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Contribuição de Marx à

Teoria do Desenvolvimento
(Introdução)
Ideias principais a serem desenvolvidas
a) Aula de hoje:
- Natureza do capitalismo: Economia dominada pela relação capital – trabalho; essa
é a característica do capitalismo, é o elemento diferenciador!
- Objetivo: produzir para gerar mais-valia; UCRO COMO OBJETIVO DA PRODUÇÃO;
- Acumulação do capital: transformação do dinheiro em Capital a origem da mais-
valia (K é diferente que D!);
b) Próxima aula:
- O papel da concorrência, do progresso técnico e da concentração e centralização
do capital no (produtividade): desenvolvimento das forças produtivas;
- A propriedade dos meios de produção e o excedente de força de trabalho:
desigualdade social, desemprego e concentração de renda;
- Mais-valia e padrão de consumo: elementos destruidores da possibilidade da vida
Natureza do modo de produção capitalista
• O capital é o que caracteriza/distingue o modo de produção capitalista;
- expressa a relação entre proprietários e não proprietários dos meio de
produção, que dá origem a relação-capital;
- não seria possível sem a separação entre os produtores diretos e a
propriedade dos meios de produção;
• O capital é um valor que se valoriza: D- M ... PRODUÇÃO ... M’ – D’
- É na esfera da produção onde se produz o novo valor (mais valia), a nova
riqueza: P = FT e MP;
- A força de trabalho cria valor, cria mais-valia, mais-valor, ela é quem acresce o
valor (D’);
- Não a igualdade, independência e liberdade entre os agentes.
- Capital: Valor que produz mais-valia.
Natureza do modo de produção capitalista
• Acumulação de capital: é um ciclo REPETIDO:
D-M (FT e MP)-P-D’
D’-M’-P’-D’’
D’’-M’’-P’’-D’’’
(investimento)
- O valor é gerado pelo trabalho.
- Não seria possível sem a separação entre os produtores diretos e a propriedade dos meios
de produção – venda e compra de FT;
• O capital é expressão do capital industrial, categoria dominante.
- A origem do lucro está na esfera da produção do capital industrial, e não na esfera da
circulação.
- É um movimento continuamente repetido conforme a formula, isto é, valor em processo de
valorização = Valor em expansão.
- Não é uma economia mercantil simples.
A DIFERENÇA ENTRE CAPITAL E DINHEIRO

• O capital constitui uma categoria que engloba as esferas da produção e da circulação:


D-M (FT e MP)-P-D’
- A categoria dinheiro é própria apenas da esfera da circulação.

• Diferente de M – D – M: circulação simples de mercadoria (enfoque neoclássico).


- A circulação de mercadoria é mediada pelo dinheiro, está plenamente constituída a esfera da
circulação, mas os agentes da troca são produtores individuais e independentes, não existindo
ainda a distinção entre capitalistas e assalariados, e nem, consequentemente, o capital, e
tampouco o LUCRO COMO OBJETIVO DA PRODUÇAÕ.
- Assim, nem toda economia com componente monetário é capitalista.
- D – M – D’ ou D – D’ : ESSA É A PARTE VISIVEL – IMPORTA VER O PAPEL DE P!
- A mercancia não se vende acima de seu valor - diferente que a economia mercantil simples,
uma forma especifica de valorização, a valorização vem da esfera a produção.
- O dinheiro é uma categoria da esfera da circulação, nada diz sobre a natureza da produção.
- O dinheiro não é o elemento que caracteriza o capitalismo.
• O dinheiro serve como expressão do valor de todas as mercadorias;
• Todas as mercadorias necessitam converter-se em dinheiro antes de
serem trocadas por outras, isto implica que somente a mercadoria-
dinheiro serve como expressão do valor de todas as demais;
• O dinheiro é a forma geral ou abstrata do valor, em contraste com as
demais mercadoria como suas formas particulares e especificas.

• O movimento do capital engloba as suas formas dinheiro e


mercadoria,
• D – M (FT e MP) ... M – D’
• O dinheiro é nitidamente um elemento do capital, não podendo ser
confundido com o capital
• O dinheiro constitui a forma material de existência do vinculo social
que articula produtores independentes uns aos outros.
• Se destaca da economia quando a esfera de circulação se consolida -
- se consolida quando é necessário vender a força de trabalho,
quando precisamos comprar mercadoria para sobreviver, é algo
coercitivo, não é algo espontâneo.
• O dinheiro não explica a valorização do valor, que compete ao
capital.
Por que confundimos o capital com dinheiro?
• capital – mercadoria possui a potencialidade de gerar mais-valia, lucro
a quem o toma emprestados, motivo pelo qual uma parte deste lucro
é paga ao proprietário do capital no forma de juro.
• Capital portador de juros – dinheiro de credito, produz um fluxo de
rendimentos.
• O que se empresta não é dinheiro, que por si não se valoriza, mas o
capital, isto é, uma certa massa de valor capaz de valorizar-se.
• O dinheiro tem um potencial produtivo implícito na relação capital-
trabalho, que é sempre uma massa de valor expressa em dinheiro.
PRÓXIMA AULA!

1. O desenvolvimento das forças produtivas


- A acumulação ampliada do capital;
- A concorrência;
- o progresso técnico;
- A centralização e concentração do capital.

2. O desenvolvimento da sociedade

- A propriedade dos meios de produção e a distribuição dos frutos do trabalho (o capital expressa uma relação);
- O valor obtido no final do processo era superior ao inicial graças ao trabalho (origem do lucro), é a origem do mais valor,
mais ele é distribuído de forma diferenciada em função da propriedade dos meios de produção;
- Crise e desemprego: interrupção do investimento (crise de superprodução);
- Tecnologia e desemprego;
- Força de trabalho excedente. O desemprego resulta da operação das leis intrínsecas da economia capitalista, constituindo
um elemento essencial da regulação do nivel salarial em função da maximização de lucros perseguida pelos capitalistas;
- O consumo e a degradação dos recursos naturais, limite absoluto ao crescimento, desenvolvimento e existência da
sociedade.

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