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Maturação- experiência e
aprendizado. Quando mais
experiência mais fácil será o
aprendizado.
O comportamento do lactente se
modifica tornando-se mais flexível
e mais intencional à medida que se
processa a maturação do seu SNC.
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Teoria do desenvolvimento
Encéfalo Caudal
Proximal Distal
Primitivo e reflexo Voluntario Controlado
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Teoria do desenvolvimento
• Contínuo e dinâmico;
• Não se atrela só ao desenvolvimento motor;
• Cada criança, dentro de suas características pessoais (físicas e
psíquicas);
• Estímulos ambientais;
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Desenvolvimento motor típico
Pode ser definido como o conjunto de características em constante
evolução que permite que um bebê possua suas atividades motoras
normais, ou seja, reflexos primitivos, evoluindo para motricidade voluntária
e realize movimentos de maior complexidade e com maior coordenação,
como a marcha, a corrida, os movimentos finos da mão.
O desenvolvimento motor ocorre de maneira previsível, regular e
intrinsecamente determinada. Ocorre avançando nos sentidos CAUDAL e
DISTAL.
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Etapas do desenvolvimento motor típico:(trimestral)
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Neonato
• Supino
• Postura predominantemente flexora
• Cabeça voltada preferencialmente para um dos lados
• Fixação visual de curta duração
• frequentemente leva a mão na boca
• Movimentos em massa das extremidades
• Chutes alternados
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Neonato
• Prono
• Impossibilidade de rodar a cabeça
• Descarga de peso na cintura escapular e face
• MMSS fletidos ao lado do corpo
• MMII fletidos, inclinação da pelve
• Pés em dorsiflexão podem proporcionar rolar e pivotear instantâneo
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Neonato
• Sentar
• Cabeça pende para trás
• Sem ativação da musculatura abdominal,
MMSS e MMII
• Não é uma posição funcional
• Quando apoiado não apresenta controle
cervical, coluna vertebral totalmente cifótica,
membros em flexão
• Em pé
• Aumento de tônus extensor de MMII
• Ao ser inclinado para frente, exibe movimentos
sincronizados de MMII (semelhantes aos chutes
alternados)
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Primeiro mês de vida
• Supino
• Aumento na mobilidade cervical, porem não mantem na linha média
• Melhora da fixação visual
• Inicia abdução ativa dos membros
• Mantem padrão flexor de membros e movimentos em massa
• Pegar objeto por pouco tempo, sem alcance
• Chutes alternados e também simétricos
• Simetria
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Primeiro mês de vida
• Prono
• MMSS mais a frente, sem atividade funcional
• Melhora movimentação da cabeça, ainda não levanta
• Descarga de peso em cintura escapular
• Melhor movimentação de MMII, ainda fletidos
• Sentar
• Ainda sem controle flexor de cabeça
• Sem apoio, faz total flexão anterior do tronco
• MII com maior flexão de joelhos
• Em pé
• Semelhante ao período neonatal
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Segundo mês de vida
• Supino
• Breve fixação na linha média, queixo próximo ao
esterno
• Mais assimétrico (RTCA)
• Melhor atenção visual
• Preensão mediante pronação de antebraço, com a
borda ulnar; a tenodese ocorre com a flexão do punho
• Os pés se tocam
• Prono
• Maior mobilidade cervical, as orelhas tocam a superfície
• Extensão cervical a 45º momentaneamente
• Inicia o uso de MMSS para se tracionar, fixa escápulas
• Melhora da descarga de peso
• MMII com flexão plantar dos pés
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Segundo mês de vida
• Sentar
• Ainda sem controle cervical quando tracionado para sentar
• MMSS iniciam o auxilio
• Sentado com apoio, apresenta coluna ainda em flexão, mas há certo
controle de cabeça
• Quando sem apoio, faz menos flexão do tronco anteriormente
• Em pé
• Apresenta astasia – abasia, menor capacidade de suportar peso e de
orientar os MMII no contato com o solo.
• MMSS mais em extensão
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Terceiro mês de vida
• Supino
• Orientação simétrica na linha média
• Acompanha objetos horizontalmente (180º) e verticalmente
• Aumento de RE e abd dos MMSS
• Inicio dos movimentos dissociados das articulações, ainda apresenta
tenodese
• Maior uso das mãos, explora ambiente e corpo
• Inicia tentativa de alcance
• Chutes simétricos, eventualmente se empurra, mantem o pês juntos (inicia
posição de rã)
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Terceiro mês de vida
• Prono
• Controle de cabeça a 45º - 90º sem oscilação
• Maior extensão da torácica e lombar
• Alongamento dos flexores de quadril – deslocamento de peso
• Inicia transferência de peso entre hemicorpos (para o lado da face),
decúbito lateral
• Cotovelos alinhados aos ombros
• MMII mais estendidos
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Terceiro mês de vida
• Sentar
• Tracionado para sentar ainda imaturo
• Flexão da cabeça incompleta, queixo para cima
• Inicio da ativação de peitorais, abdominais e mm do ombro
• Com apoio, apresentam controle de cabeça, coluna mais estendida, pelve
perpendicular ao solo, fixa MMSS
• Sem apoio, faz pouca flexão anterior do tronco mantendo a extensão da
cervical
• Maior abdução e RE do quadril, maior flexão de joelho (base de apoio larga)
• Em pé
• Volta a suportar peso sobre os pés
• Maior base de apoio
• Fixa MMSS, controla a cabeça
• Flexão de quadril, extensão de joelho e peso na borda medial do pé, flexão
de artelhos
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Quarto mês de vida
• Supino
• Mãos e cabeça na linha média – simetria
• Traz joelhos sobre abdômen
• Toca joelhos e manipula objetos bimanualmente
• Flexão ativa da cabeça
• Rotação e flexão ativa da cabeça promovem rolar para DL ativo, junto com
MMII
• Inicio da flexão lateral da cabeça no DL
• Alcança objetos no campo visual, tenodese presente
• Movimentos de MMII sinérgicos, com leve dissociação das articulações,
maior mobilidade da pelve
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Quarto mês de vida
• Prono
• Boa extensão de tronco, pelve e cervical
• Apoio em antebraços com leve extensão de cotovelos, pouco alcance
funcional das mãos, explorando com a boca
• Aumento do alongamento dos flexores do quadril
• Transferência de peso entre os dois MMSS
• Posição de pivoteio
• Controle pescoço – cabeça
• MMII em extensão
• Raramente rola até decúbito supino
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Quarto mês de vida
• Sentar
• Organiza o movimento antecipatório flexor quando tracionado
• Inicia com a flexão cervical e mantem com a cervical
• Auxilia com MMSS, abdominais e flete MMII
• Mantem-se semi-ereto e fica sem apoio por alguns segundos
• Aumento da extensão lombar
• Com apoio, leva a mão a cabeça. Atividades manuais em espelho.
• MMII abd são a base de equilíbrio
• Em pé
• Base de apoio diminui
• Parece mais estável em pé que sentado
• Inicia lordose lombar, estende quadril, fixa coluna e MMSS
• Joelhos totalmente estendidos ou colapsam em flexão, pés pronados com a
flexão dos artelhos
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Quinto mês de vida
• Supino
• Brinca com os pés – traz os pés a boca
• Inicia trabalho com os oblíquos do abdômen
• Melhora da coordenação olho-mão.
Bom alcance e preensão (bilateral simultâneo)
• Maior mobilidade de MMSS e MMII (extensão e flexão),
movimentos seletivos
• Rola para lateral com flexão simétrica dos membros
• No DL, trabalha flexão lateral no sentido céfalo-caudal
• Prono
• Posição funcional – descarga de peso na mãos abertas, se
empurra, tem atividade bimanual, tem bom alcance
• Descarga de peso nos hemicorpos, dissocia cinturas
• Inicia o rolar de prono para supino
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Quinto mês de vida
• Sentar
• Auxilia bem quando tracionado
• Alcança ativamente apoio para se tracionar
• Quando sentado com pouco apoio: extensão cervical e
tronco dissociados, bom balanço flexo-extensor do
tronco, boa mobilidade escapular (apoio), MMII com
pouca rotação externa do quadril
• Sentado sem apoio: fixa-se com apoio anterior dos
MMSS, MMII abduzem e rodam externamente, bom
controle de cabeça e tronco
• Em pé
• Pode se manter com apoio apenas na pelve ou tronco
• MMII alinhados com o corpo, base de apoio levemente
estreita, exercita flexão-extensão dos joelhos
ativamente
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Sexto mês de vida
• Supino
• Tem bom controle motor antigravitacional
• Boa mobilidade e alongamento muscular de MMSS e MMII
• Rola para prono, iniciando normalmente pelos MMII
• Bom controle de equilíbrio nessa postura
• Ótimo alcance e manipulação
• Prono
• Tem um bom controle motor antigravitacional
• Bom apoio em MMSS, pivoteia, se empurra para trás
• Bom alcance em todas as direções
• Assume o quadrupede
• Rola de prono para supino
• Atividade dinâmica no decúbito
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Sexto mês de vida
• Prono
• Tem um bom controle motor antigravitacional
• Bom apoio em MMSS, pivoteia, se empurra para trás
• Bom alcance em todas as direções
• Assume o quadrupede
• Rola de prono para supino
• Atividade dinâmica no decúbito
• Sentar
• Traciona-se para sentar, passa do supino para o
sentado com boa atividade motora
• Senta sozinho, com reação de proteção para
frente, abdução e RE de quadril
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Sexto mês de vida
• Em pé
• Ainda é uma postura estática
• Adução maior de quadril, diminuição da base de apoio
• Melhor controle da flexo-extensão do joelho
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Sétimo mês de vida
• Supino
• Raramente permanecem nessa posição
• Passam para prono ou DL rapidamente
• Bom controle postural
• Prono
• Postura preferencial juntamente com a quadrupede
• Maior mobilidade: pivoteio, transferência de peso,
assume o quadrupede, postura de urso
• Algumas crianças já engatinham, outras se arrastam
• Ponto de contra-rotação da coluna
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Sétimo mês de vida
• Sentar
Iniciam a adotar a postura a partir do quadrúpede
Tracionam-se para sentar
Bom controle de quadril e tronco (totalmente ereto)
Base ampla de apoio (abdução e RE do quadril)
Iniciam a transferir do sentado para o quadrúpede (vice-versa)
Em pé
Transferem a partir do quadrupede
Assumem semi-ajoelhado de forma ainda grosseira
Tracionam-se em moveis ou pessoas, independentes
Bom controle de tronco, MMII suportam bem o peso
Não tem controle para agachar – soltam o peso e “caem”
Podem andar com apoio axilar
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Oitavo mês de vida
• Supino
• Não gostam mais dessa postura
• Prono
• É uma posição de transição, dificilmente permanecem muito tempo nela
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Oitavo mês de vida
• Sentar
• Reação de proteção pra os lados completas
• MMII alongados em extensão, redução da base de apoio
• Apresentam rotação de tronco
• Passam para quadrupede com maior frequência e rapidez
• Engatinham bem (até com brinquedos nas mãos)
• Em pé
• Assumem com mais habilidade e maior participação de MMII
• Apresentam o ajoelhado e semi-ajoelhado como transição
• Em pé: exercitam musculatura Interóssea dos pés, assumem ponta dos pés
• Marcha apoiada lateral
• Escalam degraus
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Nono e décimo meses de vida
• Sentar
• Posição funcional
• Transfere entre os diferentes tipos de sentar
• Quadrúpede
• Refinamento e aperfeiçoamento da postura
• Diferentes velocidades e direções
• Passa para o sentar de forma dinâmica
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Nono e décimo meses de vida
• Ajoelhado
• Brinca nessa postura
• Ainda com forte influencia de flexores de quadril
• Fica semi-ajoelhado e tem boa atividade manual
• Escalar
• Recurso muito útil na exploração do ambiente (sobe em tudo, mas ainda
com dificuldade para descer)
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Nono e décimo meses de vida
• Ajoelhado
• Assume com apoio
• Tem marcha lateral mais desenvolvida
• Exercita rotação de tronco e estabilidade de quadril
• Melhor direcionamento dos pés no solo
• Marcha apoiada
• Comum passar para engatinhar por não ter velocidade na marcha apoiada
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Décimo primeiro e décimo segundo
meses de vida
• Cócoras
• Usam essa postura para brincar e para assumir independentemente a
postura bípede
• Simétrica, fortalece extensores de MMII e estabiliza tronco
• Escalar
• Escalam moveis para exploração
• Atividade dinâmica
• Em pé e marcha
• Assumem o bípede a partir de diferentes posturas
• Podem andar sem apoio
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Marcos Motores
1. Controle de cabeça
2. Controle de tronco
3. Rolar
4. Pivotear
5. Engatinhar
6. ANDAR – Marcha independente até 15 Meses.
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Marcha
• Marcha do RN: Ativação sincrônica dos agonistas e antagonistas
• Promovendo movimentação de tríplice flexão e tríplice extensão dos MMII,
• Quando mantido ereto Reflexo – nível medular ou programa motor Marcha
apoiada
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Marcha Apoiada
• 8 a 10 meses inicia a marcha apoiada em móveis
• Dura cerca de dois meses e depois inicia a marcha independente
• Mãos e braços usados para equilíbrio
• Baixa velocidade,
• Quadril e joelho em maior flexão durante todo o ciclo,
• Contato inicial não é feito com calcanhar, Não há desprendimento do
calcanhar durante o apoio simples (rolamento),
• Não há dissociação dos movimentos de tornozelo-joelho-quadril, Arrasto
dos dedos durante o balanço inicial.
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Marcha 1 e 3 anos
• Inconsistência: fase intermediaria,
• Velocidade aumenta com a idade,
• Cadência diminui com 1 ano de marcha independente,
• Comprimento do passo aumenta com a estatura,
• Base ampla (a proporção da largura pélvica sobre a abertura dos
tornozelos diminui com a maturidade), Balanço reciproco dos braços
ausentes (aparece com 22 semanas de marcha independente)
• Menor mobilidade pélvica
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Reflexos e reações
Reflexos primitivos são respostas automáticas e estereotipadas á determinado
estímulo externo, presentes ao nascimento e inibidos ao longo do
desenvolvimento do RN, ao longo dos meses.
Os Reflexos pode indicar precocemente perturbações da função neurológica,
não depende da colaboração, atenção ou inteligência do paciente, difícil a
simulação de alterações neurológicas, integra parte da avaliação neurológica,
os reflexos são ações motoras reflexas automáticas precursoras ao movimento
voluntário.
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Reflexos
Reflexo de sucção: é desencadeado pela estimulação dos lábios.
Observa-se sucção vigorosa. Sua ausência é sinal de disfunção
neurológica grave, encontrado no recém-nascido até 1 mês de vida.
Reflexo de preensão plantar: é desencadeado pela pressão da base dos
artelhos. Observa-se flexão dos dedos encontrado no recém- -nascido até
10 meses de vida. A nomenclatura desse reflexo após a persistência além
da idade considerada normal é denominada de Babinski.
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Reflexo de Moro: é desencadeado por queda súbita da cabeça, amparada
pela mão do examinador. Observa-se extensão e abdução dos membros
superiores seguida por choro encontrado no recém-nascido até 6 meses de
vida.
Reflexo de Preensão Palmar: É desencadeado pela pressão palmar da
mão. Observa-se flexão dos dedos.
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Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (RTCA): é desencadeado por rotação da
cabeça enquanto a outra mão do examinador estabiliza o tronco do RN.
Observa-se extensão do membro superior ipsilateral à rotação e flexão do
membro superior contralateral. A resposta dos membros inferiores obedece
ao mesmo padrão, mas é mais sutil, sendo encontrado no recém-nascido
até 4 meses de vida. A persistência deste após este período. Identificação
de marcos motores atípicos da criança - impedirá ao bebê trazer as mãos à
linha média e a funcionalidade das mãos, que é um dos sinais de alerta de
patologias, como a paralisia cerebral.
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Reflexo da marcha reflexa: é desencadeado por inclinação do tronco do
RN após obtenção do apoio plantar. Observa-se o cruzamento das pernas,
uma à frente da outra, encontrado no recém-nascido até 2 meses de vida.
Reflexo de Galant: é desencadeado por estímulo tátil na região
dorsolateral. Observa-se encurvamento do tronco ipsilateral ao estímulo
encontrado no recém-nascido até 2 meses de vida.
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Reflexo de colocação (escada ou “placing”): é desencadeado por
estimulo tátil do dorso do pé estando o bebê seguro pelas axilas. Observa-
se elevação do pé como se estivesse subindo um degrau de escada. É o
único reflexo primitivo com integração cortical encontrado no recém-nascido
até 2 meses de vida.
Reação de Landau: é desencadeado quando o bebê é suspenso na
posição prona. Observa-se elevação da cabeça acima do tronco. Em
seguida o tronco é retificado e as pernas estendidas. Quando o examinador
flete a cabeça, as pernas se fletem. É um reflexo postural fundamental para
sentar e andar. Está presente a partir de 4 ou 5 meses de idade
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Reação de apoio lateral (proteção): é desencadeado lateralizando-se o
tronco do bebê sentado. Observa-se a extensão do braço ipsilateral ao lado
da queda, com apoio da palma da mão na maca. Está presente a partir de
6 ou 8 meses de idade
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Etiologia
• Fatores Intrínsecos: Atuam antes da gestação no caso das geneopatias
(alterações genéticas que modificam o metabolismo) e no caso das
cromossomopatias (que são síndromes devido a anomalias ou alterações
nos cromossomos).
• Fatores Extrínsecos: Atuam antes do nascimento (período pré-natal),
como por exemplo a desnutrição materna; doenças infecciosas;
intoxicações; infecções; má assistência à gestante; perturbações psíquicas,
entre outros. Durante o nascimento (período peri-natal), traumas durante o
parto; muito tempo de espera para o parto após rompimento da bolsa.
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Patologias que podem causar o desenvolvimento
Atípico:
• Retardo Mental
• Síndrome de Down
• Transtornos do Espectro Autista
• Síndrome de Asperger
• Síndrome de Rett
• Paralisia Cerebral-
• Anóxia de parto
• Trauma Crânio Encefálico
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Principais Características
• Pouco ou nenhum contato visual
• Atraso na aquisição da fala e da linguagem
• Dificuldade de comunicação
• Dificuldade motora
• Prejuízo social
• Alterações sensoriais
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Observações Quando a Alterações
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Diparético: Diagnóstico próximo ao 6 mês, criança começa a sentar. Não tem
dissociação de cinturas, sem rotação de tronco.
- Prono: ausencia de seletividade
- Supino: Forte hipertonia extensora e adutora (padrão tesoura)
- Rolar: 1 cabeça, 2 cintura escapular e restante do corpo em bloco.
- Arrastar: esforço apenas com MMSS, reação de anfibio ausente
- Sentar: em W
- Engatinhar: Salta em coelho
Tetraparesia: Diagnostico ao nascimento, deficiências associadas. Muitas
atividades reflexas primitivas presentes.
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Avaliação neuro infantil
Queixa principal: motivo pelo qual leva a procurar a fisioterapia
Apresentação geral: como a criança chegou ao setor, quem a acompanhava,
forma de locomoção, estado emocional, uso de dispositivo / órteses
Anamnese:
Antecedentes familiares: Pais consanguíneos? Casos de família? Abortos
prévios? Histórico de DST´s? Drogas? Álcool? Tabaco?
Histórico gestacional: Gravidez planejada? Durante o parto: álcool, drogas ou
tabaco? Infecções? Quedas? Pré-natal (frequência, resultados)? Uso de
medicamentos? Movimentos fetais (a partir de quantos meses)? Exposição de
radiação?
História de parto: Chorou ao nascer (forte ou fraco)? Cianose? Icterícia (se sim,
fototerapia)? Necessitou de internação na UTI neonatal (quanto tempo, VM,
oxigênio, intercorrência no período da internação, convulsões)?
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Exame físico:
Inspeção: identificar atrofia muscular (diminuição da massa muscular) e
possível desalinhamento em alguma parte do corpo. Observações dos
MMII e MMSS, pele, formação, má formação, tipo de respiração,
cicatriz, ferida, padrão postural.
Palpação: estruturas ósseas (má formação ósseas congênita) e
musculares,
ADM
Força muscular: segundo kendall
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Coordenação dos movimentos:
• Index- index: abrir os braços e encontrar com os dedos indicadores
• Index- nariz: alcançar com os dedos o nariz com os olhos abertos ou fechados
• Calcanhar- joelho: arrastar o calcanhar região anterior da tíbia.
Sensibilidade:
Auditivo: verificação através de voz. Sinos ou qualquer estímulo sonoro; se a
criança irá abrir os olhos ou girar a cabeça em direção ao som ou se
afastando do mesmo;
Visual: através de cores fortes objetos luminosos ou qualquer outro estímulo
visual. A resposta poderá ser de piscamento, fixação do olhar ou
acompanhamento;
Álgico: verificar a reação da criança aos estímulos álgicos. Ela responderá com
olhar em direção à dor e com afastamento das extremidades;
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Escalas Avaliativas
Alberta Motor Infant Scale (AIMS): 0 a 18 meses
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Escalas Avaliativas
Gross Motor Function Measure (GMFM):
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Escalas Avaliativas
•0 a 4 meses
•avalia o comportamento funcional do bebê.
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Escalas Avaliativas
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Escalas Avaliativas
Escala de Desenvolvimento Motor (EDM):
avalia o desenvolvimento motor de criança de 3 a 10 anos de idade, examinando a
motricidade final e global, equilíbrio, esquema corporal, organização espacial e
temporal, lateralidade.
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Testes
Manobra do cachecol
Rechaço de MMII
Manobra da Beira
da Cama
Manobra
de
Propulsão
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Testes
Ely
Ângulo Poplíteo
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CIF
A CIF (classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e Saúde tem
como objetivo organizar e documentar informações sobre funcionalidade e
incapacidade, oferecendo uma linguagem padronizada e uma base
conceitual para a definição e mensuração de incapacidade envolvendo o
modelo médico e o modelo social como uma ‘síntese biopsicossocial”.
Ao mudar o foco das condições de saúde para a funcionalidade, a CIF coloca
todas as condições de saúde em posição de igualdade, permitindo que elas
sejam comparadas, em termos da sua funcionalidade relacionada, através
de um modelo comum. Em comparação, condições como autismo,
demência, síndrome de Down e paralisia cerebral são classificadas muito
mais alto em termos da probabilidade de grave incapacidade (AIHW 2004).
Como a CIF é organizada?
A CIF organiza as informações em duas partes.
A parte 1 lida com a funcionalidade e a incapacidade e a parte 2 cobre fatores
contextuais.
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CIF
Cada parte tem dois componentes:
• Funcionalidade e Incapacidade: o Funções e Estruturas do Corpo o Atividades e
Participação
• Fatores Contextuais: o Fatores Ambientais o Fatores Pessoais.
Segundo autores demostram no artigo que não existe um instrumento único que
possa identificar atrasos em todas as áreas do DNPM, é necessário adotar
estratégias de avaliação que incluam informações sobre avaliação clínica, laudos
dos pais, uso de escalas e acompanhamento do desenvolvimento infantil.
Através do uso de ICF e conjuntos básicos para estimulação precocemente foi
possível identificar os principais domínios e categorias de interesse para identificar
instrumentos de baixo custo para utilização em programas de intervenção precoce,
bem como sistematizar cada categoria em relação a cada instrumento, para servir
de guia para os profissionais organizarem suas avaliações.
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Tratamento
Existemdiversas abordagens terapêuticas para o tratamento do atraso do
desenvolvimento neuro infantil, onde permite a criança um atendimento
multiprofissional, dentre estes a fisioterapia tem despontado como padrão
ouro para melhor atender essa problemática.
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Tratamento
• Exercício para funções Motora: Abordagem proprioceptiva, com
experiências sensitivas/sensórias, atividades com estimulações táteis com
objetos de diferentes cores, texturas, ruídos.
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Tratamento
• Exercício do controle cervical: Estimulação em supino e até mesmo em decúbito
lateral. Porém, na postura em prono, temos um melhor controle da simetria corporal
e podemos utilizar a gravidade como fator de estimulação. É importante utilizar
objetos coloridos, ruidosos ou luminosos para atrair a atenção favorecendo o
seguimento visual e elevação da cabeça.
• O controle de tronco pode ser estimulado através de:
• Atividade em prono proporcionando a extensão do tronco seja utilizando a bola, rolo
ou o colo do terapeuta.
• Incentivo da postura sentada, mesmo com apoio, utilizando-se de boias infláveis,
almofadas, colo.
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Tratamento
• Preparação para a postura bípede: Para isso, podemos utilizar atividades de alcance
acima da cabeça (presas na parede ou em um espelho, por exemplo) e facilitar a
passagem do sentado de lado (side) para a postura de joelho e com isso conseguir
alcançar o objeto.
• O semi-ajoelhado é uma postura de transição e muito utilizada para atingir a postura
ortostática. Aproveite a atividade da postura ajoelhada e incentive a passagem do pé
para frente, ora de um lado, ora de outro. Pode-se manter a postura de frente para o
espelho ou posicionar a criança de frente para o terapeuta. Esse tipo de postura
fortalece o vínculo do estimulador com a criança, tornando a atividade mais eficaz e
prazerosa.
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Tratamento
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Tratamento
• Função manual: experiências sensório-motoras, com o objetivo de potencializar a
aquisição de habilidades por este segmento e que certamente repercutirão na vida
funcional futura desta criança.
• Colocar em uma vasilha de plástico grãos (arroz seco, feijão seco, macarrão ou bolas
de gude) e estimular que a criança explore/brinque mantendo contato das mãos com
as diferentes texturas, discriminando os estímulos.
• Colocar objetos em recipientes afastados da criança e estimular a mesma a alcançar.
• Usar tinta guache nas mãos estimular a criança a pintar com as mãos.
• Ofertar a criança estímulos que combinem diferentes consistências, texturas e
temperaturas: argila, gelatina, sagu etc.
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Referências
• ALMEIDA, Tatiane Ribeiro et al. Fisioterapia Motora no Desenvolvimento
Neuropsicomotor Infantil. Id on Line Rev.Mult. Psic., Dezembro/2019, vol.13, n.48, p.
684-692. ISSN: 1981-1179.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes de
estimulação precoce : crianças de zero a 3 anos com atraso no
desenvolvimento neuropsicomotor / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Acesso em 07 de Outubro de 2020.
Disponível em:
il.http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_estimulacao_criancas_0a3ano
s_neuropsicomotor.pdf
• Casti lho-weinert & Forti-bellani (Eds.), Fisioterapia Neuropediatria (2011)
Fisioterapia em Pediatria 3º Edição Roberta B. Shepherd PLT.
• Diament AJ, Cypel S, Reed IC. Neurologia Infantil, 3ed. São Paulo: Editora Atheneu,
1996.
• Fisioterapia- Aspectos clínicos e práticos da Reabilitação AACD 2º Edição.
Diagnóstico do desenvolvimento –GESEL E AM ATRUA- ED. LIVRARIA
ATENEU.
• Fisioterapia Neonatal – Faculdade Anhanguera
70
• Iwabe-Marchese, Cristina. Fisioterapia na saúde da criança e do adolescente.
Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2019.
• SOUZA, Telma de Araujo; SOUZA, Vivian Estevam de; LOPES, Marcia Caires
Bestilleiro; KITADAI, Silvia Prado Smit. Descrição do desenvolvimento
neuropsicomotor e visual de crianças com deficiência visual. Arquivos Brasileiros de
Oftalmologia, [S.L.], v. 73, n. 6, p. 526-530, dez. 2010.
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