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Nova Constituição de 1988

.
Constituição de 1998
Lei fundamental e suprema do país, a Constituição da República Federativa do
Brasil, foi promulgada em 5 de outubro de 1988. Isto é, a Assembleia
Constituinte, formado por deputados e senadores eleitos, escreveu e aprovou
uma nova Constituição, que também pode ser chamada de Carta
constitucional e foi o auge de todo o processo de redemocratização brasileiro.
Ela é a sétima versão na história da República.

A promulgação da Constituição de 1988 marcou o início da consolidação da


democracia, após os anos da ditadura militar. Os brasileiros entraram nos anos
90 sob comando do primeiro presidente eleito diretamente pelo povo desde
1961.

Em 1986, o novo governo já foi marcado pela necessidade de um texto


constitucional mais democrático e, em fevereiro de 1987, o deputado Ulysses
Guimarães abriu as sessões da Assembleia Nacional Constituinte, composta
por 559 congressistas.
Consulta popular e revisão da Constituição

Em 21 de abril de 1993, um plebiscito foi realizado para consultar a


população sobre o sistema de governo. Apesar da ausência de cerca de
30% do eleitorado, a maioria dos brasileiros decidiu manter a República
presidencialista, já anteriormente definida pela Constituição.

Mas a revisão constitucional de 1988 não foi o único período de


transformações na Constituição. Entre 1995 e 2003, o texto da Carta
sofreu mais de 30 emendas. As alterações, grande parte propostas pelo
Executivo, incluíram mudanças estruturais na economia, como a
mineração e a telefonia, permitindo as privatizações da Telebrás e da Cia.
Vale do Rio Doce, por exemplo.
Avanços importantes da Constituição de 1988

Voto facultativo para


SUS como sistema único Maior autonomia para
cidadãos entre 16 e 17
de saúde no país. os municípios.
anos.

Garantia de
Garantia de aposentadoria para
Lei de proteção ao meio
demarcação de terras trabalhadores rurais
ambiente.
indígenas. sem precisarem ter
contribuído com o INSS.

Fim da censura a
Redução do mandato
emissoras de rádio e TV,
presidencial de cinco
filmes, peças de teatro,
para quatro anos.
jornais e revistas, etc.
Golpe de 64
No início da década de 60, o Brasil passava por uma grande agitação política. Após a
renúncia de Jânio Quadros, assumiu seu vice, João Goulart (Jango), que defendia medidas
consideradas de esquerda para a política do país e planejava reformas eleitorais,
bancárias, educacionais e agrária, visando a redução da desigualdade que o país vivia.

As elites temiam que essas alterações afetassem seu poder econômico, temendo
também que o comunismo fosse implantado no país, adotaram algumas medidas para
enfraquecer o presidente.

O país vivia uma enorme crise econômica, e Jango propôs reformas constitucionais,
canais de comunicação para os estudantes e o voto para os analfabetos, fazendo com que
a elite acelerassem as medidas para enfraquecer o governo. Porém a gota d'água para o
golpe militar ocorreu em 1964 quando o atual presidente fez um discurso apoiando ao
movimento da baixa oficialidade das forças armadas; a reforma agrária e a nacionalização
das refinarias estrangeiras de petróleo. 

Então, em 31 de Março os militares iniciaram a tomada de poder e a deposição de


Jango, que foi para Porto alegre e depois se exilou no Uruguai.
Regime Militar
AI1 - dando início às mudanças do legislativo.
O ato inconstitucional 1 determinava que o governo militar poderia cassar
mandatos legislativos, suspender dos direitos políticos por 10 anos ou afastar do
serviço público qualquer um que era visto como ameaça, entre outras
determinações que causaram desordem no cenário político nacional, fazendo com
que grandes figuras de esquerda ou defensores da democracia como Jânio
Quadros, João Goulart, Luís Carlos Prestes, Leonel Brizola e Darcy Ribeiro
perdessem seus postos. Gradualmente, o desmantelamento dos líderes e
tendências políticas ampliava o espectro da ação militar e legitimava a força de um
regime autoritário em terras brasileiras, elegendo assim, o atual presidente o
general Humberto de Alencar Castelo Branco.
Diante do avanço de grupos de esquerda nos governos estaduais, o governo militar
procurou agir de forma a limitar a liberdade política nas unidades da federação. Um
bom exemplo disso, em 1965, foi a edição do AI-2, logo após a realização das
eleições para governadores estaduais, em que saíram vitoriosos Negrão de Lima, no
Rio de Janeiro e Israel Pinheiro, em Minas Gerais, considerados de “esquerda” pela
ditadura militar.
. Pelo AI-2, o Executivo passava a exercer controle sobre o Congresso Nacional e
a ter poder de alterar o funcionamento do Judiciário. Além disso, houve a
extinção dos partidos políticos, estabelecendo-se o bipartidarismo no país. Por
Ato Complementar foram instituídos a Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o
Movimento Democrático Brasileiro (MDB). A Arena era o partido da situação,
que dava sustentação ao governo. O MDB reunia a oposição. O AI-2 também
promoveu novas cassações políticas.

No caso da limitação de liberdade política dos governos estaduais,


o AI-3, decretado em 5 de fevereiro de 1966, determinou que as eleições para
governador seriam indiretas. Percebe-se, então, o cerceamento das atividades
políticas com a ameaça de cassação e com o controle sobre os deputados
estaduais. Para restringir ainda mais o espaço de oposição, o Ato Institucional
estabeleceu que os prefeitos das capitais e das cidades consideradas “áreas de
segurança nacional” seriam nomeados pelos governadores.

Pelo exposto, conclui-se que apenas as eleições para deputados e senadores


mantiveram-se na forma antiga, pelo voto direto dos eleitores.
.

Foram tantas as alterações que não se poderia dizer ali que a Constituição de
1946 ainda existia. Ela já havia sido completamente desfigurada. Lembre-se de
que aquela Magna Carta havia ampliado a força do Legislativo, quando o país mal
saíra da ditadura do Estado Novo. Agora, diante dos vários atos institucionais, o
que se percebia era o reforço do Executivo em detrimento do Legislativo.

Diante da flagrante situação, a ditadura militar ainda instituiu o AI-4.

Publicado em 7 de dezembro de 1966, transformava o Congresso, após as várias


cassações, em Assembleia Constituinte, a fim de promulgar uma Constituição que
consagrasse as alterações centralizadoras produzidas pelos atos institucionais.

AI5 - Anos de chumbo é como designamos o período de maior repressão na


Ditadura Militar Brasileira, tendo início em 1968. Emilio Garrastazu Médici era
membro da chamada “linha dura” das Forças  Armadas, favorável a um aumento
dos métodos repressivos e antidemocráticos.
AI5 – O mais duro Golpe do Regime Militar
Médici foi eleito para substituir Costa e Silva, que acabou falecendo. Quem o elegeu
foi a Junta Militar, que governava o País. Governou o Brasil no período denominado
“Milagre Econômico”, onde os produtos comercializados brasileiros valorizaram-se
fazendo com que o Produto Interno Bruto (PIB) do País crescesse. Para termos uma
noção da grandeza deste feito, um crescimento deste porte só foi conseguido pela
China atualmente. Com todo esse crescimento, grande parte do seu mandato foi
caracterizada pela estabilidade econômica que ajudou o governo a “alienar” a
população. Esta era feita da seguinte forma: o regime a todo o momento tentava
mostrar um país próspero forte e progressista.

Por outro lado o governo era o mais duro e repressivo de todo o ciclo do Regime
Militar, onde a repressão à oposição armada cresceu como nunca, a censura a todos
meios de comunicação foi posta em prática, atingindo jornais, revistas, livros, peças de
teatro, filmes, músicas e outras formas de expressões artísticas. Muitos órgãos de
imprensa não conseguiram funcionar regularmente. Muitas obras, especialmente
filmes, peças de teatro e livros, levariam décadas para serem publicados sem cortes. E
toda essa repressão acarretaria claro, na investigação, prisão, a tortura e o exílio de
muitos professores, políticos, músicos e artistas que iam contra o regime.
A PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA NACIONAL (anos 60)

O cinema nacional do início da década de 1960 é representado por uma


ruptura de padrões estéticos e ideológicos, dando início ao movimento
denominado Cinema Novo. O grande objetivo dos filmes, neste começo,
era mostrar a luta diária do homem simples no Brasil, chocando assim a
elite (público que costumava assistir filmes com características mais
autorais). Tudo isto com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça.

O Cinema Novo foi divido em três fases: a primeira (1960–1964) era bem
focada no cotidiano popular e na mitologia nordestina, sendo
representada, especialmente, pelos filmes Vidas Secas, Deus e o Diabo na
Terra do Sol e Os Fuzis; a segunda (1964-1968) abordava principalmente a
política e a questão da ditadura militar, tendo Terra em Transe como um
dos títulos principais; já a terceira fase (1968–1972), influenciada pelo
Tropicalismo exaltava o exótico nacional e o filme que marca bem este
período é Macunaíma.
Udigrudi
Conhecida como a estética do lixo, ou ainda udigrudi (referência cômica ao
termo underground norte-americano) a nova fase do cinema brasileiro
contava com elementos de histórias em quadrinhos, histórias policiais,
personagens cômicos e temas polêmicos como feminismo, sexo, drogas e
violência deram uma nova cara ao cinema nacional. Indo contra os “bons
costumes” da classe média e contra os prestigiados “cinemanovistas” o
Cinema Marginal surge como um movimento corajoso que,
diferentemente do Cinema Novo, tenta reagir aos domínios repressivos da
ditadura militar.
       O improviso torna-se um recurso muito utilizado em filmes marginais.
Não se admitia mais a rigorosa preparação típica do Cinema Novo, nem
que o roteiro representasse o filme pronto em papel e muito menos que
este servisse como norma absoluta para a filmagem, montagem e
sonorização. O processo cinematográfico era um processo de contínua
criação, desde a elaboração da ideia até sua finalização.
Muito se especula sobre a disputa entre diretores do Cinema Novo e do
Cinema Marginal, mas é fato que há semelhanças entre os dois
movimentos, como a visão política e social (mesmo que camuflada), a
preocupação em chocar o espectador de alguma forma e a representação
do povo brasileiro da época.

      Notamos parentescos também em relação à forma e ao estilo, apesar de


se diferenciarem em certos pontos, os dois movimentos apresentam uma
identidade estética típica daquele período, formando em conjunto uma
produção homogênea que traduzia o verdadeiro espírito de contracultura,
vigente na época.

Podemos associar também Carandiru, de 2003 ao sentimento do


movimento marginal registrando a violência como objeto de nossa
realidade. Ônibus 174, de 2002, inspirado em uma história real pode ser
analisado em paralelo com O Bandido da Luz Vermelha, também baseado
em fatos ocorridos na época de seu lançamento.
Cenário do Teatro Brasileiro na Ditadura Militar
Com grande participação na resistência cultural durante o período da
ditadura, o Teatro despertava o Senso Crítico e questionamentos através de
suas encenações que empeças embora em suas apresentações partisse de
peças estrangeiras de autores como Sartre e Brecht.

Baseadas em diretrizes das “escolas sem partidos”, artistas deste período


lutavam pela Liberdade de Expressão, uma vez que diante dos
questionamentos políticos apresentados, seus militantes sofriam a dura
repressão de todas ideias contraditórias as determinações impostas pelos
lideres desta época.

Mesmo com este legado que nos fora por estas diretrizes, ainda há uma
resistência oposta não somente pelos educando em suas “opiniões” que ainda
em formação, devido aos avanços tecnológicos e a propagações de informações
improcedentes, descaracterizam e formentam ainda mais ideais negativos
popularmente maquiados de Respeito e bem comum as massas.
Teatro no mais duro Golpe da Ditadura
Militar
Na década de 60 muitas peças sofriam fortes ameaças em detrimento ao AI5 (Ato
Institucional número 5), que suspendiam quaisquer garantia constitucional,
restringindo também direito a Liberdade de Expressão.

Um dos exemplos de peças que encenavam a realidade brasileira é a do Grupo


Arena de Augusto Boal em SP, além do Grupo de Teatro Oficina (nasceu no Centro
Acadêmico 11 de Agosto do Largo de São Francisco em 1958) que além das
inovações técnicas e de linguagem tinha como referência atores como Zé Celso,
com o intuito de romper com a lógica oposta de tal regime.
Outro grupo movido pela resistência, criado pelo Centro Popular de Cultura da
Une o Opinião, em dezembro de 1964 com direção de Augusto Boal e artista como
Nara Leão, contracenam peça que com nome dado ao grupo intitulam suas
manifestações utilizou a músicas como disfarces driblando a censura, tornando
assim um grupo emblemático na história brasileira.

Exemplos de outros espetáculos:


• Liberdade Liberdade de MIllor Fernandes e Flávio Rangel;
• Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come de Vianinha e Gullar.
A peça Roda Vida de Chico Buarque e sofreu dura repressão
que com o atuação do Comando de Caça aos Comunistas
invadiram o teatro onde a peça era encenada, espaçando os
atores e destruindo o cenário, além de obrigar atores Rodrigo
Santiago e Marilia Pera a passar nus na rua pública.

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