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A Crise do Capitalismo

nos Anos 30
A crise do capitalismo: Superprodução

 Na década de 20, os EUA viveram um período de


prosperidade económica devido ao:

 crescimento de novas indústrias como a


automóvel, química…;
 aumento da produção devido à aplicação de
novos métodos de produção e aos progressos
técnicos;
 desenvolvimento da agricultura com a
mecanização.
A crise do capitalismo: Superprodução
 Este crescimento económico provocou um
excesso de optimismo nos investidores.
 Na Bolsa de Nova Iorque, os títulos eram
vendidos a preços muito altos, todos
arriscavam investir na bolsa. Algumas pessoas
chegavam a pedir empréstimos para investir.
 Como resultado da grande procura de acções,
a cotação das empresas subia sem, contudo,
terem aumentado os seus lucros.
 Era assim uma prosperidade frágil, falsa.
A crise do capitalismo: Superprodução

 Entre 1924 e 1929 alguns sectores da


indústria e da agricultura começaram a dar
sinais de crise.
 A mecanização e os novos métodos de
produção levaram à saturação dos
mercados e consequentemente a uma
baixa dos preços (DEFLAÇÃO).

 A oferta tornou-se maior do que a procura


(CRISE DE SUPERPRODUÇÃO).
A crise do capitalismo: Superprodução

 Deflação:
 Baixa de preços;

 Quebra de lucros para as empresas;

 Procuram motivar a compra.

 Superprodução:
 Quando se produz mais do que se consume e

leva à criação de stocks.


 Diminuição da compra de produtos.
O crash e a depressão económica
 As acções não paravam de subir. Os
especuladores recorriam ao crédito.

 Em Outubro de 1929 as acções


começavam a descer. O pânico apoderou-
se dos investidores que tentam vender a
qualquer preço.
O crash e a depressão económica
Wall Street
24 de Outubro de 1929
O crash e a depressão económica
 A 24 de Outubro de 1929 (Quinta-feira
Negra) dá-se o Crash na Bolsa de
Wall Street.

 Numerosos accionistas tentaram


vender as suas acções, fazendo
com que o seu valor baixasse
abruptamente, não havendo um
único comprador.
O crash e a depressão económica
 Consequência do “Crash”
 A Bolsa entra em ruptura;
 À falência dos accionistas seguiu-se a falência dos
bancos, uma vez que os especuladores não tinham
como pagar os empréstimos;
 A crise alastrou rapidamente levando à falência as
empresas;
 Aumentou o desemprego, diminuiu o consumo…
 Entrou-se assim num ciclo de crise
em que crise gera crise…
O crash e a depressão económica
 Consequência do “Crash”
 As famílias que viviam bem, perderam os seus bens
e viram-se em casa sem trabalho e sem meios
de subsistência;

 Desemprego:
 Falta de dinheiro;
 Fome;
 Mendicidade;
 Conflitos sociais;
 Racismo;
 Aumento da criminalidade.
O crash e a depressão
económica
O crash e a depressão económica
O crash e a depressão económica
O crash e a depressão económica
O “ciclo vicioso” da crise
Falência dos Bancos

Fim do crédito

Falência das
empresas

Desemprego

Diminuição do Falência das


consumo empresas

Diminuição da
procura
Mundialização da crise
 A crise americana iniciada em 1929, teve uma
dimensão mundial, com algumas excepções,
como é o caso da URSS.

A crise estendeu-se, primeiro à


Europa e depois ao resto do mundo.
Mundialização da crise
 Como?
 Os EUA reduziram as suas importações da Europa,
provocando a falência de muitas empresas;
 Retiraram os capitais que tinham aplicado em bancos
e empresas estrangeiras.

 Resto do mundo: Como?


 A Europa e os EUA, em crise, deixam de comprar
matérias-primas aos países e às colónias de África,
da Ásia, da América Latina; (no Brasil provocou a
ruína dos produtores de café que foi lançado ao mar
ou aproveitado para combustível das locomotivas).
Consequências do crash da bolsa
 descida do valor das acções;
CRASH DA BOLSA
 não reembolso dos empréstimos feitos aos
especuladores;
 levantamento maciço de capitais e de depósitos.

Levantamento de capitais
investidos no estrangeiro Suspensão do crédito Falência dos bancos

ao consumo às empresas

A crise generaliza-se na diminuição do consumo Dificuldades financeiras


Europa, no resto do com as empresas
mundo capitalista e nas
colónias.  aumento dos stocks Paragem dos
investimentos
 baixa generalizada dos
preços

redução dos negócios e


desemprego dos lucros das empresas

Falência e contracção da produção


Os problemas
sociais
 A crise económica foi
de imediato seguida
por uma profunda
crise social:
 despedimentos em
massa;
 muita mão-de-
obra disponível
que se oferecia
para trabalhar por
baixos salários;
Os problemas sociais

 as empresas não conseguiam escoar a


produção e destroem os stocks para
tentarem aumentar os preços de venda
dos produtos;

 milhões de trabalhadores ficam sem


emprego e na miséria, sem quaisquer
subsídio;
Os problemas sociais

 cresceu a mendicidade, a criminalidade,


a prostituição, os suicídios e os
antagonismos sociais;
Os problemas sociais

 a falência dos bancos trouxe a ruína de


milhões de pequenos investidores e
reformados que ficaram sem as suas
poupanças.
 Os vários sectores económicos e toda a
população, reclamam do estado uma
urgente intervenção económica e social;

 Rapidamente, a crise económica e social se


converte, igualmente, numa crise política.
A intervenção do estado na economia:
New Deal
 A gravidade da crise levou os estados a intervir na
economia. As primeiras medidas foram a redução
das importações e o fomento das exportações.

 Nos EUA foi posto em prática, por


Franklin Roosevelt, uma política
de combate à crise, o New Deal
(1933/1938).
A intervenção do estado na economia:
New Deal

E.U.A. – New Deal (1933/38) – Franklin Roosevelt

 Defendia a intervenção do Estado na economia,


com o objectivo de:

 aumentar o consumo;
 controlar a produção;
 diminuir o desemprego e a miséria;
 dinamizar a economia.
A intervenção do estado na economia:
New Deal
 1ª fase do New Deal: 1933/35 – Recuperação
económica
 Sector agrícola - concessão de empréstimos aos
agricultores para pagamento das dívidas já
contraídas e de indemnizações àqueles que
reduziram as suas áreas de cultivo (para diminuir a
produção) e aos que destruíram os produtos
armazenados (na tentativa de evitar que os preços
continuassem a descer);
 Sector industrial - fixação dos limites à produção
industrial e tabelação dos preços dos produtos (para
evitar crises de superprodução);
A intervenção do estado na economia:
New Deal
 1ª fase do New Deal: 1933/35 – Recuperação
económica
 Sistema financeiro - criação de legislação para
controlar a actividade da Bolsa e da Banca (criação
de um seguro de garantia de depósito);

 Política de criação de
emprego – fomento de
obras públicas (barragens,
estradas, pontes, …) para
criar novos postos de
trabalho e fomentar a
economia.
A intervenção do estado na economia:
New Deal
 2ª fase do New Deal: 1935/38 – Melhoria das
condições sociais
 Fixação do salário mínimo nacional;
 Estabelecimento do horário semanal de 40 horas;
 Criação de um programa de segurança social:
concessão de subsídios de desemprego, velhice e
doença - Estado Providência;
 Aumento dos impostos sobre os altos
rendimentos.
Resultados do New Deal
 A aplicação das medidas teve como consequência:
 Aumento do emprego;
 Aumento do poder de compra;
 Retoma do consumo.
 A crise era um “ciclo vicioso negativo” a New Deal
transformou-se num “ciclo de prosperidade”.
 Com o aumento da procura, deu-se um aumento da
produção, as fábricas voltaram a trabalhar e a
contratar novos trabalhadores.
A intervenção do estado na economia:
 Na Europa
 A Grã-Bretanha e a França aplicaram
medidas semelhantes às dos EUA, com igual
sucesso.
 Na Itália, Alemanha e Portugal, estas
medidas não surtiram efeito. Os governos
foram considerados incapazes de resolver a
situação e, consequentemente, o poder foi
tomado por DITADORES.

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