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Linha do tempo

1915 1950 Escolas mistas 1985 Criaçã o da primeira


Funcioná rias (1950) delegacia da mulher
1920 pú blicas 1955 1990 (1985)
(1917)
1925 1960 Pílula anticoncepcional 1995
(1960)
1930 Direito ao voto
1965 Fim da necessidade de 2000
(1932) autorizaçã o para trabalhar
1935 Presença no 1970 (1962) 2005 Lei Maria da Penha
ensino superior (2006)
1940 (1942) 1975 Direito ao divó rcio 2010
Licença maternidade (1977)
1945 (1943) 1980 2015 Lei do Feminicídio
(2015)
Linha do tempo

1915 1950 Escolas mistas 1985 Criaçã o da primeira


Funcioná rias (1950) delegacia da mulher
1920 pú blicas 1955 1990 (1985)
(1917)
1925 1960 Pílula anticoncepcional 1995
(1960)
1930 Direito ao voto
1965 Fim da necessidade de 2000
(1932) autorizaçã o para trabalhar
1935 Presença no 1970 (1962) 2005 Lei Maria da Penha
ensino superior (2006)
1940 (1942) 1975 Direito ao divó rcio 2010
Licença maternidade (1977)
1945 (1943) 1980 2015 Lei do Feminicídio
(2015)
A importância da luta por direitos
Foram muitos os avanços conquistados. No entanto, ainda hoje,
• As mulheres constituem o maior nú mero de adultos na faixa da
pobreza;
• Recebem menos que os homens pelos mesmos serviços;
• Atuam em atividades com menor remuneraçã o e, mesmo
quando possuem mais tempo de escolaridade, recebem salá rios
menores do que homens menos qualificados;
• Realizam a maior parte das tarefas domésticas e do cuidado
com os(as) filhos(as);
• Estã o em menor nú mero em cargos políticos representativos;
• Sofrem com frequência violência doméstica e sexual, sendo que
em muitos lugares as leis sã o inexistentes ou pouco efetivas.
O que é gênero?
Mulher Homem

Gênero
Feminilidade Masculinidade

Natural
Múltiplas expressões
Mulher es s
Homem

Gênero
Feminilidade s Masculinidade s

Natural ?
Divisão entre Expectativas de
homens e feminilidade e
mulheres masculinidade
Gênero
Expressões de
feminilidades e
masculinidades
Roupas Roupas
Divisão é Acessórios
Acessórios
Brinquedos social, Brinquedos
Brincadeiras cultural e Brincadeiras
Gostos histórica Gostos
Interesses Padrões de Interesses
Planos Planos
Profissões gênero Profissões
Modos de ser Modos de ser
Modos de pensar Modos de pensar
Modos de sentir Modos de sentir
Modos de agir Modos de agir
Voz, gestos, Voz, gestos,
movimentos, movimentos,
posturas posturas
Voto Estudo Trabalho Política
Famílias Cuidados Corpo Sexualidade
Relacionamentos Intimidade
Direitos
Gênero “O pessoal é
Construção político”
histórica
Desigualdades Conceito =
categoria de
Violências
análise
Possibilidades
de mudança Experiências
Comunicação de
Busca por preconceito,
ajuda discriminação
Psicologia
Restrições
nas Gênero Subjetividade
possibilidadesModos Distância
de expressão entre os
de ser ideais e as
Modos Modos experiências
de sentir de vividas
sofrer
Promover Promover
Promover
direitosuma visão
comunicação
mais ampla
Promover
Gênero sobre a
mudanças Promover subjetividade
saúde e as relações
Como nó s aprendemos
sobre gênero?
O que é gênero?
O conceito de gênero refere-se à divisã o
culturalmente estabelecida entre feminilidade e
masculinidade.
Os estudos sobre gênero nos permitem reconhecer
como muito do que é afirmado como “natural” é
aprendido de forma intensa e contínua no decorrer
da educaçã o.
Desnaturalizar é preciso...
“Desnaturalizar é pensar que o gênero, esta marca
fundamental de nossa existência, nã o é um dado bioló gico
pronto, mas varia de sociedade, ao longo da histó ria, e só
pode ser entendido na sua dimensã o política, sim, política,
porque tem a ver com relaçõ es de poder: quem manda,
quem obedece, o que é verdade, o que nã o é. Enfim, para a
gente poder entender o gênero em toda a sua dimensã o
social, é preciso relacionar gênero com raça/etnia, classe
social, pertencimento de geraçã o, entre outras marcas de
diferenciaçã o social”.

Larissa Pelú cio (2014, p. 100).


O que é gênero?
• O conceito de gênero surgiu na década de 1970
• Diferenças entre as características bioló gicas e os aspectos
sociais
• Como a divisã o entre masculinidade e feminilidade é
culturalmente e historicamente construída
• Aspectos relacionais
• Aspectos políticos
• Categoria de aná lise das relaçõ es sociais de poder entre
homens e mulheres e seus efeitos nos mais diversos campos
O que é gênero?
O conceito de gênero refere-se à divisã o
culturalmente estabelecida entre feminilidade e
masculinidade.
Os estudos sobre gênero nos permitem reconhecer
como muito do que é afirmado como “natural” é
aprendido de forma intensa e contínua no decorrer
da educaçã o.
Fonte: Campanha “Reacciona Ecuador”
Fonte: Campanha “Reacciona Ecuador”
Fonte: Campanha “Reacciona Ecuador”
Fonte: Campanha “Reacciona Ecuador”
Fonte: Campanha “Reacciona Ecuador”
Fonte: Campanha “Reacciona Ecuador”
Fonte: Campanha “Reacciona Ecuador”
Fonte: Campanha “Reacciona Ecuador”
O que é gênero?
• O conceito de gênero surgiu na década de 1970
• Diferenças entre as características bioló gicas e os aspectos
sociais
• Como a divisã o entre masculinidade e feminilidade é
culturalmente e historicamente construída
• Aspectos relacionais
• Aspectos políticos
• Categoria de aná lise das relaçõ es sociais de poder entre
homens e mulheres e seus efeitos nos mais diversos campos
O que é gênero?
• O conceito de gênero refere-se à divisã o culturalmente
estabelecida entre feminilidade e masculinidade.
• Os estudos sobre gênero nos permitem reconhecer como
muito do que é afirmado como “natural” é aprendido de
forma intensa e contínua no decorrer da educaçã o.
• As formas de expressã o das feminilidades e das
masculinidades sã o mú ltiplas e plurais. Nã o há uma forma
ú nica, “normal” e “correta” a qual todos(as) devem
corresponder.
• O conceito de gênero permite pensarmos quais sã o os
fatores culturais, sociais e histó ricos que participam na
compreensã o sobre as feminilidades e as masculinidades.
Linha do tempo

1915 1950 Escolas mistas 1985 Criaçã o da primeira


Funcioná rias (1950) delegacia da mulher
1920 pú blicas 1955 1990 (1985)
(1917)
1925 1960 Pílula anticoncepcional 1995
(1960)
1930 Direito ao voto
1965 Fim da necessidade de 2000
(1932) autorizaçã o para trabalhar
1935 Presença no 1970 (1962) 2005 Lei Maria da Penha
ensino superior (2006)
1940 (1942) 1975 Direito ao divó rcio 2010
Licença maternidade (1977)
1945 (1943) 1980 2015 Lei do Feminicídio
(2015)
Exercício
• Escolha um dos direitos que discutimos e
responda:
(a) Por que é importante que este direito tenha
sido conquistado?
(b)Como você imagina que a vida seria
diferente hoje se as mulheres nã o tivessem
este direito?
Gênero e relaçõ es de cuidado
PSICOLOGIA FAMILIAR
ATÉ QUE ANO PREVALECEU A DIVISÃ O ENTRE
FAMÍLIAS LEGÍTIMAS E ILEGÍTIMAS NO BRASIL?

a) 1896
b) 1906
c) 1916
EM QUE ANO AS MULHERES CASADAS FORAM CONSIDERADAS
PLENAMENTE CAPAZES NOS DIREITOS CIVIS?

a) 1932
b) 1952
c) 1962
EM QUE ANO FOI CRIADA A LEI DO DIVÓ RCIO?

a) 1957
b) 1967
c) 1977
QUAL É O NÚ MERO DE GESTAÇÕ ES ENTRE MÃ ES
ADOLESCENTES?

a) 10,9%
b) 19,9%
c) 29,9%
QUAL É O NÚ MERO DE FAMÍLIAS COM CHEFIA
FEMININA?

A) 10,6%
B) 25,6%
C) 30,6%
QUAL É , EM MÉ DIA, A DIFERENÇA SALARIAL
ENTRE MULHERES E HOMENS?

a) 10%
b) 20%
c) 30%
87,6% DAS MULHERES E ____ DOS HOMENS
RELATAM REALIZAR TAREFAS DOMÉ STICAS

a) 45,8%
b) 55,8%
c) 65,8%
___ DAS PESSOAS QUE EXERCEM TRABALHO
DOMÉ STICO REMUNERADO SÃ O MULHERES.

a) 78%
b) 88%
c) 98%
Famílias e cuidados

 Quem precisa de cuidados?


 Quem é responsável pelos cuidados?
 Quanto tempo é dedicado à s tarefas de cuidado?
 Qual é a importâ ncia dos cuidados?
O que é gênero?
Mulher Homem

Gênero
Feminilidade Masculinidade

Natural
Múltiplas expressões
Mulher es s
Homem

Gênero
Feminilidade s Masculinidade s

Natural ?
Público Privado
Trabalho Domesticidade
Sustento Gênero Maternidade
Cuidado
Poder Sensibilidade
Distanciamento Emoções
emocional Renúncia
Domínio Submissão
Divisão entre Expectativas de
homens e feminilidade e
mulheres masculinidade
Gênero
Expressões de
feminilidades e
masculinidades
Roupas Roupas
Divisão é Acessórios
Acessórios
Brinquedos social, Brinquedos
Brincadeiras cultural e Brincadeiras
Gostos histórica Gostos
Interesses Padrões de Interesses
Planos Planos
Profissões gênero Profissões
Modos de ser Modos de ser
Modos de pensar Modos de pensar
Modos de sentir Modos de sentir
Modos de agir Modos de agir
Voz, gestos, Voz, gestos,
movimentos, movimentos,
posturas posturas
Voto Estudo Trabalho Política
Famílias Cuidados Corpo Sexualidade
Relacionamentos Intimidade
Direitos
Gênero “O pessoal é
Construção político”
histórica
Desigualdades Conceito =
categoria de
Violências
análise
Possibilidades
de mudança Experiências
Comunicação de
Busca por preconceito,
ajuda discriminação
Psicologia
Restrições
nas Gênero Subjetividade
possibilidadesModos Distância
de expressão entre os
de ser ideais e as
Modos Modos experiências
de sentir de vividas
sofrer
Promover Promover
Promover
direitosuma visão
comunicação
mais ampla
Promover
Gênero sobre a
mudanças Promover subjetividade
saúde e as relações
Sobre gênero e escuta clínica

Relaçõ es familiares
Formaçã o de identidades
Divisã o de tarefas
Relaçõ es de cuidado
Naturalizaçã o
Sobre gênero e escuta clínica

 Naturalizaçã o
 Desigualdades e violências muitas vezes nã o
reconhecidas
 A importâ ncia de corresponder aos padrõ es é
aprendida ao longo da vida
 Ideais
 Sofrimento por nã o corresponder aos ideais
Sobre gênero e escuta clínica

 Distâ ncia entre os ideais e as experiências


vividas
 Escuta sobre as experiências vividas
 Escuta sobre os processos de aprendizado sobre
os padrõ es de gênero
 Elaboraçã o
 Ressignificaçã o
Sobre gênero e escuta clínica

 Como seria para você escutar, no contexto


clínico, relatos de relacionamentos similares aos
das mú sicas abaixo?
“Dizer que o dispositivo amoroso
apresenta-se como caminho
privilegiado de subjetivaçã o para
as mulheres em nossa cultura,
significa dizer que as mulheres se
subjetivam, na relaçã o consigo
mesmas, mediadas pelo olhar de
um homem que as “escolha”.
Isto é, o amor, ser escolhida por
um homem, é um fator identitá rio
para elas”.
“Assim, muitas mulheres acabam por se casar
com o pró prio casamento, independentemente
do parceiro que arranjem, e principalmente,
da satisfação ou não que tenham com essa
relação.
Muitas mulheres suportam melhor o desamor
do que o não ter alguém.
E adoecem. Nã o pelo amor, como uma
entidade metafísica, mas por um modo de
entender e viver o amor como questã o
identitária.
Em muitos casos, a mediação do casamento se
dá pelo ideal que ela gostaria que seu parceiro
fosse (casa-se com a esperança do que ele
venha a ser), mais do que o homem real ali
presente”
“Um importante aspecto apregoado no
dispositivo amoroso é a
responsabilidade das mulheres sobre a
manutençã o das relaçõ es: de um lado,
trata-se da quantidade de energia
despendida, e da atençã o e tempo
dedicado, como já apontamos
anteriormente; por outro lado, o papel
do silêncio como performance ideal na
manutençã o do “bem-estar” da relaçã o
e, também, do sexo sem vontade como
forma de barganha relacional”.
“O trabalho é um pilar identitá rio de
masculinidade para os homens e é
interpelado de forma específica a eles.
Desempenhar bem a performance do
trabalho e da provisã o é algo
fundamental, na nossa cultura, para os
homens, mas nã o lhes garante carinho,
afeto e bem-estar.
Muitas vezes, nem mesmo
reconhecimento.
Essa expectativa se torna evidente
justamente quando ela falha ou é
colocada em xeque: nos casos de
desemprego, aposentadoria ou doença”.
Exercício

 Escute a mú sica abaixo e imagina como seria


escutar um relato semelhante no contexto clínico.
 Como as questõ es de gênero estã o presentes?
 Qual é a importâ ncia do preparo sobre as
questõ es de gênero nas relaçõ es familiares e de
cuidado para a escuta clínica?

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