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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

AULA 9

EPLEPSIA

Profª Msc. Juliana Paiva


Porque está tratada
como transtorno
O que é? psicológico?

 Epilepsia é uma doença caracterizada por muitos sintomas resultantes de uma várias
desordens cerebrais.

 São distúrbios caracterizados por convulsões que podem causar comprometimento


transitório da consciência, expondo o indivíduo a riscos de lesões físicas, como também
provocam consequências a na sua vida escolar e funcional.

 Estima-se que 50 milhões de pessoas no mundo sofram dessa doença, sendo a epilepsia
parcial a mais comum (ocorre em cerca de 60% dos casos).

 Dependendo do tipo de crise epiléptica, a patologia pode estar relacionada a altos


índices de morbimortalidade
Não é epilepsia:
- Só teve 1 crise
- Se a crise tem causa conhecida (Ex: Febre)
Causas

 Na maioria das vezes não é possível determinar a causa

 Lesão que pode atingir o cérebro (Cicatriz) – Epilepsia Secundária


Diagnóstico
 A avaliação de pacientes com suspeita de crises epilépticas deve ser cuidadosa.

 Uma história clara do paciente e de uma testemunha ocular das crises é


fundamental para a caracterização desses eventos (epiléticos ou não).

 Os exames para fins de diagnóstico de epilepsia incluem: eletroencefalograma


(EEG), vídeo-EEG, Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e Tomografia
Computadorizada de Crânio
Tipos
 As crises epilépticas são classificadas de acordo com os sinais ou sintomas clínicos
das convulsões.
 Dentre todas as crises epilépticas, as mais frequentes são as parciais

 Crises Parciais; Crises generalizadas; Crises Não Classificadas

 Distinguem-se também pela frequência, facilidade de controlo das crises. Há crises


que deixam de necessitar de tratamento
Crises Parciais
 Os impulsos atingem um grupo específico de neurônios e sua manifestação depende do local
atingido.
- Motor, visual, auditivo ou olfativa

 Se for na área motora, o paciente apresentará, durante a crise, movimentos convulsivos dos
membros.

 Caso a parte atingida seja a região visual, ele verá pontos luminosos.

 Mas existem ainda crises parciais, quando o paciente apresenta ausências momentâneas de
consciência.

 Psíquicos - incluindo disfasia, alucinatórios e alterações afetivas


Crises Generalizadas

 O cérebro sofre uma espécie de curto-circuito geral, e o paciente costuma ter


convulsões

 Perda ou lapsos de consciência, piscamento, repetição de movimentos, diminuição


da rigidez muscular, contração muscular, sialorréia, liberação de esfíncter, apneia,
mordedura de língua, confusão mental e sonolência após a crise.
Aura

 Antes do começo de uma crise algumas pessoas experimentam uma sensação chamada
“AURA”.
 Ela pode ocorrer com antecedência – possibilita que a pessoa tome medidas preventivas
quanto a possíveis lesões provocadas pelas crises. 
 O tipo de aura varia entre as pessoas.
 Algumas sentem uma mudança na temperatura corporal, outros ouvem um som, um
gosto estranho ou curioso odor.
 Se a pessoa consegue fazer uma boa descrição de sua aura isso pode ajudar o médico a
descobrir em que região do cérebro ocorre a descarga inicial.
Gatilhos

 Fadiga, suspensão de medicamentos, esforço, ingestão de drogas, emoções.


O que fazer durante uma crise?

 Se queda, proteger de maiores danos.


 Proteger a cabeça (Travesseiro)
 Desapertar a roupa na região do pescoço
 Colocar a pessoa de lado
 Afastar objetos que representam riscos
 Chame a ambulância – SAMU 192

 NÃO SEGURE/PUXE A LÍNGUA DO PACIENTE


 NÃO OFEREÇA NADA PARA BEBER
 NÃO FORCE O PACIENTE A LEVANTAR
Tratamento
 Participação da família do paciente ou seus cuidadores devem participar de todas as
decisões

 Levar em conta a raça, cultura e necessidades específicas do paciente

 O tratamento visa o controle dos sintomas, uma vez que os fármacos disponíveis inibem as
convulsões, porém, não existe profilaxia, nem cura eficaz

 O tratamento inicial para grande maioria dos pacientes inclui o uso de drogas
antiepilépticas.

 Os medicamentos são escolhidos de acordo com tipo de epilepsia, tipo de crise, idade e
características do paciente, comedicações e co-morbidades, além do mecanismo de ação
da droga, o estilo de vida dos indivíduos e suas preferências individuais e de sua família
Tratamento
 Anticonvulsivantes carbamazepina e oxcarbazepina/ gabapentina, lamotrigina e
oxacarbazepina

 A adesão aos medicamentos torna-se um problema devido à necessidade de tratamento


prolongado e aos efeitos indesejáveis

 Interação com contraceptivos orais

 Custo alto

  Em pacientes que não responderam ao tratamento medicamentoso, a intervenção


cirúrgica pode ser indicada
Tratamento Cirúrgico

 Interrupção das vias nervosas ao longo das quais se espalham os impulsos que
transmitem as crises.

 Remoção da área cerebral responsável pela produção das crises.


 Lobectomia: destina-se a remoção de um dos lobos cerebrais.
 Hemisferoctomia: remoção de quase um dos hemisférios do cérebro.
 Calosotomia: corta-se a ponte onde passam as fibras que conectam uma metade cerebral
com a outra (corpo caloso) impedindo a difusão das crises.
 Ressecções subpiais múltiplas: Consiste em praticar pequenas incisões no cérebro
impedindo a difusão dos impulsos responsáveis pelas crises.
Tratamento com Estimulador do Nervo
Vagal
 É colocado um estimulador elétrico à bateria no subcutâneo do paciente semelhante um
marca-passo cardíaco, que a determinados intervalos provoca estimulação do nervo vago
do lado esquerdo do pescoço.

 O procedimento é caro por que o aparelho é importado e necessita de procedimento


cirúrgico para sua implantação.
 Tratamento com Dieta Cetogênica

 Tem sido utilizada no tratamento de epilepsia refratária na infância.

 Consiste em submeter a criança a uma dieta rica em gorduras e pobre em hidrato


de carbono e adequada em proteínas para provocar uma condição chamada de
cetose
Vida do Epiléptico
 Não ingerir álcool e outras drogas

 Alimentação normal, desde que saudável

 Podem trabalhar, desde que as atividades não coloquem em risco a sua integridade física
(ou a de outrem), na eventualidade de uma crise, se não controladas.

 Podem praticar esportes. Mas deve ser analisado caso a caso (Cuidado com: Alpinismo,
hipismo, ciclismo, mergulho, etc)

 Podem ter filhos. Deve haver acompanhamento pré-natal – Gestação de Alto Risco

 Podem estudar normalmente. Mas alguns casos atingem a cognição dos indíviduos, sendo
necessária uma educação diferenciada
Transtornos mentais associados à
eplepsia
 Depressão
 Psicose
Vídeos

 Dráuzio:
https://youtu.be/QRmThda7sQ0
 Atuação na crise:
https://youtu.be/BttlF_Rx9f4
Referências

 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação


na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Projeto de
Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem.
Profissionalização de auxiliares de enfermagem: cadernos do aluno: saúde
mental. 2. ed; Brasília: Ministério da Saúde; Rio de Janeiro: Fiocruz, 126 p,
2003.
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica, n. 34 - Saúde mental. Brasília :
Ministério da Saúde,176 p, 2013.
 Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3.
ed. Porto Alegre : Artmed, 2019.

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