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CELULITES E ESTRIAS

Celulite
 Lipodistrofia Ginóide – LDG
(Borges, 2006)

 Fibro Edema Gelóide – FEG


(Guirro & Guirro, 2002)
Tecido adiposo

 O tecido adiposo fetal desenvolve-se do mesênquima, na forma de órgãos gordurosos, ao


redor de pequenos vasos.

 Mesenquima origina da mesoderme durante a gástrula (terceira fase do desenvolvimento


embrionário)
Tecido adiposo

 No adulto adquire uma estrutura lobular, na qual, cada lóbulo de gordura é suprido por
uma única arteríola e circunscrito por septos de tecido conjuntivo fibroso, por onde
transcorrem os vasos, veias, linfáticos e nervos.

 Destes septos partem fibras reticulares que vão sustentar as células adiposas.
Tecido adiposo

 As células adiposas são células totalmente diferenciadas e incapazes de realizar divisão

mitótica.

 Portanto, novas células adiposas que podem aparecer a qualquer época no tecido

conjuntivo provém da diferenciação de células mais primitivas mesenquimatosas

indiferenciadas existentes no próprio tecido conjuntivo.


Tecido adiposo

 O principal papel do adipósito é o de depósito de substâncias graxas, sob a forma de triglicérides.

 TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR

 Gordura Parda/Marrom

 TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR

 Gordura Amarela
Tecido adiposo

 Primeira camada (areolar) Superficial, globulosa, células arredondadas e volumosas


dispostas em forma de pilha.

 Segunda camada (lamelar) Mais profunda e fusiforme, células menores e alongadas que
se dispõe horizontalmente contendo pouco material lipídico no seu interior. ]

 Fáscia superficialis Intermediária entre as camadas adiposas. Responsável pelo suporte


elástico da trama vascular (arterial, venosa e linfática).
Tecido adiposo

 É na camada areolar que se forma a L.D.G. É na camada lamelar que se faz a lipo.

 Na camada lamelar aumenta a espessura nos casos de acúmulo adipocitário no processo de


engordar.

 Aumenta o volume (hipertofia) e número ( hipelplasia), das células adiposas da camada


profunda, aumenta a espessura do panículo gorduroso subcutâneo adquirido na fase adulta.
 Lipodistrofia ginoide (l.D.G.)

 Lipo gordura
 Distrofia desordem
 Ginomulher
 Oide forma

 Trata-se de uma desordem metabólica regional, cuja incidência é em mulher, agregada ou

não a gordura ginóide.


Introdução

 Lipodistrofia ginoide:

 é o depósito de gordura sob a pele ou popularmente conhecida como celulite;

 adiposidade edematosa,

 dermatopaniculose deformante
Introdução

 Ela se caracteriza pelo aspecto ondulado da epiderme, tipo “casca de laranja”, em algumas
áreas do corpo. Afeta cerca de 95% das mulheres após a puberdade, de todas as etnias,
embora seja mais comum entre as de pele branca. 
Introdução

 Raramente é observada em homens, mas pode ocorrer quando houver

algum desequilíbrio hormonal, nos que apresentam deficiência

androgênica, como na síndrome de Klinefelter, hipogonadismo,

estados pós-castração, e nos que receberam terapia com estrógeno

para câncer de próstata. Nesses casos, a celulite torna-se mais severa.


Introdução

 A celulite tende a ocorrer nas áreas onde a gordura está sob a influência do estrógeno
(hormônio feminino)

 A obesidade não é condição necessária para a existência de celulites; há mulheres magras


com celulite.
celulite

 É a alteração do tecido conjuntivo subcutâneo com desequilíbrio do metabolismo, da


circulação e das fibras de sustentação.

 É uma distrofia celular complexa, não inflamatória , do sistema mesenquimatoso


acompanhada de um problema do metabolismo da água causando uma saturação do tecido
conjuntivo pelos líquidos intersticiais
celulite

 No processo de aumento de volume gorduroso ocorre alterações da micro circulação, e


aumenta o tecido fibroso
Fatores que influenciam L.D.G

 Como fatores coadjuvantes endógeno biológico) podemos citar:


 Disfunções metabólicas: diabetes, hipotireoidismo;
 Disfunções vasculares;
 Obstipação intestinal;
 Stress;
 Disfunções hepáticas;
 Disfunções renais;
 Alterações posturais
Fatores que influenciam

 Como fatores exógenos (ambientais) podemos citar:

 Hábitos alimentares;

 Sedentarismo;

 Estilo de vida (fumo, álcool, compressões internas e externas).


Alterações a nível tecidual (histológica)
Primeira Segunda Terceira Quarta Quinta
Edema: Déficit Lipogênese e Acúmulo de Proliferação
O líquido Circulatório: hipertrofia do líquido: desordenada de
intersticial Ocorre Adipócito: A matriz fibras de elastina:
geleificado compressão das Devido a intersticial Ocorre um
comprime a arteríolas dificuldade de geleificada, com agrupamento dos
circulação dificultando a trocas acúmulo de micronódulos
linfática difusão de 02 e metabólicas o exudatos tornando-os
dificultando a de nutrientes do adipócito aumenta a macronódulos
escoagem. vaso para as acumula reservas pressão oncótica adipocitários
células, assim no seu interior e e retém mais
como o retorno aumenta a líquidos no seu
dos exudatos resistência de sua interior
membrana
(encarceramento
as reservas)
tornando-se um
micronódulo.

Kede;Sabatovich, 2004)
Estruturas Gordura Localizada Celulite

Células adiposas Aumentam em quantidade Sofrem alterações na


(hiperplasia) e em tamanho forma e no volume
(hipertrofia). Não tem qualquer
alteração patológica.

Fibras c o lá g e n a s , Estão em seu estado normal São produzidas


reticulares e elásticas desordenadamente. As fibras
colágenas e reticulares
sofrem espessamento
(fibrose). Nelas aparecem
micronódulos. As fibras
elásticas se rompem

Capilares Estão em seu estado normal Ficam relaxadas e


extravasam líquidos
facilmente, ajudando na
formação de edemas
(inchaços). Podem romper-se
causando o aparecimento de
microvarizes.

Macromoléculas São produzidas normalmente São produzidas em excesso, o que


aumenta a hidratação do tecido,
formando edema

Pele Superfície lisa, hom ogênea, São produzidas em excesso, o que


macia, com cor normal aumenta a hidratação do tecido,
formando edema
Classificação quanto ao grau da L.D.G.

 1° grau

 Aumenta o volume dos adipócitos;

 Pequena dilatação venosa;

 Só aparece com contração isométrica;

 Sem alteração de dor.


Classificação quanto ao grau da L.D.G.

 2ºgrau
 Aumento dos adipócitos;
 Alteração circulatória – compressiva;
 Leve edema;
 Pequeno grau de intoxicação tecidual;
 Visível sem contração.
Classificação quanto ao grau da L.D.G.

 3°grau
 Aumento considerável dos adipósitos;
 Alteração circulatória importante- microvarizes;
 Edema e fibrose;
 Grave intoxicação;
 Presença de micronodulos (polimerização do mucopolissacarídeo);
 Aumento da sensibilidade dolorosa
Classificação quanto ao grau da L.D.G.

 4ºgrau
 Aumento considerável dos adipósitos;
 Alteração circulatória grave;
 Edema e fibroesclerose;
 Gravíssima intoxicação;
 Compressão nervosa – dor;
 Alteração de temperatura;
 Presença de macronódulos
Localização

 Tem predominância em:


 Coxas
 Nádegas
 Abdômen
 Zona lombar
FATORES COADJUVANTES EXTERNOS

 Sedentarismo

 Medicamentos (hormônios,betabloqueadores..)

 Compressão ( TPM,gravidez,roupas,cintas...)

 Maus hábitos alimentares

 Obesidade
Classificação quanto a localização

 GENERALIZADA : obesas,
 com início na puberdade, acentuada nos membros
 inferiores, geralmente acompanha problemas
 circulatórios.
 REGIONAL :
 a) inicia nas pernas próximo aos maléolos e
 sobe em forma de bota( 15%).
 b) coxas ( parte superior), quadris, glúteos,
 na forma de calça de montaria ( 25%).
 c) forma mista dos grupos anteriores,
 podendo aparecer na região proximal dos braços
Classificação da consistência

 FORMA DURA = jovens, esportistas, tecidos firmes, bom tônus muscular.

 “ CASCA DE LARANJA” - ao comprimir

 Distendendo-se pode ocasionar ESTRIAS, por

ruptura das fibras elásticas da derme


Classificação da consistência

 FORMA FLÁCIDA ou BRANDA= mulheres com

 antecedentes de celulite, sedentarismo, hipotonia muscular.

 Visível sem compressão.Massa mole e trêmula.


Classificação da consistência

 FORMA EDEMATOSA = é a mais grave.


 Acompanha geralmente quadro de obesidade.
 Início precoce : na puberdade
 membros inferiores com aumento uniforme na sua
 forma.
 “CASCA DE LARANJA” é precoce
 Sensação de peso nas pernas
 dor e dificuldade de movimentação.
Tratamento

 Fisioterapia:
 Drenagem linfática
 Terapia manual, massagem, massagem modeladora
Tratamento fisioterapêutico

 endermoterapia é realizada através do manuseio de um aparelho que


contém 2 rolos para deslizar sem gerar atritos sobre a pele,
favorecendo uma melhor sucção com a câmara de vácuo:
Tratamento fisioterapeutico

 Luz pulsada intensa e laser:seria o estímulo à formação de colágeno novo,


tornando a derme mais espessa e, portanto, mais semelhante à masculina, que é
menos susceptível à celulite.
Tratamento fisioterapêutico

 Ultrassom: na melhora do contorno corporal, porém ainda depende de outros


estudos para firmar-se como terapia para celulite
Tratamento fisioterapêutico

 radiofrequencia
ESTRIAS
Definição
Estria é uma atrofia tegumentar adquirida de aspecto linear, sinuosa de um ou
+ milímetros de largura, avermelhadas, depois esbranquiçadas e abrilhantadas.
Células Inflamatórias
Características Gerais

Raras ou numerosas;
Dispõem-se paralelamente umas
as outras;
Simétricas;
Caráter de Bilateralidade;
Hipertrófica ou Atrófica.
Fases

 Fase Inicial • Fase Posterior


 Estrias Rubras;
• Estrias Albas;
 1ºs. Sinais clínicos
• Lesões esbranquiçadas.
Tipos
IA S
T R
E S
PROFª ERIKA ZEMUNER
Fatores Condicionantes

 Síndrome de Cushing e Marfan;


 Uso tópico e sistêmico de esteróides;
 Tumores da supra renal;
 Infecções agudas e debilitantes;
 Atividade física vigorosa;
 Estresse e outras condições.
Incidência
Etiologia

1) Teoria Mecânica

2) Teoria Endocrinológica

3) Teoria Infecciosa
TRATAMENTO DAS ESTRIAS
 Eletroterapia
Corrente contínua filtrada constante (striat).
Eletrodo passivo = placa
ativo = agulha
Aumenta o número de fibroblastos jovens = neovascularização.
Retorno de sensibilidade dolorosa
Efeitos intrínsecos da corrente + inflamação
TRATAMENTO DAS ESTRIAS

 Massagem: melhora a absorção de produtos e a


circulação. É complemento de outros tratamentos.
TRATAMENTO DAS ESTRIAS

 Laser: aplicações exclusivas resultam em resultados satisfatórios em 50% dos casos.


Ação em nível celular com aumento do número de fibras colágenas e tensão epidérmica.
É + efetivo no início das estrias.
 Dermoabrasão: esfoliação com vácuo controlado
TRATAMENTO DAS ESTRIAS

 Escarifação: através de lesão da pele por estímulos físicos (agulha) que causa resposta
inflamatória. Não precisa de aparelho específico.
 Medicamentos
Tretinoína e ácidos glicolítico e ascórbico.

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