Você está na página 1de 60

APRESENTAÇÃO

PLANO DE ENSINO

Mercado Financeiro e Política


Monetária

Slide 1
1. Teoria do Portólio


1.1 - Otimização de carteiras - Markowitz
• 1.2 - Conceitos de risco sistemático e não sistemático
1.3 - Modelo CAPM
1.3 - Modelo APM

Slide 2
2. Risco de variação da taxa de juros.

• 2.1 - Duration de títulos e obrigações – propriedades –


estrutura a termo das taxas de juros.
2.2 - Variações grandes de taxas de juros e convexidade.
2.3 - Estratégias de imunização. 
2.4 - Dificuldades na aplicação do modelo de duration a

balanços existentes na realidade.

Slide 3
3 Mensuração de risco de mercado 


3.1 - Modelo RiskMetrics do JPM. 
3.2 - Risco de mercado de títulos de renda fixa - Moedas
estrangeiras - Ações - Agregação em carteiras.
3.3 - Modelos utilizados pela regulamentação. 
3.4 - Enfoque padronizado do BIS -Renda fixa - Câmbio –
Ações. 
3.5 - Modelos internos de bancos de grande porte.

Slide 4
4 Avaliação de carteira de títulos

• 4.1- Medidas para avaliação de carteiras – Teoria convencional,


índices M2, Sharpe e Treynor
4.2- Medidas de desempenho de fundos alavancados. Uso de
Derivativos e securitização.
4.3- Medidas de desempenho com a mudança de composição da
carteira.
4.4- Market timing (antecipação do movimento de mercado ou
timing do mercado)
4.5- Classificação da Morningstar com ajuste ao risco
4.6- Análise da avaliação de desempenho.

Slide 5
5 - Política Monetária e o comportamento de
bancos.


5.1 - Novas abordagens Novo-keynesianas a respeito da
firma bancária
5.2 - Teoria Horizontalista do Crédito.
5.3- Teoria dos mercados eficientes
5.4 - Finanças comportamentais

Slide 6
Procedimentos de Avaliação

Média=MP VE=Prova escrita EXE= Exercício prático SE= Seminário

MP = ((1VE + 2VE)*4 + (1EXE + 2EXE)*2 + SEM*4)


_________________________________________
14 

Slide 7
Cap 1 Precificação de Ativos (CAPM)

 Os efeitos da incerteza do investidor

 Conceito de Risco: O que é risco mesmo?

 Carteira de Investimentos e Risco

 Exemplo detalhado: Carteira com dois ativos

 Risco (Desvio-Padrão) de uma carteira como função da Correlação


 Diversificação

 Otimização de Retornos - Carteira de Markowitz

 Portfolio ou Fronteira Eficiente

 Acréscimo de um título livre de riscos à carteira de investimentos

 Capital Asset Pricing Model (CAPM)

 Arbitrage Pricing Model (APM)

Slide 8
Os efeitos da incerteza do investidor

• Discussão não enfoca apenas investir ou não,


mas também incertezas específicas
• Incertezas Específicas
– Receitas (preço, volume de vendas)
– Custos Operacionais
– Investimentos de Capital
– Custo de Capital (Juros)
– Performance de instalações industriais, equipamentos
– Inflação, desvalorização cambial

Slide 9
Conceito de Risco
• Incerteza futura - o que nos reserva o futuro em resposta
a uma decisão tomada no presente?
• Risco implica a existência de mais de um resultado
possível para uma determinada ação ou atitude
• Risco objetivo ou subjetivo
• Risco depende de preferência pessoal (ou corporativa)
Risco é “a possibilidade de danos físicos, ou materiais, a perda, a
probabilidade de perda, o valor da perda possível”.
Incerteza é “a qualidade ou estado de ser incerto, falta de certeza, dúvida”.
Webster´s Unabridged New Universal Dictionary
Risco: “1. Perigo ou possibilidade de perigo. 2. Possibilidade de perda ou
de responsabilidade pelo dano”.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda. Novo Dicionário da Língua
Portuguesa. São Paulo:,Nova Fronteira, 1975.

Slide 10
Carteira de Investimento e Risco

• Origens e Descrição de Risco


• Probabilidades de Eventos

• Distribuições de Probabilidades
• Variância

• Desvio Padrão

• Correlação dos Títulos Individuais


– Indicador da Influência de um título sobre o outro

Slide 11
CAPM - Dois ativos A e B

• Valor Esperado de uma carteira com dois ativos A


eB

j=2
E (kp) =  wj kj = w.kA + (1-w).kB (39)
j =1

onde
wj = fração da carteira de investimentos investida no ativo j;
kj = retorno esperado do ativo j;
w = Fração do valor total da carteira de ações investida em A;
1 – w = Fração do valor total da carteira de ações investida em B;
E(kp) = retorno esperado de uma carteira de investimentos de n
títulos (no caso, n=2).
Slide 12
CAPM - Dois Ativos A e B

• Supondo-se que o ativo A possua retorno de 10%


a.a. e o B possua retorno de 15% a.a., caso se
invista metade da carteira em A e metade em B, o
retorno esperado do portfolio será:

E(kP) = wA.kA + (1-wA).kB =


= (0,5).10% + (0,5).15% = 5%+7,5%
= 12,5% a.a.

Slide 13
Risco de uma carteira como função da Correlação

• O papel da correlação é essencial no cálculo do risco


–  = 1, não há capacidade de redução pela diversificação
–  = -1, benefício da diversificação é máximo
• Exemplo com duas ações: A = 3,9% B= 5,1%
– Portfolio (50% de A e B), Portfolio em função da correlação

Correlação versus desvio-padrão do portfolio

5%
Desvio-padrão do portfolio (% a.a.)

4%

3%

2%

1%

0%
-1,0 0,0 1,0
Coeficiente de Correlação

Slide 14
Um exemplo extremo
Com por tam ento do Ativo "C" no Tem po Com portam ento do Ativo "D" no Temp o

0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
t t

Comportamento do Portfólio "C+D" no


Tempo C,D = -1.0

P = 0

0
0 1 2 3 4 5
t

Slide 15
Exemplo detalhado:
Carteira com 2 ativos

• Duas ações, com as seguintes características


Ação Retorno Desvio- Padrão Composição da Correlação
(% a. a.) (% a.a.) carteira entre A e B
A 12 10 75% -67,5%
B 19 20 25%
• Podemos montar diversos portfolios, através das fórmulas (39) e (40) e
ilustrados pela figura:

Portfolios Possíveis
Portfolios notáveis
20,00
19,00 (70%A;30% B) Menor
18,00 (0% A;100% B) Risco
17,00
16,00 (0%A;100%B) Maior
Retorno (%aa)

15,00
(70% A;30% B)
retorno, Maior risco
14,00
13,00 Portfolios abaixo do de
menor risco são
12,00
(100% A;0% B)
11,00
10,00 dominados pelos que
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
possuem mesmo risco
Risco (%aa)
Slide 16 e maior retorno
Risco de uma carteira com dois ativos A e B

• A carteira constituída por apenas dois ativos, A e


B, possui o seguinte risco:
p2 = w2 A2 + (1-w)2 B2 + 2w (1-w) covAB
= w2 A2 + (1-w)2 B2 + 2w (1-w) AB A B (40)
onde
p2 = Variância do retorno esperado da carteira de investimentos.
A2 e B2 = Variância do retorno para A e B, respectivamente.
CovAB = Covariância entre os retornos de A e B.
AB = Coeficiente de correlação entre os retornos de A e B.

• Pode-se estimar wA que w= B (B - AB A) (41)


• minimiza o risco: A2 + B2 - 2AB A B

Slide 17
Risco para uma carteira com dois ativos A e B

Exemplo: considerando-se
A2 = 4, A = 2% (ao ano);B2 = 16, B = 4 (% ao ano)
e correlação negativa perfeita (AB = -1 = -100%)

w = B (B + A) = B (B + A) = B


A2 + B2 + 2A B (A + B)2 (A + B)
Substituindo obtemos:
w = 0,67 e (1-w) = 0,33
Calculando o risco: ou w = 67% e (1-w) = 33%
p2 = +(0,332.16) + (0,672.4) + 2.(0,67).(0,33).(-1).2.4
e, então, p2 = 1,796 + 1,742 - 3,538 = 3,538 – 3,538 = 0
Como o retorno de A é 10% e de B é 15% ao ano, temos
Kp = (0,67).10% + (0,33).15% = 11,7% a.a.

Slide 18
Prof Ralf M. Ehmke
Uns cálculos não tão simples ...

Prof Ralf M. Ehmke


O conceito se popularizou

Prof Ralf M. Ehmke


Exemplo detalhado:
Carteira com 2 ativos

• Duas ações, com as seguintes características


Ação Retorno Desvio- Padrão Composição da Correlação
(% a. a.) (% a.a.) carteira entre A e B
A 12 10 75% -67,5%
B 19 20 25%
• Podemos montar diversos portfolios, através das fórmulas (39) e (40) e
ilustrados pela figura:

Portfolios Possíveis
Portfolios notáveis
20,00
19,00 (70%A;30% B) Menor
18,00 (0% A;100% B) Risco
17,00
16,00 (0%A;100%B) Maior
Retorno (%aa)

15,00
(70% A;30% B)
retorno, Maior risco
14,00
13,00 Portfolios abaixo do de
menor risco são
12,00
(100% A;0% B)
11,00
10,00 dominados pelos que
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
possuem mesmo risco
Risco (%aa)
Slide 22 e maior retorno
Risco de uma carteira com n ativos

• A seguinte fórmula se aplica


n n-1 n
p 2 =  wi2 i2 + 2  .  wi wj ij i j (42)
i=1 i=1 j=i+1
onde wi e wj = frações da carteira de investimentos alocadas nos títulos i e j.
ij = coeficiente de correlação entre i e j.
n = número de títulos da carteira de investimentos.
i2 e j2 = variância do retorno em i e em j.

Slide 23
Comportamento com relação ao risco do investimento

Retorno exigido
(ou esperado) A Aversão ao
risco
Averso

Indiferença
Indiferente ao risco

I

Tendente Tendência
ao risco
T

0 x1 x2
Risco
Slide 24
Curvas de Indiferença
Portfólios Possíveis

20,00
19,00
Arrojado
18,00
Conservador (0% A;100% B)
17,00
16,00
Retorno (%aa)

15,00
14,00 (70% A;30% B)
13,00
12,00
(100% A;0% B)
11,00
10,00
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
Ris co (%aa)

Slide 25
Diversificação

• Baseada no trade-off entre risco e retorno


– Retorno estimado pela taxa de retorno ou rentabilidade
esperada
– Risco é medido pelo desvio-padrão dessa taxa de retorno
– Trade-off é aplicado no sentido de que, para reduzir o risco
de um portfolio, poderá ser necessário abrir mão de
retornos maiores (investindo menos em ações mais
arriscadas).
• Será que o risco diminui continuamente à medida
que o número de ativos aumenta, ou há limite para a
diminuição do risco pela diversificação?

Slide 26
Risco Diversificável e Não Diversificável

Risco da
carteira Risco diversificável
() ou risco não sistemático Risco
total

Risco não diversificável


ou risco sistemático

No de ativos

• Para um número de ativos muito grande, temos:

1 2  1 Onde  2 é a variância média e


P    1  cov cov a covariância média.
n  n

 P  cov
Slide 27
Otimização de Retornos
Carteira de Markowitz
• Maximização do Retorno para um nível de risco
Y (Retorno)

Portfolio ótimo

X ()
Risco = cte.

• Minimização do Risco para um determinado retorno

Y(Retorno) Portfolio ótimo

Retorno = cte.

X()
Risco

Slide 28
Portfolio ou Fronteira Eficiente
• Limite esquerdo superior do conjunto de oportunidades
de investimento
Fronteira
eficiente

Curvas de utilidade
para o investidor
D

Utilidade
crescente k C
Retorno
esperado
Conjunto de
oportunidades
B

Slide 29
Risco = Desvio-padrão do retorno esperado
Risco sobre Categorias de Investimentos

• Retorno de Ativos entre 1926 e 1991


Séries Retorno ( % a.a. ) Desvio-padrão
(média anual) (% a.a. )
Ações ordinárias 12,40 20,80
Ações de empresas peq. porte 17,50 35,30
Bônus corporativos LP 5,70 8,50
Bônus governamentais de LP 5,10 8,60
Bônus governamentais de 5,30 5,60
prazo intermediário
Letras do tesouro 3,60 3,40
Inflação 3,20 4,70

Ri sco e retorno de ativos

20
18
16
Ações ordinárias Ações de
14
empr. peq.
12 porte.
Retorno

10
8 BGPI BCLP
6
4
BGLP

2 LT Inflação

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Risco

Slide 30
Títulos livres de Risco em Carteira
• Para efeitos práticos, podem ser letras do tesouro americano, com
rentabilidade RF

Tomando emprestado à
taxa livre de risco
q
(linha mq)
Fronteira Eficiente:
p

m RFnmq, se é possível
Curvas de utilidade
tomar empréstimo à
taxa livre de risco a
Retorno
n partir de m
esperado
(% a.a.) RFnmp, se não é
possível tomar
RF empréstimo à taxa livre
Investindo à taxa livre de risco
(linha RF m) de risco a partir de m

Risco = Desvio-padrão do retorno esperado (% a.a.)

Slide 31
Título livre de risco em carteira

kp = w(RF) + (1-w) km (45)

• Em n, que maximiza a utilidade, o retorno esperado é

onde:
kP = retorno do portfolio;
w = fração da carteira investida em títulos à taxa livre de risco;
1 – w = fração da carteira investida em títulos com risco;
RF = taxa de retorno livre de risco;
km = retorno esperado de uma carteira de investimentos com risco
• O risco é dado por no ponto m.
p2 = (1-w)2 m2 e p = (1-w) m (45a)
onde:
m2 = variância da carteira de investimentos no ponto m;

Slide 32
Linha de Mercado de Capitais (CML)

• Se o conjunto de oportunidades tornar-se o portfolio do mercado


total, então a linha RFnmq será a linha do mercado de capitais
(CML)
• Da fórmula (45a), tem-se: w = 1 - p/m
p/m = 1-w
• Substituindo-se na fórmula 45, faz-se a seguinte dedução:

 P  P 
k P  1   R F   k m ou
 m   m 

kp = RF + [(km-RF)](p/m) , P
k P  RF  RF 
 P
  k m 

 e
 m   m 

kP = RF + (km-RF).(p/m) (46)
Slide 33
Linha de Mercado de Capitais (CML)

• Portanto, a taxa de retorno de um dado portfolio é


igual à taxa livre de risco mais um prêmio de risco
igual a (km-RF) dividido por m, vezes o desvio-padrão
do portfolio (p)
• Então, a Linha do Mercado de Capitais (CML) para
portfolios eficientes traz uma relação linear entre
retorno esperado e risco, e pode ser re-escrita como:

Slide 34
Linha de Mercado de Capitais (CML)

E(kp)=RF + *.p (47)


onde:
E(kp) = retorno esperado de um portfolio eficiente;
RF = taxa de juros livre de risco;
* = preço de mercado do risco.
* = [E(km)-RF] / (m)

onde:
p = desvio-padrão de retornos em um portfolio eficiente
E(km) =retorno esperado do portfolio do mercado;
m = desvio-padrão dos retornos do portfolio do mercado
Slide 35
Linha de Mercado de Capitais (CML)
• Todos os portfolios eficientes encontram-se sobre a CML. Temos:

E(km)=RF + * m (48)

E(kP)
CML

E(km)

 * = tg  km-RF

RF

0
m P

A reta possui intercepto em y=0 com valor RF, e uma inclinação igual
ao preço de mercado do risco (* )!
Slide 36
Linha de mercado de títulos
(Security Market Line (SML))

• Modelo para títulos individuais, e não para


portfólios
• Retornos esperados sobre uma linha (SML):

E(kj) = RF +  cov(kj,km) (49)


onde:
 = preço de risco para títulos = [E(km)-RF] / (m2);
cov(kj,km) = covariância dos retornos do título j com os retornos do mercado;
E(kj) = retorno esperado de um título individual j.

Slide 37
Security Market Line
E(k )
(SML) SML
j

RF

0
cov(k j,km )

SML difere da CML no seguinte:


Risco é covariância e não desvio padrão
Preço do risco: retorno em excesso do mercado
normalizado pelaSlidevariância
38 dos retornos de mercado
Linha de mercado de títulos
(Security Market Line (SML))

• Relação entre SML e CML pode ser mostrada como segue:

SML: E(kj) = RF + {[E(km)-RF]/(m2)}.cov(kj,km) (de 49)


cov(kj,km) = (kj,km)jm
Então, E(kj) = RF + {[E(km)-RF]/(m2)}(kj,km).jm
= RF + {[E(km)-RF]/(m)}(kj,km).j
Se j é um portfolio eficiente, (kj,km) = 1.
Então, a SML se reduz à CML:
E(kj) = RF + [E(km)-RF].(j /m)
E(kj)=RF + * j (= CML)

Slide 39
Os Coeficientes Beta

• O passo final no desenvolvimento da estrutura do modelo


CAPM é se expressar o risco em termos do coeficiente Beta.
• Rearranjando a equação (49), por meio da divisão da
covariância dos títulos individuais por m2 , obtém-se a equação
(50), a qual é outra versão da SML, com uma escala diferente:

j = cov( kj , km ) / (m2)
E(kj) = RF + [E(km)-RF] j (50)
onde:
prêmio de risco do título individual E(kj) é o retorno esperado em um ativo; e
é o prêmio de risco do mercado j é uma medida da volatilidade dos retornos
ponderado pelo risco relativo ou
do título individual em relação aos retornos do
volatilidade do título individual
mercado.

Slide 40
Os Coeficientes Beta

• Beta: Retorno exigido de dado investimento


– Retorno esperado do título ou investimento é uma taxa
de juros livre de riscos mais um prêmio de risco
– Teoria do Mercado de Capitais: prêmio pelo risco é
igual ao prêmio de risco de mercado ponderado pelo
índice de risco sistemático do título ou investimento real
individual

Slide 41
Os Coeficientes Beta - Exemplo

RF está na faixa [4%;6%] a.a. e j = 1,2. Retorno do mercado


RM está na faixa [9%;11%] a.a.
Faixa da variação do retorno a ser exigido do investimento j:

Limite inferior: E(kj) = 4% + (9% - 4%) 1,2 = 10%.

Limite superior: E(kj) = 6% + (11% - 6%) 1,2 = 12%.

Ou seja, E(kj) = [10%,12%] a.a.

 Portanto, têm-se medidas numéricas da quantidade de prêmio de risco


que é adicionado à taxa livre de risco para obter uma taxa de desconto
ajustada ao risco (no caso, 6% a.a.).

Slide 42
Taxas mínimas de atratividade ajustadas ao
risco
• Taxa de retorno mínimo pode ser estimada baseada em RF, E(kM) e
j0 :
E(kj0) > RF + [E(km) - RF]. j0, (51)

E(k j0) Security Mark et Line (SML)


Aceitar
A
Aceitar
B Custo de capital da
Rejeitar empresa
C
O custo de capital não deve ser utilizado como
indicador único
Rejeitar para análise de projetos
D
RF
0
j do projeto
0
j0
Slide 43
Exemplo Qualitativo
• Área Mineral
– Investimento em melhoria de uma mina existente,
produzindo uma substância familiar, usará uma taxa de
desconto menor que para avaliar um projeto novo, de
uma nova mina que produzirá um mineral que a
empresa nunca produziu.
• Empresa entrando em um novo setor da
economia tende a usar uma taxa superior a do
setor em que opera

Slide 44
Security Market Line (SML)

SML
E (k m )
Inclinação
kS da reta = E (k m )-RF

RF

S 1,0 = m Beta

E(km) RF =Prêmio de Risco do Mercado


RF = taxa de juros livre de Risco então, kS = RF + [E(km)  RF] S (52)
E (km) = taxa de retorno esperada do mercado
kS = taxa de retorno exigida do capital próprio (ações)
S = risco sistemático do capital próprio
Slide 45
Considerações sobre o Beta

• É muito raro encontrar-se  maior que 2,0 ou menor que 0,1.


• O S, isto é, o  médio do capital próprio da companhia, se situará em
torno de 1,0. O custo do capital próprio, kS, aumenta linearmente
como função do risco medido não diversificável, S.
• Para aceitação de projetos, o critério, em termos gráficos, é o de
aceitar todos os projetos que, no gráfico, aparecem acima da linha do
mercado, rejeitando todos aqueles que ficam abaixo da mesma.
• Quando projetos são acrescentados às operações da firma, os retornos
esperados sobre as ações ordinárias elevam o preço das ações até o nível da
SML

Slide 46
Considerações sobre o CAPM
 Uso da correlação entre o retorno dos títulos e do mercado (mais
simples que utilizar correlações entre todos os títulos, dois a dois)
 Hipóteses:
a) mercado de capitais perfeito, isto é, não há custos envolvidos nas
transações, nem impostos;
b) a informação está disponível livremente para todos os investidores
simultaneamente;
c) todos os investidores podem tomar dinheiro emprestado ou conceder
empréstimos, em qualquer quantidade, numa dada faixa, sem que haja
alteração na taxa de juros (do mercado) e não há risco de falência;
d) todos os investidores têm o mesmo horizonte de tempo para seus
investimentos;
e) os investidores são aversos ao risco e chegam a suas decisões visando
a “regra de média-variância”;
f) os investidores têm expectativas homogêneas em relação aos retornos,
riscos e correlações, i.e., todos têm a mesma fronteira eficiente.

Slide 47
Estimando a linha de títulos do mercado

30,00%

25,00%
Retorno Título A

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%
0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00%
Risco mercado

Slide 48
Linha de Mercado de Títulos

• Retorno de A pode ser expresso pela tendência


de crescimento do retorno de A (kA) em relação
à tendência de crescimento do mercado (km)
k A  kˆ A  e  e  k A  kˆ A
kA = RF + .(km – RF) + e

kˆ A  R F     k m  R F 
Onde e representa o erro aleatório, i.e., o desvio de kA (valor observado)
em relação a seu valor esperado, dado pela reta de regressão.

Slide 49
Mais sobre o Beta

• Sabemos que cov Am A


   Am
m2
m
• e como
cov Am   Am   A m 
• Temos que
  A m   A 
   Am   Am  
 m2  m 

O termo RF +  (km – RF) está O termo e está relacionado ao risco não


relacionado ao componente sistemático ou risco específico do título
sistemático do risco e origina- em questão.
se da incerteza de mercado, isto Este último erro usualmente pode ser
é, do risco do mercado. reduzido mediante diversificação.
Slide 50
Usos do Beta

• Fornece as taxas de desconto a serem utilizadas na


avaliação de títulos ou projetos

• Subdivide o mercado em títulos que possuem alto risco de


mercado (se movem com o mercado) e baixo risco de
mercado (se movem independentemente do mercado)

• É usado para medir o desempenho de carteira, bem como


para diversificá-la

Slide 51
Calculando o Beta na prática

• Dados hipotéticos
Ano Taxa de retorno da Taxa de retorno do x2m xi.xm
ação sobre a taxa portfolio sobre a
juros (xi) taxa de juros (xm)

1 5,2 7,4 54,76 38,48


2 7,3 8,2 67,24 59,86
3 10,1 12,3 151,29 124,23
4 15,4 16,9 285,61 260,26
5 19,8 19,1 364,81 378,18
6 24,9 22,5 506,25 560,25
7 29,7 25,1 630,01 745,47
8 35,2 26,4 696,96 929,28
9 40,1 29,8 888,04 1194,98
10 42,6 30,3 918,09 1290,78
Total 230,3 198 4563,06 5581,77
Média Anual 23,03 19,8 456,306 558,177

Slide 52
Regressão
• Temos o seguinte modelo de regressão:
xit = i + ixmt + et, (54)

onde:
xit é a taxa de retorno do título i-ésimo no ano t acima da
taxa de juros livre de risco;
xmt é a taxa de retorno da carteira de mercado no ano t
acima da taxa de juros livre de risco;
i é a intercessão da linha de regressão (taxa livre de risco),
com o eixo dos y;
i é o risco sistemático do título i;
et é o erro residual da reta de regressão (risco não sistemático
do título i), et  [0,] com média igual a zero.
Slide 53
Estimativa para Beta

ˆ
i 
cov xi , xm 

  x  x  x  x 
it i mt m

m x  x 
2 2
mt m

10

que poderá ser transformada em:  x it xmt   10 xi .xm


ˆi  t 1

  x   10 x
10
2 2
mt m
t 1

Utilizando os dados da tabela, temos:


i = (5.582,0 – 10  23  19,8)/(4.563,1 – 10  392) =
1.028/643,1 = 1,6
xi e xm foram definidos como retornos acima da taxa de juros livre de
risco. Se esta for constante, poderão ser dados de retorno, sem
prejuízo para o modelo Slide 54
Classificação de Títulos segundo os Betas
Risco de mercado e risco do portfolio

Taxa de Retorno da Ação(%) 45


40
35
30
25
20
15
10
5
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Taxa de Retorno do portfolio(%)

Beta=1,6 Beta=1

 Títulos Quando o  < 0, o título “se move” no sentido


>1 Agressivos
contrário ao do mercado.,
=1 Neutros
<1 Conservadores
Quando o  > 0, o título “se move” no mesmo
sentido que o mercado.
Slide 55
Arbitrage Pricing Model (APM)

• Abordagem multifatorial
• Várias medidas de risco sistemático
• Custo de Capital
ks = RF + [E(F1)- RF)1 + [E(F2)- RF)2 + ... + [E(Fk)- RF)k (56)
onde
E(Fk) é a taxa de retorno esperada de um portfolio que emula o fator
k-ésimo e é independente de todos os outros.
k é a sensibilidade do retorno da ação em relação ao k-ésimo fator.

• Cada beta mede a sensibilidade com relação a


um fator
Slide 56
Cinco fatores essenciais para o APM

• Índice de Produção Industrial


• Taxa de Juros real de curto prazo
• Inflação de curto prazo
• Inflação de longo prazo
• Risco de inadimplência(Moody´s, Standard &
Poor´s)

Slide 57
Visualização gráfica
Pontos A,B e M: Mesmo retorno,
Inflação a curto prazo
diferentes exposições ao risco

Betam2 M
Retornos
constantes
G
E(rM)

0 Betam1 B
F Índice de produção industrial
RF

Slide 58
APM - Exemplo

Risco em alguns setores

1.5

Petróleo
1 (grandes reservas)

Aparelhos Poupança
Prêmio pelo Risco

0.5 elétricos empréstimos

0
Bancos
-0.5
Produtos
-1 florestais Prêmio por risco
maior = Maior
-1.5 sensibilidade ao fator
Inflação de Curto Prazo Taxa real a curto prazo Inflação de Longo Prazo
Prêmio pelo risco Produção Mensal

Slide 59
Comparação APM-CAPM

Diferença Mudança
Número de CAPM (% ao APM
Setor (% ao ano) percentual no
Companhias ano) (% ao ano)
CAPM - APM valor

Corretores 10 17,1 17,4 -0,3 -1,7

Aparelhos Elétricos 39 12,7 11,8 0,9 7,6

Indústria Alimentícia 11 14,4 14,3 0,1 0,7

Produtos Florestais 7 16,8 15,0 1,8 12,0

Poupança e Empréstimos 18 15,8 19,6 -3,8 -17,7

Mineração 15 14,7 14,2 0,5 3,5

Bancos 12 15,9 16,9 -1,0 -5,9

Petróleo (grandes reservas) 12 14,4 19,1 -4,7 -24,6

Seguros 13 14,6 13,7 0,9 6,6

Superavaliação pelo CAPM


Slide 60

Você também pode gostar