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Seminário Mecânica geral 2

Prof. Jéderson da Silva


Estudo de caso referente ao princípio do
trabalho e da energia para uma partícula
• Bruno Henrique da Silva
• Danilo Vieira dos Santos
• João Vitor Brandão Bueno
• Lucas Masakazu Inoue
• Matheus Rubik
• Vinícius Figueiredo do Espírito Santo
Introdução
• O princípio do trabalho e da energia diz que a energia cinética inicial
mais a somatória do trabalho realizado por forças externas do ponto
inicial ao final, resulta a energia cinética final. 

• T1 + ΣU1-2 = T2
• T1 = energia cinética inicial 
• ΣU1-2 = trabalho realizado por forças entre o ponto inicial e final 
• T2 = energia cinética final 
• Está fórmula pode ser utilizada tanto para forças conservativas, quanto para forças não conservativas (como por
exemplo, atrito).
Fórmulas utilizadas
• T1 = Energia cinética no ponto 1 = ½.m. v12 

• ΣU1-2= F.d.cosθ ; onde F é a força aplicada e d. cosθ é o deslocamento


na direção de aplicação da força . 

• T2 = Energia cinética no ponto 2 = ½.m. v22


Estudo de caso
• Exemplo 14.33 - Hibbeler - 12ª ed

•  Se o coeficiente de atrito cinético entre a caixa de 100 kg e o plano é


0.25, determine a compressão x da mola necessária para levar a caixa
instantaneamente ao repouso. Inicialmente, a mola não está
deformada e a caixa está em repouso.
Imagem representativa do caso estudado
DCL da caixa 
4 forças atuando na caixa
• Peso(P)

• Força normal(N)

• Força de atrito(Ff)

• Força da mola(Fm)
Análise pra encontrar a força normal

ΣFy’ = m.ay’
N - P .cos (45°) = m . ay’
N = m .ay’ + m . g .cos (45°)
N = 100 . 0 + 100 . 9,81 . cos (45°)
N = 693,672N [N]
Análise pra encontrar a força de atrito
• Como a força de atrito (Ff) = μk. N, temos:

• µk= 0,25

• Fat = 0,25 . 693,672 = 173,418 [N].


Análise do DCL olhando pro PTE
• Nosso ponto de referência será o ponto que a caixa terá, instantaneamente, velocidade
nula, após o percurso percorrido.
• A distância vertical percorrida da caixa será de L =  (10 + x ) . sen(45°), onde x é a
deformação da mola.
• O trabalho da força peso será positiva pois está no mesmo sentido do movimento
• O trabalho da força da mola e de atrito são negativas, pois estão no sentido
contrário do movimento.
Análise com o PTE
• T1 + ΣU1-2 = T2

 onde:

• T1 = ½ .m .v12 = ½ . 100 . (0)2 = 0 (Como parte do repouso, não tem velocidade e
portanto, sua energia cinética inicial é igual a zero).
• T2 = ½ .m .v22= ½ . 100 . (0)2 = 0 (Como no segundo instante a velocidade também é
igual a zero, encontramos uma energia cinética final igual a zero).
Análise com o PTE
• ΣU1-2= P .d – ( ½ . k .x2 ) – Ff . d
ΣU1-2= 100. 9,81 . [(10+x) .sen (45°)]–[( ½ . 2000 . x² )]–[173,418 . (10+x)]
ΣU1-2= 1000x2 - 520.25x - 5202.54

Então da fórmula T1 + ΣU1-2 = T2, temos:


0 + [1000.x2 - 520.25x - 5202.54] = 0
Análise com o PTE

• Por se tratar de uma equação do segundo grau, existem duas raízes


que matematicamente são soluções desta equação, porém, só a raíz
com valor positivo tem valor fisicamente admissível para este
problema.

• A compressão da mola necessária para levar a caixa,


instantaneamente, a velocidade zero é de x = 2,556 m.
Análise com o PTE
Outra abordagem para o problema seria descobrir a velocidade no
instante antes de tocar a mola, que será chamado instante intermediário,
onde a velocidade seria:
T1 + U1-2 = T2 
0 + 100 . 9,81 . 10 . sen(45)  - 173,418 . 10 = (1/2 ). 100 . (v2)2
v2 = 10,20 m/s

Se substituído na equação do PTE chegaremos que o deslocamento que a


mola sofrerá é de 2,57 metros.
Análise com o PTE
• Encontrando a velocidade máxima da caixa:
P.senθ =Ff+k.x
100*9,81*sen(45)=100*9,81*cos(45)*0,25+2000*x
x=0,260127m

T1+U1-2=T2
2
0+100*9,81*[(10+0,26)*sen(45)]-[(12*2000*0,262)]-[173,418*(10+0,26)]=12*100*(Vmax)
Vmax= 10,266m/s
Considerações finais
• A partir deste princípio, concluiu-se que a energia cinética inicial e final eram nulas,
consequentemente, o trabalho das forças atuando no sentido do deslocamento da
caixa deve ser equivalente a soma dos trabalhos realizados no sentido oposto ao
movimento da caixa. Logo, o trabalho da força peso deve ter mesmo valor da soma
do trabalho da força de atrito e da força elástica. Desta maneira, a compressão
necessária para tornar nula a velocidade da caixa 2,56 metros.
• Descobriu-se também que a velocidade máxima do bloco não ocorre no instante
imediatamente antes de haver o contato com a mola. A maior energia cinética, ou
seja, maior velocidade acontece quando as forças na direção do movimento são
igualadas as forças contrárias ao deslocamento. Equacionando, encontramos que
em x=0,260127m a caixa assume velocidade máxima.
Considerações finais
• É possível notar que nem toda energia potencial foi convertida em
potencial elástica, ou seja, se fosse voltar em seu ponto inicial
somente com a energia de compressão da mola a caixa não teria
energia suficiente para alcançar a altura inicial devido há um atrito
envolvido, que gera dissipação de energia, provocando um aumento
da energia interna do bloco, ruídos e desgaste superficial.
Referências
• HIBBELER, R. C. Dinâmica: mecânica para engenharia. 12. ed. São
Paulo, SP: Pearson Prentice Hall, c2011. xvi, 591 p. ISBN
9788576058144.
• Fundamentos da mecânica vetorial - Princípio do trabalho e da
energia - disponível em
http://www2.eesc.usp.br/labdin/mucheroni/Din%20Vet%2003.pdf -
Acesso em 15/06/2019.

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