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Técnicas de Medição

Introdução a avaliação dos agentes


físicos
Agentes Físicos

• Calor
• Frio
• Vibração: vibração de mãos e braços e de corpo inteiro
• Ruído
• Pressão anormal
• Radiações ionizantes
• Radiações não ionizantes
• Umidade
Agentes Avaliados Qualitativamente

 Umidade
 Radiações tanto ionizante como não ionizante, existem aparelhos que fazem a
leitura quantitativa destes, porém não é muito comum (devem ser seguidas as
orientações do CNEM – Comissão Nacional de Energia Nuclear)
 O agente frio, pela NR-15, também pode ser caracterizado como insalubre
apenas por inspeção no local de trabalho, para trabalhos em câmaras frias.
 Pressões anormais, que é o trabalho sob condições hiperbáricas, e conforme a
NR-15.
 Vibrações – segue o anexo 8 da NR 15.
Agentes Biológicos

 Avaliação qualitativa
 Dois graus de insalubridade:
 Máximo
 Médio
Ag. Biológicos – Grau Máximo

• Pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas, bem como objetos de


seu uso, não previamente esterilizados.
• Carne, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e dejeções de animais
portadores de doenças infectocontagiosas (Carbúnculo, Brucelose, Tuberculose).
• Esgotos (galerias e tanques).
• Lixo Urbano (coleta e industrialização).
Ag. Biológicos – Grau Médio

 Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros


estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que
tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes,
não previamente esterilizados).
• Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento
e tratamento de animais (aplica-se somente ao pessoal que tenha contato com tais animais).
• Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos.
• Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão só ao pessoal técnico).
• Gabinetes de autópsias, de anatomias e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal
técnico).
• Cemitérios (exumação de corpos).
• Estábulos e cavalariças.
• Resíduos de animais deteriorados.
Umidade

A avaliação por umidade é de caráter qualitativo e está prevista na NR-15,


em seu Anexo 10, o qual esclarece que as atividades realizadas em locais
alagados ou encharcados são passíveis de produzir danos à saúde do trabalhador
através do contato direto com o agente.
Radiação não ionizante

 As radiações não ionizantes são radiações que não são capazes de arrancar
elétrons dos átomos, ou seja, não produzem ionização. Elas se propagam em
todas as direções, através de ondas, e estão agrupadas dentro do espectro.
A avaliação dessas radiações é muito complexa e necessita de
instrumentação específica. Para conduzir uma avaliação deste tipo é requerido
que se consulte a ACGIH para maiores orientações, e também o manual da
NIOSH.
Radiações ionizantes

 As radiações ionizantes possuem energia suficiente para ionizar os átomose


moléculas, podem danificar as células e modificar o material genético
(DNA),causando doenças graves.
 Propagam-se através de ondas e possuem frequências maiores no espectro,
são os raios alpha, beta, gama e raios X; e não são normalmente medidas, por
isso a avaliação no Brasil requer o atendimento claro à norma NHO 05 da
Fundacentro, aos procedimentos da Comissão Nacional de Energia Nuclear
-CNEN e também diretrizes estabelecidas pela Vigilância Sanitária.
O monitoramento dessas radiações normalmente envolve a colocação de
dispositivos de monitoramento de radiação em vários locais, ou pessoas,
ambiente que está sendo avaliado, onde o objetivo é estimar a dose recebida
pelo trabalhador durante as suas atividades envolvendo radiação ionizante.
Frio
Pressão Hiperbárica
Calor

 Índice de sobrecarga térmica


 E para estipular estes parâmetros é necessário adotar algum critério, o
critério apresentado a seguir é o utilizado pela NHO-06, que é com base no
Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo – IBUTG. Para chegarmos ao
IBUTG, temos alguns sensores:
 Termômetro de Bulbo Seco – Que é o termômetro comum, de contato direto com o
ar.
 Termômetro de Bulbo Úmido Natural – É um termômetro que possui um pavioimerso
em água (destilada).
 Termômetro de Globo – É um sensor (termômetro) posicionado no centro de
uma esfera (externamente pintada de preto fosco) de cobre com um diâmetro de
seis polegadas, que absorverá a radiação infravermelha.
Ruído

 O ruído se propaga através de ondas mecânicas sonoras pelo ar,


perpendicularmente em todas as direções. Ele é mensurado através do nível
de pressão sonora – NPS (N/m2 ou Pa).
Faixa Audível

 O alcance da audição humana se estende de aproximadamente 20 Hz a 20.000


Hz.
 Limite de Tolerância: para fins de NR-15, é a concentração ou intensidade
máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição do
agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida
laboral.
 Estudos revelam que:
 Em torno de 75 dB(A) – observa-se processo de desconforto acústico inicia-se a
perda de inteligibilidade da linguagem, a comunicação fica prejudica e há
diminuição da produtividade;
 Acima de 75 dB(A) o desconforto aumento, a produtividade diminui;
 Acima de 80 dB(A) as pessoas mais sensíveis podem sofrer perda de audição.
TIPOS DE RUÍDO

 Contínuo é o que permanece estável com variações máximas de 3 a


5 dB(A) durante um longo período.

 Intermitente é um ruído com variações, maiores ou menores de


intensidade.

 Impacto apresenta picos com duração menor de 1 segundo, a


intervalos superiores a 1 segundo.
Legislação

 NHO 01: Tem por objetivo estabelecer critérios e


estabelecimentos para a avaliação da exposição
ocupacional ao ruído, que implique risco potencial de
surdez ocupacional.
 NR -15: estabelece os limites de tolerância para ruído
contínuo ou intermitente, e fala sobre o enquadramento
de insalubridade por exposição ao ruído.
Existem dois tipos básicos de medidores de pressão sonora em segurança
ocupacional, que são: o de medição pontual, conhecido popularmente como
“decibelímetro”, e o audiodosímetro ou dosímetro de ruído, este quantifica a
exposição do trabalhador aplicando o conceito de dose, que é o resultado em
uma ponderação para diferentes tipos de ruídos relacionado com o tempo de
exposição e o tempo máximo permitido de forma cumulativa durante a jornada
de trabalho.
Vibração

 Se divide em dois tipos: Vibrações de Mãos e Braços (VMB) e Vibrações de


Corpo Inteiro (VCI), ambos são decorrentes do contato direto com o agente,
através do uso de algum maquinário, que seria a fonte geradora.
 VCI - todo o corpo está exposto aquela vibração, por exemplo, no interior de
um veículo.
 VMB - ocorre por meio de ferramentas vibratórias, como marteletes,
motosserras etc.
 Na vibração, além de mensurarmos a intensidade (a energia mecânica
envolvida), temos uma outra variável importante, a direção (vetor), que é
como essa energia vibratória irá atingir o corpo humano.
AGENTES FÍSICOS 2
Agentes Físicos 2

 Como realizar a medição


 Normas a serem consultadas:
 NR 15
 NHO 1 – Ruído
 NHO 6 – Calor
 NHO 9 e 10 – Vibração (VCI e VMB)
Vibração

Dados que devemos observar:


• Tempo de realização da tarefa
• Número de ciclos da tarefa
• Equipamento avaliado
• Condições gerais do equipamento
• Tempo de exposição
• Jornada de trabalho
• Se há evidência de dores ou problemas de saúde relacionada à execução da
atividade.
• Descrição detalhada de como é a operação com o equipamento e execução da
tarefa, entre outros.
VCI
VMB
Vibração

 O equipamento fornecerá Aceleração Média Resultante (AMR) considerando os três eixos


ortogonais para cada ciclo de avaliação realizado. É necessária a realização de cálculo para
obter-se a AREP (Aceleração Resultante de Exposição Parcial), que é a aceleração média
resultante representativa da exposição ocupacional relativa à componente de exposição,
ocorrida em uma parcela de tempo (nos respectivos ciclos).
 tendo o resultado do cálculo da aceleração de exposição parcial, é que será possível calcular
a Aceleração Resultante de Exposição (ARE) que corresponde à aceleração média resultante
representativa da exposição ocupacional DIÁRIA, considerando os três eixos ortogonais.
 E ainda temos a AREN, que é a Aceleração Resultante de Exposição Normalizada, ou seja,
esta considera o efetivo tempo de exposição do trabalhador ao agente.
 Outro parâmetro é o VDVR - Valor da Dose de Vibração Resultante, é o valor da dose de
vibração representativo da exposição ocupacional diária, considerando a resultante dos três
eixos de medição, ou melhor, considerando o maior valor resultante dos três eixos de
medição (FUNDACENTRO, 2012).
A caracterização da condição insalubre, de acordo com a NR-15, dar-se-á se
superados quaisquer dos limites de exposição ocupacional diária à VCI, abaixo:
a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (AREN) de 1,1
m/s2;
b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75.

E para VMB o valor de aceleração resultante de exposição normalizada


(AREN) não pode ultrapassar 5 m/s2, de acordo com NR-15 – Anexo 8.
Ruído

 Para a determinação da avaliação de ruído ocupacional utilizamos o


“decibelímetro” ou o dosímetro de ruído.
 Ruído pontual ocupacional, o ideal é que o decibelímetro seja posicionado no
posto de trabalho, nas proximidades da zona auditiva do trabalhador.
 Avaliação utilizando-se os dosímetros de ruído, um dos procedimentos é que o
microfone deve ser posicionado sobre o ombro da pessoa avaliada, preso na
vestimenta, próximo à zona auditiva do trabalhador (75% da jornada de
trabalho)
A dose de ruído é a ponderação para diferentes situações acústicas, de acordo com o tempo de
exposição e o tempo máximo permitido, de forma cumulativa na jornada (SESI, 2007).

Onde a dose é:
D = Te1 / Tp1 + Te2 / Tp2 +......... Ten / Tpn
Onde:
D = Dose de Ruído
Te = Tempo de exposição a um determinado nível
Tp = Tempo permitido de exposição para este nível.

Se o valor da dose for menor ou igual a 1, ou seja, 100%, a exposição está dentro do limite de
tolerância; se ultrapassar 1 ou 100%, significa que há risco potencial do trabalhador adquirir surdez
ocupacional (SESI, 2007).
CALOR

O calor, de acordo com a NR-15 - Anexo 3, é obtido através do cálculo do IBUTG


e da taxa calórica resultante da atividade metabólica necessária para realização
da tarefa.
O aparelho que mede o IBUTG - Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo é
o medidor de estresse térmico, que é um conjunto de termômetros digitais
(termômetro de bulbo seco, termômetro de bulbo úmido natural, termômetro
globo).
Para os ambientes sem carga solar o IBUTG é calculado por:
IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg

Já para ambientes externos com carga solar, usa-se:


IBUTG = 0,7Tbn + 0,2 Tg + 0,1 Tbs

Onde:
Tbs – termômetro de bulbo seco
Tbn – termômetro de bulbo úmido natural
Tg – termômetro globo
Agentes ergonômicos
NR - 17

Ela estabelece que o empregador deve proporcionar condições de trabalho


que permitam a adaptação do próprio trabalho às características psicofisiológicas
dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente.
ILUMINAMENTO

 Todos os locais de trabalho, postos, deve haver iluminação adequada,


podendo ser natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade;
 Para isso, os níveis de iluminamento mínimos a serem observados nos locais
de trabalho são os valores de iluminância. Estes estão estabelecidos na NBR
5413;
 As medidas de iluminância são realizadas com um equipamento chamado
luxímetro.
DINAMOMETRIA

 É a ciência que se refere a todo tipo de processos que têm em vista a


medição de forças, bem como a medição da distribuição de pressões;
 O dinamômetro, que é o equipamento que mensura o comportamento da
carga alargada ou da tensão por deformação, mensura através da tensão de
uma mola, do deslocamento do ar, ou da extensão de ligas metálicas,
fornecendo valores de força em unidades como Kgf (quilogramas força)”
Entre os principais objetivos que indicam a utilização da dinamometria no âmbito ocupacional,
pode-se apontar:
• Análise da técnica de movimento.
• Análise da condição física.
• Controle da sobrecarga.
• Influência de fatores externos (força de reação do solo - FRS).
• Influência de fatores internos (forças articulares e musculares).
CONDIÇÕES DE CONFORTO

 índice de temperatura efetiva, que deve estar entre 20ºC e 23ºC;


 velocidade do ar, que não deve ser superior a 0,75 m/s;
 umidade relativa do ar, não podendo ser inferior a 40%.

“A climatização dos locais de trabalho onde há solicitação intelectual e atenção


constante, frequentemente é obtida pelo sistema de ar-condicionado. Na grande
maioria das situações de trabalho, não há o emprego de fontes de calor radiante
para a execução das tarefas”.

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