Você está na página 1de 12

Teoria da Restrição

Parte I
Teoria da Restrição –
Origem
• A Teoria das Restrições surgiu nos anos 80 como resultado dos
estudos desenvolvidos por Elyahu M. Goldratt na área da
otimização. Tomando como base que toda empresa é um sistema
e que ela é constituída para ganhar mais dinheiro hoje e no
futuro, GOLDRATT (2002) criou um processo simplificado de
melhoria contínua, para o crescimento sustentável de empresas.
• Este processo tem como base de que toda empresa é um sistema
e possui uma restrição. Esta é qualquer processo que venha a
limitar o ganho de uma empresa GOLDRATT (2002). Destaca,
ainda, que não é uma questão de serem boas ou ruins, as
restrições simplesmente existem e devem ser gerenciadas.
Teoria da Restrição –
Sistema
• Para MARTINELLI et al (2006) “um sistema é um conjunto de
elementos independentes em interação, com vistas a atingir um
objetivo.” Os elementos dizem respeito a processos e recursos,
que por sua vez são limitados. Esta limitação influencia todo o
sistema e impede que o seu resultado seja infinito.
• Para SENGE (2002) “o pensamento sistêmico é um quadro de
referência conceitual, um conjunto de conhecimentos e
ferramentas desenvolvido ao longo dos últimos cinqüenta anos
para esclarecer os padrões como um todo e ajudar-nos a ver
como modificá-los efetivamente”. É preciso ver o todo para que
se consiga interagir com as partes e alcançar os resultados
almejados.
Teoria da Restrição na Logística
• Não dar atenção para o fato de que há um limitador, isto é, um
processo com menor capacidade, é uma das falhas que levam
projetos tidos como ótimos ao prejuízo. Quando o investimento
em uma máquina é cogitado, uma das formas de justificá-lo é
uma possível redução nos custos de produção. O mesmo serve
para a logística, qual é o impacto real que ela gera no sistema? A
teoria das restrições, que vem sendo estudada e aplicada a
empresas dos mais diversos segmentos, parte do conceito de
sistemas, da interdependência de processos e da relação
existente entre eles como forma de atingir a meta maior de uma
organização – ganhar mais dinheiro hoje e no futuro
GOLDRATT (2002).
Teoria das Restrições

• A Teoria das Restrições (em inglês Theory of


Constraints – TOC) proposta pelo físico israelense
Eliyahu Goldratt, é uma teoria que parte para
identificação da meta de uma empresa. Para
Goldratt (2002) a meta da empresa é de ganhar
dinheiro tanto no presente quanto no futuro.
Ainda segundo Goldratt (2002) uma restrição é
qualquer coisa que limite um sistema de atingir
um patamar superior em relação a sua meta e
assim o desempenho de um sistema como um
todo é determinado pelas suas restrições.
Tipos de Distribuição
• Os tipos de distribuição escolhido pelas empresas podem
determinar fatores de implicação competitiva afetando seus
principais indicadores de desempenho. Por exemplo, a distribuição
escalonada implica maiores níveis de estoque para a indústria,
sendo preferível quando os produtos são de baixo custo adicionado
e existe a possibilidade de consolidar o transporte entre a indústria
e o centro de distribuição.
• A distribuição direta a partir da indústria tende a se verificar com
produtos de alto custo adicionado, sobretudo se os volumes são
elevados e há proximidade com o varejo. O alto custo adicionado
também pode inibir intermediários interessados em manter
estoques, levando a indústria à distribuição direta ao consumidor
final.
Solução 1 - Atacarejos

• Os Atacarejos vendem em grandes ou pequenas quantidades para


pequenos comerciantes e consumidores varejistas. Eles vendem mais
barato porque compram em grandes quantidades e negociam o valor das
mercadorias com as fábricas, além disso cortam os próprios custos, entre
as opções de corte: podem não oferecer serviço de padaria, de açougue,
não tem embaladores e nem oferecem muito luxo, registrando em suas
atividades um aumento de 32% do setor no ano passado. A estimativa foi
que um 1/3 dos brasileiros compraram em 2011 (quase dois milhões de
família) em Atacarejos estimulados por preços mais baratos.
Solução 2 – Inovar o Atacado
• Visitar hotéis, restaurantes e empresas fornecedoras de refeição, passou a fazer
parte do MAKRO, com um esquema de venda personalizada com serviço de
entrega, além de diversificar a atuação com inauguração de lojas de conveniência e
de novos postos de combustível. Afinal, não se pode ter um negócio e esperar que
o cliente venha até você. Na prática, a venda personalizada vai funcionar da
seguinte forma: normalmente atendidos por pequenos distribuidores, esses
clientes “horeca” passarão a receber visitas de vendedores do Makro. Eles se
encarregarão de tirar o pedido no próprio estabelecimento e ainda agendar a
entrega. Investir no formato conhecido como ‘atacarejo’, ou seja, lojas de atacado
que atendem também o consumidor final, não está nos planos do Makro, pois o
pensamento é que se fizer isso, vai precisar ter mais gente na loja para contar
estoque e um número maior de operadores de caixa. O Makro não impede a
venda à pessoa física, mas não a incentiva. Eles sabem também que há
cooperativas que reúnem donos de barracas de lanche, instaladas em frente a
fábricas que faturam mais do que grandes restaurantes por quilo.
Teoria das Restrições -
Indicadores
• Goldratt (2002) propõe 2 indicadores para avaliar um sistema de distribuição,
são eles:

• Dollar Day: mede o quanto custa um pedido em atraso, multiplicando o


número de dias em atraso pelo ganho que seria obtido através da venda. Este
indicador força que os estoques no ponto de venda sejam altos para atender
aos pedidos;
• Stock Day: mede o quando custa um produto no estoque, multiplicando o
número de dias em que o produto está parado ou em trânsito pelo ganho que
seria obtido através de sua venda. Este indicador força que o estoque total seja
reduzido para que os estoques não sejam excessivos.
• A principal questão está em balancear estes dois indicadores, que são opostos,
porém auxilia na estabilidade de um estoque não muito excessivo e não muito
reduzido.
Visão Viável
• Para Kendall (2005) o panorama que governa as operações,
também é chave quando se tratando de distribuição que é
igual à eficiência medida pela quantidade produzida, o que
gera uma montanha de material sem utilidade. A maioria
do estoque estaciona nos distribuidores e não no produtor,
porque o produtor força o distribuidor, que força o varejo a
comprar mais. O produtor vende com desconto para
grandes quantidades, alegando perda de exclusividade se o
distribuidor não compra em grandes quantidades. Ou seja,
toda a cadeia de suprimento fica afetada com essas
decisões. Kendall (2005) nomeia alguns passos para
diminuir os níveis de inventário global, quais sejam:
O que acontece?
Algumas Soluções
• a) identificar a restrição do sistema no canal de
distribuição;
• b) explorar o problema da restrição antes de gastar
recursos em atrair mais clientes e não perder os clientes
atuais e coordenar o fluxo de produtos para o lugar certo,
número certo que corresponda à demanda do consumidor;
• c) os participantes da cadeia de suprimentos (produtor,
distribuidor e varejo) devem adotar a ação de reter
produtos ao invés de empurrar;
• d) distribuidores devem rever suas estratégias realizando
novos investimentos e abrindo novas áreas geográficas.

Você também pode gostar