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NANOTECNOLOGIA

APLICAÇÕES NA ÁREA DE ALIMENTOS


Conceito Nano

A primeira vez que se falou em nanotecnologia foi em Dezembro de 1959 pelo físico Richard Feynman que comentou
sobre um breve conceito desta tecnologia. Ele ressaltou a respeito do poder, da possibilidade na manipulação dos
átomos e moléculas, o que resultaria em componentes tão pequenos que não seria possível visualizar a olho nu.

Anos mais tarde, em 1981, Gerd Bering e Heinrich Rohrer dois cientistas do Laboratório da IBM em Zurique, criaram um
microscópio para a época era avançadíssimo, pois dispensava a utilização de qualquer tipo de luz e funcionava por
causa do efeito túnel, que permitia a visualização de átomos e moléculas individuais e detectava regiões com alta
densidade eletrônica. O microscópio ganhou o Nobel de 1986. 
http://redeglobo.globo.com/globocien
2012/02/microscopio-de-tunelamento
O microscópio funciona baseado no efeito túnel, que é observacao-e-manipulacao-atomica.ht
produzido quando um elétron passa de um certo átomo para
um outro. O elétron desaparece em um átomo e aparece em
outro, como se passasse por um túnel e durante esse processo
não conseguíssemos vê-lo”

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/informatica/nanotecnologia-historia-e-su
O que é Nanotecnologia ?

É a tecnologia que trabalha com a manipulação, produção, caracterização e aplicação de estruturas,


dispositivos e sistemas de controle de forma e tamanho em escala nanométrica. 10-9m
https://futurism.com/artist-creates-nano-sculptures-visible-
ps://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/26/tecnologia/143262
electron-microscope/
52_127764.html

Bíblia sagrada
Nanoparticulas

Cubo
volume = 2 x 2 x 2 = 8cm3
Área superficial = 6 x ( 2x2 ) = 24 cm2

8 cubos
Volume 1 cm3 cada
Área superficial = 8 x 6 x 1 = 48 cm2

Dobro da área inicial


Se eu cortar até obter “Nano” cubos qual vai ser a área
107 cm2

10-3 cm x 10-3 cm = 10-14 cm2


6x 10-14 cm 2 por cubo
6x10-14 x 8x10 21 cubos= 48 x 107 cm2
48000 m2

1 campo 7140 m2
• O objetivo deste trabalho é abordar as aplicações de
nanotecnologia em alimentos, enfatizando o uso de
nanopartículas lipídicas sólidas, nanoemulsões e
nanocápsulas, e de nanocompósitos para a embalagem
dos alimentos, além de abordar os riscos e a legislação
de nanotecnologia em alimentos.
Aplicações de nanotecnologia em alimentos
Nanopartículas Lipídicas Sólidas (NLS)
• Nanopartículas lipídicas sólidas (NLS) são sistemas coloidais
transportadores que foram desenvolvidos para encapsular, proteger e
distribuir componentes lipofílicos funcionais, tais como lipídios bioativos e
drogas. A fase líquida lipídica e uma solução de surfactante aquoso são
homogeneizados em uma temperatura acima da temperatura de fusão
dos lipídios, para produzir uma fina dispersão de uma emulsão de óleo em
água. A partícula é estabilizada por surfactantes, que podem ser
compostos de uma única camada, mas normalmente há uma mistura de
surfactantes. Nanopartículas lipídicas têm uma estrutura semelhante à
nanoemulsões, com um tamanho que varia normalmente de 50 a 1000
nm. O núcleo lipídico em nanoemulsões é líquido, mas, em
nanopartículas, o núcleo lipídico está no estado sólido.
Nanoemulsão
• Nanoemulsão consiste em uma dispersão muito fina, composta por
uma fase de óleo (tal como triglicerídeos ou hidrocarbonetos) e uma
fase aquosa (água ou água com algum eletrólito ou poliol), que se
apresenta como gotas com diâmetro menor que 100 nm. Emulsões
com tamanho de gota em escala nanométrica são frequentemente
referidas na literatura como miniemulsões, nanoemulsões e emulsões
ultrafinas. O termo nanoemulsão é preferível porque, além de dar
uma ideia da escala de tamanho nanométrica das gotículas, evita
erros de interpretação com a microemulsão. Nanoemulsões tipo óleo
em água têm sido investigadas há muito tempo e foram estudadas
minuciosamente. No entanto, existem poucos estudos relacionados
com nanoemulsões tipo água em óleo
• As primeiras nanoemulsões baseavam-se na formulação das emulsões
utilizadas na nutrição parenteral, com a incorporação do fármaco em
seu núcleo oleoso e/ou adsorção na interface fosfolipídica.
Entretanto, devido especialmente a problemas relacionados à
estabilidade dos sistemas, surgiu a necessidade do desenvolvimento
de formulações estabilizadas por uma mistura de agentes tensoativos,
sendo adicionadas de emulsificantes não iônicos ou iônicos. A rápida
eliminação destes sistemas após a administração intravenosa levou ao
surgimento das emulsões contendo fosfolipídeos ligados a polímeros
hidrofílicos, como o polietilenoglicol, que podem ainda ser acopladas
por ligantes específicos visando um direcionamento ativo a
determinados órgãos.
Embalagens
• Materiais de embalagem de alimentos é a maior categoria das
aplicações da nanotecnologia para o setor alimentício (MARTINS et
al., 2008). Vários autores têm afirmado que os principais
desenvolvimentos na área de embalagens derivadas da
nanotecnologia incluem o seguinte:
• Incorporação de nanomateriais que melhoram as propriedades de
embalagens (flexibilidade, propriedades de barreira a gases,
temperatura / umidade estabilidade);
• Embalagens ativas contendo nanopartículas de óxido metálico ou de
metal (por exemplo, prata, óxido de zinco, óxido de magnésio) com
propriedades antimicrobianas;
• Embalagens inteligentes de alimentos, incorporando nanosensores
para monitorar e relatar as condições dos alimentos;
• Nanorevestimentos como embalagens com propriedades
antimicrobianas ou de barreira e para superfícies de auto-limpeza, em
instalações de processamento de alimentos.
• A Bayer Polímeros desenvolveu um filme para embalagens, o Duretano KU2-
2601, que é mais transparente e resistente do que os existentes no
mercado. Esse produto é conhecido como “sistema híbrido” por ser
enriquecido com um enorme número de nanopartículas de silicatos que
reduz enormemente a entrada de oxigênio e de outros gases, assim como a
saída da umidade, prevenindo.
• Outro exemplo inclui embalagens para alimentos feitas de plástico/
compósito de nano-prata e envolve a película contendo óxido de zinco para
a nanoproteção antimicrobiana dos alimentos.
• Com base na ação antimicrobiana das nanopartículas de prata, um número
de embalagens ativas foram desenvolvidas para preservar os materiais
dentro dos alimentos, inibindo o crescimento microbiano. Nanopartículas de
prata também foram incorporadas na superfície interna de refrigeradores
domésticos para evitar crescimento microbiano e manter um ambiente
limpo e higiênico na geladeira.
RISCOS E REGULAÇÃO DA
NANOTECNOLOGIA
• Se por um lado, as nanotecnologias podem proporcionar melhorias
no desempenho industrial, na qualidade nutricional e na eficiência
das embalagens dos alimentos, podem também trazer maiores riscos
à saúde humana e ao meio ambiente. As principais preocupações
decorrem da falta de conhecimento no que diz respeito às interações
dos materiais em escala nanométrica, a nível molecular ou fisiológico
e os seus efeitos e potenciais impactos sobre a saúde do consumidor
e o meio ambiente.
• É importante notar que os nanomateriais, devido à sua maior
superfície de contato, podem apresentar maiores efeitos tóxicos que
não estão aparentes nos materiais a granel. Experiências in vitro
demonstraram o aumento da oxidação de células de tecido humano,
produção de proteínas responsáveis por inflamações, mutações no
DNA, prejuízos da estrutura nuclear de células e interferência na
atividade celular. Os nanoalimentos constituem uma tecnologia nova
para os consumidores e não se sabe como será a percepção pública,
atitudes, escolha e aceitação destas aplicações no setor de alimentos
no futuro.

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