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CRISTOLOGIA

Jesus, o Deus que se fez homem e habitou entre nós

Gilmar Caetano Tomáz


E-mail: gilmarcaetanotomaz@hotmail.com
Fone: (12) 81434611

Gilmar Caetano Tomáz


CRISTOLOGIA
Jesus, o Deus que se fez homem e habitou entre nós

Gilmar Caetano Tomáz


E-mail: gilmarcaetanotomaz@hotmail.com
Fone: (12) 81434611

Os últimos momentos de
Jesus na terra

Unidade IV
Gilmar Caetano Tomáz
Introdução - Unidade IV
 Nem todos reconheceram Jesus como Messias,
então o mataram.
 Jesus morreu, desceu ao mundos dos mortos e
ressuscitou ao terceiro dia e garantiu ao homem a
sua liberdade espiritual do cativeiro do pecado.
 Veremos
 1º Capítulo: A identidade de Jesus
 2º Capítulo: O Sacrifício vicário de Jesus
 3º Capítulo: A descida de Jesus ao inferno
 4º Capítulo: A ressurreição vitoriosa de Jesus
 5º Capítulo: A ascensão triunfal de Jesus
Gilmar Caetano Tomáz
Capítulo 1 – A identidade de Jesus

 Os Judeus aguardaram por


milênios a vinda do Messias.
 Sua chegada deveria ser como
fogo em pólvora, mas não foi
isso que aconteceu.
 O homem que se apresentou
como Messias não era
exatamente a figura esperada
pelos Judeus
▪ Pequeno e grande demais
▪ Não tinha anseios políticos
▪ Tinha sua própria agenda de
trabalho.
Gilmar Caetano Tomáz
1.1 – O Messias
 No início Jesus foi recebido com certa euforia.
 Seu estilo de pregação era vibrante como dos profetas.
 Tinha cuidado com os menos favorecidos
 Porém foram percebendo que Jesus não se encaixava
no perfil (Jo 10:24-25).
 A morte para os discípulos foi uma decepção, pois não
entenderam as palavras de Jesus.
 Somente entenderam após a ressurreição (Lc 24:26)
 A vinda do Messias era cercada de Mistérios. Agora se
apresenta alguém de perto e diz ser o Messias (Jo 7:41)
– (Jo 1:46)
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1.2 – O profeta

 Apesar do povo ter dificuldades de aceita-lo


como Messias, o povo o via como um profeta.
 Mateus 16:14
 Alguns nem como profeta o aceitava,
alegando que da Galiléia não poderia surgir
profeta (Jo 7:52)
 O que não é verdade, pois Jonas veio da Galiléia (II
Reis 14:25)

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1.3 – Um ser superior

 Jesus além de se mostrar superior a todas as


figuras religiosas, Ele reivindicou seu lugar
máximo na adoração. (Mt 12:6)
 Para alguns isso era blasfêmia
 A gota d’água para os Judeus, foi quando
Jesus se igualou ao Pai
 “Eu e o Pai somos um; quem vê a mim, vê o Pai (Jo
10:30; 14:9

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1.4 - Deus

 Somente o viam como um profeta. Ele não


poderia assumir uma identidade divina sendo um
simples mortal.
 E também havia somente um Deus.
 Naquela época, quem se igualasse a Deus era
considerado blasfêmia e era apedrejado em praça
pública.
▪ Daí a desconfiança de Jesus
▪ Para eles Cristo seria um nascido de homem e que este não
falasse que era Deus. O que contrariava aquilo que
acreditavam.
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1.5 – A ausência de pecado

 Os Judeus entendiam que Jesus seria um


representante puro, mas os fariseus viam Jesus
como um pecador porque curava nos sábados.
 Um cego deu a resposta (Jo 9:25)
 Os fariseus também o acusava de pecador por que:
▪ Comia sem lavar as mãos (Mc. 7:2)
▪ Ser tocado por pecadores (Lc 7:39)
▪ Comia com publicanos (Lc 15:1,2)
 Os fariseus não conseguiam encontrar algo que
desabonasse a conduta de Jesus (Jo 18:38)
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1.6 – As tentações

 Uma outra prova da pureza moral de Jesus está na


isenção de pecado. Ele resistiu mesmo diante de
tantas tentações.
 No início de seu ministério ficou no deserto por 40 dias e
40 noites sem se alimentar e foi tentado pelo diabo. Mas
resistiu (Mt 4:1-11)
 Outras tentações
▪ Sua mãe quis impeli-lo a um milagre (Jo 2:4)
▪ Seus irmãos O incentivaram a ir a uma festa para fazer
demonstrações.
▪ Pedro quis impedi-lo da cruz.
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1.7 – O caráter impecável
 Ele foi santo, não por prática, mas por natureza.
 Nunca houve engano na sua boca (I Pe 2:22-23)
 Ninguém O convenceu a pecar (Jo 8:46)
 Era santo e amoroso (Ef 3:19)
 Amou tanto que morreu pela humanidade
 Humilde e compaixão por todos
 Disposto a servir
 Mesmo sendo mestre tinha desejo de ser reconhecido como amigo (Jo 15:13-
15)
 Equilibrado nas emoções (não perdeu a compostura nem quando virou a
mesa dos cambistas)
 Trabalhador (Jo 5:17)
 Experimentado nos trabalhos (Is 53:3)
▪ Devia ser robusto, com o físico bem preparado, pois fazia longas viagens e tinha
capacidade para suportar fome e dores físicas
Gilmar Caetano Tomáz
Capítulo 2 – O sacrifício vicário de Jesus

 O ápice do ministério de Cristo está em sua


morte no calvário com propósito.
 A lei dizia “a alma que pecar esta morrerá” (Ez
18:20). A morte era o fruto do pecado de Adão e
Eva.
▪ Deus enviou seu filho como substituto de um condenado.
 Veremos neste capítulo a rejeição dos judeus,
o sacrifício e o significado da morte para a
humanidade.

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2.1 – Jesus, o cordeiro de Deus
 Jesus ao batizar Jesus, deixou claro a todos que Jesus
era aquele que faria justiça e mudaria a história por
intermédio de Sua morte.
 A morte de Jesus como cordeiro prefigurava os sacrifícios
realizados pelos judeus diariamente para redenção dos
seus pecados.
▪ Neste sacrifício, um cordeiro inocente morria em lugar do pecador.
▪ Assim o fiel era perdoado diante da justiça divina.
▪ Isaías (53:4-7) predisse que o Messias assumiria o lugar de todos os
cordeiros e pagaria a dívida moral de toda humanidade numa única
vez

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2.2 – O messias sofredor

 Os judeus não entenderam a vida messiânica


de Jesus. Queriam aclamá-lo Rei:
 Quando multiplicou os pães e peixes (Jo 6:15)
 Quando entrou em Jerusalém (Mt 21:1-17)
 Isaías já havia descrito a missão deste messias
sofredor (Is 53:3-6)
▪ Mas eles preferiam ignorar esta parte das escrituras.
▪ Ler Jo 1:11)

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2.3 – A morte predita
 Tinham a idéia de um Jesus que veio para reinar e não
morrer.
 Os discípulos o viam Reinando. Houve tumulto quando se viram
todos pensando da mesma forma (Mt 20:21)
▪ Jesus apaziguou os ânimos e mostra a eles o verdadeiro propósito de sua
vinda (Mt 16:21-23; 20:28)
 A concepção de que o Messias seria preso e humilhado era
demais para os discípulos.
▪ Mas Jesus falou diversas vezes sobre sua morte.
▪ Eles ficaram desapontados quando viram Jesus saltar do jumentinho e
indo para Betânea (Mc 11:11)
▪ Alguns comentaristas alegam que Judas traiu Jesus por não aceitar o
poder político de Jerusalém
Gilmar Caetano Tomáz
2.4 – A crucificação de Jesus
 Na mesma noite, Jesus foi julgado e condenado à morte e
pela manhã passou por mais 5 julgamentos.
 A multidão então pediu a crucificação acusando-o de ser um falso
Messias (Lc 23:21)
 Foi chicoteado, escarnecido, coroado de espinhos e levou a cruz
nas costas para o Gólgota.
 Foi crucificado as 9 h. e morreu às 15 h.
▪ Ficou entre dois ladrões
▪ Sentiu-se desamparado (Mt. 27:46)
▪ Sofrimento intenso (Is 53:6)
▪ Enfrentou só o peso da culpa de milhões de pecadores.
▪ Disse “Pai está tudo consumado, nas tuas mãos entrego meu espírito (Jo
19:30)
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2.5 – Sua morte sacrificial
 Sua morte prefigurava o ritual de sacrifícios realizados pelos
judeus com animais.
 Existiam sacrifícios:
 Substitutivo
▪ O pecador era substituído por um animal, geralmente um cordeiro (Lv 1:4) – Jesus
foi o substituto.
 Propiciatório
▪ Ato de tornar propício, apto para receber o favor ou perdão de Deus. Afastava a ira
de Deus e o pecador saía ileso.
▪ A ira de Deus caiu sobre Jesus (Hb 10:31) e homem saiu ileso. (I Jo 4:10; Rm 3:25)
 Expiatório
▪ Ao ser morto no lugar do penitente, o sangue do animal era derramado perante
Deus como que se a vida do animal estava sendo oferecida no lugar do pecador. Na
cruz o sangue de Jesus foi derramado (Lc 22:20)
▪ I Pedro 1:18,19)
Gilmar Caetano Tomáz
2.6 – Sua morte vicária

 O homem estava condenado. Deus enviou a


sua graça para salvação do homem (Jo 3:16)
 Jesus morreu em nosso lugar (substituição)
 II Co 5:18-19

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2.7 – Teorias acerca da razão de Sua
morte
 Ao longo da história surgiram muitas teorias
sobre a morte de Jesus. Cada uma buscava
dar de maneira satisfatória as razões sobre a
morte de Cristo.
 Orígenes (185 – 254 d.C) Teólogo de Alexandria e
mais tarde de Cesaréia
▪ Ensinou que a morte de Cristo foi um pagamento que
Deus fez ao diabo para resgatar o homem do cativeiro.
▪ Este ensinamento não existe base Bíblica. (I Pe 1:18,19)

Gilmar Caetano Tomáz


2.7 – Teorias acerca da razão de Sua
morte
 Pedro Abelardo (1079-1142 d.C) – Teólogo Francês
▪ Sustentava que a morte de Cristo era um modo pelo qual
Deus mostrou o quanto amava os seres humanos ao
identificar-se, até a morte, com os sofrimentos deles.
▪ Seria a morte um grande exemplo didático, que extrai
uma resposta agradecida, de modo que somos. perdoados
ao amá-lo.
▪ Em muitas passagens fala deste ato como sendo Cristo
carregando nossos pecados e morrendo como expiação
deles e não simplesmente como exemplo de amor divino.
▪ Se assim o fosse, seria duvidoso o perdão de Jesus.

Gilmar Caetano Tomáz


2.7 – Teorias acerca da razão de Sua
morte
 Fausto Socino (1539-1604 d.C) – Teólogo italiano.
▪ Ensinava que a morte de Cristo nos provê exemplo e de
como devemos confiar em Deus e obedecer-lhe de
modo perfeito, mesmo que essa confiança e obediência
nos leve a uma morte horrível.
▪ Se apóia em I Pe 2:21 – Mas o texto fala de entrega e
renuncia. Elementos presentes na morte, e não sobre
pagamento de pecado.
▪ Essa concepção alega que o homem pode se salvar
seguindo o exemplo de Cristo.

Gilmar Caetano Tomáz


2.7 – Teorias acerca da razão de Sua
morte
 Hugo Grotius (1583-1645 d.C)
▪ Defendia que Deus sendo onipotente não precisaria
exigir o pagamento de uma pena. A morte havia sido
uma demonstração de que todas as vezes que as leis de
Deus fosse quebradas haveria uma pena.
▪ Aqui não podemos acreditar na obra completa de Cristo.

Gilmar Caetano Tomáz


2.7 – Teorias acerca da razão de Sua
morte
 Agostinho (sec. IV) Bispo
▪ Acreditava que a morte de Cristo foi substitutiva,
totalmente em favor da humanidade.
▪ O propósito divino era a substituição do home na cruz.
▪ Veio para morrer em favor do home e no lugar do
homem.
▪ As escrituras diz que Cristo morreu por nós mesmos
sendo nós ainda pecadores (Rm 5:8)
▪ Essa é a única teoria que corresponde melhor a visão
Bíblica da morte de Cristo.

Gilmar Caetano Tomáz


Capítulo 3 – A descida de Jesus ao
inferno
 Ao morrer e ser sepultado, Jesus teria ficado
três dias e três noites na sepultura.
 A questão levantada por alguns teólogos é:
▪ O que Jesus teria realizado neste tempo?
 Alguns alegam que teria descido ao inferno,
outros que ele teria subido ao Paraíso.
 Veremos as duas questões à luz da Bíblia

Gilmar Caetano Tomáz


3.1 – A base Bíblica da doutrina

 Na Bíblia vemos que com a morte de Jesus,


seu corpo foi sepultado (Jo 19:41,42), seu
espírito Ele entregou ao Pai (Lc 23:46), e
havia prometido ao ladrão (Lc 23:43)
 Os demais acontecimentos deste período a Bíblia
não deixa claro, e com base em algumas
passagens criaram a teologia “Descida de Jesus ao
inferno”.

Gilmar Caetano Tomáz


3.1 – A base Bíblica da doutrina
 Segundo o Pr. Esequias soares o inferno é “o lugar
preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25:41) para onde
vai as almas dos ímpios.
 A palavra inferno vem do latim “infernus”, que significa “lugar
inferior”.
 Foi usada por Jerônimo, na Vulgata latina, para traduzir do
hebraico a palavra Sheol, e do grego a palavra “Geena”, “Hades”
e “abismo”.
 No AT a palavra “inferno”, era “Sheol”, mundo dos mortos,
mundo invisível, ou sepultura (Sl 30:4; Gn 37:35)
▪ Os Judeus ensinavam que todas as pessoas que morriam desciam ao
“Sheol”. No Sheol, os justos eram conduzidos ao Paraíso (seio de Abraão),
e os ímpios ao lugar de tormento (punição – Lc 16:22,23)
Gilmar Caetano Tomáz
3.1 – A base Bíblica da doutrina

 No NT a palavra “inferno” aparece com dois


significados: “Hades” que significa mundos dos
mortos. “Geena” ou “Tartaro”; lugar de tormento,
e punição (Mc 9:47, 48; II Pe 2:4).
 Segundo o NT, ao morrer as pessoas eram
sepultadas e seguia-se o juízo eterno (Hb 9:27)
▪ Os justos iam para o paraíso e os ímpis para o lugar de
tormento (Lc 16:22,23)
▪ Vemos que tanto no AT como no NT existem lugares
distintos na eternidade para justos e ímpios.

Gilmar Caetano Tomáz


3.1 – A base Bíblica da doutrina

 Ao morrer na cruz Jesus teria descido ao “Sheol” ou


“hades”? Para o paraíso ou para o “Geena”?
 O apoio Bíblico sobre isso está em seis passagens:
▪ At 2:27; Rm 10:6,7; Ef 4:8-9; I Pe 3:18-20; I Pe 4:6:
 Veremos os textos:
 At 2:27 – “Pois não deixarás a minha alma no Hades, nem
permitirás que o teu Santo veja a corrupção.”
 A palavra inferno aqui é Hades. Pedro está citando um
salmo de Davi, ele faz alusão à morte e sepultamento
do Messias e fala que Ele não ficaria na sepultura.
▪ A NVI fala sepulcro.
Gilmar Caetano Tomáz
3.1 – A base Bíblica da doutrina

 Rm 10:6-7 – “Mas a justiça que é pela fé diz: Não


digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é
trazer do alto a Cristo) Ou: Quem descerá ao
abismo? (isto é a tornar a trazer dentre os mortos a
Cristo)”
 Paulo usa a palavra “inferno” em contraposição a
“céu” para dar sentido de lugar inacessível.
▪ Ele responde aos seus leitores que perguntava onde
encontrar Cristo. Ele fala que ele não está nem no céu ou
no abismo, mas bem perto de cada um.

Gilmar Caetano Tomáz


3.1 – A base Bíblica da doutrina

 Ef 4:8-9 – “Pelo que diz: subindo ao alto, levou


cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora isto
Ele subiu que é senão que também antes tinha
descido às partes mais baixas da terra?”
▪ A expressão ‘às partes mais baixas da terra”, deve ser
entendida como sepultura e não necessariamente como
inferno.
▪ O texto fala da encarnação, morte e ressurreição de
Jesus.

Gilmar Caetano Tomáz


3.1 – A base Bíblica da doutrina

 I Pe 4:6 – “Porque por isto foi pregado o Evangelho


também aos mortos, para que, na verdade, fossem
julgados segundo os homens na carne, mas
vivessem segundo Deus em espírito”.
▪ Pedro não está falando de uma pregação a pessoas que
morreram e estão no inferno, pois a salvação como bem
ensina a Bíblia é em vida.
▪ Ele está falando de pessoas mortas para Deus e não na
eternidade.

Gilmar Caetano Tomáz


3.1 – A base Bíblica da doutrina

 Apoc 1:17-18 – “E eu quando o vi, caí a seus pés


como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra,
dizendo-me; Não temas: Eu sou o primeiro e o
último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou
vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves
da morte e do inferno”.
▪ Muitos aludem como sendo chaves literais. Mas trata-se
dum sentido figurado que representa autoridade.
▪ Poder absoluto sobre a morte e o inferno.
 Surge o texto mais polêmico:

Gilmar Caetano Tomáz


3.1 – A base Bíblica da doutrina
 I Pe 3:18-20 – ”...No qual foi, e pregou aos espíritos em prisão; os
quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de
Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na
qual poucas, (isto é, oito) almas se salvaram pela água”
▪ Este texto é interpretado de várias maneiras.
▪ Teria Jesus pregado no inferno?
▪ Quem são estes espíritos aprisionados?
▪ A expressão pregou no original é “Kerusein” – proclamação do
Evangelho. Mas sabemos que o evangelho só deve ser pregado a vivos.
▪ Seria estas almas as pessoas dos dias de Noé?
▪ Os luteranos ensinam que Cristo depois de sua morte desceu as moradas
dos espíritos malignos, não para pregar, mas para triunfar sobre Satanás
e despojá-lo de seu poder.
▪ Os pentecostais acredita que não se trata de uma pregação, mas de um
brado de vitória.
Gilmar Caetano Tomáz
3.2 – O apoio histórico
 A partir do 2º século passou a circular na igreja, muitos livros
oriundos de uma seita da época chamada Gnosticismo.
 Estes escreviam literaturas e as atribuíam aos apóstolos (livros
pseudepígrafos). Estes foram rejeitados pela igreja.
 Foi produzido o “Evangelho de Nicodemos”
▪ Aproveitando a passagem de Mateus (27:52,53) que relata que por ocasião da morte
de Cristo, alguns santos ressuscitaram e foram vistos em Jerusalém. Eles deram
seqüência a esta história.
▪ Relatam que dois desse mortos ressurretos declararam aos sacerdotes, que Jesus
havia descido ao inferno, derrotado Satanás e o inferno que os aprisionava, e
liberado da prisão todos os santos do passado e os levado ao Paraíso.
▪ Este evangelho contraria as Escrituras que diz que os santos que morrem na fé estão
no paraíso e não em cativeiro (Lc 16:22)
▪ Mencionar a presença do diabo no inferno é contrariar a Bíblia. Pois esta diz que o
inferno foi preparado para o diabo e seus anjos (M 25:41 – Ap 20:10) . Não há registro
Bíblico que o diabo esteja no inferno.
Gilmar Caetano Tomáz
3.2 – O apoio histórico
 Segundo o Teólogo Alister E. McGrath, o NT e a
igreja primitiva atribuíram grande ênfase na
vitória de Cristo sobre o pecado, morte e satanás
mediante a morte na cruz e ressurreição.
 Porém os escritores gregos patrísticos procuravam
formular analogias.
▪ Assim foi formulada a idéia de que Satanás em seu reino
mantinha crentes aprisionados e Cristo desceu ao inferno,
quebrou os portões, lutou com o diabo e tomou a chave da
morte e do inferno e levou os santos ao terceiro céu.
▪ Essa idéia não tem base Bíblica.
Gilmar Caetano Tomáz
3.3 – O apoio do credo apostólico
 O credo apostólico (200 d.C até 750) diz:
 “Creio em Deus Pai Todo poderoso, criador do céu e da terra. Em Jesus Cristo, seu Filho Unigênito,
nosso Senhor; concebido pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria; que padeceu sob Pôncio
Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu ao inferno, e ao terceiro dia ressurgiu dos
mortos: que subiu ao céu assentou-se à direita do Pai Todo Poderoso, de onde há de ver para
julgar os vivos e os mortos. Crio no Espírito Santo, na anta Igreja católica, na comunhão dos
santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém”.
▪ A expressão “desceu ao inferno” segundo Wayne Gruden e Berkof, não se
encontra em nenhuma versão primitiva do Credo. Até que apareceu em uma
versão de Rufino em 390 d.C.
▪ O que depois também não foi incluída de novo em nenhuma versão do credo
anterior a 650 d.C.
▪ Rufino foi a única pessoa a incluí-la antes de 650 d.C
▪ Ele não pensava que inferno na frase do credo, significava que Cristo desceu
ao inferno, mas que foi sepultado. Em, outras palavras, ele entendia que a
frase significava que Cristo “desceu à sepultura, ao mundo dos mortos” e
não ao Geena, “inferno”, lugar de punição. Gilmar Caetano Tomáz
3.4 – O propósito da descida de Cristo
ao inferno
 Apesar de pouco apoio Bíblico alguns ainda defendem a
descida literal de Jesus ao inferno. A divergência esta no
propósito da descida. Vejamos:
 Universalistas – grupo que defende a salvação de todos os homens,
mesmo depois da morte.
▪ Para eles Cristo desceu ao inferno onde pregou a pessoas não salvas, dando-as
uma segunda chance.
 Igreja católica
▪ Diz que a área do Hades onde Jesus desceu não era morada de espíritos
malignos, mas aquela em que habitam a alma dos crentes que morreram antes
do advento do redentor
▪ o objetivo não foi pregar, nem despojar o diabo, mas libertar os mortos piedosos
do estado intermediário e levá-los ao “limbo dos pais”.

Gilmar Caetano Tomáz


3.4 – O propósito da descida de Cristo
ao inferno
 Os Anglicanos
▪ Sustentam que enquanto o corpo de Cristo estava no túmulo, a alma desceu ao Hades, mas
particularmente ao paraíso, a habitação das almas dos justos e lhes fizeram uma exposição
mais da verdade.
▪ Esta é uma posição que mais aproxima da verdade, porém são elementos especulativos.
 Os calvinistas
▪ A descida refere-se aos sofrimentos de Cristo na cruz, onde ele realmente sofreu as agonias do
inferno.
▪ Keneth Hagin afirma que Jesus desceu para o inferno onde foi chicoteado pelo diabo durante
três dias e três noites para pagamento dos nossos pecados. Este baseou-se em livros apócrifos.
 Os pentecostais
▪ Ensinam que Cristo não desceu para pregar, mas para proclamar sua vitória aos mortos, e após
derrotar o diabo, libertou os cativos, que seriam os santos do passado que aguardavam sua
vinda (Ef 4:1,2) e os levou ao paraíso e ressuscitou
▪ Há muitas especulações e uma destas é dizer que os santos do AT estavam cativos (Mt 22:32)
▪ Quando Jesus fala com o ladrão ele fala de um lugar já existente e não a ser inaugurado (Lc
23:43)

Gilmar Caetano Tomáz


3.5 – Jesus desceu ao Hades
 Jesus após a sua morte desceu ao Hades, o mundo dos mortos e
assim como Lázaro foi elevado ao “seio de Abraão” ou paraíso onde
já se encontrava os espíritos dos justos (Mt 22:32)
 Não se trata do inferno que Jesus menciona em Mt 8:12 que fora destinado
ao diabo e seus anjos (Mt 25:41)
 Jesus também não foi atormentando lá.
 Também não foi brigar com o diabo, ou pregar para espíritos malignos ou
pregar a pessoas não salvas.
 Também não foi resgatar santos que estavam cativos, pois sendo assim não
havia salvação para ninguém antes de vinda do Messias.
▪ Estes já haviam sido salvos pela fé na obra redentora profetizada desde o momento da
queda (Gn 3:15)
 Resumindo, acreditamos que Cristo desceu ao “Hades”, mas se destinou ao
Paraíso onde estavam os santos redimidos. E ao ressuscitar, triunfou sobre a
morte, o inferno e o diabo
Gilmar Caetano Tomáz
Capítulo 4 – A ressurreição vitoriosa de
Jesus
 A ressurreição é uma vitória não somente a
morte e ao inferno, mas sobretudo contra o
pecado que escravizava a humanidade.
 Jesus venceu como homem e como Deus e pagou
toda nossa penalidade (Col 2:14)
 Veremos que a ressurreição já estava
profetizada nas escrituras.
 Veremos também evidências históricas sobre
a ressurreição.
Gilmar Caetano Tomáz
4.1 – A ressurreição profetizada

 Sl 16:10; 68:18 – fala sobre a ressurreição do


Messias.
 Estes textos foram usados por Jesus, para mostrar
aos seus discípulos que sua ressurreição já estava
predita por milênios.
 Ler Lc 24:25-27, 46
 Os discípulos apesar de conhecerem as escrituras,
negaram esta verdade.

Gilmar Caetano Tomáz


4.2 – A ressurreição prevista

 Jesus preveniu os discípulos


 Mt 16:21
 Mt 17:9
 Mt 20:17-19
 Jo 10:17,18
 Após a morte ainda teimaram em não acreditar,
porém os fariseus e saduceus creram:
▪ Mt 27:62-64

Gilmar Caetano Tomáz


4.3 – O caminho da ressurreição
 Cristo havia declarado que sua morte marcaria o momento da
expulsão e derrota de Satanás (Jo 12:31-33)
 Sua morte não seria o fim, mas o inicio da libertação do homem do
poder do diabo, da morte e do inferno.
▪ Cristo desceu ao mundo dos mortos, subiu ao paraíso (Lc 23:43) onde entrou a
presença de Deus com o sacrifício do seu sangue, à semelhança do sumo
sacerdote no AT.
▪ ofereceu em favor da humanidade para perdão dos pecados
▪ Em seguida, despojou todos os poderes do mal (Col 2:14,15) que escravizaram
o homem.
▪ Aqui ele “subiu ao alto levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens” (Ef 4:8)
▪ Quando tudo estava realizado em favor do homem, Ele reuniu-se novamente
ao seu corpo e de forma gloriosa ressuscitou declarando sua vitória e sua
autoridade máxima (Mt 28:18)

Gilmar Caetano Tomáz


4.4 – O momento da ressurreição

 Mt 28:1-3 fala sobre o momento da ressurreição.


 As mulheres foram perfumar o corpo, mas encontram
a pedra removida (Lc 24:1,2)
▪ Foram contar para os discípulos. Maria Madalena viu Jesus
naquela manhã.
▪ Dois discípulos no caminho de Emaús conversaram com
Jesus.
▪ Apareceu aos discípulos e deu provas de sua ressurreição.
Como pensaram que era um fantasma, Jesus comeu com
eles.
▪ I Cor 15:5-8

Gilmar Caetano Tomáz


4.5 – As doutrinas que negam a
ressurreição
 Apesar da evidências, os religiosos da época e os
gnósticos negaram a ressurreição.
 Os religiosos desmentiram, subornaram guardas (Mt
28:11-15)
▪ Os medrosos discípulos teriam que: roubar o corpo, lutar com 16
soldados romanos, violar o selo romano sob pena de morte,
rolar morro acima uma pedra de duas toneladas (20 homens).
 Os gnósticos não aceitavam a doutrina da ressurreição.
▪ Falaram que Jesus havia ressuscitado apenas espiritualmente.
▪ I Cor 15:12-17 e 20

Gilmar Caetano Tomáz


4.6 – As evidências históricas e
teológicas da ressurreição
 A ressurreição é a base do Cristianismo.
 Se não houvesse, algumas evidências e teológicas jamais poderiam
existir:
 A igreja teve inicio com a mensagem da ressurreição, lugar onde havia se
dado o fato.
▪ Se a ressurreição fosse mentira, logo eles seriam desmascarados. Mas o que
aconteceu foi o crescimento da igreja.
 O domingo é outra evidência histórica. Logo após a ressurreição, os
cristãos judeus mudaram o dia de culto de sábado para o domingo.
▪ O primeiro dia da semana era um referencial ao dia da ressurreição. Até que
Constantino no 3º século oficializou o dia de culto dos cristãos.
 A celebração da ceia aponta para a ressurreição.
 O batismo cristão é um símbolo da morte e ressurreição de Cristo.
▪ Por meio da imersão, o cristão se identifica com a morte, ao sair da água ele se
identifica com a ressurreição de Cristo.
Gilmar Caetano Tomáz
Capítulo 5 – A ascensão triunfal de
Jesus
 A ascensão de Cristo não possui tantos registros,
mas reveste-se da mesma importância teológica.
 Ela nos dá a certeza que Cristo está no céu com suas
duas naturezas ao lado de Deus-Pai
 Veremos os 40 dias que Jesus ficou com os
discípulos após sua ressurreição, suas últimas
promessas, sua subida triunfal, seu lugar ao lado
de Deus e o significado teológico de sua
ascensão.

Gilmar Caetano Tomáz


5.1 – Os quarentas dias de comunhão

 Lucas é o único evangelista que registra o tempo que Jesus


ficou com os discípulos após a ressurreição (At 1:3)
 Apareceu aos discípulos por três vezes (Jo 21:14)
▪ Apareceu a Tomé (Jo 20:27)
▪ Apareceu a Pedro
▪ Apareceu a Tiago, seu meio irmão (I Cor 15:7)
▪ Para mais de 500 irmãos (I Cor 15:6)
 Jesus fez muitas coisas nestes 40 dias
▪ Restaurou a fé dos apóstolos (Lc 24:44,45)
▪ Provou que não era um espírito (Lc 24:38,39)
▪ Predisse a morte de Pedro (Jo 21:18,19)
▪ Declarou a morte de João (Jo 21:22,23)
▪ Aparecia e desaparecia. Fez sinais (Jo 20:30)
Gilmar Caetano Tomáz
5.2 – As últimas promessas

 Antes de ascender, Jesus fez as últimas


promessas:
 (At 1:4,5)
 A última promessa foi feita por um anjo (At 1:11)
 De posse destas promessa, voltaram a
Jerusalém, para aguardarem o cumprimento
da promessa divina.

Gilmar Caetano Tomáz


5.3 – A subida triunfal ao céu

 Jesus declarou a necessidade de sua subida,


para a vinda do ES.
 Disse que voltaria outra vez (Jo 14:2,3)
 E então subiu.
 Jesus subiu vitorioso, cumpriu sua obra na
terra. Deixou toda humilhação, rejeição e
sofrimento para ser recebido como vitorioso
junto ao pai (Sl 24:7-10)
 Ap 5:12
Gilmar Caetano Tomáz
5.4 – À destra de Deus-Pai
 Estevão antes de morrer viu Jesus assentado a direita de Deus (At
7:55,56)
 Assentar à direita de alguém na época do NT denotava também
participação ativa no governo.
 Hb 10:12,13
 A destra de Deus, Jesus torna-se:
▪ cabeça da igreja e de todo universo (I Pe 3:22)
▪ mediador entre Deus e os homens (Hb 7:25)
▪ Defensor da igreja na terra (At 9:4,5)
▪ Subjuga os poderes do mal
▪ Assegura a salvação de todos que o buscam por intermédio do seu sacrifício na
cruz.
▪ Intercede por nós
▪ Tendo sofrido as fraquezas humanas não pecaminosas, conhece as aflições dos
homens e está pronto para se compadecer delas (Hb 7:26,27)
Gilmar Caetano Tomáz
5.5 – O significado da ascensão

 Do ponto vista teológico, a ascensão de


Cristo traz várias implicações para os cristãos.
 Seu retorno com uma nova natureza exalta cada
homem que se vê representado em Jesus diante
de Deus.
 Sua ascensão prefigura o arrebatamento da
igreja, quando teremos nosso corpos
transformados e subiremos ao encontro dEle.
 Apoc 3:21; Jo 14:2,3

Gilmar Caetano Tomáz


FIM

Gilmar Caetano Tomáz


E-mail: gilmarcaetanotomaz@hotmail.com
Fone: (12) 81434611

Gilmar Caetano Tomáz

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