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de Materiais
Disciplina: Gerência de materiais
Professor: João H. Bagetti
Base da Administração
Gerência
de
Finanças: mola propulsora;
materiais
Material:condição para o processo produtivo;
Pessoal:aciona o processo produtivo.
Para que exista uma administração perfeita, é necessária uma
harmonia entre estas 3 áreas. Um entrosamento tal que uma
fique dependente da outra, porque elas se entrelaçam e se
confundem dentro do fluxo administrativo. Nada se pode fazer
sem capital, bem como sem material. Somente com estes dois,
não temos condições de administrar pois há a falta do
elemento humano que irá acionar todo o processo produtivo.
Não deverá existir diferença no nível hierárquico entre estas
áreas pois têm a mesma importância para o bom
funcionamento da empresa.
Fundamentos da Administração de
Materiais
A gerência de materiais é um conceito vital que pode resultar
na redução de custos e no aperfeiçoamento do desempenho
de uma organização de produção.
Os materiais em geral representam a maior parcela de custo
de produtos acabados, mostrando que são responsáveis por
aproximadamente 52% do custo do produto numa média
empresa e, em alguns casos, podem chegar a 85%. O
investimento em estoque de materiais é tipicamente de 1/3 do
ativo de uma empresa.
Administrar materiais é fazer um exercício de provedor,
analista, pesquisador e programador. É, acima de tudo,
colocar a empresa como um organismo viável a todos que
dela participam.
Fundamentos da Administração de
Materiais
Histórico
A aquisição de bens e serviços, inicialmente realizada
através de troca.
O surgimento da moeda transformaram à atividade de
compras em fator produtivo e, atualmente, integrada em
um contexto maior que é a Administração de Materiais.
A evolução da Administração de Materiais está ligada
às seguintes mudanças :
· crescimento do volume das necessidades de materiais;
· velocidade das mudanças no processo produtivo com influência
nas previsões de demanda;
· qualificação dos recursos humanos.
Fundamentos da Administração de
Materiais
Gerência de materiais : uma função coordenadora
responsável pelo planejamento e controle do fluxo de
materiais.
Objetiva:
• Maximizar o uso dos recursos;
• Fornecer o nível requerido de serviços ao cliente;
• Determinar QUANDO E QUANTO adquirir, para repor estoque.
Depende:
• Cadastro (material);
• Gerenciamento do estoque;
• Obtenção;
• Guarda e movimentação.
Fundamentos da Administração de
Materiais
Abastecimento:
Qualidade do Material: O material deverá apresentar qualidade tal
Fornecedores
Fabricação
Montagem Distr./
Atacadista
Almox. Armazém de
de MP Produtos em
produtos
processo
acabados
Recebimento Expedição
M a n u fa tu ra
M a te r ia is E n g e n h a r ia P ro d u ç ã o
P la n e ja m e n to
C o m p ra s
R e c e b im e n to d e M a te ria is
A lm o x a rifa d o
E n g e n h a ria d e M a te ria is
Fundamentos da Administração de
Materiais
OBJETIVOS
Minimizar as faltas de insumos comprados;
Redução dos estoques de materiais;
Redução dos prazos de entrega;
Redução do custo total dos insumos.
FUNÇÕES
Previsão da demanda;
Classificação;
Aquisição de materiais;
Gestão dos estoques;
Recebimento;
Movimentação e Armazenagem;
Administração dos fluxos de informações e de outros recursos.
Visão da Administração de Recursos
Materiais
RECURSOS
Estoques Instalações
Logística
Compras Logística externa
interna
Fornecedores Clientes
Ciclo da Administração de Materiais
Clientes Transporte
Sinal de
demanda Expedição
Identificar Armazenagem do
produto acabado
fornecedor
Comprar Movimentação
materiais interna
Transportar Recebimento de
armazenagem
Atividades / Materiais como recurso
empresarial
ATIVIDADES
Compras - planejamento das compras e desenvolvimento de fornecedores;
Gestão de estoques - controle de estoques;
Almoxarifados;
Estratégia e gestão da logística de entrada;
RECURSOS À DISPOSIÇÃO DAS EMPRESAS
Materiais;
Patrimoniais;
Capital;
Humanos;
Tecnológicos;
Foco da Administração de Materiais
Não deve: estar voltado exclusivamente em manter sempre
grande quantidade de materiais disponíveis, de modo a evitar
a mínima quebra do ritmo de produção.
Deve: estar, prioritariamente, voltado para a adoção de
controle de estoques, assumindo riscos calculados que
possibilitem a disponibilidade de material suficiente no local e
no momento necessários, assim como evitando o aumento
do custo de estoque e os riscos de material desnecessário
ou obsoleto.
A tomada de decisões na Adm. de
Materiais
Produzir ou comprar?
Estocar materiais e quanto?
Que preço pagar?
A quem fazer o pedido?
Qual o tamanho do pedido?
Quando solicitar a entrega?
Que modo de transporte e que transportadora utilizar?
Fazer contratos de curto ou longo prazo?
Quem deve compor o grupo de negociação?
Utilizar um só ou mais fornecedores?
Posição Estratégica
AMEAÇA DE NOVOS
ENTRANTES
AMEAÇA DE
PRODUTOS
SUBSTITUTOS
Posição Estratégica
Posição estratégica - O poder de barganha dos fornecedores
Fornecedores poderosos podem sugar a rentabilidade de uma
indústria incapaz de repassar os aumentos de custos em seus
próprios preços.
Um grupo fornecedor é poderoso quando:
· É dominado por poucas companhias e é mais concentrado do que
a indústria para qual vende;
· Não está obrigado a lutar com outros produtos substitutos na venda
para indústria;
· A indústria não é um cliente importante;
· Seu produto é um insumo importante para o negócio do comprador;
· Se constitui em uma ameaça concreta de integração para frente.
Posição Estratégica
Posição estratégica - Estratégias para redução do poderio dos fornecedores
1. Considerar a estabilidade e a competitividade dos fornecedores. Do ponto de
vista estratégico, é aconselhável comprar de fornecedores que irão manter
ou melhorar sua posição competitiva em termos de produtos ou serviços.
2. Adotar a política de compras dispersas. O montante comprado de cada
fornecedor individual deve ser suficiente para fazer com que o fornecedor se
preocupe com a sua perda.
3. Outra estratégia a ser adotada deve considerar a redução dos custos de
mudança.
4. Promoção de fontes alternativas qualificadas. Para isto pode ser necessário o
financiamento de contratos de desenvolvimento destes fornecedores
alternativos, através de subsídios dos custos de testar estes novos produtos.
5. A padronização, como meio de reduzir a diferenciação entre os produtos dos
fornecedores.
Classificação dos materiais
Diretos: são os que se agregam ao produto final. Por
exemplo: a borracha que faz parte da composição de um
pneu.
Indiretos: (não produtivos, auxiliares): são utilizados no
processo de fabricação, mas não se agregam ao produto
final. Por exemplo: a estopa usada para limpar um molde que
vai fazer um pneu.
Tipos de demandas de materiais
Independente
São itens que dependem, em sua maioria, dos pedidos de clientes
externos, como, por exemplo, produtos acabados em geral.
Constituem exceções, itens como peças de reposição para
manutenção e materiais de escritório.
Dependente
Demanda dependente é aquela de um item cuja quantidade a ser
utilizada depende da demanda de um item de demanda
independente.
O item pneus em uma montadora é dependente do número de
veículos demandados pelo público (5 pneus por carro)
Tipos de demandas de materiais
Demanda Perpétua: Caracteriza-se por pequena
ou nenhuma variação no consumo ao longo
do tempo. Exemplos são: os industrializados,
como arroz, feijão, enlatados, carnes, papel
higiênico, xampu, sabonete etc.
Demanda sob Pedido: Atende a necessidades
específicas, ou seja, produções por projeto.
Exemplos: móveis sob medida, turbinas,
máquinas para produção de papel, máquinas
específicas de processamento de madeira,
ônibus rodoviários etc.
Tipos de demandas de materiais
Demanda Sazonal: É caracterizada por variações
ao longo de um período, com a existência de
picos de demanda. Exemplos típicos são: roupas de
moda feminina, revistas não-especializadas,
material de campanha política, alimentos (ovo de
páscoa, peru, chester) etc.
Demanda por pedidos irregulares: É caracterizada
pela incerteza sobre a demanda e sobre o
período de sua ocorrência, ou seja, podemos ter
períodos de pouca ou nenhuma demanda seguidos
de períodos de alta demanda. Exemplo típico são:
as peças de reposição, de modo geral.
Tipos de demandas de materiais
Demanda Terminada: Caracteriza-se por
produtos na fase de declínio no ciclo de vida
mercadológico, ou seja, produtos que em geral
estão sendo substituídos por outros
tecnologicamente mais avançados.
◦ Exemplo ocorre no setor de autopeças, que deve manter
em estoque por um período de cinco anos dos
componentes para substituição de modelos de produtos
que já deixou de produzir (determinado por questões
legais).
Tipos de demandas de materiais
Demanda Derivada: É caracterizada pelo fato
de a fabricação do produto depender da
demanda de outro produto.
◦ São exemplos: a embalagem é dependente da demanda
pelo produto primário a ser embalado; a produção
agropecuária normalmente depende da demanda de
industrializados; autopeças e pneus são dependentes da
demanda de automóveis.
Adm. de materiais como fator de
competitividade
Considere o seguinte caso de uma empresa:
Vendas anuais: R$100 milhões.
Compras anuais de materiais e serviços: R$50 milhões.
Margem líquida: R$5 milhões.
Considere agora:
Economia em compras: R$2,5 milhões (5%) através de melhores
procedimentos. Este valor é diretamente somado à margem líquida
(crescimento de 50% da margem líquida).
Crescimento de vendas: R$20 milhões (20%), que trará uma
contribuição adicional à margem bruta de R$1 milhão (crescimento
de 20% na margem líquida)
Adm. de materiais como fator de
competitividade
Redução de custos: