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MIOCÁRDIO
da A.C.E.
Coronária direita
Coronária esquerda
ETIOLOGIA
Ruptura da placa,
Exposição de colágeno e fragmentos
de tecido conjuntivo da região
subendotelial,
Agregação plaquetária,
Ativação de cascata de coagulação,
Oclusão e/ou sub-oclusão.
ZONAS DE LESÃO CELULAR
PRIMEIRA ZONA: porção celular do miocárdio
que sofreu necrose, sendo, área de lesão
irreversível;
SEGUNDA: área de injúria, intermediária, células
lesadas e função prejudicada, pode ser revertida
com aporte de O2;
TERCEIRA: isquemia, onde há O2 insuficiente ao
metabolismo celular, podendo recuperar-se desde
que o processo isquêmico seja interrompido.
QUADRO CLÍNICO
Dor pré cordial, na mandíbula, língua,
pescoço, dorso, MSE;
inquietação e ansiedade,
sudorese,
hipotensão,
taquipnéia,
sensação de morte iminente,
sensação de perda dos sentidos,
náuseas e vômitos.
DIAGNÓSTICO:
Eletrocardiografia (ECG) : ondas Q
patológicas; elevação do segmento ST e
inversão da onda T.
Enzimas do Soro:
Em decorrência da isquemia prolongada a
membrana celular perde sua integridade
permitindo a saída para o meio extra
celular de macromoléculas.
Creatino-fosfoquinase (CPK):
Eleva-se dentro de 6 horas após início do
infarto e atinge seu pico máximo mais ou
menos em 24 horas; normaliza-se em 48 a
72 horas.
Valor normal homem CPK: 38-174 U/l,
Valor normal na mulher: 26 – 140 U/L.
Lembrar: CPK não é específica do músculo
cardíaco, por isso, qualquer outra lesão
como AVC ou contusão muscular podem
provocar sua elevação.
Tipos de fração:
MM = músculo esquelético
BB = sistema cerebral, trato
geniturinário,
MB = coração ( mais específica)
Troponina cardíaca T e I : É exclusiva
do músculo cardíaco, concentrada nos
cardiomiócitos eleva-se entre uma e
três horas após a lesão e diminui entre
14 e 15 dias.valor normal: negativo.
Mioglobina: Não é específica do
músculo cardíaco, começa a elevar-se
uma a três horas após o início da dor.
Valor normal: < 70 mg/ml.
Desidrogenase Láctica (DHL): encontrada
tanto no coração, pulmão, cérebro, fígado...
É a última enzima a elevar-se, atingindo seu
pico máximo em 36-55 horas após o infarto,
permanecendo elevada até 3 semanas. No
infarto pulmonar eleva-se 24 após o início
da dor.
Transaminase Sérica Glutâmico-
Oxalacética (TsGO):
Hemograma e VHS (velocidade de
hemossedimentação):
Ecocardiografia: revela a perda do
adelgaçamento sistólico normal da parede
ventricular na região infartada.
Cintilografia: demonstra a falha na perfusão
do miocárdio.
COMPLICAÇÕES
Alterações da freqüência, ritmo e da
condução –
Choque Cardiogênico:
Insuficiência Ventricular Esquerda e/ou
Direita:
Embolia e Infarto Pulmonar:
Embolia Arterial Sistêmica e Acidente
Vascular Cerebral:
Morte Súbita
Distensão e Ruptura dos Músculos Papilares
PROGNÓSTICO:
Killip I : sem sinais e sintomas de ICC
mortalidade 06%
Killip II : ICC discreta
mortalidade 17%
Killip III : EAP
mortalidade 38%
Killip IV: ICC
mortalidade 81%
Avaliação Inicial: 10 minutos
Avaliação da estabilidade hemodinâmica: Sinais
vitais; Saturação O2;
Acesso venoso calibroso;
ECG 12 derivações;
Administração de oxigênio via cânulas nasais 4l/min;
Analgesia endovenosa (IV) (sulfato de morfina),
aspirina oral e nitroglicerina sublingual (diante de
uma pressão arterial > 90 mmHg).
História e exame físico,
Breve: RX de tórax, eletrólitos e enzimas,
TRATAMENTO:
Cuidados Gerais
Cuidados Intensivos:MOVE
Tempo de permanência na UTI/UC: depende da evolução do
caso e de cada paciente, podendo ser de 5 dias.
Morfina
Oxigênio
Nitrato
Aspirina
Beta-bloqueador
Clopidogrel
Heparina
Repouso:
Dieta:
Farmacoterapia:
Além dos listados: MONABCH
Betabloqueador ( atenolol, propanolol)
Anticoagulantes: heparina
Trombolítico: (estreptokinase e .t-PA =
ativador tecidual do plasminogênio
Outros estudos: AAS, betabloqueador
(atenolol e propranolol), nitrato,
antitrombolítico, morfina
Antiarrítmicos:
Outros estudos: AAS,
betabloqueador (atenolol e
propranolol), nitrato, antitrombolítico,
morfina.
Outras Medidas:
Marcapasso: qdo há bloqueio de ramo
Cateterismo : exame invasivo
Angioplastia coronariana:
reestabelecimento da luz da artéria;
Reperfusão miocárdica ( by-pass);
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Manter Decúbito elevado e em repouso
absoluto;
Monitorização cardíaca contínua,
Instalar oxigênio por catéter ou máscara facial,
num fluxo de 2 – 6l/min.;
Verificar e registrar sinais vitais (PA, P, R, T,
PVC) 15/15 min. na admissão e após de h/h;
Proporcionar alívio da dor, terapia
medicamentosa;
Puncionar 2 acessos calibrosos;
Aliviar ansiedade transmitindo segurança nas
ações;
Realizar ECG para confirmar IAM;
Efetuar BH, para evitar sobrecarga hídrica;
Providenciar coleta de exames laboratoriais;
Acompanhar a evolução ou cessação da
dor, as características e intensidade,
conversando com paciente;
Estimular exercício passivo no leito, para
evitar TEP;
Manter paciente no leito até o 4o dia, e se
estável hemodinamicamente, poderá sentar
na poltrona;
Evitar posturas como cruzar as pernas, para
diminuir tromboembolismo;
Observar e acompanhar a evolução
terapêutica farmacológica;
Observar efeitos do uso de anticoagulantes:
sangramentos;
Acompanhar funcionamento intestinal, pois
o esforço nas eliminações desencadeia
estímulo vagal ao miocárdio;
Oferecer dieta rica em fibra, hipolipídica e
hipocalórica;
Realizar anotações de enfermagem.
Observar efeitos advindos ao uso de
anticoagulantes: epistaxe, hematúria,
melena, hematomas; observar tempo de
protrombina e de coagulação;
Acompanhar o funcionamento intestinal, se
presente ou ausente, pois o esforço nestas
eliminações desencadeia estímulo vagal ao
miocárdio, portanto, estimular e oferecer
dieta rica em fibra, hipolipídica e
hipocalórica;
Dieta leve
CUIDADOS NO USO DA”
ESTREPTOKINASE”:
A Estreptoquinase é um fibrinolítico; antitrombótico;
trombolítico [enzima trombolítica; estreptococo
(fibrinolisina do); a Estreptoquinase é produto
secretado por estreptococos beta-hemolíticos do
grupo C; é um produto antigênico].
Dose: 1.500.000 UI diluída em 100 ml de soro
glicosado ou SF e administrado em uma hora por
BI sempre.
Indicação : 1. Dor maior que 20 min., ECG com
elevação do segm ST, bloqueio de ramo direito e
esq. Completo,ausência de contra – indicações.
Serve para:
Embolia pulmonar; embolismo; infarto
agudo do miocárdio; oclusão de cânula
arteriovenosa (desobstrução); trombose
arterial.
Age ativando o sistema fibrinolítico
endógeno. Facilita mecanismos que
farão a transformação de
plasminogênio em plasmina. A
plasmina destrói coágulos de fibrina.
CONTRA – INDICAÇÕES :
ABSOLUTAS:
Doença terminal, sangramento ativo,
cirurgia menos de 3 meses, AVC menos
de 3 meses, coma, sepse, RCP,
gravidez, neoplasia, ulcera ativa, TCE.
RELATIVAS:
HAS, Insuficiência hepática ou renal,
administração prévia, idade 75 ou mais.
CRITÉRIOS DE REPERFUSÃO: