Você está na página 1de 67

ALONGAMENTO

O que é o
alongamento e para
que serve?
CAUSAS DE ENCURTAMENTO MUSCULAR

 Imobilização prolongada
 Mobilidade restrita
 Doenças de tecido conectivo ou
neuromusculares
 Processos patológicos devido a
traumas
 Deformidades ósseas congênitas e
adquiridas
Tipos de alongamento

Alongamento passivo manual ou


mecânico
Auto alongamento
Inibição ativa
Alongamento seletivo
Hiperalongamento
Flexibilidade
DIFERENÇAS

FLEXIBILIDADE: É a capacidade que as


articulações detêm de terem uma amplitude de
movimento (ADM) dentro dos limites morfológicos,
sem o risco de provocar lesão. Ex: uma pessoa com
ótima flexibilidade nos joelhos pode ter uma
péssima nos ombros.

ALONGAMENTO: É o conjunto de técnicas


utilizadas para manter ou para aumentar a
amplitude de movimentos. Assim, o aumento do
alongamento de determinada articulação fará
aumentar o grau de flexibilidade.
 FRAQUEZA COM RETRAÇÃO :
O músculo retraído não é capaz de produzir um
pico de tensão.
 FRAQUEZA POR ALONGAMENTO :
O músculo hiperalongado não é capaz de manter
a estabilidade normal de uma articulação.
Definições

 CONTRATURA : encurtamento de estruturas contráteis e não contráteis. Ex:


contratura em flexão de cotovelo, em adução do quadril.
 RETRAÇÃO : contratura transitória leve.
 CONTRATURA IRREVERSÍVEL : perda permanente da extensibilidade ,
substituição por tecido fibrótico ou osso.
 ESPASTICIDADE : hipertonicidade devido a lesões no SNC.
 ADESÕES OU ADERÊNCIAS: diminuição da mobilidade devido ao desarranjo
das fibras de colágeno e o aumento das ligações cruzadas no músculo.
Propriedades musculares
• Irritabilidade

• Contratilidade

• Extensibilidade

• Elasticidade
IRRITABILIDADE

CONTRATILIDADE
ELASTICIDADE

EXTENSIBILIDADE
IRRITABILIDADE

- CAPACIDADE PARA RESPONDER Á ESTIMULAÇÃO


- ESTIMULAÇÃO É FEITA POR UM NEUROTRANSMISSOR
QUÍMICO (acetilcolina)
CONTRATILIDADE
- CAPACIDADE DO MÚSCULO ENCURTAR-SE QUANDO O TECIDO
MUSCULAR RECEBE ESTIMULAÇÃO SUFICIENTE
- ALGUNS MÚSCULOS PODEM ENCURTAR-SE ATÉ 50 A 70% DE
SEU COMPRIMENTO DE REPOUSO.
EXTENSIBILIDADE
- CAPACIDADE DO MÚSCULO
ALONGAR-SE ALÉM DO
COMPRIMENTO DE REPOUSO

ELASTICIDADE
- CAPACIDADE DA FIBRA MUSCULAR
RETORNAR AO SEU COMPRIMENTO
DE REPOUSO DEPOIS QUE A
FORÇA DE ALONGAMENTO DO
MÚSCULO É REMOVIDA.
PLASTICIDADE: novo comprimento
muscular, após ter sido eliminada a força
do alongamento.
Curva sobrecarga - distensão

C
A AMPLITUDE
R PLÁSTICA
G
A
AMPLITUDE
ELÁSTICA FALHA
REGIÃO
DA LIMITE ELÁSTICO
PONTA

DISTENSÃO - DEFORMAÇÃO
INTERPRETAÇÃO DA CURVA

REGIÃO DA PONTA: as fibras colágenas


onduladas serão retificadas (alongada)com a
sobrecarga.
AMPLITUDE ELÁSTICA: retorno do tecido ao
seu tamanho original quando a carga é
liberada.
LIMITE ELÁSTICO: ponto onde o tecido não
retorna ao seu formato e tamanho original.
AMPLITUDE PLÁSTICA: o tecido sofrerá uma
deformação permanente.
FALHA: ruptura da integridade do tecido
A deformação depende da
quantidade e da freqüência da
força que é aplicada.
Quanto menor a carga e maior a
duração do alongamento , maior
será a deformação plástica.
Temperaturas maiores aumentam
a deformação pelo aumento da
distensibilidade dos tecidos.
Composição do tecido conectivo

 Fibras de colágeno : força e rigidez do tecido, ligamento e tendões.


 Fibras de elastina : extensibilidade e maior flexibilidade.
 Os tendões por terem a disposição paralela das fibras colágenas suportam
mais cargas de tensão que tecidos cuja disposição é aleatória , como pele.
PROPRIEDADES MECÂNICAS DO TECIDO
CONTRÁTIL
 Fibras musculares → miofibrilas → sarcômeros
RESPOSTA MECÂNICA DO TECIDO
CONTRÁTIL
 IMOBILIZAÇÃO NA POSIÇÃO ALONGADA: aumento de 20% no número de
sarcômeros , que proporciona uma aumento do comprimento muscular e
pela síntese protéica.

 IMOBILIZAÇÃO NA POSIÇÃO ENCURTADA: ↓de 40% do número de


sarcômeros .O grau de atrofia é maior e ocorre perda da ADM.
PROPRIEDADES NEUROMUSCULARES
DO TECIDO CONTÁTIL
 FUSO MUSCULAR:
 Detecta as alterações do comprimento do músculo.
Fibras aferentes primárias Ia e secundárias II. (sensoriais)
Transmitem informações para a medula
Sinapse com motoneurônios gama e alfa. (motoras)
Reflexo de estiramento ou monosináptico: Num
estiramento , o fuso muscular envia estímulos à medula
pela fibra nervosa IA, excitando motoneurônios alfa que
provoca a contração da musculatura agonista e
relaxamento da antagonista. Ex: Segurar um livro na
mão. Como exemplo temos o lançamento de um livro sobre as mãos de
alguém com os cotovelos fletidos à 90º. Ocorrerá um estiramento (estímulo)
da musculatura flexora e imediata contração para sustentar o livro, assim
como o relaxamento dos extensores do cotovelo.
REFLEXO DE
ESTIRAMENTO
INERVAÇÃO RECÍPROCA

A excitação de um músculo
está associada a inibição de
outro músculo. Assim num
reflexo de estiramento a
excitação do músculo
agonista , simultaneamente
relaxará o seu antagonista.
Inervação recíproca
 OTG:
• Detecta a tensão aplicada ao tendão durante a contração ou estiramento.
• Quando se desenvolve tensão excessiva , os OTG disparam e excitam os
interneurônios inibitórios que inibem a atividade dos motoneurônios alfa e
diminui a tensão do músculo.
• Reflexo é todo inibitório oposto ao do fuso muscular ; com função de evitar o
esgarçamento do músculo ou avulsão do tendão.
Reflexo
miotático
inverso -
OTG
MÉTODOS TERAPÊUTICOS
PARA ALONGAR
Identificar as limitações funcionais que ↓ a
ADM.
Avaliar a mobilidade articular e a força
muscular.
Adotar qual o melhor tipo de alongamento.
Aplicar técnicas de relaxamento e calor antes
do alongamento.
Posicionar confortavelmente o paciente.
Terapeuta aplica uma força externa e
controla a direção, intensidade e velocidade
do alongamento.
Controlar a respiração
Sustentar por 15 à 30 segundos.
Evitar alongamento balístico.
Baixa intensidade e maior tempo é mais
confortável.
Com o alongamento mecânico , a força é
aplicada através de tração, pesos, polias,
prancha ortostática, splints ou engessamento
em série.
Libere gradualmente a força de alongamento.
Seus efeitos duram por aproximadamente 2
dias.
Crioterapia após o alongamento.
Técnicas de inibição ativa

Técnicas onde o paciente relaxa reflexivamente o


músculo antes de ser alongado.
Os sarcômeros irão ceder mais facilmente.
É mais confortável que o alongamento passivo
Contra - indicado em miopatias, espasticidade ou
paralisias devido à disfunção neuromuscular.
Utiliza-se 2 princípios neurofisiológicos básicos:
1- Inibição autogênica: depois que um músculo
contrai, ele fica automaticamente relaxado por
um curto período.(OTG)
2- Inibição recíproca: quando um músculo
contrai, seu antagonista relaxa. (FUSO)
Sustentar - relaxar

 Paciente faz uma contração isométrica no


músculo retraído antes que ele seja alongado.
 Promoverá uma inibição autogênica (OTG).
 Em seguida será alongado passivamente.
1º : Peça ao paciente p/ contrair isometricamente
contra-resistência do terapeuta o músculo
retraído por 5 a 10 seg.
2º : Peça para relaxar voluntariamente.
3º: Terapeuta alonga o músculo movendo
passivamente.
Sustentar - relaxar com contração do
agonista
 Contração isométrica do músculo retraído e relaxamento deste , seguido
por uma contração concêntrica do músculo oposto ao retraído .
 A medida que o músculo agonista ao músculo retraído se encurta , o
músculo retraído se alonga.
 Combinação entre a inibição autogênica e inibição recíproca para alongar o
retraído.
1º Siga os mesmos procedimentos da sustentar –relaxar.
2º Após relaxar o músculo retraído , peça para realizá-lo uma contração
concêntrica ativa do músculo agonista.
Contração do agonista
 “Agonista” é o músculo oposto ao retraído e
“Antagonista” o músculo retraído.
 Ocorre uma contração contra - resistência do músculo
agonista .
 Promove uma inibição recíproca do antagonista.
 Útil para pacientes que não pode contrair
isometricamente um músculo retraído doloroso.
1º : Peça para realizar uma contração concêntrica
contra - resistência do agonista.
2 º :Resistência leve que permita o movimento articular.
3º : O músculo retraído ira relaxar como resultado da
inibição recíproca
INDICAÇÕES DO ALONGAMENTO

 Contraturas, adesões, formação de tecido


cicatricial, levando ao encurtamento de
músculos , tecido conectivo e pele.
 Limitações que podem levar a
deformidades estruturais
 Músculos retraídos devem ser alongados
antes que os músculos fracos sejam
fortalecidos.
CONTRA-INDICAÇÕES

 Bloqueio ósseo
 Fratura recente
 Processo inflamatório ou infeccioso agudo
 Calor, rubor e edema
 Quando as contraturas estiveram promovendo a
manutenção da estabilidade articular
 Quando as contraturas estiverem promovendo
habilidades funcionais. Ex: paralisia
EXEMPLOS DE TEM

•Gastrocnêmio: paciente em DD, com o joelho


estendido. Coloca-se a subtalar em neutro / terapeuta
dorsiflexiona o pé até a barreira de resistência /
paciente realiza flexão plantar ativa isométrica contra-
resistência do fisioterapeuta por 10 seg / paciente
realiza dorsiflexão ativa.
•Solear:idem a anterior, só que com o paciente em DV,
com o joelho fletido.
•Isquiotibiais:paciente em DD, com o joelho oposto
flexionado a 90o. Terapeuta flexiona o quadril até a
barreira de resistência / paciente realiza extensão de
quadril e flexão plantar ativa isométrica contra-
resistência por 10 seg / paciente flexiona o quadril e
dorsiflexiona o pé ativamente.
 Piriforme: paciente em DD, com a perna flexionada e
aduzida sobre a perna não-testada. Fisiot. estabiliza a
pelve e aplica uma compressão longitudinal no fêmur até a
barreira de resistência / paciente faz abdução e rot. ext.
do quadril isométrica, contra-resistência por 10 seg / pact.
aduz e roda int. o quadril ativamente.
• Psoas: paciente em DD, com os MMII para fora da maca e
segurando o joelho da perna não-testada. Terapeuta
estende o quadril até a barreira de resistência, enquanto
estabiliza a perna oposta em flexão máxima de quadril e
joelho / paciente faz uma flexão de quadril isométrica,
contra-resistência do terapeuta por 10 seg / paciente
estende o quadril.
• Reto Femoral: mesma posição anterior. Fisiot. estende o
quadril e flexiona o joelho até a barreira de resist. /
paciente flexiona o quadril e estende o joelho isométrica,
contra-resistência do terapeuta por 10 seg / paciente
estende o quadril e flete o joelho para baixo
•Escalenos: paciente em DD, com a cabeça
inclinada lateralmente para o lado oposto.
Terapeuta estabiliza a cabeça com uma das mãos e
deprime o ombro com a outra até a barreira de
resistência / paciente inclina lateralmente a
cervical (de encontro à mão do fisiot.) por 10 seg /
terapeuta auxilia o movimento do pacte para o lado
inclinado.

•Subescapular: paciente em DD, com o ombro


abduzido e o cotovelo fletido a 90o. Terapeuta leva
o braço em rot. externa até a barreira de resistência
/ paciente roda internamente o braço contra-
resistência por 10 seg / terapeuta auxilia o paciente
 Infra-espinhal e Redondo Menor: paciente em
DD, com o ombro abduzido e o cotovelo fletido a
90o. Terapeuta faz rotação interna do ombro até a
barreira de resistência enquanto estabiliza o
deltóide anterior para evitar protração
excessiva / paciente roda externamente o braço
contra-resistência por 10 seg / terapeuta auxilia o
paciente a mover-se em rotação interna.
 Quadríceps: pacte em DL com a perna acima em
extensão do quad. e flex do joelho / terapeuta
mão no joelho e outra no quadril/pacte faz flexão
de quadril e extensão de joelho contra-resistência
por 10 seg/terapeuta alonga em seguida.
Técnicas de alongamento passivo
Exemplos de Auto- alongamento

Você também pode gostar