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Recursos Humanos

Prof. Anna Karen Imoto de Lima


Anna.lima@unicesumar.edu.br

1
FÉRIAS ANUAIS

•   Histórico
• As férias no Brasil foram ao longo do tempo
uma conquista do trabalhador. O primeiro
registro histórico é do Ministério da
Agricultura, Comércio e Obras Públicas em
1889 e posteriormente em 1890 os operários
da Estrada de Ferro Central do Brasil.

2
• Somente em 1925 as férias foram ampliadas
aos demais empregados de outras empresas
e demais atividades, quando foram
consagradas por lei, mas ainda assim não
mantinham a forma como as conhecemos,
pois eram de 15 dias e não existia o adicional
de 1/3 das férias. Constitucionalmente as
férias anuais são registradas a partir de
1934.  
3
• Foi em 1943 com a Consolidação das Leis
Trabalhistas que as férias foram
dimensionadas com mais propriedade e
unificada as diversas leis até então vigentes.
• A evolução principal veio em 1977 com as
principais atualizações sobre as férias, mais
próximas das que vigoram atualmente.

4
• Em 1988 a Constituição Federal determinou
que as férias fossem pagas com um adicional
especial, devendo ser acrescidas de 1/3 de
adicional sobre a base de cálculo das férias.

5
Estudo

• As férias foram prestigiadas pela Consolidação das


Leis Trabalhistas visando desenvolver meios
necessários ao empregado para que ele pudesse
recuperar as condições físicas e mentais
despendidas no trabalho. As férias representavam,
inicialmente, um descanso remunerado só com o
valor do salário mensal, e, mais modernamente,
vem sida acrescida de um adicional correspondente
a 1/3 do valor base do cálculo das férias, permitindo
assim que o empregado goze seu período com
condições financeiras e atinja o âmago das férias.
6
• Podemos dimensionar as férias com alguns
princípios que as fundamentam:

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Do exposto temos:

• Anualidade: o gozo das férias passa a ser


direito do empregado após 12 (doze) meses
de relação contratual sem prejuízo. 
• Continuidade: as férias sofrem limitações de
fracionamento, devendo ela ser de 30 (trinta)
dias consecutivos.  
• Remunerabilidade: Goza o empregado de
ter seu período de descanso remunerado
integralmente, considerando salário fixo e
salário variável.   8
• Irrenunciabilidade: Não pode o empregado
renunciar as férias e desejar “vendê-las”,
deve-as gozar.  
• Proporcionalidade: Em razão das férias
sofrer com a redução, por conta de excesso
de faltas, a mesma pode ser proporcional.  

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Vocabulário

• Algumas terminologias próprias são utilizadas nas


férias para diferenciar as situações das quais se
tratam: 
• Período aquisitivo (P.A.): é compreendido entre a
admissão ou último vencimento das férias e os
próximos 12 (doze) meses de relação contratual.
Exemplo: 20/09/01 à 19/09/02.  
• Período de gozo (P.G.): é o período de descanso.
Exemplo: 01/08/02 à 30/08/02.  
• Período de concessão (P.C.): é o período que a
empresa tem como fluência para conceder o gozo às
férias. Exemplo: P.A - 20/09/01 à 19/09/02 – P.C.
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período de concessão de 20/10/02 à 19/10/03.  


AS FÉRIAS NA DURAÇÃO DO
CONTRATO DE TRABALHO  
• Redução do Período de Gozo
• Na constância da relação de trabalho, se o
empregado comete excesso de faltas
injustificadas, o empregador pode reduzir o
período de descanso do empregado. Nesse
sentido a CLT em art. 130 determinou um
sistema de escalonamento:  

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Tabela de faltas injustificadas

Até – injustificadas Direito a Férias

5 – faltas 30

De 6 a 14 – faltas 24

De 15 a 23 – faltas 18

De 24 a 32 – faltas 12

Acima de 32 – faltas 00

12
• Não se devem confundir as faltas que são
descontadas em folha de pagamento, com a
consequência que estas faltas produzem nas
férias. Isto porque, se as faltas não forem
descontadas em folha de pagamento, elas
não produzem consequência nas férias e
também não é permitido usar o
escalonamento.  

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• O empregado trabalha 12 (doze) meses para
merecer o descanso, se nesse período ele
comete excesso de falta, podemos concluir
que ele trabalhou menos; logo, deve
descansar menos.  
• Não é permitido abonar as faltas em folha de
pagamento e compensá-las com as férias, §
único do art. 130 CLT.  

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• Importante: As faltas devem ser apuradas
dentro do período aquisitivo das férias.  
• Exemplo: O empregado faltou no dia 04 de
setembro, não houve desconto na folha de
pagamento e compensa a falta deduzindo
das férias, onde ele passou a gozar 29 dias.
Isto é proibido.  
• Porém se ele faltou e foi descontado em folha
de pagamento, deve-se seguir a tabela de
escalonamento. 15
• As férias podem ser prejudicadas por fatores
que ocorreram durante a vigência do contrato
de trabalho, os mais comuns são:
• Alteração nas Férias
• Faltas não justificadas afetam o gozo das
férias. Como já anteriormente discutido,
podem ser utilizadas no escalonamento das
férias, CLT art. 130;

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• Suspensão do Contrato de Trabalho: O
contrato sofre o fenômeno da suspensão
quando o empregado encontra-se
impossibilitado de cumprir sua jornada
contratual, dessa forma cada situação deve
ser avaliada à luz do caso específico.

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• Podemos relacionar algumas situações
abaixo:
•        Auxílio doença: após o 16º dia passa o
contrato a estar suspenso, por força de lei os dias
de ausência por este motivo são abonados e não
prejudicam as férias, salvo quando recebe por 6
(seis) meses o benefício, mesmo que de forma
descontínua, perde o direito as férias daquele
período aquisitivo em que se registra a ausência,
art. 133, IV da CLT; 
18
• Acidente de trabalho: após o 16º dia passa
o contrato a estar suspenso, por força de lei
os dias de ausência por este motivo são
abonados e não prejudicam as férias, salvo
quando recebe por 6 (seis) meses o
benefício, mesmo que de forma descontínua,
perde o direito as férias daquele período
aquisitivo em que se registra a ausência, art.
133, IV da CLT;
19
• Férias - Licença Médica - Suspensão do Contrato -
O período da licença médica é de suspensão do
contrato de trabalho, lapso temporal este em que
não se produzem os efeitos do contrato de trabalho,
à exceção dos casos previstos em lei. Nos termos
do art. 133, incisos II e IV, da CLT, não tem direito a
férias o empregado que gozar de licença, por mais
de 30 (trinta) dias, percebendo salário, bem como o
que perceber da Previdência Social prestações a
título de acidente de trabalho ou de auxílio-doença
por mais de seis meses.
20
• Dessa feita, suspenso o contrato de trabalho,
por enquadrado o reclamante na previsão do
dispositivo acima mencionado, não adquiriu o
obreiro o direito as férias. (TRT 10ª R. - RO
2.131/97 - 3ª T. - Rel. Juiz Bertholdo Satyro -
DJU 10.10.1997)  

21
• Licença sem remuneração: suspende o
contrato de trabalho;
• Prestação de serviço militar: suspende o
contrato de trabalho e o período anterior ao
engajamento é somado após o retorno ao
trabalho. Porém se o empregado comparecer
à empresa após 90 (noventa) dias da baixa
da prestação de serviço militar obrigatória
perde período de trabalho anterior ao
engajamento; 22
• Férias - Prazo para a Concessão -
Suspensão do Contrato - Durante o período
em que o empregado encontra-se licenciado,
por motivo de doença, não corre o prazo para
a concessão das férias cujo direito já foi
adquirido, em razão da suspensão do
contrato de trabalho. (TRT 9ª R. - RO
8.832/96 - Ac. 1ª T. 2.703/97 - Rel. Juiz
Tobias de Macedo Filho - DJPR 31.01.1997)  
23
• Licença remunerada por mais de 30 (trinta)
dias: perde as férias;  
• Férias - Contrato Suspenso, Interrompido ou Extinto
- De acordo com o art. 133, II, da CLT, o empregado
não tem direito ao recebimento das férias relativas
ao período estabilitário quando perceber em gozo
de licença, com percepção de salários, por período
superior a trinta dias. (TRT 2ª R. - Proc.
0295058388 - Ac. 7ª T. 02970335721 - Rel. Juiz
Gualdo Amaury Formica - DOESP 17.07.1997)
24
• No caso de afastamento de licença-
maternidade, mesmo sendo está paga pelo
INSS, não sofrerá a empregada suspensão
do seu contrato, assim não terá alteração
para as férias.

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BENEFÍCIOS NAS FÉRIAS

• Ocorrem também fatores que concedem aos


empregados benefícios junto às férias:

Licença remunerada até 30 (trinta) dias: não prejudicam as férias;

Transformar em pecúnia 1/3 de suas férias: vender 10 (dez) dias;

Não parcelar as férias se menor de 18 anos e maior que 50 anos;

Receber entre os meses de fevereiro e novembro a 1ª parcela 13º;

Menor de 18 anos gozar as férias junto com a do período escolar;

Não sofrer prejuízos com as faltas legais ou abonadas;

Ter período anterior à prestação de serviço militar obrigatório contado, apresentando-se até 90 (noventa) dias
26
após a baixa.
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR

• Ao Empregador são lhe atribuídas algumas


obrigações:
• Dar aviso de férias ao empregado com no
mínimo 30 dias de antecedência ao gozo;
• Pagar o abono pecuniário, se solicitado 15
dias antes do término do período aquisitivo;
• Pagar a 1ª parcela de 13º salário, se
solicitado em janeiro do exercício ao gozo
das férias;
27
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR
• Pagar as férias com dois dias de
antecedência ao início do gozo;
• Acrescentar aos cálculos das férias o
adicional de 1/3 constitucional;
• Considerar a integração das horas extras,
demais adicionais e salário variável como
parte do cálculo das férias ;
• Familiares no mesmo emprego podem gozar
férias no mesmo período, desde que não
acarrete prejuízos à empresa; 28
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR
• Em regra geral as férias não podem ser
dividas em dois períodos, somente em casos
excepcionais, definidas pelo empregador;
• Férias - Cancelamento ou adiantamento (positivo) -
Comunicado ao empregado o período do gozo de
férias individuais ou coletivas, o empregador
somente poderá cancelar ou modificar o início
previsto se ocorrer necessidade imperiosa e, ainda
assim, mediante o ressarcimento, ao empregado,
dos prejuízos financeiros por este comprovados.
(Precedente Normativo da SDC do TST) 29
•   Direito Adquirido no Gozo das Férias
• O período de gozo das férias não prejudica o
empregado quanto às alterações ocorridas
nele. Mesmo o contrato sendo considerado
interrompido, o empregado mantém o seu
direito, dessa forma, havendo alteração de
salário naquele período de gozo, os dias de
gozo que representam o novo salário deve
ser recalculado e pago a diferença.
30
• “Ao empregado afastado do emprego são
asseguradas, por ocasião de sua volta, todas
as vantagens que, em sua ausência, tenham
sido atribuídas à categoria a que pertencia na
empresa”. Art. 471 da CLT

31
•   Férias na Rescisão
• As férias passam a ter forma diferenciada
frente ao desligamento do empregado da
empresa. Isto porque o desligamento pode
ocorrer por diversos motivos e após certo
período de relação contratual, razão pela
qual devem ser avaliadas em cada caso. As
férias são indenizadas na rescisão, diferente
posição quando gozadas.
32
Podemos então desenhar um quadro para auxiliar a interpretação do
direito
CONTRATO DE TRABALHO COM MENOS DE UM ANO

 
    FÉRIAS  
 
FÉRIAS FÉRIAS 1/3 INSS FGTS IRRF

MOTIVO VENCIDAS PROP. ADICIONAL  

NÃO NÃO
DISPENSA SEM JUSTA CAUSA NÃO RECEBE RECEBE RECEBE DESCONTA
DESCONTA RECEBE

NÃO NÃO
CONTRATO EXPERIÊNCIA NO
NÃO RECEBE RECEBE RECEBE DESCONTA
PRAZO
DESCONTA RECEBE

NÃO NÃO
CONTRATO EXPERIÊNCIA ANTES DO
NÃO RECEBE RECEBE RECEBE DESCONTA
PRAZO
DESCONTA RECEBE

NÃO NÃO
DISPENSA COM JUSTA CAUSA NÃO RECEBE NÃO RECEBE NÃO RECEBE DESCONTA
RECEBE DESCONTA

NÃO
PEDIDO DE DEMISSÃO NÃO RECEBE RECEBE¹ RECEBE NÃO RECEBE DESCONTA
DESCONTA

NÃO
FALECIMENTO EMPREGADO NÃO RECEBE NÃO RECEBE NÃO RECEBE NÃO RECEBE DESCONTA
DESCONTA

NÃO NÃO
FALECIMENTO EMPREGADOR NÃO RECEBE RECEBE RECEBE DESCONTA
DESCONTA RECEBE

NÃO NÃO
APOSENTADORIA EMPREGADO NÃO RECEBE NÃO RECEBE NÃO RECEBE DESCONTA
RECEBE DESCONTA 33
• 1 - Súmula 261 do TST "O empregado que se
demite antes de complementar 12 (doze)
meses de serviço tem direito a férias
proporcionais".

34
CONTRATO DE TRABALHO COM
MAIS
DE UM ANO

 
    FÉRIAS  
 
FÉRIAS FÉRIAS 1/3 INSS FGTS IRRF

MOTIVO VENCIDAS PROP. ADICIONAL  

DISPENSA SEM JUSTA NÃO NÃO


RECEBE RECEBE RECEBE DESCONTA
CAUSA DESCONTA RECEBE

NÃO NÃO
DISPENSA COM JUSTA
RECEBE NÃO RECEBE RECEBE DESCONTA
CAUSA
DESCONTA RECEBE

NÃO NÃO
PEDIDO DE DEMISSÃO RECEBE RECEBE RECEBE DESCONTA
DESCONTA RECEBE

NÃO
FALECIMENTO EMPREGADO RECEBE RECEBE RECEBE NÃO RECEBE DESCONTA
DESCONTA

FALECIMENTO NÃO
RECEBE RECEBE RECEBE NÃO RECEBE DESCONTA
EMPREGADOR
DESCONTA
35
APOSENTADORIA NÃO
RECEBE RECEBE RECEBE NÃO RECEBE DESCONTA
EMPREGADO DESCONTA
• Importante!
• Empregador se beneficia do direito de
escolher o período de gozo das férias.
• Deve o empregado apresentar a CTPS antes
de sair de férias.
• empregado dará quitação do pagamento,
com indicação do início e do término das
férias.
• Não podem ser descontado ou abatido as
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faltas nas férias.  
• Penalidades
• O não pagamento das férias no prazo, apenas define multa
administrativa ao Estado e não ao empregado.
• Ultrapassado o período de concessão, o empregador estará
sujeito ao pagamento das férias em dobro ao empregado.
Exemplo P.A 20/09/00 a 19/09/01 – P.C. 20/09/01 a
19/09/02, se as férias não forem concedidas (com início e
término) dentro desse último período, elas deverão ser
pagas em dobro.
• No período de gozo das férias, o empregado não pode
prestar serviços a outro empregador, salvo por obrigação
contratual de trabalho.
37
• Compra das Férias - Não pode a Justiça do
Trabalho admitir a prática da "compra" das férias
integrais do empregado pelo empregador; trata-se
de fraude ao que é previsto nos artigos 129 e 142
da CLT, devendo ser considerado, sempre, nulo o
ato - sendo, pois, inexistente -, nos termos do artigo
9º consolidado. (TRT 10ª R. - RO 1.979/96 - 2ª T. -
Rel. Juiz Lauro da Silva de Aquino - DJU
28.02.1997)
• O salário das férias do empregado horista
corresponde à média do período aquisitivo, não38
podendo ser inferior ao mínimo. (Súmula 199 do
STF)
•   Cálculo de Férias -
use a tabela prática de cálculo
• Para se calcular as férias devemos adotar alguns
critérios e ter conhecimento do funcionamento da
tabela de INSS e IRRF. Sem esse conhecimento
fica bem difícil ter certeza se o cálculo esta correto.
 
• A base de cálculo das férias deve ser composta do
salário fixo e do variável, quando houver, dessa
forma comporá uma remuneração. O salário fixo é
aquele devido no mês do gozo das férias art. 14239
da CLT.
• Em caso de horas extras, as mesmas são
apuradas no período aquisitivo com média
aritmética, devendo considerar a quantidade
de horas em cada mês e não o valor pago.
Art. 142 “§ 1º Quando o salário for pago por
hora, com jornadas variáveis, apurar-se-á a
média do período aquisitivo, aplicando-se o
valor do salário na data da concessão das
férias”.  
40
• Sendo o valor comissão, deve-se apurar os
últimos 12 (doze) meses com média
aritmética (há sindicados que determinam
períodos menores) anteriores ao período de
gozo. Art. 142 § 3º da CLT.

41
• Outros adicionais: insalubridade,
periculosidade ou adicional noturno, sendo
pagos mensalmente ao empregado são
utilizados com o valor mensal, não se
calculando média. Porém, se o pagamento foi
em determinado período, calcula-se a média
aritmética com base no período aquisitivo.  

42
• A todos os valores variáveis o DSR é
acrescido, dessa forma o mesmo deve ser
utilizado como parte da composição da
remuneração. O DSR é um acessório que
segue o valor principal, mesmo não havendo
regra prática na CLT, e podemos nos valer de
legislação adjacente; logo, o Código Civil.

43
• Art. 233. A obrigação de dar coisa certa
abrange os acessórios dela embora não
mencionados, salvo se o contrário resultar do
título ou das circunstâncias do caso. Art. 58 -
Principal é a coisa que existe sobre si,
abstrata ou concretamente. Acessória,
aquela cuja existência supõe a da principal.  

44
• O pagamento do adicional de 1/3 previsto na
Constituição Federal não é solicitado pelo
empregado, ele é subentendido quando do
pedido de férias, sendo um direito
indisponível do empregado. 

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•   Vejamos alguns modelos:
• Admissão: 01/06/01
• Período Aquisitivo: 01/06/01 a 31/05/02
• Período de Gozo: 01/04/03 a 30/04/03
• Salário Base: R$ 700,00
• Gozo 30 dias...............................: R$ 700,00
• Adicional 1/3 ..............................: R$ 233,33
• Soma ...........................................: R$ 933,33
• INSS 11%....................................: R$ 102,67 (tabela de
junho/2002)
• Líquido .......................................: R$ 830,66
• Data Aviso Prévio: 01/03/03 46

• Data Recibo Pagamento: 29/03/03  


• Admissão: 01/03/02
• Período Aquisitivo: 01/03/02 a 28/02/03
• Período de Gozo: 10/03/03 a 29/03/03
• Salário Base: R$ 2.000,00
• Gozo 20 dias...............................: R$ 1.333,33
• Adicional 1/3 ..............................: R$ 444,44
• Gozo 10 dias...............................: R$ 666,66
• Adicional 1/3 ..............................: R$ 222,22
• Soma ...........................................: R$ 2.666,65
• INSS 11%....................................: R$ 171,77 (tabela de junho/2002)
• IRRF 27,5% ...............................: R$ 263,01 (tabela de junho/2002)
• Líquido .......................................: R$ 2.231,87
• Data Aviso Prévio: 08/02/03
• Data Recibo Pagamento: 08/03/03   47
FÉRIAS COLETIVAS

• As férias coletivas foram criadas para


atender períodos sazonais pelos quais a
empresa esteja passando, podendo ser de
ordem política, econômica ou social.

48
• Dessa forma a empresa pode adotar as
férias coletivas art. 139 da CLT, podendo
aplicar:

• A todos os empregados da empresa;


• A determinado estabelecimento da empresa;
• A setores ou departamentos da empresa.
49
• Critérios Concessão
• Dois períodos anuais;
• Vedado período inferior a 10 (dez) dias;
• Avisar a DRT e Sindicato com 15 (quinze) dias
antes do período de gozo;
• Informar a DRT e Sindicato o início e fim das férias;
• Comunicar a DRT e Sindicato qual a opção
(empresa, estabelecimento ou setor) das férias
coletivas; e
• Fixação no quadro de aviso da empresa.
50
• Importante!
• O adicional de 1/3 das férias regulamentares,
também é acrescido nas férias coletivas.  
• Havendo salário variável, com exceção à
comissão e percentual, será apurado dentro
do período aquisitivo.  
• No caso da comissão e percentual, serão
utilizados os 12 (doze) meses anteriores ao
gozo das férias.  
51
• Sendo horas extras, já definiu a
jurisprudência que será apurada a
quantidade de horas no período aquisitivo.  
• O abono pecuniário nas férias coletivas deve
ser objeto de previsão em acordo ou
convenção coletiva.  
• Os membros da mesma família e os
estudantes menores de 18 (dezoito) anos,
gozam dos mesmos direitos das férias
regulamentares.   52
• Mesmo nas férias coletivas, a empresa não pode
firmar período inferior a 10 dias.  
• A empresa deve observar que o fracionamento
anual não pode ultrapassar dois períodos, se
concedeu 10 (dez) dias, as próximas deverão ser
de 20 (vinte) dias.
• Caracterizado a necessidade ou intenção da
empresa dar as férias coletivas, deve a mesma
comunicar a Delegacia Regional do Trabalho e o
Sindicato da Categoria, com 15 (quinze) dias de
antecedência ao gozo.   53
• Deverá o empregador afixar em local visível,
também com 15 (quinze) dias de
antecedência comunicado aos empregados.  
• O menor de 18 (dezoito) e o maior de 50
(cinquenta) anos não podem ser parcelar as
férias; ou seja, as férias coletivas não alteram
essa prerrogativa.  
• Nos contratos de trabalho com tempo inferior
a 12 (doze) meses, se utilizado todo período
aquisitivo, começará a vigorar novo período.54
• Exemplo:
• Admissão: 15/10/2002
• Direito: 03/12 avos = 7,5 dias
• Período Aquisitivo: 15/10/2002 a 19/12/2002
• Férias Coletivas: 20/12/2002 a 01/01/2003 –
13 dias
• Novo período aquisitivo: 20/12/2002 a
19/12/2003
• Nota: o período excedente a 7,5 dias pode 55
ser interpretado como licença remunerada.  
• A CLT não é clara quanto ao início do novo
período aquisitivo art. 140, porém
considerando que qualquer período
remunerado não interrompe o contrato de
trabalho e ainda que para apuração de direito
é contado até o dia anterior ao início das
férias, não haveria motivo para iniciar após o
retorno, assim é possível interpretar a favor
do empregado que o novo início pode
começar a partir da data da concessão.   56
• Admissão: 01/10/01
• Período Aquisitivo: 01/10/01 a 30/09/02
• Direito: 09 (nove) meses = 22,5 dias
• Férias Coletivas: 01/07/02 a 15/07/02
(15dias):
• Não muda período aquisitivo;
• Manterá o período em 30/09/02, devendo o
saldo de 15 (quinze) ser dado no período de
concessão. 57
Tabela INSS 2015

58
• O valor mínimo dos benefícios pagos pelo
INSS – aposentadorias, auxílio-doença,
auxílio-reclusão e pensão por morte -, das
aposentadorias dos aeronautas e das
pensões especiais pagas às vítimas da
síndrome da talidomida, será de R$ 788,00.

59
• Saiba mais informações sobre os
benefícios INSS
• Salário-Família
• A cota do salário-família passa a ser de R$ 37,18
para o segurado com remuneração mensal não
superior a R$ 725,02 e de R$ 26,20 para o
segurado com remuneração mensal superior a R$
725,02 e igual ou inferior a R$ 1.089,72.
• Auxílio-Reclusão
• Já o auxílio-reclusão será devido aos dependentes
60
do segurado cujo salário-de-contribuição seja igual
ou inferior a R$ 1.089,72.
• Salário Mínimo
• (Decreto n.º 8.381 de 29/12/2014, que
regulamenta a Lei nº 12.382, de 25/02/2011)
• Início: 01/01/2015

2015/01 788,00

61
• Tabela de Contribuição do INSS
• (Portaria Interministerial n.º 13 de 09/01/2015
– MPS/MF)
• Início: 01/01/2015

Salário de Contribuição Alíquota do INSS (%)

de 0,00 até 1.399,12 8,00

de 1.399,13 até 2.331,88 9,00

de 2.331,88 até 4.663,75 11,00


62
• Tabela de Salário Família
• (Portaria Interministerial n.º 13 de
09/01/2015 – MPS/MF)
• Início: 01/01/2015

Salário de Contribuição Salário Família (R$)

de 0,00 até 725,02 37,18

de 725,03 até 1.089,72 26,20


63
• Tabela do IRRF
• (Medida Provisória nº 670, de 10 de março
de 2015, que altera a Lei nº 11.482, de 31 de
maio de 2007)
•     Início: 01/04/2015
Dedução Por Dependente (R$) Dedução Por Aposentadoria (R$) Redutor (R$)

189,59 1.903,98 0,000

Base de Calculo Alíquota (%) Parcela a Deduzir (R$)

de 0,00 até 1.903,98 0,00 0,00


de 1.903,99 até 2.826,65 7,50 142,80
64
de 2.826,66 até 3.751,05 15,00 354,80
de 3.751,06 até 4.664,68 22,50 636,13
Acima de 4.664,68 27,50 869,36

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