p2 ) e ( p1 , p2 ) e ( p1 , p2 )
2
A
2
B
x ( p1 , p2 ) x ( p1 , p2 ) w w
2
A
2
B
2
A
2
B
Álgebra do Equilíbrio
* *
Excesso de demanda agregada no equilíbrio ( p , p ) :
1 2
z1 ( p , p ) 0
*
1
*
2
z2 ( p , p ) 0
*
1
*
2
Lei de Walras :
p1 z1 ( p1 , p2 ) p2 z 2 ( p1 , p2 ) 0 É verdade ?
( p1 , p2 ) (0,0)
Álgebra do Equilíbrio
Lei de Walras
A) p1 x ( p1 , p2 ) p2 x ( p1 , p2 ) p1 w p2 w
1
A
2
A
1
A
2
A
p e ( p1 , p2 ) p e ( p1 , p2 ) 0
1
1 A
2
2 A
(1)
p e ( p1 , p2 ) p e ( p1 , p2 ) 0
1
1 B
2
2 B (2)
Álgebra do Equilíbrio
Lei de Walras
Somando (1) e (2):
p1 e1A ( p1 , p2 ) p2 e A2 ( p1 , p2 )
p e ( p1 , p2 ) p e ( p1 , p2 ) 0
1
1 B
2
2 B
p e ( p , p ) e ( p , p )
1
1
A 1 2
1
B 1 2
p e ( p , p ) e ( p , p ) 0
2
2
A 1 2
2
B 1 2
p1 z1 ( p1 , p2 ) p2 z 2 ( p1 , p2 ) 0 Lei de Walras
Álgebra do Equilíbrio
Se z1 ( p , p ) 0
*
1
*
2
Logo, se p 0 z 2 ( p , p ) 0
*
2
*
1
*
2
z1 ( p , p ) 0 z 2 ( p , p ) 0
*
1
*
2
*
1
*
2
(1) y y w w
1
A
1
B
1
A
1
B y : Alocações factíveis
pela disponibilidade
(2) y A2 y B2 wA2 wB2 total de bens
1 2 1 2
( y , y ) A ( x , x )
A A A A Alocações factíveis são
preferidas às alocações
( y1B , y B2 ) B ( x1B , xB2 ) de equilíbrio
Alocações Alocações de
factíveis equilíbrio
Álgebra da Eficiência
(3) p1 y1A p2 y A2 p1w1A p2 wA2 alocações factíveis custam
mais do que o orçamento
(4) p1 y1B p2 y B2 p1w1B p2 wB2 de cada indivíduo
somando :3 e 4:
p1 y1A p2 y A2 p1 y1B p2 y B2 p1w1A p2 wA2 p1w1B p2 wB2
p1 ( y y ) p2 ( y y ) p1 ( w w ) p2 ( w w )
1
A
1
B
2
A
2
B
1
A
1
B
2
A
2
B
substituin do :1 e 2:
E o contrário?
Alocações eficientes de Pareto
podem ser equilíbrios de mercado?
Segundo Teorema do Bem-Estar
B
Bem 2
dotação
X Curva de
Indiferença de A
Curva de
Reta
Indiferença de B
Orçamentária
A Bem 1
Segundo Teorema do Bem-Estar
X Curva de
Indiferença de A:
preferências não-
convexas
Y
Curva de
Indiferença de B
A Bem 1
X é eficiente de Pareto mas não é equilíbrio: não pode ser
obtida por mercados competitivos
Segundo Teorema do Bem-Estar
Preferências convexas
Alocação eficiente gera conjuntos
preferidos disjuntos
Reta pode separar os dois conjuntos
Inclinação da reta determina o preço
relativo
Qualquer dotação nessa reta leva ao
equilíbrio e à alocação eficiente de
Pareto
Teoremas do Bem-Estar
Primeiro Teorema do Bem-Estar: equilíbrios de
mercado competitivo são eficientes de Pareto
Decorre de definições
Requer: ausência de externalidades de
consumo; comportamento competitivo;
existência de equilíbrio
Segundo Teorema do Bem-Estar: alocações
eficientes de Pareto podem ser alcançadas via
equilíbrios de mercado
Requer preferências convexas
Teoremas do Bem-Estar:
implicações
Primeiro Teorema do Bem-Estar
Eficiência
obtida por mecanismos
de mercado competitivo
Agentes individuais só precisam
olhar preços
Decisões tomadas
individualmente
Teoremas do Bem-Estar:
implicações
Segundo Teorema do Bem-Estar:
Problemas de distribuição e
eficiência podem ser separados
Dotações determina a riqueza
individual
Preços indicam escassez
relativa
Teoremas do Bem-Estar:
implicações
Segundo Teorema do Bem-Estar
Políticade distribuição de renda pela
redistribuição de dotação
E não pela manipulação de preços
(subsídios)
Eficiência
alcançada pelo mercado
competitivo
Enorme dificuldade de implementação
prática
Segundo Teorema do Bem-Estar
B
Bem 2 Dotação Dotação
inicial após
transferência
Y
Curva de
Indiferença de A
X
Curva de
Indiferença de B
A
Bem 1
X: alocação eficiente e de equilíbrio inicial
Y: alocação eficiente desejada, obtida via transferência e
mercado competitivo
Eqüidade e Eficiência