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Enloe ajuda a revelar que há muitas outras formas de operar o poder além das que são
convencionalmente expostas nos estudos das RI
Foucault como influência comum entre Enloe e o pós-estruturalismo nas RI
Haveria uma relação entre a produção de saber e o exercício de poder que geraria
conjuntos de verdades necessárias para a conformação de uma dada ordem nas
sociedade contemporâneas.
A partir da genealogia seria possível mostrar como nas práticas discursivas há uma
relação saber-poder que permite o exercício do poder
Propõe desvelar os discursos pelos quais o poder consegue chegar às mais tênues e
individuais condutas -> a sexualidade é coextensiva ao poder.
Abordagens feministas próximas ao pós-estruturalismo contextualizam o gênero
como um dispositivo analítico que também abriga suas próprias exclusões -> tal
como as teorias das RI, também devem ser “desconstruído” (SYLVESTER, 2002)
Como assinala Derrida (1995), é difícil escapar dos conceitos e noções herdados da
metafísica, mesmo quando estamos tentando com ela romper
Assim, segundo o autor pode-se aceitar uma aliança provisória, desde que se
apontem os limites do discurso identitário
Exemplo: concepção de falo-logocentrismo ligação que ele fez entre dois termos:
- falocentrismo (centramento no masculino) e
- logocentrismo (o centramento no logos, na razão)
Derrida se opõe à estrutura que sustenta a história da filosofia, que concebe o mundo
em um sistema de oposições (corpo/alma, eu/outro, bom/mal, cultura/natureza,
homem/mulher, dentro/fora, etc.)
Speaking the Language of Exile: Dissident Thought in International Studies
São locais onde as pessoas devem saber resistir a uma diversidade de práticas
representacionais que as atravessariam e decidiriam sobre o que elas são. Aqui o
poder é produtivo, ao fixar modos de conhecer e fazer que devem ser reconhecidos
como naturais e necessários
3) Esses lugares marginais resistem a compreenderem o saber como uma
representação coerente, como fonte da verdade que exclui interpretações
contestadoras.
Para um olhar dissidente, qualquer figura do “Homem” cujo direito soberano de falar
a verdade possa ser aqui afirmado é imediatamente reconhecida como uma entre
muitas interpretações arbitrárias; é visto como uma prática de poder do
4) Esses lugares marginais que desafiam o controle das formas modernas de
conhecimento e – desafiam a representação estável do “Homem” soberano – não
devem ser pensados como espaços “vazios” a serem controlados pela razão do
“homem”.
O questionamento do “eu” não sinaliza aqui uma “deficiência”, uma “lacuna que
deve ser preenchida”.
Nos dizeres de Foucault (1973, p. 386), eles são indicativos da abertura de “um
espaço no qual é mais uma vez possível pensar”. Aqui, onde a identidade está sempre
em processo e novas conexões culturais podem ser cultivadas e exploradas.
Esses locais desterritorializados da vida política representariam um “espectro” que
assombra os estudos internacionais.