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Contextualizando...
Cada um de nós, quando nasce, começa a
aprender a língua em casa, com os familiares. Ao
ouvir as pessoas falando, nós também vamos, aos
poucos, apropriando-nos do vocabulário e das leis
combinatórias da língua.
REGIONAL
Exemplo: Um falante
nordestino, ao chegar numa
Conforme a região do feira livre no Rio de Janeiro,
falante, o uso da língua varia, diz ao vendedor:
pois este tem vocabulário e
pronúncia - Quero um quilo de macaxeira.
próprios de sua região. E o vendedor responde:
O que não significa dizer que - Caramba, não tenho. Tenho
região X fala “melhor” ou mandioca, serve?
mais “bonito” do que região O falante nordestino examina o
Y. Quem assim pensa comete produto e diz:
preconceito linguístico. - Vou levar, é a mesma coisa!
ÉPOCA
É comum as pessoas de Exemplo:
diferentes épocas utilizarem
Num consultório entram o avô (65
um vocabulário diferente, e,
anos) e o neto (10 anos). O avô olha
na maioria das vezes,
também escreverem de para o médico e fala:
modo diferenciado devido às -Doutor, quero que o senhor me receite
variações da língua no um remédio para meu neto que está
tempo, as quais atingem a com difruço.
faixa etária dos falantes. Um O médico, meio que aturdido, porém
exemplo vivo para nós é a compreende a fala do senhor e
reforma ortográfica, a qual começa a prescrever a medicação.
muda o jeito de escrever Eis que o neto interrompe:
algumas palavras. -Vovô, eu não tenho essa doença aí
não, tenho apenas um leve resfriado.
CLASSE SOCIAL
Exemplo: Conversa entre três jovens
Pessoas que têm maior de diferentes classes sociais
acesso a leituras Jovem da classe alta: - Li ontem vários artigos
variadas, escolas, filmes, sobre variação linguística na biblioteca
internet etc apresentam virtual e tive aulas com meu pai.
uma variedade da língua, Jovem da classe média: -Foi mesmo, cara? Eu
tenho internet, livros, Tv a cabo, mas não li
digamos, mais próxima nada. Convidei um antigo colega para ir lá
do falar exigido pela em casa, ele também utilizou minhas mídias e
sociedade letrada. Não fez essa leitura que você aí fala.
se trata de mais pobres Jovem da classe baixa: - O convidado fui eu!
ou menos pobres, trata- Não tenho esses recursos, apenas as xérox
se apenas das das aulas, por isso aproveitei a oportunidade
dada pelo colega, a fim de também me sentir
oportunidades de leitura incluído e li tudo que pude. Resultado: Hoje
desses falantes. entendo as variações e sei me defender
diante do preconceito linguístico!
Exemplo:
NÍVEL DE INSTRUÇÃO Conversa entre um agricultor (analfabeto) e
um metereologista:
Vale ressaltar que, no ato comunicativo, o falante deverá primar por ser
bem compreendido linguisticamente, suas escolhas deverão estar
adequadas à situação comunicativa vivenciada por ele, bem como a seu
interlocutor imediato.
PRECONCEITO LINGUÍSTICO
Ninguém deve menosprezar os usos da língua escolhidos pelo
falante. Este, por sua vez, deve fazer uso adequado dela, para
evitar situações de incompreensões e para participar
ativamente da sociedade da qual faz parte, por exemplo:
É ADEQUADO:
- Usar a linguagem formal em ambientes e eventos públicos como numa
formatura, numa palestra, na igreja etc.
- Usar a linguagem informal nos ambientes familiares, com amigos, em contextos
gerais de comunicação cotidiana.
É INADEQUADO:
- Usar uma linguagem extremamente formal, muito trabalhada, pomposa em
casa com os familiares ou com pessoas da intimidade.
- Usar linguagem extremamente informal em ambientes profissionais e eventos
oficiais.