PSICOPATOLOGIA APLICADA

À PSICOPEDAGOGIA

Prof. Esp. Lorrayne A. de Aquino Ferreira

 CONTEXTO HISTÓRICO
• Por centenas de anos, o homem vem procurando explicar e
controlar o comportamento anormal.

• Idade Média
• Loucura > possessão demoníaca.
• Caráter religioso e místico
• Tratamento: Tortura e rituais religiosos.
 CONTEXTO HISTÓRICO
• Modernidade:
• Época do Racionalismo
• Loucura = perda da razão.
• Transtornos mentais: determinação genética, de base
hereditária, perspectiva individual.
• Tratamento: acorrentamento, banhos quentes e frios,
lobotomia, choques insulínicos e elétricos, abuso de
psicofármacos.
 CONTEXTO HISTÓRICO
• Século XIX: perspectiva experimental e científica
• Conhecimento: confrontação encontrada no órgão alterado e o
saber no funcionamento normal.
• Século XVIII e XIX: Estudiosos como Philippe Pinel
realizaram descrições exaustivas de sintomas.
• Levantamento de psicopatologias: DSM-V e CID-10
Descrição de sintomas, conhecimento verdadeiro, estatístico.
• Transposição mecânica e lógica da medicina.
• Desconsideração das variáveis sociais

• Manuais diagnósticos:
PRÓS X CONTRA
 CONTEXTO HISTÓRICO
• 1950- 1960: iniciativas contra o modelo psiquiátrico
• Itália: psiquiatria democrática
• Desconstrução da lógica manicomial e promoção da
desinstitucionalização da loucura.
• Influencias de Sartre: Psicopatologia > complexo de funções
alterando-se umas a outras.
• Processo constituído na vida de relações ativada pelo meio.
• A loucura, o sofrimento psíquico, devem ser entendidos como
a saída inventada pelo sujeito nas situações adversas vividas no
seu processo de vida concreto.
 CONTEXTO HISTÓRICO
• Princípios da reforma psiquiátrica Brasileira:
Reorientação no modelo assistencial;
Mudança na maneira de cuidar;
Mudança na clínica (CAPSI- Centro de Atenção Psicossocial)
Mudança na gestão, política e cultural.
 NORMAL X PATOLÓGICO
• PSICOPATOLOGIA: Estudo científico dos transtornos
psicológicos.
• Transtorno psicológico: comprometimento de ordem
psicológica ou mental.

• Difícil traçar uma fronteira entre o normal e o patológico.

• Um sintoma por si só não implica necessariamente a
existência de uma psicopatologia.
• Um mesmo sintoma pode estar presente em quadros
psicopatológicos distintos.
 NORMAL X PATOLÓGICO
Importante conhecer sobre o desenvolvimento normal.
Sabendo reconhecer o que é normal, logo detecta-se o que é
considerado anormal.
 NORMAL X PATOLÓGICO
SINTOMAS > Contexto sócio-familiar – Desenvolvimento

• Ambiente familiar tolerante e tranquilizador maior

probabilidade dos sintomas diminuírem.
• Ambiente familiar agressivo e angustiante os sintomas
apresentados podem perdurar e afetar o desenvolvimento.
INDICADORES PARA DISTINÇÃO
ENTRE NORMAL E PATOLÓGICO
SINTOMAS NORMAIS (Inerentes ao desenvolvimento)
• Surgem no decorrer de conflitos inevitáveis e necessários ao
desenvolvimento psicológico da criança.
• São:
Transitórios;
Pouco intensos;
Restritos a um período da vida;
Sem repercussão sobre o desenvolvimento;
A criança fala neles com facilidade;
Sem disfunção familiar evidente.
 INDICADORES PARA DISTINÇÃO
ENTRE NORMAL E PATOLÓGICO
SINTOMAS PATOLÓGICOS:
• São:
Intensos e frequentes;
Persistem ao longo do desenvolvimento;
Causam grave restrição em diferentes áreas da vida infantil;
Repercussão no desenvolvimento psicológico normal;
Meio envolvente patológico;
Desadequados em relação à idade;
Associação a múltiplos sintomas.
 SINAIS DE ALERTA
NA PRIMEIRA INFÂNCIA:
• Dificuldades na relação mãe-bebê;
• Dificuldades em mostrar interesse no mundo;
• Dificuldade em envolver-se na relação com o outro e em
estabelecer relações diferenciadas.
• Ausência de reciprocidade interativa e da capacidade de
iniciar interação;
• Perturbações alimentares graves sem causa orgânica
aparente;
• Insônia grave.
 SINAIS DE ALERTA
NA IDADE ESCOLAR:
• Dificuldades de aprendizagem sem déficit cognitivo e na
ausência de fatores pedagógicos adversos;
• Recusa escolar;
• Hiperatividade / agitação (excessiva ou para além da idade
normal);
• Ansiedade, preocupações ou medos excessivos;
• Dificuldades em adormecer, pesadelos muito frequentes;
• Agressividade, oposição persistentes, birras inexplicáveis e
desadequadas para a idade;
• Dificuldades na socialização,
• Somatizações múltiplas ou persistentes.
 SINAIS DE ALERTA
NA ADOLESCÊNCIA:
• Incapacidade para lidar com problemas e atividades cotidianas;
• Somatizações múltiplas ou persistentes;
• Humor depressivo, ideação suicida, tentativas de suicídio;
• Ansiedade excessiva;
• Alterações do pensamento e da percepção;
• Sintomatologia obsessivo-compulsiva;
• Insônia;
• Restrição alimentar, preocupação com o peso, comportamentos
purgativos;
• Comportamentos antissociais repetidos.
 REFERENCIA
BIBLIOGRÁFICA
Marques,C., Cêpeda, T. e Colaboradores. (2009)
Recomendações para a Prática Clínica da Saúde Mental Infantil
e Juvenil nos Cuidados de Saúde Primários. Coordenação
Nacional para a Saúde Mental. Ministério da Saúde. Lisboa.
Schneider, D. R. (2009) Caminhos históricos e epistemológicos
da psicopatologia: contribuições da fenomenologia e
existencialismo. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental.