Ruptura na continuidade do osso, definida de acordo com o tipo e extensão. Causas: impacto direto; força de esmagamento; movimento súbito de torção; e, de forma extrema, contratura muscular. O Osso Quebrado Edema de tecidos moles; Hemorragia para dentro dos músculos e articulações Luxações articulares Rompimento de tendões Laceração de nervos e vasos sangüíneos Tipos de Fraturas Completa Incompleta Fechada Exposta: ◦ Grau I (limpa, < de 1cm) ◦ Grau II (lesão maior) ◦ Grau III ( altamente contaminada; + grave) Tipos de Fraturas Tipos de Fraturas Manifestações clínicas Dor; Perda da função; Deformidade (visível ou palpável); Encurtamento (2,5 até 5cm); Crepitação; Edema e coloração Complicações Choque (hipovolêmico – fêmur e pelve); Síndrome da embolia gordurosa (sexo masculino, adulto jovem, 24 a 72 horas ou até uma semana após a lesão); ◦ Hipóxia, taquipnéia, taquicardia e febre, palidez, petéquias, alterações de personalidade súbitas. ◦ Medidas preventivas incluem imobilização imediata das fraturas, manipulação mínima, e cuidados com a rotação e posicionamento do membro fraturado. Complicações Síndrome Compartimental – perfusão tecidual dos músculos é menor que a necessária para a viabilidade do tecido. (maior freqüência em antebraço e pernas) ◦ Redução do tamanho do compartimento muscular ◦ Aumento do conteúdo do compartimento muscular ◦ Os sintomas são: Dor profunda, incessante e pulsátil, fraqueza motora, parestesia até paralisia se não contornada. ◦ Tratamento seria elevação do membro, retirada do aparelho gessado e FASCIOTOMIA. Fasciotomia Complicações TVP CID União tardia (infecção sistêmica e separação por tração dos fragmentos ósseos) Não-união ◦ Auto-enxerto ◦ Aloenxerto ◦ Estimulação elétrica (3 a 6 meses de tratamento) Complicações Necrose avascular do osso Reação aos aparelhos de fixação interna Ossificação heterotrófica (miosite ossificante) ◦ O osso anormal pode ser excisado de 6 a 12 meses depois da lesão. Síndrome da distrofia simpática reflexa (+ em mulheres) ◦ Dor em queimação; hiperestesia; espasmos musculares; alterações cutâneas e tróficas. ◦ Evitar usar o membro afetado para aferição da PA e punção venosa Tratamento Imobilização (emergência) Redução (aberta ou fechada) Imobilização Manutenção e restauração da função Consolidação da Fratura Semanas e meses são necessários para que a maioria das fraturas se consolidem. Ossos chatos (pelve, escápula) consolidam-se mais rapidamente Epífises de ossos longos consolidam-se mais rapidamente que as mesodiáfises Consolidação da Fratura Fatores que melhoram a consolidação da fratura: ◦ Imobilização dos fragmentos osseos; ◦ Contato máximo do fragmento ósseo; ◦ Suprimento sangüineo suficiente; ◦ Nutrição apropriada; ◦ Sustentação de peso para osso longos; ◦ Hormonios (crescimento, calcitonina, vit. D, etc.) ◦ Potencial elétrico através da fratura. Consolidação da Fratura Fatores que inibem a consolidação da fratura: ◦ Trauma local extenso; ◦ Perda óssea; ◦ Imobilização inadequada; ◦ Espaço entre os fragmentos ósseos; ◦ Infecção; ◦ Malignidade local; ◦ Doenças ósseas; ◦ Osso irradiado; ◦ Necrose avascular; ◦ Fratura intra-articular (fibrolisinas); ◦ Idade; ◦ Corticosteróides (menor velocidade de reparação) Cuidados de Enfermagem Fraturas fechadas: ◦ Encorajar a retomada das atividades diárias o mais rápido possível; ◦ Ensinar o controle da dor e do edema ao paciente; ◦ Ensinar a usar os aparelhos de assistência com segurança; ◦ Modificar o ambiente domiciliar quando necessário; ◦ Monitorizar complicações potenciais; ◦ Informar sobre os medicamentos e autocuidado. Cuidados de Enfermagem Fraturas abertas: ◦ Minimizar o risco de osteomielite, tétano e gangrena; ◦ Administrar antibióticos prescritos; ◦ Irrigação contínua da lesão; ◦ Elevação de membros para controle de edema, pós- cirúrgico; ◦ Monitorizar sinais de infecção; ◦ Orientar o paciente quanto à necessidade de enxerto ósseo 4 a 8 semanas após reparação cirúrgica da fratura exposta. Aparelhos gessados Utilizado para imobilizar uma fratura já reduzida, corrigir deformidades, aplicar pressão uniforme ao tecido mole ou apoiar e estabilizar articulações enfraquecidas. Aparelhos de braço (curto ou longo): braço sadio assume atividade do doente (síndrome do desuso). Usa-se tipóia. Controle do edema com elevação de membros. Deve ter cuidado com a contratura de Volkmann (tipo de síndrome compartimental) Aparelhos gessados Aparelhos gessados para pernas (curto ou longo): elevação de membros para controle do edema. Crioterapia sobre a fratura por 1 ou 2 dias. Atentar para lesões nervosas (nervo fibular) e vasculares. Aparelhos gessados corporais: preparar e posicionar o paciente para as atividades. Auxiliar na higiene. Oferecer apoio emocional ao paciente. Mudança de decúbito do paciente a cada 2 horas. Decúbito ventral 2 vezes ao dia (drenagem da arvore brônquica). Atentar para ulceras e irritações de pele nas bordas do aparelho gessado. Aparelhos Gessados Fixadores Externos Fornecem suporte estável para fraturas cominutivas graves, enquanto permitem o tratamento ativo do tecido mole lesado. É importante o paio psicológico ao paciente. Controle do edema com elevação de membros. Cobertura das extremidades pontiagudas do fixador para evitar lesões. Monitorização de lesões nervosas e vasculares. NUNCA AJUSTAR OS GRAMPOS DO FIXADOR POR CONTA PRÓPRIA. Fixadores externos O Paciente sob Tração A tração é aplicação de força sobre uma parte do corpo a curto prazo. É útil na minimização dos espasmos musculares; redução, alinhamento e imobilização de fraturas; redução de deformidades. Para toda tração existe a contratração. A tração deve ser contínua, os pesos não devem ser removidos até prescrição médica e devem ficar pendentes sem tocar o chão, os cabos devem permanecer desobstruídos, o paciente deve estar alinhado no centro do leito quando a tração é aplicada Tipos de tração Tração por Extensão de Buck Tração esquelética por suspensão balanceada Tração de Russell Tração de Dunlop Complicações de trações Ruptura cutânea; Pressão sobre nervos; Comprometimento circulatório (TVP). Cuidados de Enfermagem nas Trações
◦ Manter a tração efetiva;
◦ Manter o posicionamento do paciente no leito; ◦ Prevenir a ruptura cutânea; ◦ Monitorizar o estado neurovascular; ◦ Prestar cuidados aos pinos (osteomielite); ◦ Promover a realização de exercícios. (dentro dos limites terapêuticos)