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PROF.

JULIANO DA SILVEIRA

TENDÊNCIAS
FILOSÓFICAS
FILOSOFI
CONTEMPORÂNEAS A

MÓDULO
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https://www.youtube.com/watch?v=08920bX89Gs

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Panorama histórico do século XX
Vivemos a era da globalização, como se o mundo fosse uma
grande aldeia. Em época alguma se atingiu tão elevado nível de
inter-relacionamento que nos permitisse até mesmo falar em um
mercado mundial determinando a produção, a distribuição e o
consumo de bens, e em uma cultura da “virtualidade real”, que
liga todos os pontos do globo e influencia comportamentos.
No turbulento século XX, vivemos duas guerras mundiais e
inúmeros conflitos, embora também tenha sido o século das
reivindicações de muitas bandeiras – do feminismo, do poder
jovem, das minorias silenciadas por milênios –, o que
revolucionou ideias e atitudes.
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https://www.youtube.com/watch?v=7muGDWAkY90

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Crise da subjetividade
O que denominamos “crise da razão” é
também uma crise da ideia de subjetividade.
Vimos que a herança mais grata da modernidade,
desde René Descartes, foi a descoberta de que
o sujeito era capaz de conhecer e de chegar à
verdade indubitável do cogito, tornando-se o
autor de seus atos pela vontade livre.
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https://www.youtube.com/watch?v=40sxI59zurA

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Freud: fundador da psicanálise
O médico austríaco Sigmund Freud (1856-1939) viveu em
Viena e trabalhou com o neurologista francês Jean-Martin
Charcot (1825-1893), que tratava mulheres histéricas por
meio de hipnose.
Para a psicanálise, todos os nossos atos têm uma
realidade exterior representada na conduta externa, mas
também carregam significados ocultos que podem ser
interpretados. Usando uma metáfora, pode-se dizer que a
vida consciente é apenas a ponta de um iceberg, cuja parte
submersa (de maior volume) simboliza o inconsciente. 8
https://www.youtube.com/watch?v=6I-B67dHZHE

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Outra inovação da psicanálise encontra-se na
compreensão da natureza sexual da conduta
humana.
A energia que preside os atos humanos é de
natureza pulsional (pulsão), que Freud denomina
libido, embora a sexualidade não se reduza à
genitalidade – isto é, aos atos que se referem
explicitamente à atividade sexual propriamente dita
–, porque seu significado é muito mais amplo, ao
abranger toda e qualquer forma de gratificação
ou busca do prazer. 10
https://www.youtube.com/watch?v=XxDP90soZJk&list=PLYb8MujOHWhCUwKDcjjeaBxsGXFe--YNK

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As três instâncias do aparelho psíquico
Ao descrever o aparelho psíquico, Freud delimita três instâncias
diferenciadas: id, ego e superego. 

•O id (do latim, “isto”) constitui o polo pulsional da personalidade, o


reservatório primitivo da energia psíquica; seus conteúdos são
inconscientes, alguns inatos e outros recalcados.
•O ego (do latim, “eu”) é a instância que age como intermediária entre
o id e o mundo externo; em contraste com o id, que contém as pulsões,
o ego enfrenta conflitos para adequá-las pela razão às
circunstâncias. Por isso o ego é também a sede do superego.
•O superego (ou “supereu”) é o que resulta da internalização das
proibições impostas pela educação, de acordo com os padrões da
sociedade em que se vive.
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Fenomenologia de Husserl
A fenomenologia é um método e uma
filosofia que surgiu com o alemão
Edmund Husserl (1859-1938).
Husserl entende por fenomenologia o
processo pelo qual examina o fluxo da
consciência, ao mesmo tempo que é capaz
de representar um objeto fora de si.
Podemos compreender esse processo se
examinarmos o conceito de fenômeno
como “aquilo que aparece”, isto é, como
se apresenta imediatamente à
consciência. 14
Ao buscar o que é dado na experiência, aquele que
vive determinada situação concreta descreve “o que se
passa” efetivamente do seu ponto de vista, processo
que valoriza a intuição e a afetividade.
Intencionalidade
Para estabelecer a relação entre sujeito e objeto,
Husserl parte de um postulado básico, a noção de
intencionalidade, que significa “dirigir-se para”, “visar
a alguma coisa”. Toda consciência é intencional por
sempre tender para algo, por visar a algo fora de si.
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A fenomenologia visa à “humanização”
da ciência, apoiada em uma nova relação
entre sujeito e objeto, ser humano e
mundo, considerados polos inseparáveis.
Como a consciência é doadora de
sentido, fonte de significado, o processo de
conhecer nunca termina: é uma exploração
exaustiva do mundo.
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Vale lembrar que a consciência do mundo
não se reduz ao conhecimento intelectual,
pois a consciência também é fonte de
intencionalidades afetivas e práticas. O
nosso olhar é o ato pelo qual temos a
experiência vivida da realidade,
percebendo, imaginando, julgando,
amando, temendo etc.
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https://www.youtube.com/watch?v=LrpZF6o9fCI

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Heidegger: fenomenologia existencial
O filósofo dinamarquês
Sören Kierkegaard (1813-1855) foi
o primeiro a descrever a angústia
como experiência fundamental do
ser livre ao se colocar em situação
de escolha.
O “ser-aí"
Na obra Ser e tempo, Heidegger
segue o método fenomenológico
para discutir e elaborar uma teoria
do ser.
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Documentário Heiddeger no HD externo ( 01:25 - 12:56)

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O “ser-aí"
Desde logo, percebe que o ser humano não é como
as coisas e os animais porque ele existe. Esse existir é
por ele denominado Dasein, expressão alemã de difícil
tradução que significa algo como “ser-aí”, isto é, o ser-
no-mundo, porque o ser humano não constitui uma
consciência separada do mundo. Ser é “estourar”,
“eclodir” no mundo.
O Dasein, como “ser-aí”, é um ser “lançado” no
mundo; no entanto, o ser humano não se reduz a uma
“coisa”. 21
Por isso, distinguem-se na existência humana dois aspectos
inseparáveis: facticidade e transcendência.
• A facticidade é o conjunto das determinações humanas:
encontramo-nos no mundo possuindo um corpo com
determinadas características psicológicas, pertencemos a uma
família, a um grupo social, estamos situados em um tempo e
espaço que não escolhemos. Vivemos em um mundo que não
criamos e ao qual nos encontramos submetidos em um primeiro
instante.
• A transcendência é a ação pela qual o ser humano executa o
movimento de ir além dessas determinações. Não para negá-las,
mas para lhes dar sentido e orientar suas ações nas mais diversas
direções. A transcendência é a dimensão da liberdade
humana. 22
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Portanto, para
Heidegger o existir
não se assemelha ao
estar das coisas,
mas é projetar-se,
inventar-se e,
sobretudo, escolher-
se, como ser de
liberdade que é. 24
https://www.youtube.com/watch?v=i3qAtUCGTn4

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Sartre e o existencialismo
Jean-Paul Sartre (1905-1980)
escreveu O ser e o nada, sua
principal obra filosófica, em 1943.
Sofreu forte influência da
fenomenologia de Husserl e da
filosofia de Heidegger. Sua teoria
gerou uma “moda
existencialista”, pelo fato de ter se
tornado renomado romancista e
teatrólogo, além de sua atuação
política como cidadão. 26
https://www.youtube.com/watch?v=K57-yWGmxng

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