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INFECÇÕES POR MICOBACTÉRIAS

Por: Lucas Lobato


O PATÓGENO

• Ordem Actinomycetales
• Família Mycobacteriaceae
• Genero Mycobacterium

• São aproximadamente 170 espécies


O PATÓGENO
BIOLOGIA

• Bacilo delgado

• Revestimento de ácido Micólico

• BAAR

• Imóvel

• Não produz esporos


MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS

• É estimado que 2 bilhões de pessoas estejam infectadas

• Latente

• Modula a resposta imune

• Ativada (AIDS? Idade?)

• Transmitida por aerossol


pelo individuo bacilífero
QUEBRANDO BARREIRAS
MACRÓFAGOS ALVEOLARES

• Sobrevive

• Engana

• Prolifera
TUBERCULOSE PRIMÁRIA

• Maioria das vezes é assintomática


• Talvez pareça um resfriado

• 3 semanas depois  Granuloma  Necrose Caseosa (macrófagos + M. Tuberculose)


• Fibrose e calcificação

• A nossa imunidade nos salvou!!! Ou, por enquanto (TB dormente)


TUBERCULOSE DORMENTE?

• Nosso sistema imune pode falhar (HIV, idade)

• M. Tuberculosis Espalha-se nos lobos superiores

• Celulas T de memória soltam citocinas para controlar e formam-se as cavitações

É nesse ponto que a TB se espalha na corrente sanguínea e resto do pulmão


(broncopneumonia)
LESÕES EM RADIOGRAFIAS
SUGESTÃO DE ARTIGO
DIAGNÓSTICO

• Radiografias

• Cultura de escarro

• Clínica (Febre, suor noturno, perda de peso, hemoptise)


TRATAMENTO

• Doença ativa:
Rifampicima
Isoniazida
Pirazinamida
Etambutol
• Doença Latente
Isoniazida por 9 meses
MYCOBACTERIUM LEPRAE

• BAAR

• Parede COMPLEXA – Hidrofóbico


• Lipídeos (60%)

• Ácido Micólico

• Crescimento lento (doença crônica)

• Ainda não foi possível cultiva-lo in vitro


EPIDEMIOLOGIA

• Estima-se:
Prevalência global de 213.000 pessoas
Incidência global de 250.000 pessoas
PREVALÊNCIA MENOR QUE A INCIDÊNCIA?

• A OMS definiu que todo paciente recém diagnosticado e em inicio de


tratamento é removido do registro de prevalência

• Isso porque o objetivo é que esta doença deixe de ser um problema de saúde
pública
• Individuo = comunidade

• Estima-se que 14 milhões de pessoas estão curadas


EPIDEMIOLOGIA

• Apesar do sucesso medicamentoso o Brasil ainda se encontra com um dos


maiores números de casos

• A incapacidade de cultivar o M. Leprae in vitro dificulta o entendimento sobre


sua transmissão

• Acredita-se que sua transmissão ocorra por via respiratória


TRANSMISSÃO

• São necessários mais estudos para um melhor nível de evidência

• Aerossol
Tosse, fala, espirro
PATOGENIA

• Pele e nervos

• Nervos periféricos: infecção direta ou imunidade?

• Perda da sensibilidade e função motora


CONSEQUÊNCIA DA DISFUNÇÃO
NERVOSA

• Lesões traumáticas (falta de sensibilidade)

• Infecções bacterianas secundárias

• Atrofia e contrações musculares


TUBERCULOIDE E LEPROMATOSA
FATORES COMUNS

• Inicio insidioso

• Dormência

• Lesão
FATORES DE DIFERENCIAÇÃO

• Número de bactérias em esfregaços (paucibacilar ou multibacilar)

• Número de lesões na pele


TUDO É UMA QUESTÃO IMUNOLÓGICA

• O patógeno é o mesmo, então o que define a diferença entre as lesões e


manifestações?
IMUNOLOGIA

• Se a resposta dos Linfócitos T Helper (1) baseadas em produção de Interferon


Gama, Linfotoxina ou IL-2, IL-12, 15, 18 e não produzirem IL-4 ou IL-5
Ocasiona uma lesão Paucibacilar

• Se a resposta dos LTHelper (2) forem de células T que produzem pouco


Interferon Gama, Linfotoxina ou IL-2, mas produzem mais IL-4, IL-5 e IL-13
Outro tipo de lesão
PARADOXO DO DANO NERVOSO

• Respostas imune exacerbadas levam a menos do patógeno mas alta inflamação


e o resultado? Dano nervoso

• Resposta menos inflamatória leva a mais do patógeno para causar dano


DIAGNÓSTICO

• Clínica
Dano, manifestações em nervos e pele

• Local

• Cultura (?)

• A discriminação, estigma, medo devem ser superados!


• Converse, explique, esteja com seu paciente
TRATAMENTO

• Medicação

• Manejo das complicações

• Prevenção de comorbidades
TRATAMENTO

• Primeira linha: Dapsona e Rifampicina


• Clofazimina e claritromicina também podem ser úteis

• Quimioterapia associada a antibióticos

• Fisioterapia
RESISTÊNCIA A DROGAS
SUGESTÃO DE ARTIGO
PREVENÇÃO

• A vacina BCG, mais específica para TB pode ser útil

• Não possui vacinas

• Obs.: Não é uma doença que se espalha tão facilmente


A ARTE DO CUIDADO
MUITO OBRIGADO!

• Lucas Lobato
• Qualquer dúvida:
(32)98887-3396 ou lobatovski98@gmail.com

• Enviarei artigos, matérias de estudo, exercício e tema das próximas monitorias


para o e-mail de vocês

• Venham estudados e façam bom proveito de todas as aulas e estudos!


BIBLIOGRAFIA

• WHO, 02 nov, 2018, world : Global coverage of surveillance data on drug resistance, 1995–2018. Disponível em:
http://gamapserver.who.int/mapLibrary/Files/Maps/Global_TB_DrugResistanceCoverage_1995_2018.png > acesso em
23 fevereiro 2019
• Global tuberculosis report 2018. Released18 September, 2018. Disponível em:
https://www.who.int/tb/data/GTBreportCountryProfiles.pdf?ua=1
• LEE, Goldman. Cecil Medicina. Jerrold J. Ellner. Tuberculose. Rio de janeiro, 2014
• Kaur, G., & Kaur, J. (2017). Multifaceted role of lipids in Mycobacterium leprae. Future Microbiology, 12(4), 315–335.
doi:10.2217/fmb-2016-0173 
• CM, Funari MBG, Soares Jr J, Seiscento M, Terra M. Pulomonary Tuberculosis Imaging. São Paulo, 2001Bombarda S,
Figueiredo
• LEE, Goldman. Cecil Medicina. Steven M. Holland. Micobactérias não tuberculosas. Rio de Janeiro, 2014
• LEE, Goldmand. Cecil Medicima. Joel D. Ernst. Hanseníase (Lepra). Rio de janeiro, 2014
• Euzéby JP. List of bacterial names with standing in nomenclature: a folder available on the internet. Int. J. Syst. Bacteriol.
1997;47:590–592.

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