Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1988
Trabalho feito por: Júlio César da Silva Farias (201804168033), Bruno Cordeiro dos
Santos (201803509988), Bianca de Jesus Martins Sampaio (201808176341), Vinicius
Rodrigues Ramos (201808132149), Gabriela de Oliveira Ferreira (201803511672),
Patrícia Marianne Feitosa de Almeida (201804051462), Mariana Soledade Martins
(201804099211), Hannah Brito Aranda (201802467602), Tamara Souto Bastos da Silva
(201804076831), Hugo Vinicius da Silva de Sousa (201804089427), Lucas Ferreira
Ramos (201802447644), Victor Medeiros (201504284844), Yann Marcos Castro de
Oliveira (201808356349).
Constituição de 1988
Golpe de 64
No início da década de 60, o Brasil passava por uma grande agitação política. Após a
renúncia de Jânio Quadros, assumiu seu vice, João Goulart ( Jango ), que defendia
medidas consideradas de esquerda para a política do país e planejava reformas
eleitorais, bancárias, educacionais e agrária, visando a redução da desigualdade que o
país vivia. As elites temiam que essas alterações afetassem seu poder econômico,
temendo também que o comunismo fosse implantado no país, adotaram algumas
medidas para enfraquecer o presidente. O país vivia uma enorme crise econômica, e
Jango propôs reformas constitucionais, canais de comunicação para os estudantes e o
voto para os analfabetos, fazendo com que a elite acelerassem as medidas para
enfraquecer o governo. Porém a gota d'água para o golpe militar ocorreu em 1964
quando o atual presidente fez um discurso apoiando ao movimento da baixa oficialidade
das forças armadas; a reforma agrária e a nacionalização das refinarias estrangeiras de
petróleo. Então, em 31 de Março os militares iniciaram a tomada de poder e a deposição
de Jango, que foi para Porto alegre e depois se exilou no Uruguai.
Pelo AI-2, o Executivo passava a exercer controle sobre o Congresso Nacional e a ter
poder de alterar o funcionamento do Judiciário. Além disso, houve a extinção dos
partidos políticos, estabelecendo-se o bipartidarismo no país. Por Ato Complementar
foram instituídos a Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o Movimento Democrático
Brasileiro (MDB). A Arena era o partido da situação, que dava sustentação ao governo.
O MDB reunia a oposição. O AI-2 também promoveu novas cassações políticas.
Foram tantas as alterações que não se poderia dizer ali que a Constituição de 1946 ainda
existia. Ela já havia sido completamente desfigurada. Lembre-se de que aquela Magna
Carta havia ampliado a força do Legislativo, quando o país mal saíra da ditadura do
Estado Novo. Agora, diante dos vários atos institucionais, o que se percebia era o
reforço do Executivo em detrimento do Legislativo.
Médici foi eleito para substituir Costa e Silva, que acabou falecendo. Quem o elegeu foi
a Junta Militar, que governava o País. Governou o Brasil no período denominado
“Milagre Econômico”, onde os produtos comercializados brasileiros valorizaram-se
fazendo com que o Produto Interno Bruto (PIB) do País crescesse. Para termos uma
noção da grandeza deste feito, um crescimento deste porte só foi conseguido pela China
atualmente. Com todo esse crescimento, grande parte do seu mandato foi caracterizada
pela estabilidade econômica que ajudou o governo a “alienar” a população. Esta era
feita da seguinte forma: o regime a todo o momento tentava mostrar um país próspero
forte e progressista.
Por outro lado o governo era o mais duro e repressivo de todo o ciclo do Regime
Militar, onde a repressão à oposição armada cresceu como nunca, a censura a todos
meios de comunicação foi posta em prática, atingindo jornais, revistas, livros, peças de
teatro, filmes, músicas e outras formas de expressões artísticas. Muitos órgãos de
imprensa não conseguiram funcionar regularmente. Muitas obras, especialmente filmes,
peças de teatro e livros, levariam décadas para serem publicados sem cortes. E toda essa
repressão acarretaria claro, na investigação, prisão, a tortura e o exílio de muitos
professores, políticos, músicos e artistas que iam contra o regime.
A PRODUÇÃO
CINEMATOGRÁFICA NACIONAL
(anos 60)
O cinema nacional do início da década de 1960 é representado por uma ruptura de
padrões estéticos e ideológicos, dando início ao movimento denominado Cinema Novo.
O grande objetivo dos filmes, neste começo, era mostrar a luta diária do homem simples
no Brasil, chocando assim a elite (público que costumava assistir filmes com
características mais autorais). Tudo isto com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça.
O chavão usado por Glauber Rocha, um dos grandes nomes do Cinema Novo, descrevia
bem a linguagem de seus filmes. O diretor de Deus e o Diabo na Terra do Sol (1963) e
de Terra em Transe (1967), representantes de duas fases distintas do Cinema Novo
acreditava que não devia apenas “fotografar” a realidade, como no neorrealismo e sim
interpretá-la, compreendê-la e trabalhar artisticamente a partir dela. Glauber foi
fortemente influenciado pelo Cinema Verdade, francês, que considerava como um tipo
de documentário.
A estética da fome e a visão política são temas frequentes em seus filmes, conflitando
com seu apuro poético. A câmera permanece em constante movimento, criando um
efeito de dança das imagens. A linguagem de Glauber é muito particular, pois sua
intenção era sempre inovar, inventar e fugir das regras e limitações cinematográficas.
O Cinema Novo foi divido em três fases: a primeira (1960–1964) era bem focada no
cotidiano popular e na mitologia nordestina, sendo representada, especialmente, pelos
filmes Vidas Secas, Deus e o Diabo na Terra do Sol e Os Fuzis; a segunda (1964-1968)
abordava principalmente a política e a questão da ditadura militar, tendo Terra em
Transe como um dos títulos principais; já a terceira fase (1968–1972), influenciada pelo
Tropicalismo exaltava o exótico nacional e o filme que marca bem este período
é Macunaíma.
Com a crescente repressão causada pela Ditadura Militar deu-se, no Cinema Novo, um
grande sentimento de insatisfação, já que as vozes do movimento eram sufocadas e
obrigadas a adaptar seus filmes às amarras políticas e ao mercado. O Cinema Novo não
era mais focado no popular e sim na classe média; toda a agressividade contra a
burguesia presente nos filmes da primeira fase agora parecem não fazer tanto sentido,
pois as novas produções já não seguem este ideal. Surge a figura do anti-herói, como
uma forma de expressão que ironizava a sociedade, mas ainda assim, o movimento
perde a força e com o exílio de cineastas se extingue aos poucos.
É em meio a este cenário que surge então um novo grupo de jovens diretores que tenta
fugir dos modelos criados por Glauber Rocha e seus companheiros de movimento.
Neville d’Almeida, Júlio Bressane, Luiz Rosemberg, Andrea Tonacci e outros
apresentam narrativas fragmentadas e baseadas no imaginário fantasioso, mas que
rejeitavam o cinema espetáculo (tendência para a qual caminhava o Cinema Novo).
Baseadas em diretrizes das “escolas sem partidos”, artistas deste período lutavam pela
Liberdade de Expressão, uma vez que diante dos questionamentos políticos
apresentados, seus militantes sofriam a dura repressão de todas ideias contraditórias as
determinações impostas pelos lideres desta época.
Mesmo com este legado que nos fora por estas diretrizes, ainda há uma resistência
oposta não somente pelos educando em suas “opiniões” que ainda em formação, devido
aos avanços tecnológicos e a propagações de informações improcedentes,
descaracterizam e fomentam ainda mais ideais negativos popularmente maquiados de
respeito e bem comum as massas.
Protesto reuniu Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e
Norma Bengell em 1968.
A peça Roda Vida de Chico Buarque e sofreu dura repressão que com a atuação do
Comando de Caça aos Comunistas que invadiram o teatro onde a peça era encenada,
espaçando os atores e destruindo o cenário, além de obrigar atores Rodrigo Santiago e
Marília Pera a passar nus na rua pública.
Música nos anos 60 e 70
Os Beatles e The Rolling Stones são os ícones da música nos anos 60, enquanto Bob
Dylan representa a música de protesto. No Brasil, Elis Regina inaugura a Música
Popular Brasileira (MPB) em 1965, quando interpreta Arrastão, de Vinícius de Moraes
e Edu Lobo. O movimento é consolidado no Festival de Música Popular Brasileira da
TV Record.
Dois anos depois, em 1967, surge a Tropicália, de Caetano Veloso e Gilberto Gil e Os
Mutantes, com Tom Zé e Torquato Neto. A Jovem Guarda ditava o figurino e fazia
sucesso na televisão, e foi um movimento cultural brasileiro surgido em meados da
década de 1960, que mesclava música, comportamento e moda. Surgida em agosto de
1965, a partir de um programa televisivo exibido pela TV Record, em São Paulo,
apresentado pelo cantor e compositor Roberto Carlos, conjuntamente com o também
cantor e compositor Erasmo Carlos e da cantora Wanderléa, a Jovem Guarda deu
origem a toda uma nova linguagem musical e comportamental no Brasil.
Música na Ditadura
Pra Não Dizer que Não Falei das Flores é uma canção escrita e interpretada por
Geraldo Vandré, que ficou em segundo lugar no Festival Internacional da Canção de
1968. Ela tornou-se um hino de resistência dos movimentos contra à ditadura militar
brasileira. O sucesso foi enorme o que levou os militares a proibi-la, em sua letra a
música incita o povo a resistir, unir forças contra a violência e opressão de um governo.
Apesar de Você é uma canção que eleva a força do povo. Deixando claro que apesar de
um governo ditador ter a força de abafar a manifestação popular ele não consegue
manter o povo para sempre debaixo de sua censura, que haverá a cobrança cedo ou
tarde.