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COLETA DE SANGUE

ITQ COL. OO1

PATRICIA ALBUQUERQUE
PEDREIRAS
16/04/2021
EQUIPAMENTO E MATERIAL NECESSÁRIO

• Cadeira ou maca para coleta; • Cronômetro;


• Torniquete; • Estantes para tubos;
• Algodão hidrófilo; • Etiquetas para identificação das amostras;
• Álcool etílico a 70%;
• Caneta, lápis, lápis dermográfico e pincel;
• Agulhas descartáveis e escalpe;
• Recipiente para descarte de
• Seringas descartáveis de volume variável;
perfurocortantes;
• Sistema a vácuo: suportes, tubos a vácuo com
• Equipamentos individuais de
ou sem aditivos e agulhas descartáveis para
Biossegurança (máscaras, luvas, toucas,
coleta a vácuo;
jaleco, óculos, protetor, facial);
• Lâminas para esfregaço e lâminas distensoras;
• Cesto de lixo (comum e biológico)
PROCEDIMENTO
• O colhedor deve cumprimentar o
paciente formalmente (Sr., Sra., jamais
querida tu ou você), acomodá-lo na
cadeira, proceder a sua identificação e
informar o procedimento que se
seguirá.

• O colhedor não deve dar informações


técnicas sobre os exames e seus
resultados e quando for solicitado para
tal deve dizer que só o médico cabe
fornecer tais explicações.
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
• A identificação é a etapa essencial e o colhedor deve estar seguro de
que está colhendo o sangue da pessoa designada na ficha do cliente.

• O colhedor deve solicitar o documento de identificação do cliente


com foto, indagar o nome completo ao cliente ou ao seu
acompanhante no caso do cliente ser inconsciente, menor, deficiente
mental ou estrangeiro (que não fala português) e conferir com a
identidade, com a ficha do cliente e com a etiqueta dos tubos, bem
como, os exames solicitados.

• Qualquer discordância na identificação deve ser comunicada


imediatamente ao responsável pelo setor.
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
• Para coleta realizada em hospitais a identificação do paciente
deve ser feita através do nome e sobrenome, data de nascimento,
e jamais pelo número do quarto, da enfermaria ou do leito.

• O nome do hospital, o setor e o número do prontuário também


devem ser anotados. Anotar também dados de febre ou não,
medicação e hora da coleta.

• O colhedor deve ler com atenção a solicitação dos exames


(comprovante de coleta e requisição médica), para assegurar-se de
que nenhum exame deixará de ser coletado.
O que deve ser verificado antes de
realizar a punção venosa?
• Jejum;

• Período de exercício ou repouso recente;

• Observar a presença de infusão venosa, atual ou recente;

• Para coletas internas e externas, observar a condição clínica do paciente


(ocorrência de falta de ar, palidez, sudorese, cianose, rubor,
desfalecimento ou agitação, desorientação).

• Se houver alteração digna de nota, sustar o procedimento e comunicar


ao responsável pelo setor, acrescentando que no âmbito hospitalar, as
alterações clínicas que forem notadas devem ser comunicadas à
enfermagem e, no regresso ao laboratório, ao responsável pelo setor.
O que deve ser verificado antes de
realizar a punção venosa?
• Cumpridas as etapas anteriores, o colhedor deve optar pelo
sistema de coleta: se a vácuo ou com seringa; se com agulha
ou com escalpe.

• Selecionar os tubos de acordo com a relação dos exames


solicitados e manter a mão, material para antissepsia,
torniquete, tubos e lâminas.

• As etiquetas dos tubos devem ser identificadas com o nome


do paciente, data de nascimento e código da ficha. Devem
ser colocadas em posição rigorosamente vertical e
superpostas ao rótulo de origem do tubo.
O que deve ser verificado antes de
realizar a punção venosa?
• Nos tubos em que haja a indicação (tarja) de
capacidade de coleta no tubo as etiquetas devem
ser coladas deixando à vista essa indicação.

• Nas coletas domiciliares e alguns postos de coleta


que não apresentam etiquetadores, o nome
completo do paciente, devem ser escritos
diretamente nos rótulos originais dos tubos e na
presença do paciente.
PROCEDIMENTO DE COLETA
• Com o paciente sentado, colocar o seu braço na braçadeira,
posta em ligeiro declive.

• O braço deve ficar estendido de modo a formar uma linha


reta entre o ombro e o punho. Todavia, a hiper extensão deve
ser evitada, e uma leve flexão do cotovelo deve ser favorável
a uma boa punção venosa.

• Todas as veias do braço, dobra do cotovelo, antebraço e dorso


da mão podem ser puncionadas.
PROCEDIMENTO DE COLETA
• A ordem de prioridade na escolha das veias
deve ser:

1. A dobra do braço (fossa antecubital).


2. Antebraço.
3. Dorso da mão.
4. Braço.
PROCEDIMENTO DE COLETA
• Os membros superiores devem ser cuidadosamente examinados
a fim de que a melhor veia seja selecionada. Apalpando
cuidadosamente com o indicador, tem-se a oportunidade de
localizar as veias mais profundas, que serão puncionadas.

• A consistência elástica das veias facilita a diferenciação com os


tendões. Deve ser lembrado o fato de que as artérias pulsam e as
veias não.

• Os “tapinhas” não devem ser aplicadas, na esperança de


evidenciar as veias. Essa manobra pode conduzir, principalmente
nos idosos, ao desprendimento de placas de ateroma,
ocasionando sérios problemas embólicos.
PROCEDIMENTO DE COLETA
• As regiões que apresentam cicatrizes (queimaduras, por
exemplo) devem ser evitadas como locais de punção, tendo
em vista a fibrose que apresentam. Devem ser evitados
também, os membros com deformidades ou com paralisia.

• Não puncionar veias dos braços do mesmo lado de


mastectomias posto que o edema linfático constitui fator de
risco para os pacientes (linforragia, linfedema e erisipela).

• Deve-se evitar a coleta realizada sobre hematomas, pois há o


risco de alterações de resultados. Se não houver outra veia
disponível, a punção deve ser realizada abaixo do hematoma.
PROCEDIMENTO DE COLETA
• Em ambiente hospitalar, deve-se evitar a coleta em braços em que há
infusão intravenosa. O colhedor deve procurar por um local de punção no
braço oposto.

• Quando infusões estiverem correndo em ambos os braços e mãos,


amostras satisfatórias podem ser colhidas abaixo do local de infusão,
fazendo-se o que se segue:

1. Solicitar a enfermeira a interrupção da infusão pelo menos 2 minutos antes da


venopunção.
2. Aplicar o torniquete abaixo do local de infusão, e selecionar uma veia, outra que
não aquela que está recebendo a infusão.
3. Anotar na ficha que a amostra foi coletada num braço em que havia uma infusão
em curso.
PROCEDIMENTO DE COLETA
• Em ambiente hospitalar, deve-se evitar a coleta em braços em que há
infusão intravenosa. O colhedor deve procurar por um local de punção no
braço oposto.

• Quando infusões estiverem correndo em ambos os braços e mãos,


amostras satisfatórias podem ser colhidas abaixo do local de infusão,
fazendo-se o que se segue:

1. Solicitar a enfermeira a interrupção da infusão pelo menos 2 minutos antes da


venopunção.
2. Aplicar o torniquete abaixo do local de infusão, e selecionar uma veia, outra que
não aquela que está recebendo a infusão.
3. Anotar na ficha que a amostra foi coletada num braço em que havia uma infusão
em curso.
PROCEDIMENTO DE COLETA
• Antes da coleta, deve-se lavar as mãos de acordo com o procedimento de “Biossegurança”.

• No ambiente de coleta os colhedores devem sempre usar luvas.

• Uma vez escolhida a veia a ser puncionada deve-se proceder a antissepsia da pele em torno de
aproximadamente 8 cm de diâmetro, tendo como centro, o ponto de punção. Como agente
antisséptico, usa-se o álcool etílico a 70% ou álcool iodado a 1%.

• O antisséptico deve ser aplicado embebido em gaze ou chumaços de algodão, e fazendo


movimentos circulares, a partir do ponto de punção para a periferia da área a ser descontaminada.

• Quando for solicitada hemocultura, os agentes antissépticos deve ser primeiro o álcool a 70%
seguido do álcool iodado. Deixar o álcool iodado agir por 1 minuto e a seguir retirá-lo com álcool a
70%.

• Sempre após passar o álcool o colhedor deve aguardar alguns instantes para permitir a secagem da
área preparada, pois a punção em área úmida pode provocar sensação desagradável de ardor,
além de provocar hemólise da amostra.
PROCEDIMENTO DE COLETA
• Notas:
1. A região da coleta não deve ser tocada (com as mãos ou luvas) após a
antissepsia da área.

2. Aplicar o torniquete visando facilitar a identificação e a punção das veias. Os


torniquetes devem ser colocados em torno do braço, de 07 a 10 cm (± 4 dedos
transversos) acima do local escolhido para punção.

3. O torniquete não deve ser apertado a ponto de interromper completamente a


circulação venosa (o que pode ocasionar a coloração violácea dos dedos das
mãos, nem a ponto de interromper a circulação arterial, o que causaria a
ausência do pulso arterial radial).

4. Quando o colhedor optar por puncionar as veias do dorso da mão, o torniquete


deve ser aplicado aproximadamente 10 cm (4 dedos transversos) acima do
pulso.
ORDEM DOS TUBOS
• Sequência de coleta para tubos de vidro de coleta de sangue:

1. Frascos para hemocultura.


2. Tubos para soro vidro-siliconizados (tampa vermelha).
3. Tubos com citrato (tampa azul-claro).
4. Tubos para soro com ativador de coágulo com gel separador (tampa
amarela).
5. Tubos com heparina com ou sem gel separador de plasma (tampa verde).
6. Tubos com EDTA (tampa roxa).
7. Tubos com fluoreto (tampa cinza).

• Inverter os tubos com aditivo de 06 a 08 vezes gentilmente. A


proporção anticoagulante sangue é muito importante na coleta dos
tubos com citrato e EDTA. Evitar o turbilhonamento e formação de
espuma.
TIPOS DE COLETA
• Coleta com sistema a vácuo e coleta múltipla
– https://youtu.be/AoBQRkB0msY

• Punção venosa com seringa


– https://youtu.be/ZrnEvfJN5fY

• Punção venosa com escalpe


– https://youtu.be/fkbzS0hkEeY

• Coleta arterial
– https://youtu.be/RJFAWbHEMO8
COLETA EM CRIANÇAS
• A criança deve ser preparada psicologicamente para
a coleta (maiores de um ano). Crianças menores
(meses) devem ser colocadas em macas ou mesas
com colchão e lençóis descartáveis ou no colo da
mãe.

• Um técnico de laboratório ou o acompanhante deve


firmar o braço na altura do ombro e da mão
impedindo dessa forma contorções do braço que
venham a prejudicar a coleta.
COLETA EM CRIANÇAS
• Colocar o torniquete (não muito apertado) palpar a
veia, fazer antissepsia do local e puncionar a veia.
Para proteger o recém-nascido por ocasião do uso do
torniquete pode-se envolver o braço com tecido ou
gaze.

• Obedecer aos mesmos critérios da coleta de adultos


nos itens – preparo, antissepsia, equipamentos
individuais de biossegurança.
.
• EXAMES ENVIADOS AO LABORATÓRIO DE
APOIO
– Seguir as orientações de coleta no site do
laboratório
 
• RESULTADOS ESPERADOS
– Amostra coletada dentro das normas
estabelecidas proporcionando resultados precisos.
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AÇÃO IMEDIATA NO CASO DE NÃO
CONFORMIDADE
Por ocasião da coleta, se o sangue não fluir após a
inserção do tubo coletor no adaptador, a coleta não deve
ser forçada, pois isto significa que a veia não foi
puncionada, provavelmente devido a alguns dos
seguintes fatores:

– O bisel da agulha não penetrou totalmente a veia - A punção


deve ser continuada até que a agulha adequadamente
penetre na veia ou realizar a punção em outra veia.

.
AÇÃO IMEDIATA NO CASO DE NÃO
CONFORMIDADE
– A agulha foi inserida muito profundamente e transfixou a veia -
A agulha deve ser retrocedida, até que o sangue flua no interior
do tubo a vácuo.

– A agulha penetrou ao lado da veia - Deve-se apalpar a veia


acima do ponto puncionado com a mão esquerda e corrigir a
trajetória da agulha. Em caso de veias “dançarinas” é
aconselhável a punção na lateral da veia, pois a punção na
direção anatômica da veia torna-se mais difícil.

.
AÇÃO IMEDIATA NO CASO DE NÃO
CONFORMIDADE
• Com o sistema a vácuo podem ocorrer também casos de veias finas
com constantes cobalamentos, e este fenômeno será corrigido com
alguns procedimentos adequados como:

– Aderência do bisel da agulha na parede interna da veia. Girar suavemente o


adaptador separando a agulha da parede da veia.

– Se com essa medida o sangue não fluir para o interior do tubo, é provável que
a veia tenha sofrido colabamento total. Remover o tubo até a marca guia do
adaptador conservando assim, o vácuo no interior do tubo. Com esta
operação a veia deve se recompor e a coleta de sangue pode prosseguir com
o mesmo tubo.

.
• REGISTROS
– Comprovante de coleta
 
• ANEXOS
– Não aplicável.

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