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INSTITUTO SUPERIOR TUPY – IST

CENTRO UNIVERSITÁRIO –
UNISOCIESC

Direito Tributário I

Ednelson Luiz Martins Minatti


ednelson@cmmr.adv.br
ednelson.minatti@sociesc.org.br
AVALIAÇÕES

11/03 – AVALIAÇÃO UNIDADE 1 – Fichamento (Carnaval Tributário) +


Trabalho em sala (Princípios Constitucionais Tributários).

25/04 – AVALIAÇÃO UNIDADE 2 – Prova Escrita

17/06 – AVALIAÇÃO UNIDADE 3 – Prova Escrita

27/06 – SEMESTRAL – TODO CONTEÚDO DO SEMESTRE – Prova escrita


questões objetivas e subjetivas
Conteúdo Programático
Unidade 1 - Fundamentos de Direito Tributário
 

- Evolução do Direito Tributário no Mundo


- História dos Tributos no Brasil
- Por que tributar?
- Fontes do Direito Tributário
- Regras e Princípios
- Interpretação da Lei Tributária
- Normas Gerais de Direito Tributário
- Sistema e Princípios Constitucionais Tributários
- Revisão
Conteúdo Programático
Unidade 2 - Relação Jurídica Tributária
 
- Conceito de Tributo
- Regra matriz de incidência
- Responsabilidade Tributária
- Crédito tributário e lançamento
- Suspensão do crédito tributário
- Extinção das obrigações tributárias
- Infrações e Sanções Tributárias
- Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
- Revisão
Conteúdo Programático
Unidade 3 – Sistema Tributário Nacional
 
- Riquezas Tributáveis
- Competência Tributária
- Reforma Tributária
- Espécies tributarias no exterior
- Espécies tributárias no Brasil
- Estudos Complementares;
- Revisão.
UNIDADE 1
Introdução ao Direito Tributário
MOVIMENTO PASSE LIVRE JOINVILLE
A tarifa zero será feita através de um Fundo de Transportes, que utilizará
recursos arrecadados em escala progressiva, ou seja: quem pode mais paga
mais, quem pode menos paga menos, e quem não pode, não paga.

Por exemplo: o IPTU de bancos, grandes empreendimentos, mansões, hotéis,


resorts, shoppings etc., será aumentado proporcionalmente, para que os setores
mais ricos das cidades contribuam de maneira adequada, distribuindo renda e
garantindo a existência de um sistema de transportes verdadeiramente público,
gratuito e de qualidade, acessível a toda a população, sem exclusão social.

1 – Qual o custo operacional do transporte público?


Custos Fixos : Salários, Despesas Administrativas, Aluguéis, Aquisição de
Imobilizado, Tributos, Limpeza e Conservação, Segurança e Vigilância, etc. Custos
Variáveis: Combustível, Lubrificantes, Pneus, Manutenção, Água, Energia,
Tributos, etc.
2 – Qual o preço de 1 (um) ônibus e quantos ônibus são precisos para Joinville?
~250 mil – Gidion 364 Transtusa 293. Total = 657 / 164,5 milhões.
3 – Qual a arrecadação atual do município de Joinville em IPTU?
~133 milhões/ano.
I – DIREITO TRIBUTÁRIO NA HISTÓRIA

ÁSIA/ OCEANIA/ POVOS MESOAMERICANOS

Império Egípcio (3100 AC – 671AC)

“CIX — Disseram-me ainda os sacerdotes que Sesóstris realizou a partilha das


terras, concedendo a cada Egípcio uma porção igual, com a condição de lhe ser
pago todos os anos certo tributo. Se o rio carregava alguma parte do lote de
alguém, o prejudicado ia procurar o rei e expor-lhe o acontecido. O soberano
enviava agrimensores ao local para determinar a redução sofrida pelo lote,
passando o dono a pagar um tributo proporcional à porção restante. Eis,
segundo me parece, a origem da geometria, que teria passado desse país para a
Grécia. Quanto ao gnomo ou relógio solar e a divisão do dia em doze partes, os
Gregos devem-nos aos Babilônios”. (História / Heródoto ; estudo crítico por Vitor
de Azevedo ; tradução de Joca Brito - 2a. Edição reformada - São Paulo: Ediouro,
2001, pág. 251).
 
Princípio da Capacidade Contributiva
I – DIREITO TRIBUTÁRIO NA HISTÓRIA

Império Assírio

Imperador Dario (construiu Parságada, foi sucedido por Xerxes, batalha das
Termópilas, etc)

Dividiu os domínios persas em satrápias, subdivisões do território a serem


controladas por um sátrapa.

O sátrapa tinha a importante tarefa de organizar a arrecadação de impostos e


contava com o auxílio de um secretário-geral e um comandante militar. Para
resolver os constantes problemas oriundos da cobrança de impostos, Dario
estipulou a criação de uma moeda única (dárico) e a construção de um eficiente
conjunto de estradas. Por meio destas, um grupo de funcionários, conhecidos
como “olhos e ouvidos do rei”, fiscalizavam o volume de arrecadação de cada
satrápia.

CRIAÇÃO DE MOEDA ÚNICA


I – DIREITO TRIBUTÁRIO NA HISTÓRIA

Império Grego (1100 AC – 146AC)

O tributo era utilizado como meio de defesa do bem coletivo.


Mantinham arquivos que registravam, lançamentos de impostos, propriedade
territorial, reservas agrícolas, inventários de escravos, de cavalos, de carros de
guerra e de peças desses carros. A escrita utilizada era a "linear b".

Com o desenvolvimento da democracia, os governantes eleitos passaram a ter


que prestar contas de como utilizavam os recursos públicos, através de
demonstrações contábeis inscritas em pedra.

CRIAÇÃO DE UM SISTEMA CONTÁBIL


I – DIREITO TRIBUTÁRIO NA HISTÓRIA

IMPÉRIO ROMANO (146AC – 476)


 
O tributo era visto como indenização ou reparação de guerra.

Questores cobradores de impostos do império

Publicanos ou Coletores de Impostos nas províncias.


 
Absorção da burocracia grega, contabilidade, etc.

PECUNIA NON OLET


I – DIREITO TRIBUTÁRIO NA HISTÓRIA

IMPÉRIO MONGOL (1206 – 1368)

Kublai Khan (neto de Gengis Khan) emitiu dinheiro de papel apoiado por prata, e
novamente notas de banco complementado por caixa e cobre.

Marco Polo escreveu que o dinheiro era feita de casca de amoreira. 

A padronização do papel-moeda permitiu ao tribunal Yuan para rentabilizar os


impostos e reduzir os custos de manutenção dos impostos em bens como fez a
política de Mõngke Khan.

As nações com florestas na Sibéria e na Manchúria ainda pagavam seus impostos


em bens ou mercadorias.

CRIAÇÃO DO PAPEL MOEDA


I – DIREITO TRIBUTÁRIO NA HISTÓRIA

IDADE MÉDIA – PERÍODO FEUDAL

AUTORIZAÇÃO DIVINA AOS SOBERANOS OU SENHORES FEUDAIS

Corveia: trabalho compulsório nas terras do senhor (manso senhorial) em alguns


dias da semana;

Talha: parte da produção do servo deveria ser entregue ao nobre, geralmente


um terço da produção;

Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o


moinho, o forno, o celeiro, as pontes;

Capitação: imposto pago por cada membro da família (por cabeça);


I – DIREITO TRIBUTÁRIO NA HISTÓRIA

Tostão de Pedro ou dízimo: 10% da produção do servo era pago à Igreja,


utilizado para a manutenção da capela local;

Censo: tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam pagar, em dinheiro, para
a nobreza;

Taxa de Justiça: os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no


tribunal do nobre;

Formariage: quando o nobre resolvia se casar, todo servo era obrigado a pagar
uma taxa para ajudar no casamento;

Mão Morta: era o pagamento de uma taxa para permanecer no feudo da família
servil, em caso do falecimento do pai ou da família;

Albergagem: obrigação do servo em hospedar o senhor feudal caso fosse


necessário.
I – DIREITO TRIBUTÁRIO NA HISTÓRIA

IDADE MODERNA – ESTADOS NACIONAIS


 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
 
Reis criaram, com o apoio dos comerciantes (burguesia), exércitos mercenários
que tinham caráter essencialmente temporário.

Ao longo dos anos, a ajuda financeira dos comerciantes tratou de formar as


milícias urbanas e as primeiras infantarias. A formação de exércitos foi um passo
importante para que os limites territoriais fossem fixados e para que fosse
possível a imposição de uma autoridade de ordem nacional.
A partir de então, o rei acumulava poderes para instituir tributos que
sustentariam o Estado e, ao mesmo tempo, regulamentaria os impostos a serem
cobrados em seu território. Concomitantemente, as moedas ganhariam um
padrão de valor, peso e medida capaz de calcular antecipadamente os ganhos
obtidos com o comércio e a cobrança de impostos. A fixação de tais mudanças
personalizou a supremacia política dos Estados europeus na figura individual de
um rei.
I – DIREITO TRIBUTÁRIO NA HISTÓRIA

IDADE MODERNA – ESTADOS NACIONAIS


 
REI JOÃO SEM TERRA
MAGNA CHARTA LIBERTATUM
 
João pela graça de Deus rei da Inglaterra, senhor da Irlanda, duque da
Normandia e da Aquitânia, e conde de Anjou, aos seus arcebispos, bispos,
abades, condes, barões, justiceiros, florestanos, sheriffe, administradores,
ministros, e a todos os outros oficiais e leais súditos seus, Saudação.
Saibam que sob a inspiração de Deus, para o bem de nossa alma e daquela de
todos os nossos ancestrais e de nossos herdeiros, para a honra de Deus e a
exaltação da Santa Igreja, e para a melhor ordenação de nosso reino, com o
conselho de nossos reverendos padres Stephen, arcebispo de Canterbury,
primado de toda a Inglaterra, e cardeal da Santa Igreja Romana, Henry arcebispo
de Dublin, William bispo de Londres, Peter bispo de Winchester, Jocelin bispo de
Bath e Glastonbury, Hugh bispo de Lincoln, Walter bispo de Coventry, Benedict
bispo de Rochester, mestre Pandulph sub-diácono e membro da corte papal,
irmão Aymerio mestre dos Cavaleiros Templários na Inglaterra, [...]
I – DIREITO TRIBUTÁRIO NA HISTÓRIA

IDADE MODERNA – ESTADOS NACIONAIS


 
[...], William Marschal conde de Pembroke, William conde de Salisbury, William
conde de Arundel, Aland de Galloway condestável da Escócia, Warin Fitz Gerald,
Peter Fitz Herbert, Hubert de Brugh senescal de Poitou, Hugh de Neville, Matthew
Fitz Herbert, Thomas Basset, Alan Basset, Philip Daubeny, Robert de Roppeley,
John Marschal, John Fitz Hugh, e outros súditos leais:
[...]
12 – Nenhuma “ajuda” ou “tributo de isenção militar” será estabelecida em
nosso reino sem o consentimento geral, a não ser para o resgate de nossa
pessoa, para fazer cavaleiro nosso filho primogênito, e para casar nossa filha
primogênita. Para estes propósitos, somente poderá ser estabelecida uma ajuda
razoável. De igual maneira se procederá quanto às ajudas da cidade de Londres.
I – DIREITO TRIBUTÁRIO NA HISTÓRIA

IDADE MODERNA – ESTADOS NACIONAIS


 
 REI CARLOS I PETIÇÃO DE DIREITOS – PETITION OF RIGHTS (1628)
I.Os lordes espirituais e temporais e os comuns, reunidos em parlamento,
humildemente lembram ao rei, nosso soberano e senhor, que uma lei feita no
reinado do rei Eduardo I, vulgarmente chamada Statutum de tallagio non
concedendo, declarou e estabeleceu que nenhuma derrama ou tributo (tallage
or aid)seria lançada ou cobrada neste reino pelo rei ou seus herdeiros sem o
consentimento dos arcebispos, bispos, condes, barões, cavaleiros, burgueses e
outros homens livres do povo deste reino; que, por autoridade do Parlamento,
reunido no vigésimo quinto ano do reinado do reinado do rei Eduardo III, foi
decretado e estabelecido que, daí em diante, ninguém poderia ser compelido a
fazer nenhum empréstimo ao rei contra a sua vontade, porque tal empréstimo
ofenderia a razão e as franquias do país; que outras leis do reino vieram
preceituar que ninguém podia ser sujeito ao tributo ou imposto chamado
benevolence ou a qualquer outro tributo semelhante, que os nossos súditos
herdaram das leis atrás mencionadas e de outras boas leis e provisões
(statutes)deste reino a liberdade de não serem obrigados a contribuir para
qualquer taxa, derramo, tributo ou qualquer outro imposto que não tenha sido
autorizado por todos, através do Parlamento.
I – DIREITO TRIBUTÁRIO NA HISTÓRIA

IDADE CONTEMPORÂNEA – REVOLUÇÃO FRANCESA

LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE

ILUMINISMO – IMPORTÂNCIA DA RAZÃO

REPÚBLICA – MONARQUIA

DEMOCRACIA- TIRANIA
 
formação do ESTADO DE DIREITO

Criada a separação dos poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário

Tributo como fonte de promoção da justiça social e da igualdade econômica. Os


impostos poderiam ser usados como um meio para redistribuir a renda.
I – DIREITO TRIBUTÁRIO NA HISTÓRIA

DIREITO TRIBUTÁRIO NA ATUALIDADE


 
Direito Tributário Japonês
As pessoas deverão ser obrigadas aos impostos como determinado por lei.
 
Não poderão ser criados novos tributos ou modificados os atuais, exceto por lei
ou sob condições previstas por lei.
 
 
União Europeia – IVA | USA - VAT
 
O imposto incide sobre fornecimento de bens e serviços não apenas
mercadorias. Bem significa qualquer bem corpóreo, móvel ou imóvel ai incluídos
a energia elétrica, gás, aquecimento, refrigeração e semelhantes. Podem, a
critério de cada país, considerar os imóveis e os direitos a eles relativos como
bens que dão margem à tributação.
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

BRASIL COLÔNIA

- Leis Fiscais emanadas por Portugal – Conjunto de normas não sistematizadas,


facilmente alteradas, revogadas, modificadas.

PRÉ COLONIAL

Quinto do Pau Brasil – Primeiro Tributo Brasileiro.

Pago geralmente em espécie. Contrabando.

COLONIAL – Capitanias Hereditárias

- Monopólio do Pau Brasil, especiarias e drogas


- Direito de alfândega mercadorias importadas e exportadas (10%)
- Quinto dos metais e pedras preciosas
- Dízima dos pescados e das colheitas
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

GOVERNO GERAL

- Com a distância que separava a metrópole (Portugal) da colônia desde o inicio


houve grande sonegação fiscal. Funcionários da Coroa implantaram um
sistema marcado fortemente pela CORRUPÇÃO.

- Descontente com a ineficácia da arrecadação a coroa criou uma administração


centralizada na colônia com os cargos de Governador Geral e também de
Provedor Mor, este último responsável pela fiscalização e arrecadação dos
tributos.
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

União Ibérica (1580 – 1640)

- Brasil passou a ser controlado pelo império ESPANHOL. Finanças reguladas


por um Conselho da Fazenda.

Segundo Período de Colonização (1640-1808)

Dissolução da União Ibérica, Portugal em grave crise econômica. Retorno do


controle português. Auge da opressão aos contribuintes brasileiros.a44858159

Século XVIII – Opressão e Resistência dos Colonos

Vinda da Família Real para o Brasil – Criação do IPTU, criação do II


II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

União Ibérica (1580 – 1640)

- Brasil passou a ser controlado pelo império ESPANHOL. Finanças reguladas


por um Conselho da Fazenda.

Segundo Período de Colonização (1640-1808)

Dissolução da União Ibérica, Portugal em grave crise econômica. Retorno do


controle português. Auge da opressão aos contribuintes brasileiros.a44858159

Século XVIII – Opressão e Resistência dos Colonos

Em 21 de abril de 1792, Tiradentes foi executado pela Coroa Portuguesa, por se


revoltar contra a cobrança do quinto e a prática da derrama. O quinto era um
imposto de 20% sobre todo o ouro produzido no Brasil. A derrama correspondia
à cobrança violenta dos impostos em “atraso” dos cidadãos, fossem ou não
devedores de fato. 
Não havendo condições de pagar o tributo atrasado, a moradia, os
equipamentos de trabalho e o que os mineiros possuíssem de valor deveria ser
vendido para quitar o débito. 
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

Brasil Império - Vinda da Família Real para o Brasil

- Imposto de Importação
- Transferência de embarcações
- Emolumentos de certidões de policia
- Dízima da chancelaria
- Imposto adicional sobre bebidas espirituosas
- Impostos sobre barcos do interior
- Impostos sobre despachantes
- Impostos sobre exportações
- Impostos sobre mineração do ouro
- Imposto do selo do papel
- Imposto sobre as lojas
- Impostos sobre loterias
- Taxas dos escravos
- Décima dos prédios urbanos
- Taxas de viação
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

Constituições Republicanas - 1891, 1934, 1937, 1946, 1967, 1969, 1988

Reforma Tributária de 1965 – Após o Golpe de Estado de 1964 o governo


brasileiro manifestou uma maior preocupação econômica com o sistema
tributário.

EC 18/65 alterou a descrição das competências sob uma visão econômica e não
jurídica.
Procurou criar um sistema tributário nacional integrado.
Introdução de alguns princípios constitucionais tributários. Legalidade por
exemplo.
- Criação do esqueleto do Sistema Tributário Atual
- Criação do Código Tributário Nacional
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

Alguns Tributos:

Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM - Lei


10.893/2004
• Adicional de Tarifa Aeroportuária - ATA - Lei 7.920/1989
• Contribuição á Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei 5.461/1968
• Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico - FNDCT - Lei 10.168/2000
• Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE), também chamado "Salário Educação" - Decreto 6.003/2006
• Contribuição ao Funrural
• Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA) - Lei 2.613/1955
• Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT)
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

• Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa


(Sebrae) - Lei 8.029/1990
• Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (SENAC) -
Decreto-Lei 8.621/1946
• Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes
(SENAT) - Lei 8.706/1993
• Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) - Lei
4.048/1942
• Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) - Lei
8.315/1991
• Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) - Lei 9.403/1946
• Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) - Lei 9.853/1946
• Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP) - art. 9, I,
da MP 1.715-2/1998
• Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) - Lei 8.706/1993
• Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados)
• Contribuição Confederativa Patronal (das empresas)
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

• Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE


Combustíveis - Lei 10.336/2001
• Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Remessas
Exterior - Lei 10.168/2000
• Contribuição para a Assistência Social e Educacional aos Atletas
Profissionais - FAAP - Decreto 6.297/2007
• Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda
Constitucional 39/2002
• Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica
Nacional – CONDECINE - art. 32 da Medida Provisória 2228-1/2001 e Lei
10.454/2002
• Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública - art. 32 da Lei
11.652/2008
• Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) - art. 8º da Lei
12.546/2011
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

• Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição


Confederativa Laboral, vide comentários sobre a Contribuição Sindical
Patronal)
• Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição
Confederativa Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é
obrigatória, pelo artigo 578 da CLT, e a Confederativa foi instituída pelo
art. 8, inciso IV, da Constituição Federal e é obrigatória em função da
assembleia do Sindicato que a instituir para seus associados,
independentemente da contribuição prevista na CLT)
• Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias
do FGTS - Lei Complementar 110/2001
• Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
• Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA,
CRECI, CORE, etc.)
• Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água,
rede de esgoto, etc.
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

• Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974


• Fundo de Combate à Pobreza - art. 82 da EC 31/2000
• Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - Lei 5.070/1966
com novas disposições da Lei 9.472/1997
• Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) - Lei 5.107/1966
• Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) -
art. 6 da Lei 9.998/2000
• Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades
de Fiscalização (Fundaf) - art.6 do Decreto-Lei 1.437/1975 e art. 10 da IN
SRF 180/2002
• Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações
(Funttel) - Lei 10.052/2000
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

• Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)


• Imposto sobre a Exportação (IE)
• Imposto sobre a Importação (II)
• Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
• Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
• Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
• Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa
física e jurídica)
• Imposto sobre Operações de Crédito (IOF)
• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
• Imposto sobre Transmissão Bens Inter-Vivos (ITBI)
• Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
• INSS Autônomos e Empresários
• INSS Empregados
• INSS Patronal (sobre a Folha de Pagamento e sobre a Receita Bruta -
Substitutiva)
• IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
• Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público (PASEP)
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

• Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro


• Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de
Graduação - Lei 10.870/2004
• Taxa de Avaliação da Conformidade - Lei 12.545/2011 - art. 13
• Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e
vegetais ou de consumo nas atividades agropecuárias - Decreto-Lei
1.899/1981
• Taxa de Coleta de Lixo
• Taxa de Combate a Incêndios
• Taxa de Conservação e Limpeza Pública
• Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA - Lei 10.165/2000
• Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - Lei 10.357/2001,
art. 16
• Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e
federais)
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

• Taxa de Fiscalização da Aviação Civil - TFAC - Lei 11.292/2006


• Taxa de Fiscalização da Agência Nacional de Águas – ANA - art. 13 e 14
da MP 437/2008
• Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - Lei
7.940/1989
• Taxa de Fiscalização de Sorteios, Brindes ou Concursos - art. 50 da MP
2.158-35/2001
• Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23
• Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro -
TFPC - Lei 10.834/2003
• Taxa de Fiscalização dos Mercados de Seguro e Resseguro, de
Capitalização e de Previdência Complementar Aberta - art. 48 a 59 da Lei
12.249/2010
• Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar - TAFIC -
Entidades Fechadas de Previdência Complementar - art. 12 da Lei
12.154/2009
• Taxa de Licenciamento Anual de Veículo - art. 130 da Lei 9.503/1997
• Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização de Materiais Nucleares e
Radioativos e suas instalações - Lei 9.765/1998
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

• Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização de Materiais Nucleares e


Radioativos e suas instalações - Lei 9.765/1998
• Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal
• Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999
• Taxa de Serviços Administrativos – TSA – Zona Franca de Manaus - Lei
9.960/2000
• Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da Lei 9.933/1999
• Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP)
• Taxa de Outorga e Fiscalização - Energia Elétrica - art. 11, inciso I, e
artigos 12 e 13, da Lei 9.427/1996
• Taxa de Outorga - Rádios Comunitárias - art. 24 da Lei 9.612/1998 e nos
art. 7 e 42 do Decreto 2.615/1998
• Taxa de Outorga - Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários - art.
77, incisos II e III, a art. 97, IV, da Lei 10.233/2001
• Taxas de Saúde Suplementar - ANS - Lei 9.961/2000, art. 18
II – DIREITO TRIBUTÁRIO NO BRASIL

• Taxa de Utilização do SISCOMEX - art. 13 da IN 680/2006


• Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004
• Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais)
• Taxas Judiciárias
• Taxas Processuais do Conselho Administrativo de Defesa Econômica -
CADE - art. 23 da Lei 12.529/2011

TRAP – TAXA DE RESPIRAÇÃO DO AR PURO

INCONSTITUCIONALIDADE EFICAZ
III – DIREITO TRIBUTÁRIO – NOMEN JURIS

Direito Fiscal - França Espanha e Argentina

Fiscus designava um cesto de vime ou junco que os romanos utilizavam


para guardar dinheiro, mais tarde passou a representar o “tesouro do
príncipe romano”, ou seja, a caixa em que eram depositadas as receitas
provinciais do império.

Sentido Restrito – arrecadação e fiscalização


III – DIREITO TRIBUTÁRIO – NOMEN JURIS

Direito Fiscal - França Espanha e Argentina

Fiscus designava um cesto de vime ou junco que os romanos utilizavam


para guardar dinheiro, mais tarde passou a representar o “tesouro do
príncipe romano”, ou seja, a caixa em que eram depositadas as receitas
provinciais do império.

Sentido Restrito – arrecadação e fiscalização

Direito do Imposto – Suíça e Alemanha

O imposto é a única forma de tributo, excluindo as outras espécies


tributárias como taxas e contribuições de melhoria.
III – DIREITO TRIBUTÁRIO – NOMEN JURIS

Direito Financeiro
 
Procedência da Expressão germânica. Latim medieval “FINANZA”,
termo cuja significação sofreu várias alterações ao longo do tempo.
Hoje seu alcance é amplo, empregada tanto no direito público como
privado.

Direito Financeiro está ligado as finanças públicas em seus vários


momentos, diz respeito a identificação, obtenção, gestão e aplicação
dos recursos públicos.

Expressão mais ampla do que Direito Tributário, que trata apenas da


entrada financeira do Estado correspondente ao tributo.
III – DIREITO TRIBUTÁRIO – NOMEN JURIS

Direito Tributário
 

Origem firmada pela doutrina Italiana, hoje presente em vários


ordenamentos jurídicos. Expressão tributário vem do latim
“tributarius", o que paga tributo.

Ramo do Direito que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas


sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o
poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse
poder
III – DIREITO TRIBUTÁRIO – NOMEN JURIS

Direito Tributário
 
“Direito Tributário é, por assim dizer, o direito que disciplina o processo
de retirada compulsória, pelo Estado, da parcela de riqueza de seus
súditos, mediante a observância do princípios reveladores do Estado de
direito. É a disciplina jurídica que estuda as relações jurídicas entre o
fisco e o contribuinte.” (MACHADO, Hugo de Brito)
 
O Estado, no exercício de sua soberania, tributa. Mas a relação de
tributação não é simples relação de poder. É relação jurídica, pois está
sujeita a normas às quais se submetem os contribuintes e também o
Estado. (...) Relevante, outrossim, é a finalidade do Direito Tributário. O
Direito, de um modo geral, tem por finalidade promover o equilíbrio
nas relações entre os que têm e os que não têm poder. Ou entre os que
têm mais e os que têm menos poder. Sabido que o Estado é a maior
expressão de poder que se conhece, fácil é concluir-se que o Direito
Tributário tem por finalidade limitar o poder de tributar e proteger o
cidadão contra os abusos desse poder. (HARADA, Kyoshi)
III – DIREITO TRIBUTÁRIO – NOMEN JURIS

Direito Tributário
 
“Direito Tributário é, por assim dizer, o direito que disciplina o processo
de retirada compulsória, pelo Estado, da parcela de riqueza de seus
súditos, mediante a observância do princípios reveladores do Estado de
direito. É a disciplina jurídica que estuda as relações jurídicas entre o
fisco e o contribuinte.” (MACHADO, Hugo de Brito)
 
O Estado, no exercício de sua soberania, tributa. Mas a relação de
tributação não é simples relação de poder. É relação jurídica, pois está
sujeita a normas às quais se submetem os contribuintes e também o
Estado. (...) Relevante, outrossim, é a finalidade do Direito Tributário. O
Direito, de um modo geral, tem por finalidade promover o equilíbrio
nas relações entre os que têm e os que não têm poder. Ou entre os que
têm mais e os que têm menos poder. Sabido que o Estado é a maior
expressão de poder que se conhece, fácil é concluir-se que o Direito
Tributário tem por finalidade limitar o poder de tributar e proteger o
cidadão contra os abusos desse poder. (HARADA, Kyoshi)
III – DIREITO TRIBUTÁRIO – NOMEN JURIS

Direito Tributário É a disciplina jurídica que estuda as relações jurídicas


entre o fisco e o contribuinte.” (Hugo de Brito Machado)

Tributo Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em


moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção
de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada. (Código Tributário Nacional
IV – FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO

Fontes Formais: Normas


 
Constituição Federal > Emendas à Constituição > Leis Complementares
> Leis Ordinárias > Leis Delegadas > Medidas Provisórias > Decretos >
Normas Complementares: (Resoluções, Instruções Normativas,
Circulares, Cartas-Circulares, Portarias, Atos Declaratórios, Convênios e
etc)>Súmulas>Jurisprudências>Costumes

Fontes Materiais: Fatos sobre os quais incidirão as normas.

Comportamento humano que estabeleceu a necessidade da criação de


uma norma.

“Normas somente podem versar sobre comportamentos possíveis e


não necessários” Bobbio
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

“[...] o Direito se expressa por meio de normas. As normas se exprimem


por meio de regras ou princípios. As regras disciplinam uma
determinada situação; quando ocorre essa situação, a norma tem
incidência; quando não ocorre, não tem incidência. Para as regras vale
a lógica do tudo ou nada (Dworkin). Quando duas regras colidem, fala-
se em "conflito"; ao caso concreto uma só será aplicável (uma afasta a
aplicação da outra). O conflito entre regras deve ser resolvido pelos
meios clássicos de interpretação: a lei especial derroga a lei geral, a lei
posterior afasta a anterior etc.. Princípios são as diretrizes gerais de um
ordenamento jurídico (ou de parte dele). Seu espectro de incidência é
muito mais amplo que o das regras. Entre eles pode haver "colisão",
não conflito. Quando colidem, não se excluem. Como "mandados de
otimização" que são (Alexy), sempre podem ter incidência em casos
concretos (às vezes, concomitantemente dois ou mais deles).”
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE PRINCÍPIOS E REGRAS

BERTONCINI (2002, p.78) citando Canotilho, relata que diversos


problemas surgiriam, caso o ordenamento jurídico fosse formado
somente por princípios ou somente por regras:

“Um sistema só de regras geraria um ordenamento rígido e fechado,


exigindo uma quantidade absurda de comandos para atender às
necessidades naturalmente dinâmicas da sociedade - problema que
não passou desapercebido a Canotilho. Por sua vez - assevera o
mencionado constitucionalista, um ordenamento jurídico
exclusivamente principiológico produziria insegurança, haja vista o
elevado grau de abstração dos princípios, voltados de modo secundário
à prescrição de comportamentos.”
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

FUNÇÃO DOS PRINCÍPIOS


 
- Função interpretativa ou descritiva (ou informativa)
 
- Função normativa subsidiária
 
- Função normativa concorrente

FUNÇÃO DAS REGRAS

- Normatizar determinada relação jurídica possível e não necessária.


IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA

- negativa de Pinheiro Machado de fazer exame de DNA para


comprovar ou não sua condição de pai biológico de meninas
gêmeas, o STF o sentenciou como pai presumido.

- Autorização para um senhor com mais de 70 anos de idade casar-se


com comunhão de bens com uma mulher três vezes mais jovem,
quando a legislação brasileira nega este direito (casar em comunhão
de bens) depois dos 60 anos.

- No terceiro acórdão, o STF considerou vexatória e ofensiva a


exigência de revista íntima das funcionárias da empresa fabricante
de calcinhas e sutiãs na saída do expediente da fábrica.
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

“[...] a doutrina jurídica brasileira costuma designar como princípios


algumas normas que não necessariamente tem a citada estrutura
(algumas são, a rigor regras). E isso se deve ao fato de que também são
consideradas como “princípios” aquelas normas que, independente de
sua estrutura normativa, consubstanciam a positivação ou o
desdobramento de valores fundamentais para a ordem jurídica. É o
caso da legalidade e da anterioridade, as quais, a rigor, têm estruturas
de regras. [...] Assim, embora se possa chamar a regra da legalidade de
“princípio”, jamais se poderá “sopesar” a legalidade, “relativizando-a”
em face de princípios constitucionais como o da eficiência da
administração, por exemplo.”

SEGUNDO, Hugo de Brito Machado. Processo tributário. 3ª Ed. São


Paulo: Atlas, 2008. p. 15
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

“[...] a doutrina jurídica brasileira costuma designar como princípios


algumas normas que não necessariamente tem a citada estrutura
(algumas são, a rigor regras). E isso se deve ao fato de que também são
consideradas como “princípios” aquelas normas que, independente de
sua estrutura normativa, consubstanciam a positivação ou o
desdobramento de valores fundamentais para a ordem jurídica. É o
caso da legalidade e da anterioridade, as quais, a rigor, têm estruturas
de regras. [...] Assim, embora se possa chamar a regra da legalidade de
“princípio”, jamais se poderá “sopesar” a legalidade, “relativizando-a”
em face de princípios constitucionais como o da eficiência da
administração, por exemplo.”

SEGUNDO, Hugo de Brito Machado. Processo tributário. 3ª Ed. São


Paulo: Atlas, 2008. p. 15
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

BREVE CONCEITO DE TRIBUTO

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou


cujo nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.

- “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória”

- “[...] em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir”

- “[...] Que não constitua sanção de ato ilícito”.

- “[...] instituída em lei”.

- “E cobrada mediante atividade administrativa plenamente


vinculada”.
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

“[...] a doutrina jurídica brasileira costuma designar como princípios


algumas normas que não necessariamente tem a citada estrutura
(algumas são, a rigor regras). E isso se deve ao fato de que também são
consideradas como “princípios” aquelas normas que, independente de
sua estrutura normativa, consubstanciam a positivação ou o
desdobramento de valores fundamentais para a ordem jurídica. É o
caso da legalidade e da anterioridade, as quais, a rigor, têm estruturas
de regras. [...] Assim, embora se possa chamar a regra da legalidade de
“princípio”, jamais se poderá “sopesar” a legalidade, “relativizando-a”
em face de princípios constitucionais como o da eficiência da
administração, por exemplo.”

SEGUNDO, Hugo de Brito Machado. Processo tributário. 3ª Ed. São


Paulo: Atlas, 2008. p. 15
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

JUSTIÇA

A justiça é o princípio fundamental, que deve orientar a elaboração de


todos os demais princípios e regras de um ordenamento jurídico.
Encontra limites válidos apenas em um outro princípio fundamental, o
da segurança jurídica, com o qual deve conviver equilibradamente. É da
justiça que se desdobram princípios como o da dignidade da pessoa
humana, da tributação de acordo com a capacidade contributiva, da
isonomia, entre outros.

SEGUNDO, Hugo de Brito Machado. Processo tributário. p. 18


IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

Legalidade

Busca combater a tirania, regulando as forças nas relações jurídicas de


forma que a norma passe por uma série de procedimentos com vistas a
torná-la o mais justa possível. Da justiça e da legalidade decorre
também o princípio da segurança jurídica.
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

Segurança Jurídica

Positivado por meio do art. 5º, caput da CRFB, Segurança jurídica é o


princípio que objetiva garantir previsibilidade e estabilidade as relações
humanas. No âmbito tributário este princípio dá fundamento à criação
de prazos para a realização de procedimentos.
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

Anterioridade

Com vista a garantir a estabilidade nas relações jurídicas, o princípio da


Anterioridade, no campo tributário encontra-se positivado no Art. 150,
III, “b” da CRFB/1988 e estabelece que é vedado aos entes tributantes
exigir tributos no mesmo exercício financeiro em que estes foram
criados ou majorados.

A Emenda Constitucional nº 42 acrescentou a alínea “c” ao art. 150, III


da CRFB/88 vedando também a cobrança de tributos antes de
decorrido o prazo de 90 dias da data da publicação da lei que os
majorou ou instituiu, sem prejuízo do disposto na alínea “b”.
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

Anterioridade

Art. 150, §1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do
inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, 148, I,
153, I, II, IV e V; e 154, II.

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de


forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
(...)
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser
exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que
as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no
art. 150, III, "b".
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

Dicas
Apenas anual:
Não aplica a nada:
Imposto de Renda
Empréstimo Compulsório de Guerra
BC IPVA
Imposto Extraordinário de Guerra
BC IPTU
Imposto de Importação
Imposto de Exportação
Imposto sobre Operações Financeiras
Apenas Nonagesimal

IPI
PIS
COFINS
CSLL
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

Isonomia

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade [...]

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte,


é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem
em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de
ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos [...]
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

Capacidade Contributiva

Art. 145 [...] § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter


pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

Não Confisco

Confisco, na acepção jurídica do termo, segundo De Plácio e Silva, “é


vocábulo que se deriva do latim confiscatio, de confiscare, tendo o
sentido de ato pelo qual se apreendem e se adjudicam ao fisco bens
pertencentes a outrem, por ato administrativo ou por sentença
judiciária, fundados em lei. [...] O confisco é, em verdade, o ato de
adjudicação dos bens ao patrimônio do Estado, em virtude de
determinação legal ou qualquer outro ato que o autorize”.
Na seara tributária, o princípio vem positivado na CRFB/88, com o
seguinte teor:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte,


é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
IV – utilizar tributo com efeito de confisco
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

Razoabilidade

O princípio da razoabilidade cuja origem remonta do direito norte-


americano (Commom Law), encontra-se implicitamente previsto na
CRFB/88 em seu art. 5º, inciso LIV. Para este princípio não basta que a
norma jurídica siga apenas o princípio da legalidade, tem também de
seguir o que o senso comum entende por razoável, revestindo assim a
norma com um caráter de legitimidade.
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

Proporcionalidade

o ato estatal praticado como meio à consecução de um fim, ainda que


lícito esse fim, e além de naturalmente atender a outros requisitos
decorrentes de outras normas jurídicas, deve ser adequado, necessário
e proporcional em sentido estrito.
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

1 - Qual dos tributos abaixo descritos não obedece ao princípio da


anterioridade mínima nonagesimal?

 a) Imposto de renda


 b) Imposto sobre serviço
 c) Imposto sobre produtos industrializados
 d) Contribuição social
 e) CIDE combustível

2 - Considerando as limitações do poder de tributar e os impostos dos


estados e do DF, julgue os itens que se seguem.

É vedado à União estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de


qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
 Certo       Errado
IV – NORMA TRIBUTÁRIA – REGRAS E PRINCÍPIOS

4 - Excepciona o princípio da anterioridade o imposto sobre

 a) transmissão causa mortis e doações.


 b) transmissão inter vivos por ato oneroso de bens imóveis.
 c) operações relativas a títulos ou valores mobiliários.
 d) propriedade territorial rural.
 e) serviços de qualquer natureza não compreendidos na competência
impositiva dos Estados.

3 - Segundo a CF, todos os tributos terão caráter pessoal e serão graduados


segundo a capacidade econômica de cada contribuinte.

 Certo       Errado
V – Conceito de Tributo

BREVE CONCEITO DE TRIBUTO

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou


cujo nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.

- “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória”

- “[...] em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir”

- “[...] Que não constitua sanção de ato ilícito”.

- “[...] instituída em lei”.

- “E cobrada mediante atividade administrativa plenamente


vinculada”.
VI – FENÔMENO TRIBUTÁRIO

Relação Jurídico Decadência – Art. 173 CTN


Tributária

LANÇAMENTO

Hipótese de Fato Obrigação - Oficio (149 CTN)


Incidência Gerador Tributária - Declaração (147 CTN)
- Homologação (150 CTN

Crédito Dívida Emb. Exec.


Execução
Tributário Ativa CDA Exc. Pré Exec.
Fiscal

Prescrição – Art. 174 CTN


VI – REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA

Ht = Cm (v+c) + Ce + Ct

Njt  DSn DSm



Cst = Cp (Sa + Sp) + Cq (bC x al)


VI – REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA

Njt - norma jurídica tributária - regra-matriz Cq - critério quantitativo (indicador da fórmula de


de incidência; determinação do objeto da prestação);
Ht - hipótese tributária (antecedente);
bC - base de cálculo (grandeza mensuradora de
Cm - critério material da hipótese (núcleo da
aspectos da materialidade do fato jurídico tributário;
descrição fática);
v - verbo (sempre pessoal e de predicação al - alíquota (fator que se conjuga à base de cálculo
incompleta); para a determinação da dívida pecuniária;
c - complemento do verbo; DSn - dever-ser neutro (conectivo deôntico
Ce - critério espacial da hipótese interproposicional) - ocorrida a hipótese
(condicionante de lugar); deve-ser a conseqüência;
Ct - critério temporal da hipótese
DSm - dever-ser modalizado (operador deôntico
(condicionante de tempo);
intraproposicional). Significa os direitos e deveres
Cst - conseqüência tributária (prescritor correlatos dos sujeitos, na relação jurídica tributária;
normativo);
Cp - critério pessoal do conseqüente, onde
estão os sujeitos da relação jurídica
obrigacional;
Sa - sujeito ativo da obrigação tributária;
Sp - sujeito passivo
VI – REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA

Antecedente
Consequente
Critério Critério Critério
Material Temporal Espacial

Critério Critério
Pessoal Quantitativo
VI – REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA

- Aspecto Material: consiste na descrição que a lei faz do núcleo da


hipótese de incidência, é o aspecto que determina o tipo tributário.

- Aspecto Pessoal: é Composto pelo Sujeito Ativo (o credor da


obrigação tributária) e o Sujeito passivo (o devedor da obrigação
tributária).

- Aspecto Temporal: determina o exato momento em que se considera


ocorrido o fato gerador.

- Aspecto Espacial: indica o lugar em que terá que ocorrer o fato


gerador, que deverá situar-se dentro dos limites territoriais a que a
Pessoa Política tem a competência tributária.

- Aspecto Quantitativo: Divide-se em base de cálculo e alíquota. Base


de cálculo é a expressão de grandeza do aspecto material da hipótese
de incidência escolhida pela lei dentre aquelas inerentes ao fato
gerador, sobre a qual incidirá a alíquota. Alíquota é uma porcentagem
que incide sobre a base de cálculo para a determinação do montante
do tributo.
VI – REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA

IRPF

Art. 2 º   As pessoas físicas PESSOAL domiciliadas ou residentes no Brasil


ESPACIAL , titulares de disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos
de qualquer natureza, inclusive rendimentos e ganhos de capital MATERIAL, são
contribuintes do imposto de renda, sem distinção da nacionalidade, sexo, idade,
estado civil ou profissão (Lei n º 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 1 º , Lei
n º 5.172, de 25 de outubro de 1966, art. 43, e Lei n º 8.383, de 30 de dezembro de 1991,
art. 4 º ).
§ 1 º   São também contribuintes as pessoas físicas que perceberem rendimentos de
bens de que tenham a posse como se lhes pertencessem, de acordo com a legislação
em vigor (Decreto-Lei n º 5.844, de 23 de setembro de 1943, art. 1 º , parágrafo único, e
Lei n º 5.172, de 1966, art. 45).
§ 2 º   O imposto será devido à medida em que os rendimentos e ganhos de capital
forem percebidos TEMPORAL, sem prejuízo do ajuste estabelecido no art. 85 (Lei
n º 8.134, de 27 de dezembro de 1990, art. 2 º ).
VI – REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA

IRPF

Art. 85.  Sem prejuízo do disposto no § 2 º do art. 2 º , a pessoa física deverá apurar o
saldo em Reais do imposto a pagar ou o valor a ser restituído, relativamente aos
rendimentos percebidos no ano-calendário TEMPORAL (Lei n º 9.250, de 1995, art.
7 º ).
Capítulo I 

APURAÇÃO ANUAL DO IMPOSTO

Art. 86.  O imposto devido na declaração de rendimentos será calculado mediante


utilização das seguintes tabelas: [...] QUANTITATIVO
VI – REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA

COFINS Não-Cumulativa (Lei 10.833/2003):

- Critério material: auferir FATURAMENTO (Art. 1º, caput)

- Critério temporal: mensal (Art. 10);

- Critério espacial: no âmbito nacional;

- Critério pessoal: União (sujeito ativo) e pessoa jurídica que aufere


faturamento (sujeito passivo) - (Art. 4º);

- Critério quantitativo: Base de cálculo – Valor do Faturamento (Art. 1º,


§ 2º); Alíquota – 7,6% (Art. 2º)
VI – REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA

Antecedente Material
Temporal
Espacial

Norma
Jurídico
Tributária

Sujeito Ativo
Pessoal
Consequente Sujeito Passivo

Quantitativo
Base de Cálculo
Alíquota
VII – FATO GERADOR

Fato gerador, ou hipótese de incidência, é a descrição


normativa do fato que, se e quando acontecido, fará
surgir o tributo.

Por outro lado, o fato acontecido, que por ajustar-se à


hipótese legal, determina o nascimento do tributo,
recebe a alcunha de fato imponível. Pode-se falar,
então, em fato gerador in abstracto (hipótese de
incidência) e fato gerador in concreto (fato imponível).
VII – FATO GERADOR

  Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se


ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:

I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se


verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza
os efeitos que normalmente lhe são próprios;

II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que


esteja definitivamente constituída, nos termos de direito
aplicável.
        Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá
desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a
finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo
ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação
tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos
em lei ordinária.
VII – FATO GERADOR

FATO GERADOR PRESUMIDO

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PARA TRÁS E PARA FRENTE

Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa


obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:

I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a


situação que constitua o respectivo fato gerador;

II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte,


sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
VIII – Obrigação Tributária

Subsunção do Fato a Norma


Nascimento da Obrigação Tributária

  Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

        § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato


gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela
decorrente.
        § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e
tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela
previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos
tributos.
   § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua
inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente
à penalidade pecuniária.
IX – Constituição do Crédito Tributário

LANÇAMENTO

1. Lançamento de ofício (art. 149)

2. Lançamento por declaração (art. 147)

3. Lançamento por homologação (art. 150)


IX – Constituição do Crédito Tributário

1. Lançamento de ofício (art. 149)

I - quando a lei assim o determine;

II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito,


no prazo e na forma da legislação tributária;

III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha


prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de
atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de
esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-
se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela
autoridade;
IX – Constituição do Crédito Tributário

1. Lançamento de ofício (art. 149) - IPTU

IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a


qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo
de declaração obrigatória;

V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da


pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se
refere o artigo seguinte;

VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou


de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de
penalidade pecuniária;
IX – Constituição do Crédito Tributário

1. Lançamento de ofício (art. 149)

VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em


benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;

VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não


provado por ocasião do lançamento anterior;

IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu


fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou
omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
IX – Constituição do Crédito Tributário

2. Lançamento por declaração ou misto (art. 147) – ITCMD e ITBI

Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do


sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da
legislação tributária, presta à autoridade administrativa
informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua
efetivação.

§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio


declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é
admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e
antes de notificado o lançamento.

§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu


exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a
que competir a revisão daquela.
IX – Constituição do Crédito Tributário

3. Lançamento por homologação (art. 150) – IPI, ICMS

Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto


aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade,
tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo
obrigado, expressamente a homologa.
 § 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste
artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior
homologação ao lançamento.
[...]
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco
anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo
sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se
homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito,
salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
X – CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Relação Jurídico Decadência – Art. 173 CTN


Tributária

LANÇAMENTO

Hipótese de Fato Obrigação - Oficio (149 CTN)


Incidência Gerador Tributária - Declaração (147 CTN)
- Homologação (150 CTN

Crédito Dívida Emb. Exec.


Execução
Tributário Ativa CDA Exc. Pré Exec.
Fiscal

Prescrição – Art. 174 CTN


X – Crédito Tributário

Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que


disponha sobre:
        I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
        II - outorga de isenção;
   III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias
acessórias.

DOA SEXO

D.O.A. = Dispensa de Obrigações Acessórias. -


S = Suspensão -
EX = EXclusão -
O = Outorga de isenção
X – Crédito Tributário

Artigos 139 à 146

Disposições Gerais
        Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação
principal e tem a mesma natureza desta.
        Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário,
sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a
ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a
obrigação tributária que lhe deu origem.
        Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído
somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade
suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos
quais não podem ser dispensadas, sob pena de
responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou
as respectivas garantias
X – Crédito Tributário

Artigos 139 à 146, 151 e 156

Disposições Gerais
        Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação
principal e tem a mesma natureza desta.
        Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário,
sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a
ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a
obrigação tributária que lhe deu origem.
        Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído
somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade
suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos
quais não podem ser dispensadas, sob pena de
responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou
as respectivas garantias
X – Crédito Tributário

  Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras
espécies de ação judicial;
VI – o parcelamento.

DEMORE LIMPAR
X – Crédito Tributário

Suspensão do Crédito Tributário

DEMORE LIMPAR
DE = DEpósito
MO = MOratória
RE = REclamações e REcursos

LIM = LIMinares em MS
PAR = PARcelamento do débito

OBS: É só lembrar que quem é devedor do crédito tributário vai "DEMORAR


SE LIMPAR".
X – Crédito Tributário

Extinção do Crédito Tributário

       Art. 156. Extinguem o crédito tributário:


I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação; ver 171 CTN
IV - remissão; ver 172 CTN
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do
disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas
em lei.
X – Crédito Tributário

Exclusão do Crédito Tributário

Art. 175. Excluem o crédito tributário:


I - a isenção; <<<< ANTES DO FATO GERADOR
II - a anistia. <<< PENALIDADES
Parágrafo único. A exclusão do crédito
tributário não dispensa o cumprimento das
obrigações acessórias dependentes da
obrigação principal cujo crédito seja excluído,
ou dela conseqüente.
X – Crédito Tributário

Preferências do Crédito Tributário

    Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer


outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua
constituição, ressalvados os créditos decorrentes da
legislação do trabalho ou do acidente de trabalho

Parágrafo único. Na falência

        I – o crédito tributário não prefere aos créditos


extraconcursais (FORA DO CONCURSO DE CREDORES)
ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos
da lei     falimentar, nem aos créditos com garantia real,
no limite do valor do bem gravado
XI – Dívida Ativa

Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a


proveniente de crédito dessa natureza,
regularmente inscrita na repartição administrativa
competente, depois de esgotado o prazo fixado,
para pagamento, pela lei ou por decisão final
proferida em processo regular.
        Parágrafo único. A fluência de juros de mora
não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez
do crédito.
XI – Dívida Ativa

Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado


pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente:

I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-


responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio
ou a residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de
mora acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada
especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo de
que se originar o crédito.

        Parágrafo único. A certidão conterá, além dos


requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da
inscrição.
XII – CDA
XII – Execução Fiscal

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