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Higiene e Segurança

nos cuidados de
Saúde
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HIGIENE, SEGURANÇA E SAÚDE

 • A HIGIENE DO TRABALHO PROPÕE-SE COMBATER DE FORMA


PROFILÁTICA, DUM PONTO DE VISTA NÃO MÉDICO, AS DOENÇAS
PROFISSIONAIS, IDENTIFICANDO OS FATORES QUE PODEM AFETAR
O AMBIENTE DO TRABALHO E O TRABALHADOR, VISANDO ELIMINAR
OU REDUZIR OS RISCOS PROFISSIONAIS (CONDIÇÕES INSEGURAS
DE TRABALHO QUE PODEM AFETAR A SAÚDE, SEGURANÇA E BEM
ESTAR DO TRABALHADOR).
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HIGIENE, SEGURANÇA E SAÚDE

 • A SEGURANÇA DO TRABALHO PROPÕE-SE COMBATER, TAMBÉM


DUM PONTO DE VISTA NÃO MÉDICO, OS ACIDENTES DE TRABALHO,
QUER ELIMINANDO AS CONDIÇÕES INSEGURAS DO AMBIENTE,
QUER EDUCANDO OS TRABALHADORES A UTILIZAREM MEDIDAS
PREVENTIVAS.
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HIGIENE, SEGURANÇA E SAÚDE

 Saúde no Trabalho constitui uma área de intervenção prioritária e obrigatória e é espaço de


eleição para prevenção primária dos riscos profissionais. Deste modo, no âmbito da Saúde no
Trabalho, o planeamento deve envolver três objetivos:

1. Manutenção e promoção da saúde dos trabalhadores e da sua capacidade de trabalho, ou


seja, favorecer o bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores:

2. Aperfeiçoar o meio ambiente laboral, reforçando as medidas preventivas e apostando na


deteção precoce de possíveis consequências para os trabalhadores:

3. Organizar planos de trabalho e incutir culturas laborais com vista a promover a segurança e
saúde no trabalho, fomentando um ambiente positivo no sentido de aumentar a produtividade
da empresa, juntamente com maior realização profissional.
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HIGIENE, SEGURANÇA E SAÚDE

 AS CONDIÇÕES DE HIGIENE, SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO


CONSTITUEM O FUNDAMENTO MATERIAL DE QUALQUER
PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS E
CONTRIBUEM, NA EMPRESA, PARA O AUMENTO DA
COMPETITIVIDADE COM DIMINUIÇÃO DA SINISTRALIDADE.
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HIGIENE, SEGURANÇA E SAÚDE
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Tipologia de riscos profissionais:


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Locais e postos de trabalho

 O contexto hospitalar constitui um enorme desafio para a Segurança,


Higiene e Saúde do Trabalho (SHST), pelas suas características
particulares e pela heterogeneidade das situações de trabalho e dos
recursos humanos.

 De um modo geral, os hospitais têm sido concebidos quase


exclusivamente em função dos doentes e são dotados de sistemas
tecnológicos e organizacionais muito próprios, proporcionando aos seus
profissionais, condições de trabalho exigentes, e algumas vezes precárias,
piores do que as verificadas na grande maioria dos restantes sectores da
atividade.
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 Alguns profissionais destas instituições exercem a sua atividade, não raras vezes,
sem a garantia das regras de segurança definidas para a sua profissão verificando-
se que, a circunstância de o hospital ter como objetivo, “cuidar/tratar o ser humano,
em situação de doença e sofrimento”, tem direcionado a sua conceção e a alocação
de recursos para a satisfação das necessidades dos utentes, sem a consideração
devida quanto às condições de trabalho dos seus profissionais.
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Os profissionais nem sempre encaram os riscos com a
seriedade com que deveriam, mas isso pode dever-se ao
facto do risco ocupacional ser ou estar:

 Oculto, por ignorância, por falta de conhecimento ou de informação. Neste caso o


trabalhador nem suspeita da sua existência. A irresponsabilidade, incompetência e o
lucro a qualquer preço contribuem para que muitos dos riscos ocupacionais continuem
escondidos;

 Latente, nesta modalidade, o risco só se manifesta e causa danos em condições de


stress. O trabalhador sabe que está “ a correr riscos”, mas as condições de trabalho
assim o forçam a isso;

 Real, conhecido de todos, mas sem possibilidade de controlo, quer por inexistência de
soluções para tal, quer pelos altos custos exigidos, ou ainda por falta de vontade política.
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 Certo é que os hospitais são organizações complexas e por isso com


múltiplos potenciais riscos. Assim sendo, o trabalho em ambiente hospitalar
contribui não só para a ocorrência de acidentes de trabalho, como também
para desencadear frequentes situações de stress, de fadiga física e mental,
não fossem os seus colaboradores confrontados com situações
emocionalmente intensas, tais como a vida, doença/sofrimento e morte.

 Verifica-se, assim, que o hospital é um local de trabalho com uma


multiplicidade de fatores de risco e onde, tradicionalmente, estão criadas
condições de desvalorização e, por vezes, de agravamento dos mesmos.
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 O moderno conceito de gestão introduzindo as perspetivas da qualidade


e do ambiente, e a legislação vigente, que torna a prevenção dos riscos
profissionais um dever do empregador, contribuíram sem dúvida, para
uma mudança de atitude relativamente aos riscos hospitalares.

 É exemplo o desenvolvimento da ergonomia hospitalar, que tem vindo a


acontecer nos últimos anos, objetivando adaptar o trabalho à capacidade
humana, e não o inverso.
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Equipamentos de trabalho
Os principais fatores de risco, bem como os problemas do sector da saúde com eles relacionados,
encontram-se bem documentados. Entre eles contam-se os seguintes:

 Esforços músculo-esqueléticos – posturas de trabalho incorretas, cargas pesadas.

 Agentes biológicos – micro-organismos, vírus, por ex. HIV e hepatite B, sangue contaminado.

 Agentes químicos – nomeadamente desinfetantes, gases anestésicos e antibióticos. Podem ser


nocivos para a pele, ou para o sistema respiratório; podem ser carcinogénicos.

 Riscos radiológicos.

 Turnos variáveis, ritmo de trabalho e trabalho noturno.

 Violência por parte dos membros do público.

 Outros fatores que contribuem para o stress – situações traumáticas, bem como fatores relacionados
com a organização do trabalho e o relacionamento com os colegas.

 Acidentes de trabalho – quedas, cortes, lesões com agulhas, choques elétricos, etc.
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Contacto com produtos químicos e
tóxicos

 Os riscos de natureza química resultam da manipulação e inalação de substâncias


químicas. Os fatores de risco de natureza química são o mais extenso subgrupo de
agentes causais de doença profissional, e, as dermatoses profissionais, pela sua
frequência, constituem uma situação com grande importância em patologia e clínica do
trabalho.

 Nos hospitais utilizam-se diversas substâncias químicas que podem ter como
consequência uma simples irritação e/ou sensibilização alérgica, mas também efeitos
mutagénicos, teratogénicos e/ou cancerígenos: O eczema alérgico de origem
profissional é mais frequente entre os profissionais de laboratório, enfermeiros,
auxiliares de ação médica, entre outros, devido ao contacto repetido com produtos
químicos, medicamentos, anestésicos e antissépticos, bem como a frequente lavagem
das mãos.
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 Alguns dos fatores de risco químico, referenciados a nível internacional, devem-


se ao uso prolongado de luvas de látex, ao manuseio de detergentes e
solventes, à manipulação de drogas antineoplásicas e antibióticos de última
geração, à inalação de gases anestésicos, à exposição aos vapores de
formaldeído e glutaraldeído e aos vapores dos gases esterilizantes, entre
outros.

 Todos os dias os profissionais de saúde lidam com um grande número de


agentes tóxicos, cujo contacto pode trazer diversas consequências pela
sua inalação, digestão ou absorção através da pele. Os efeitos podem
ocorrer através de reações dermatológicas, tonturas, cefaleias e dificuldade
respiratória, podendo mais tarde provocar doenças como asma e eczemas.
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 Todavia, nem sempre a exposição resulta em efeitos prejudiciais à saúde, na


medida em que dependem de fatores tais como: tipo e concentração do
agente químico, frequência e duração da exposição, práticas e hábitos de
trabalho e suscetibilidade individual. Para prevenir riscos químicos de índole
profissional é essencial conhecer a concentração a que se está exposto e compará-
la com os valores limite de exposição do contaminante.
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Transporte de cargas

 Nos hospitais assiste-se a uma constante reformulação dos espaços


físicos, com o objetivo de implementar novos serviços e de responder às
exigências determinadas pelos avanços técnico-científicos, mas de modo
inverso, pouca preocupação existe em melhorar as condições de trabalho
dos profissionais de saúde e, em particular, dos enfermeiros, no que
respeita à adequação da planta física e da organização do trabalho, bem
como dos equipamentos em uso.
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 Em contexto hospitalar existe uma necessidade efetiva de


movimentação manual de cargas, seja estática ou animada. Estes
movimentos caracterizam-se por levantar, puxar/empurrar objetos
pesados, trabalhar em posição estática e executar movimentos
repetitivos, tudo isto num quadro de exigência atendendo aos vários
graus de dependência, quando a “carga” diz respeito a doentes aos
quais está associada a natureza do cuidar.

 As principais consequências da movimentação inadequada da carga são


as lesões músculo-esqueléticas que, atendendo à sua natureza, têm,
habitualmente, um início insidioso, sendo por isso frequentemente
desvalorizado.
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 Um aspeto agravante e peculiar associado a estas atividades reside nas


características intrínsecas à carga movimentada, nomeadamente a
imprevisibilidade quanto à movimentação da mesma.

 Convém, contudo salientar que, para além das atividades de


movimentação e transferência de doentes e das características de risco já
enunciadas, a atividade dos profissionais de enfermagem engloba também
a movimentação de objetos inanimados, como sejam camas, macas,
carros de urgência, monitores e outros.
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 De um modo geral, as tarefas de movimentação de doentes, associadas às


condições de realização e às características individuais dos profissionais
de saúde, condicionam a adoção de posturas penosas, com duração e
frequência elevadas, e a movimentação de cargas, com a realização de
força de forma frequente, aspetos que se identificam como fatores de risco
de lesões músculo-esqueléticas, em particular da coluna vertebral, cintura
escapular e membros superiores.
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Contacto com fontes elétricas

 No meio hospitalar existem numerosos


equipamentos elétricos, e um sem número de
líquidos e gazes inflamáveis que podem provocar
incêndio e explosão. Por vezes as saídas de
emergência estão obstruídas, os extintores são
raros e muitos encontram-se fora de prazo.

 Tais circunstâncias aliadas às características


peculiares do trabalho em meio hospitalar
constituem fatores de agravamento do risco de
acidente elétrico ou risco de incêndio a que estão
expostos todos os trabalhadores, mas
principalmente os responsáveis pelas tarefas de
instalação e manutenção.
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Incêndio, inundação e explosão

 O ambiente hospitalar é um local onde


situações de incêndio podem ser de difícil
solução. Não sendo feito um estudo adequado
das medidas preventivas necessárias, as
consequências do incêndio em uma instituição
hospitalar poderá ser desastrosa.

 A instituição deve ter uma estrutura interna que


assegure as atividades de primeiros socorros,
de combate a incêndios e de evacuação de
trabalhadores em situações de perigo grave e
iminente, designando os trabalhadores
responsáveis por essas atividades.
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 A instituição deve promover a formação, em número


suficiente, os trabalhadores responsáveis pela
aplicação das medidas de primeiros socorros, de
combate a incêndios e de evacuação de trabalhadores,
bem como facultar-lhes material adequado, tendo em
conta a dimensão da empresa e os riscos existentes.

 Igualmente, o empregador deve dispor de um plano de


ação, em cuja elaboração e execução devem participar
as entidades competentes, com as medidas adequadas
a aplicar em situação de acidente, incidente ou de
emergência resultante da presença no local de trabalho
de agentes químicos, físicos e biológicos suscetíveis de
implicar riscos para o património genético e ambiental
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 Esse plano de ação deve incluir a realização periódica de exercícios de


segurança e a disponibilização dos meios adequados de primeiros socorros.

 Em caso de acidente, incidente ou de emergência devem ser adotadas


imediatamente as medidas adequadas, informar os trabalhadores envolvidos
e só permitir a presença na área afetada de trabalhadores indispensáveis à
execução das reparações ou outras operações estritamente necessárias.
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Contacto com radiações

 A exposição a radiações ionizantes é um dos problemas de maior


acuidade para os profissionais de saúde. Em Portugal existem cerca de
11.000 trabalhadores profissionalmente expostos às radiações
ionizantes, sendo a larga maioria pertencente ao sector da saúde.
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 São um dos riscos melhor conhecidos, e frente ao qual se têm adotado


importantes medidas preventivas, as quais fazem com que quase só os
profissionais das radiações corram riscos, sendo hoje em dia, maiores em
consultórios e pequenas clínicas privadas onde não se adotaram medidas
de segurança, assim como pela utilização das radiações fora do serviço
de radiologia, por exemplo, no bloco operatório, ortopedia e pediatria.
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 As radiações ionizantes surgem associadas em particular à utilização de


radiação para efeito de diagnóstico (imagiologia, meios de contraste
radioativos), procedimentos cirúrgicos (intensificadores de imagem) e
terapêuticos.

 Nas condições normais de trabalho, os níveis de exposição às radiações


ionizantes são baixos, pelo que a ocorrência de efeitos determinísticos é de
excluir. O risco a considerar é o da ocorrência de efeitos estocásticos
(probabilísticos) e mais particularmente o da ocorrência de um cancro.
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 É do conhecimento geral que a exposição às radiações ionizantes tem


efeito cumulativo e nocivo para o sistema hematopoiético, sistema
reprodutor, pele e outros tecidos.

 A prevenção dos riscos associados às mesmas, passa fundamentalmente


pela definição e identificação das áreas de trabalho de acordo com o risco
de exposição e, redução do tempo de exposição.

 Por outro lado, as radiações não ionizantes, às quais pode existir exposição
hospitalar, são: radiação ultravioleta, raios laser, campos magnéticos e
radiofrequências. Embora teoricamente, possam produzir efeitos sobre a
saúde, na prática o risco é insignificante.
Atuação na Segurança,
Higiene e Saúde no trabalho
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Sinalização de segurança no local de
trabalho
A sinalização de segurança destina-se a identificar:

 Situações perigosas;

 Percursos seguros de evacuação;

 Equipamentos de intervenção;

 Dispositivos manuais de acionamento do alarme;

 Dispositivos de comando de sistemas de segurança.

Esta sinalização apenas se destina a assinalar os aspetos referidos e não constitui um meio de
eliminar os perigos, aspeto que deve ser garantido por outras medidas de segurança.
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 A sinalização de segurança é concretizada através de sinais com formas,


cores e, muitas vezes, pictogramas adequados à informação a transmitir,
possuindo as dimensões e uma localização que permita a sua
visibilidade.

 Os sinais podem constituir uma sinalização ativa, se forem luminosos, ou


uma sinalização passiva, se não forem. Por vezes, estes sinais podem
ser complementados por sinais acústicos e comunicação verbal ou
gestual. Estes aspetos, em termos de SCIE (Segurança contra incêndios
e edifícios), não são considerados propriamente como meios de
sinalização, mas sim como meios de alarme.
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No quadro seguinte apresenta-se o significado das cores
utilizadas na sinalização de segurança e alguns exemplos :
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No quadro seguinte apresentam-se o significado da
forma dos sinais de segurança e cores normalmente
associadas:
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Na figura seguinte ilustra-se o uso de pictogramas com
significados específicos associados a sinais de
segurança:
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Sinalização dos caminhos de
evacuação

 Todos os caminhos de evacuação devem possuir meios de sinalização


que garantam a orientação das pessoas até atingirem um local seguro
no exterior. Essa sinalização deve ser luminosa, normalmente através
de blocos autónomos que devem possuir uma intensidade de 60 lm,
complementada por meios de sinalização passiva onde for necessário.

 A sinalização de saídas deve ser baseada em blocos autónomos


permanentes, com a mesma intensidade luminosa de 60 lm e,
preferencialmente, ser localizados sobre as portas de saída.
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 A maior parte da sinalização de circulação deve basear-se nos mesmos


blocos autónomos permanentes, embora em alguns casos se admitam
sinais não ativos com esta finalidade, desde que a iluminação ambiente
garanta a sua visibilidade.

 A sinalização de balizagem, com o intuito de avisar para os perigos de


choque contra obstáculos, de queda ou outros, é maioritariamente não
ativa, sendo usual recorrer a sinais e fitas balizadoras fosforescentes,
refletoras ou fotoluminescentes. Esta sinalização deve ter as cores
amarela e negra alternadas, ou vermelha e branca alternadas
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Na figura seguinte mostra-se os diversos tipos de
sinalização de caminhos de evacuação:
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SINALIZAÇÃO DE SISTEMAS E
EQUIPAMENTOS DE INTERVENÇÃO

 Os meios de combate a incêndios e respetivos sinais devem ser de cor


vermelha. A sinalização desses equipamentos é essencial sobre o local
onde se encontram, em especial quando estejam ocultos, e também nas
vias de acesso a esse local. Estes sinais normalmente possuem textos a
cor branca.

 É recomendável marcar, a vermelho, no pavimento, uma superfície


associada a estes equipamentos para garantir uma área suficiente de
acesso e manobra e para facilitar a sua localização.
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Na figura seguinte apresenta-se a sinalização
de equipamentos de intervenção:
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Sinalização de perigos

Os perigos mais diretamente relacionados com SCIE também


devem ser sinalizados adequadamente, destacando-se os:

 Perigos elétricos;

 Obstáculos nos caminhos de evacuação;

 Matérias perigosas.
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Na figura seguinte exemplifica-se uma
sinalização de perigo (perigo elétrico):
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Simbologia

Os elementos referidos nas plantas de emergência são representados através de símbolos gráficos,
constantes da Norma Portuguesa NP 4386, e deverão ser coloridos da seguinte forma:

 Azul – informações ao observador;

 Verde – indicação das vias de evacuação;

 Amarelo – advertências e perigo;

 Vermelho – equipamentos de combate a incêndios e dispositivos de alarme;

 Preto – plantas de arquitetura do edifício.

 A cor de fundo da planta deve permitir uma leitura adequada.


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No quadro
seguinte
apresentam-se
os símbolos a
utilizar nas
plantas de
emergência:
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Equipamentos de proteção individual
e coletiva
 Proteção coletiva
 As medidas de proteção coletiva, através dos equipamentos de proteção coletiva (EPC), devem ter prioridade,
conforme determina a legislação, uma vez que beneficiam todos os trabalhadores, indistintamente.

 Os EPCs devem ser mantidos nas condições que os especialistas em segurança estabelecerem, devendo ser
reparados sempre que apresentarem qualquer deficiência.

 Vejamos alguns exemplos de aplicação de EPCs:

 Sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou poeiras contaminantes do local de trabalho;

 Enclausuramento de máquina ruidosa para livrar o ambiente do ruído excessivo;

 Comando bimanual, que mantém as mãos ocupadas, fora da zona de perigo, durante o ciclo de uma máquina;

 Cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a esforços, caso venham a se desprender.
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 Proteção individual

 Quando não for possível adotar medidas de segurança de ordem geral, para
garantir a proteção contra os riscos de acidentes e doenças profissionais,
devem-se utilizar os equipamentos de proteção individual, conhecidos pela
sigla EPI.

 São considerados equipamentos de proteção individual todos os dispositivos


de uso pessoal destinados a proteger a integridade física e a saúde do
trabalhador.

 Os EPIs não evitam os acidentes, como acontece de forma eficaz com a


proteção coletiva. Apenas diminuem ou evitam lesões que podem decorrer de
acidentes.
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 A lei determina que os EPIs sejam aprovados pelo Ministério do Trabalho,


mediante certificados de aprovação (CA). As empresas devem fornecer os
EPIs gratuitamente aos trabalhadores que deles necessitarem.

 A lei estabelece também que é obrigação dos empregados usar os


equipamentos de proteção individual onde houver risco, assim como os
demais meios destinados a sua segurança.
z Sinalização do Uso Obrigatório de
Equipamento de Proteção Individual
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Existem EPIs para proteção de praticamente
todas as partes do corpo. Veja alguns exemplos:
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Rotulagem e armazenagem de
substâncias perigosas.
 Através de uma correta manipulação dos produtos potencialmente perigosos,
pretende-se minimizar os riscos associados à exposição a essas substâncias.

 São enunciadas algumas regras gerais relativas ao manuseamento de


substâncias químicas, nomeadamente:

 Minimizar a exposição a substâncias químicas em geral;

 Usar o equipamento de proteção individual adequado ao trabalho a


desenvolver. Este deverá incluir sempre, bata, luvas e óculos de proteção;

 Não usar cabelos compridos soltos, pois podem estar na origem de situações
de risco, retirar pulseiras e anéis dado que as substâncias perigosas e outros
materiais podem alojar-se nestes objetos e causarem lesões na pele;
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 Conferir o rótulo do recipiente ou a FDS antes de utilizar uma substância química,


no sentido de verificar quais são as suas propriedades de risco;

 Nunca usar produtos de recipientes que não tenham rótulos legíveis. Esta regra
também se aplica a outros tipos de embalagens, que devem estar sempre
rotuladas;

 Quando se verter um líquido de um recipiente para outro, fazê-lo pelo lado oposto
ao do rótulo para evitar a deterioração deste pelo líquido;

 Não misturar substâncias químicas ao acaso, pois podem ocorrer reações


incompatíveis, que se poderão traduzir em reações violentas ou explosivas;

 Não colocar num recipiente qualquer substância química que dele tenha sido
retirado. Seguindo esta regra, evita-se o risco de trocas e de reações químicas
incompatíveis;
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 Depois de retirar uma substância química de um recipiente, voltar a fechá-lo, imediatamente;

 Não tocar, cheirar ou provar qualquer substância química;

 Não fumar, comer, beber ou guardar alimentos em locais que não sejam próprios para esse efeito,
especialmente em áreas onde se localizem substâncias químicas;

 Usar sistemas de aviso sempre que possam ocorrer situações de risco graves, como sejam as
exposições a radiações ionizantes, laser, materiais inflamáveis, muito tóxicos ou outras situações
especiais;

 A fim de evitar contaminações, não deverá usar o equipamento de proteção fora do local de trabalho;

 Lavar-se bem antes de abandonar o local de trabalho. Evitar o uso de solventes para limpar a pele.
Estes desengorduram a pele produzindo inflamações ou irritações. Em muitas situações a lavagem
com solventes facilita a absorção cutânea dos produtos químicos.
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 Rotulagem

 Os diversos países adaptaram o método da simbologia expressa em painéis, placas e


etiquetas de identificação de matérias perigosas.

 Etiquetas de perigo

 A utilização destas etiquetas servem para classificar as mercadorias perigosas


contendo as seguintes finalidades:

• Serem reconhecidas à distância;

• Identificar a natureza do perigo

• Ser facilmente reconhecida face aos símbolos.



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Principais simbolos:

 • Bomba: perigo de explosão;

 • Chama: perigo de incêndio;

 • Caveira: perigo de envenenamento;

 • Trifólio: perigo de radioatividade;

 • Os liquidos gotejando dos tubos de ensaio sobre uma mão e uma placa de metal: perigo de corrosão.

 Outros símbolos complementares utilizados são:

 • Uma chama sobre um circulo: comburentes/oxidantes;

 • Uma garrafa: gases comprimidos não inflamáveis;

 • Três meias luas sobre um circulo: substâncias infecciosas;

 • Uma cruz sobre uma espiga de trigo: substância nociva que deve colocar-se à distância dos alimentos;

 • Sete franjas verticais: substâncias perigosas diversas


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Rotulagem de embalagens

 Os rótulos das embalagens têm como função identificar os riscos relativos à


utilização dos produtos bem como as medidas de prevenção a ter na sua utilização.

 Todas as embalagens devem possuir rótulo, com as seguintes informações:

• Indicar o perigo que a substância apresenta e os símbolos de perigo;

• Indicações sobre o fabricante;

• Número CEE (Comunidade económica europeia);

• Estas informações deverão ser coerentes com a substância;

• Tem de estar de acordo com o idioma do pais em questão;

• Nome da substância de acordo com uma lista internacional.


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Exemplo:
Símbolos utilizados no rótulo das embalagens
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Plano de emergência:
Situações de catástrofe (ex: incêndios, inundações,
tremores de terra…)

 Grande parte das atividades do Serviço de Segurança consiste na intervenção em


caso de emergência. Esta atividade implica uma capacidade de planeamento e
organização bem sistematizados, de modo a prever e estruturar a intervenção
humana numa situação de emergência

 O Plano de Emergência Interno (PEI) é o documento que contém a estrutura da


organização de segurança, os procedimentos a seguir e as responsabilidades dos
diversos intervenientes nas ações de intervenção e de apoio em situações de
emergência. Deve ser elaborado com base nos cenários previsíveis de incêndios
ou outras situações de emergência na entidade.
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 Embora exista a necessidade de cada entidade ter um PEI específico,


existem aspetos comuns na sua estruturação, como:

• Corpo genérico contendo os riscos de incêndio da entidade, os traços gerais


da organização de segurança, as medidas de ordem geral adotadas, os
procedimentos de alarme e as medidas de evacuação a adotar por qualquer
pessoa;

• Organização de segurança contemplando as várias equipas, respetivas


missões e responsabilidades, a concretizar nas fases de alarme, alerta,
evacuação, 1ª intervenção e apoio à intervenção dos bombeiros;

• Procedimentos a seguir por cada equipa na concretização da sua missão;

• Anexos de plantas e esquemas de emergência.


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 O PEI tem como objetivos sistematizar a evacuação enquadrada dos ocupantes e limitar a
propagação e as consequências do incêndio, recorrendo a meios próprios, devendo ser
constituído por:

• Organização em caso de emergência;

• Indicação das entidades internas e externas a contactar em situação de emergência;

• Plano de atuação;

• Plano de evacuação;

• Anexo com instruções de segurança;

• Anexo com plantas de emergência

 No Posto de Segurança deve estar disponível um exemplar atualizado, sujeito a verificação


durante as inspeções regulares e extraordinária.
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Na figura exemplificam-se as fases do
desenvolvimento de uma situação de
emergência:
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Plano de evacuação

 A evacuação rápida e segura dos ocupantes de um edifício é


prioritária sobre quaisquer ações de combate a incêndios.

 Para garantir essa evacuação numa situação de emergência, deve


prever-se, no PEI, uma equipa com essa missão, devidamente
enquadrada na organização estabelecida. Dele deve constar também
a missão da equipa de evacuação e quais as responsabilidades
específicas de cada elemento. É essencial saber como se deve
proceder em caso de evacuação.
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 A Zona de Segurança deve ser indicada de forma clara e


estabelecida em local que não interfira com as operações de socorro
e onde as pessoas possam estar em segurança. Nessa zona deve
ser definido um Ponto de Encontro, para onde se devem encaminhar
as pessoas após terem sido evacuados os espaços do edifício.
Podem definir-se vários Pontos de Encontro em edifícios com maior
dimensão ou com efetivo elevado.

 Esses pontos devem conter o esquema de controlo das pessoas que


já evacuaram os espaços em risco, de modo a confirmar a
evacuação total dos espaços e garantir que ninguém regressa ao
edifício sinistrado até que seja dado como seguro pelas entidades
competentes.
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 Quando a entidade possui espaços abertos ao público com efetivo superior a 500
pessoas, ou sempre que existam problemas particulares de evacuação,
nomeadamente se existirem ocupantes com limitações na capacidade de perceção
do alarme ou de mobilidade, deve ser elaborado um Plano de Evacuação.
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 O plano de evacuação deve contemplar instruções e procedimentos de


modo a garantir a evacuação ordenada, total ou parcial:

• Encaminhamento rápido e seguro dos ocupantes desses espaços para o


exterior ou para uma zona segura, mediante referenciação de vias de
evacuação, zonas de refúgio e pontos de encontro;

• Garantir o auxílio a pessoas com capacidades limitadas ou em dificuldade;

• Confirmação da evacuação total dos espaços e garantia que ninguém a eles


regressa.
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Imediatamente após a confirmação da necessidade de evacuação, as equipas


de evacuação devem:

• Orientar as pessoas para as saídas, através das vias de evacuação;

• Apoiar a evacuação de menores e incapacitados;

• Evitar a ocorrência de situações de pânico;

• Comprovar a evacuação completa das áreas em risco para uma Zona de


Segurança;

• Controlar as pessoas evacuadas no Ponto de Encontro.


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 A constituição dos elementos desta equipa é muito variável, dependendo da


arquitetura dos edifícios, da distribuição do efetivo e das características dos
respetivos ocupantes. Nos locais que recebem público, naturalmente, deve
ser dada ainda mais atenção à problemática da evacuação.

 De forma indicativa, apontam-se alguns critérios orientadores do número de


elementos da equipa de evacuação:

• 1 elemento para cada 20 a 25 ocupantes, adultos e fisicamente capazes, em


estabelecimentos que recebem público;

• 2 a 3 elementos para cada 100 ocupantes, em locais que não recebam público
e em que os ocupantes sejam fisicamente capazes. Segurança contra Incêndio
em Hospitais
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 Os Elementos da equipa de evacuação devem ser selecionados entre os


funcionários da entidade que possuam as seguintes características:

• Boas condições físicas e psíquicas;

• Não trabalhem em postos chaves que tenham de operar mesmo em


situações de emergência;

• Estarem distribuídos uniformemente por todos os espaços e por todos os


turnos de laboração.

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