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PROGRAMA INTERDICIPLINAR

DE SAÚDE NA COMUNIDADE
Projeto Integrado de Atenção Básica – PIAB
UBS JARDIM GUARANI (Brasilândia)

Coordenador: Rodrigo Varotti


Supervisora de Estágio: Maria das Graças Pizzocolo
Preceptora: Juliana Pereira Neves

Alunos:
Mariane Carvalho da Rocha 030011
Matheus Nogueira Campos 028993
Milena Renata Bernardi 028444
Monique de Paula Santos 026476
Silvia Auxiliadora Rotoli Boschin 026792

8ª etapa
Introdução

As UBSs são a porta de entrada do SUS. Os postos costumam estar dentro dos
bairros e abrangem uma determinada região, estão próximos de onde as
pessoas trabalham, estudam e vivem. Têm o mais alto grau de
descentralização e capilaridade no território nacional.
Visto isso existem diversos desafios enfrentados pela Unidade básica de
Saúde, para que o nível básico de atenção à saúde seja capaz de oferecer
uma atenção integral é fundamental a interação ativa entre provedor e
usuário, sob forma de acolhimento, atitude do profissional e da equipe de
receber, escutar e tratar de forma humanizada os usuários. Mas em alguns
casos não ocorre integração entre a equipe de saúde, e o médico fica restrito
apenas a agenda e consulta de acordo com o molde (médico-centrado).
• Identificar propostas e os
problemas levantados e/ou
projetos não executados junto às
UBS e viabilizar a implantação
por meio de sugestões/ações
específicas
• Existe consenso sobre a importância da Atenção Primária à Saúde (APS)
na melhora dos indicadores de saúde de uma dada população. Ela
funciona como porta de entrada do sistema de saúde ofertando
serviços próximos ao local de moradia, favorecendo o acesso, o vínculo
e a atenção continuada centrada na pessoa e não na doença. Estudos
apontam que a APS tem capacidade para resolver 80% dos problemas
de saúde de uma dada população e deve conciliar ações de assistência
com prevenção e promoção da saúde além de coordenar a atenção
prestada nos outros níveis do sistema, agindo como a base para o
trabalho dos níveis secundário e terciário.

• A expansão da atenção primária no país vem se dando,


prioritariamente, por meio da implantação de equipes da Estratégia
Saúde da Família (ESF), que atuam com ações de promoção,
prevenção, recuperação, reabilitação e na manutenção da saúde da
comunidade, sendo cada equipe responsável pelo acompanhamento de
um número definido de famílias em um território adscrito.
• Apesar dos inúmeros avanços obtidos nesse processo de ampliação da APS;
constata-se que existem dificuldades em superar a intensa fragmentação
das ações e serviços de saúde e qualificar a gestão do cuidado. Na prática,
priorizam-se ações curativas e condições agudas, centradas na atuação do
médico a partir da demanda e não nas reais necessidades dos usuários.
Aliado a isso existem lacunas assistenciais, financiamento público
insuficiente, distribuição inadequada dos serviços, com importante grau de
trabalho precário e carência de profissionais para concretizar as propostas
da ESF.

• Vários estudos apontam o acolhimento na APS como mais um procedimento


técnico burocratizado, geralmente realizado por técnicos de enfermagem,
servindo como um filtro para definir o acesso aos serviços. Essa concepção
não condiz com a diretriz do acolhimento, que deveria proporcionar uma
ação de aproximação às reais necessidades dos usuários, tecendo uma rede
de Avaliação da qualidade do acesso na atenção primária em toda a
atividade assistencial, servindo como uma ferramenta para organização dos
serviços, principalmente para o atendimento da demanda espontânea
• Em um estudo identificou-se que, de um modo geral, a atividade
de acolhimento fica a cargo das enfermeiras e das auxiliares de
enfermagem, com a retaguarda do profissional médico. Em
algumas unidades, é o agente comunitário de saúde quem se
responsabiliza pelo acolhimento, aspecto este que deve ser
avaliado pela equipe de saúde, uma vez que este fato pode
fragmentar a assistência ao usuário.

• O processo de trabalho centrado nos moldes tradicionais


(médico-centrado) é comentado em muitos trabalhos e alguns
autores afirmam que é muito difícil romper com a lógica do
trabalho médico que se dá em torno da agenda e consulta.
Assim, enquanto os outros profissionais interagem em equipe,
de forma dinâmica, acompanhando o resultado do seu trabalho,
os médicos podem permanecer fechados num círculo vicioso
visualizando, parcialmente, a realidade.
• Tais constatações levam à reflexão de que o acolhimento precisa
ser considerado um instrumento de trabalho que incorpore as
relações humanas apropriadas por todos os trabalhadores de saúde,
em todos os setores, em cada seqüência de atos e modos que
compõem o processo de trabalho. Existe um espaço aberto de
possibilidades na construção do sistema de saúde, sendo essencial
que os atores sociais sintam-se no direito de desejar a mudança e
que visualizem a concretude da proposta. O usuário deve ser
sujeito da situação, na qual a responsabilização e co-
responsabilização devem estar presentes para que se tenha
resolutividade.

• Todos os serviços de saúde devem ser constantemente reavaliados,


flexibilizados e produzidos, a partir da avaliação de cada situação
específica para assim, possibilitar qualidade e satisfação à usuários
e trabalhadores.
• Apesar das dificuldades, vários fatores positivos em relação ao
acolhimento apontam para a melhoria da qualidade de se fazer
saúde. Acredita-se que a saúde é um território de práticas em
permanente construção, onde é possível experimentar uma
infinidade de fazeres. Conflitos, muitas vezes são necessários
para que a reflexão e redefinição de prioridades aconteçam.

• O desafio que se coloca a todos trabalhadores é o de repensar


valores, questionar a ética, superar as dificuldades, inventar e
reinventar maneiras novas e cada vez melhores, mais criativas e
capazes de beneficiar a saúde e construir cidadania,
contribuindo para um país mais justo, solidário e digno de se
viver.

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