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Caravaggio (1571-1617). São Jerônimo escrevendo (c. 1606. óleo sobre tela, 112x157, Galleria
Borghese, Roma.
“Durante séculos, sob os auspícios da
filosofia greco-romana, a Igreja
incentivou o desenvolvimento da
razão pelo cultivo da memória e uma
existência humana ética e religiosa.
Na leitura, interpretação de textos e
construção de argumentos próprios
devidamente embasados residiam os
elementos formadores de homens
doutos. Livres dos afazeres
repetitivos e pouco criativos do
cotidiano, estes homens edificaram
suas obras sobre o alicerce cultural
do cânon que por séculos guiou a
sociedade ocidental.”
(LANZIERI JUNIOR, 2017, p. 73-74)
• Escolas monacais e
paroquiais –
Principalmente do século V
- VIII;
• Escolas de Catedrais e
Oficinas – séculos XI - XII;
• Universidades – século XIII
em diante.
• Estrutura da língua
Latina;
• Etimologias;
• Leitura treinada;
• Crítica.
Imagem anterior: A Filosofia apresenta as sete Artes Liberais a Boécio (c. 1460-1470). Iluminura atribuída ao Mestre
Coëtivy (ativo entre 1450 e 1485).
Imagem do canto superior direito: Detalhe do portal oeste da Catedral de Chartres
“Bernardo [de Chartres] dobrava-se em esforços diários para fazer com
seus estudantes imitassem o que ouviam. Em alguns casos, ele se fiava
na exortação, em outros, recorria a punições tais como surras” (JOÃO
DE SALISBURY, Metalogicon, Livro I, cap. 24, p. 68).
“Alguns dizem não ser a gramática uma parte da filosofia, mas mero
apêndice ou instrumentos dela. Contudo, Boécio ensinou, na teoria da
argumentação, que ela é parte, e também instrumento da filosofia,
como se fosse um órgão instrumental do corpo[...] Pelo viés das
desinências, a gramática é nome, verbo, particípio, pronome, advérbio,
preposição, conjugação, interjeição, palavras articuladas, sílabas,
métricas, acentos, pontuação, notas, ortografia, analogia, etimologia,
glosas, diferenças, barbarismos, solecismo, vícios de linguagem,
metaplasmos, esquemas, tropos, prosas, metros, fábulas e histórias.”
(HUGO DE SÃO VITOR. Didascálicon. Livro III. Capítulo 3. p, 113)
A RETÓ RICA
"Graças a mim, orgulhoso orador, seus
discursos ganharão força".
"É com exatidão que inspeciono o chão". "Eu mantenho os nomes dos corpos
celestes e conheço seu curso futuro".
A astronomia e a astrologia se diferenciam pelo fato de a astronomia ter
derivado o seu nome da lei dos astros, a astrologia do discurso sobre os
astros. De fato, nomía significa lei e logos discurso. E assim, a astronomia é a
ciência que discute a lei dos astros e a revolução do céu, investigando as
regiões, as órbitas, os movimentos, o raiar e pôr-se das estrelas e as razões
do nome de cada uma.
Imagem anterior: Esquema cosmográfico medieval. Atlas catalão, século XIV. In: BNF, ESP 30.
A relação de influência dos signos nos quatro
elementos do mundo sublunar. Barthélemy
l'Anglais. O Livro das Propriedades das Coisas,
século XV. In: BNF, FR 135.