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Co ec ão

Título
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de
Portugal no Futuro

Autor
Rainer Daehnhardt

Director Editorial
Eduardo Amarante

Coordenação
Dulce Leal Abalada

Revisão
Isabel Nunes

Grafismo, Paginação e Arte final


Divalmeida Atelier Gráfico
www.divalmeida.com

Capa
O Touro a raptar a Europa

Técnica da capa
Divalmeida Atelier Gráfico

Impressão e Acabamento
Espaço Gráfico, Lda.
www.espacografico.pt

Distribuição
Bucelas - Lisboa
Projecto Apeiron, Lda.
apeiron.edicoes@gmail.com

1ª edição – Maio 2013

ISBN 978-989-8447-29-6
Depósito Legal nº 357042/13

© Rainer Daehnhardt & Apeiron Edições

Reservados todos os direitos de reprodução, total ou parcial,


por qualquer meio, seja mecânico, electrónico ou fotográfico
sem a prévia autorização do editor.

Projecto Apeiron, Lda.


www.edicoes-apeiron.blogspot.com
projecto.apeiron@gmail.com
apeiron.edicoes@gmail.com
Portimão – Algarve
Rainer Daehnhardt

apeiron
edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

ÍNDICE

Preâmbulo à obra – Eduardo Amarante 11

CAPÍTULO I
SEGREDOS DO EURO 17

CAPÍTULO II
NASCIDOS DE UM PLÁGIO 22

CAPÍTULO III
FORÇAS INVISÍVEIS COMBATEM NA EUROPA 25
1.Duas explicações esclarecedoras 29

CAPÍTULO IV
A EUROPA ESTÁ SEM FUTURO COM O EURO 31

CAPÍTULO V
NOTAS DO EURO UTILIZADAS PARA A ESCRAVIZAÇÃO 33

CAPÍTULO VI
EURO – A MOEDA EUROPEIA SOB AMEAÇA DE MORTE 35

CAPÍTULO VII
O RENASCIMENTO DAS MOEDAS REGIONAIS 37

CAPÍTULO VIII
DESMORONAMENTO FINANCEIRO PLANEADO 41

CAPÍTULO IX
NOTAS FALSAS ASSUMIDAS COMO VERDADEIRAS 43

CAPÍTULO X
NÃO DERRETAM OS ESCUDOS! 47

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CAPÍTULO XI
CONSIDERAM-NOS PIGS, "PORCOS",
QUE DEVEM SER EXPULSOS 50

CAPÍTULO XII
A NECESSIDADE DE RESPONSABILIZAR OS POLÍTICOS
PELOS ESTRAGOS QUE CAUSAM COM AS SUAS ACÇÕES 54

CAPÍTULO XIII
PORTUGAL – EXPERIÊNCIA PILOTO À DERIVA? 57

CAPÍTULO XIV
A NOSSA CRUZ EM PERIGO? 63

CAPÍTULO XV
MEDO DA CRUZ? 67

CAPÍTULO XVI
CAIU A MÁSCARA DA "UE"? 69

CAPÍTULO XVII
PÂNICO – A PODEROSA ARMA DA MENTIRA 73

CAPÍTULO XVIII
PEQUENAS GRANDES NOTÍCIAS 75
1. Presidente da RFA nega-se a assinar o Tratado de Lisboa 75
2. A Rússia devolve território à China 75
3. Milho geneticamente manipulado é causador da morte
de abelhas 76
4. A Noruega oscila 76
5. Quem, afinal, atacou quem? 77

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Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

CAPÍTULO XIX
DESGRAÇA AMERICANA? – UM GRITO DE ALERTA 79

CAPÍTULO XX
ESCONDE-SE O SUICÍDIO DA AMÉRICA? 90

CAPÍTULO XXI
E DEPOIS DO DÓLAR? 92
1. Índios Lacota criam o Banco Lacota Livre 94

CAPÍTULO XXII
Conclusão 97

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Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

– Preâmbulo à Obra –

Este livro de Rainer Daehnhardt dá-nos muita matéria para reflectir


sobre os acontecimentos que estamos a vivenciar, na Europa em geral,
e no nosso País, em particular. Os antigos Gregos, recorrendo à mitolo-
gia – que contém sempre algo de verdade –, anteviram este dramático
momento histórico, que é o da Europa raptada por forças tenebrosas
que lhe são alheias. Eis o relato grego sob o nome O RAPTO DE EU-
ROPA NA MITOLOGIA GREGA:
“Há muito tempo atrás, havia no reino de Tiro, um rei,
Agenor, cuja filha era muito bela. O nome dela era Europa, e
Zeus apaixonou-se perdidamente pela sua beleza.
– Que linda mulher! – exclamava o deus dos deuses, tomando
cuidado, no entanto, para não ser ouvido por Hera, sua esposa
ciumenta.
– Tenho de possuí-la a qualquer preço.
Movido por essa determinação, Zeus decidiu servir-se do seu
estratagema principal, ou seja, o de se metamorfosear em algum
ser ou coisa. Por alguma razão, Zeus jamais aparecia diante das
suas eleitas na sua forma pessoal, preferindo assumir sempre
uma outra aparência qualquer.
Assim, depois de muito pensar, decidiu transformar-se num
grande touro, branco como a neve. Completada a transformação,
Zeus desceu à Terra, envolto numa grande nuvem.
Numa das praias do rei de Tiro, um rebanho dócil de touros
pastava num relvado próximo ao mar, sem que ninguém perce-
besse. Uma grande nuvem foi-se aproximando, até que dela des-
ceu o grande touro, indo colocar-se no meio dos demais. Os seus
novos colegas de rebanho, a princípio assustados com aquela sú-

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bita aparição, abriram um espaço assim que ele pousou sobre a


relva. Como o alvo touro se mostrasse manso e dócil, foi logo
admitido, sem maiores contestações.
Ali esteve misturado com os restantes, contrastando a sua
brancura com o pêlo escuro dos outros touros, até que, de repente,
a bela Europa surgiu com as suas amigas, rindo e cantando por en-
tre as areias da praia. As suas companheiras eram também belas,
mas assim como Zeus se destacava no seu rebanho, a filha de Age-
nor destacava-se no meio do seu encantador e animado grupo.
Era uma manhã luminosa, o sol brilhava sem ferir os olhos, e
o céu tinha um tom manso e azulado como os olhos do touro,
que observavam, atentos, a aproximação de sua amada.
– Vejam só que belo rebanho! – exclamou Europa, ao ver os bois.
– Mas o que será aquela mancha branca no meio deles?
A jovem, destacando-se do grupo, avançou a correr, levantan-
do a barra da sua túnica rendada, que lhe descia até um pouco
abaixo dos joelhos.
Quando chegou perto de Zeus, os seus seios arfavam sob a fi-
na gaze de suas vestes. Os grandes olhos azuis do touro branco
pousaram sobre a face corada de Europa, de tal modo que a moça
não pôde deixar de observar o seu intenso brilho.
– Um touro branco! – disse a moça, encantada. E que lindos
olhos ele tem!
Todas as amigas reuniram-se à volta ao animal, que, no en-
tanto, tinha os seus grandes olhos azuis postos somente sobre a
bela filha do rei. A moça, postando-se ao lado dele, começou a
alisar o pêlo sedoso do seu dorso branco, enquanto admirava os
seus pequenos e delicados cornos, que tinham o brilho cristalino
das melhores pérolas. Embora o aspecto do animal fosse suave, a
sua musculatura era rija, o que Europa pôde comprovar, ao alisar

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o seu pescoço. Alguns espasmos musculares percorriam o pêlo do


touro a cada vez que Europa o acariciava. De vez em quando, o
animal inclinava a cabeça, fazendo-a deslizar discretamente pelo
flanco de Europa, erguendo, com suavidade, suas vestes. A filha
de Agenor, contudo, permitia tais liberdades por julgá-las apenas
um brinquedo inocente do magnífico animal.
Retirando-o do grupo, Europa levou-o a passear nas areias da
praia, dando-lhe com as mãos algumas flores, que o touro comeu
alegremente. Depois, ele pôs-se a correr ao redor da moça, en-
quanto as outras o perseguiam, fazendo-lhe festas e agrados.
Como o sol começasse a tornar-se quente demais, pois era o
auge do verão, as moças, cansadas da brincadeira, despiram-se
para dar um breve mergulho no mar. Europa, entretanto, prefe-
riu ficar na areia, a brincar com o seu touro branco.
Assim, enquanto as suas amigas se banhavam, Europa colhia
outras flores, compondo com elas uma bela grinalda que deposi-
tou em seguida sobre os chifres do animal. Depois, montada
sobre as suas costas, foi conduzida por ele num trote manso.
Enquanto o animal a levava, emitia um pequeno mugido, em si-
nal de orgulho e satisfação.
As amigas de Europa, entretanto, ao verem a nova diversão
que a filha do rei inventara, saíram todas do mar a correr.
Zeus, porém, ao vê-las avançarem para si, temeu que fossem
desalojar Europa das suas costas. Realmente, uma delas tocou na
cabeça do touro, com a mão coberta de sal:
– Vamos, Europa, deixa-nos andar um pouco! – disse a moça,
impaciente.
Zeus, porém, aproveitando a relutância que Europa manifes-
tava em descer, lançou-se para a frente, num salto ágil, tomando
o rumo do mar.

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– Ei, esperem, aonde vão? – exclamou uma das amigas de Europa.


Zeus, surdo aos gritos, arremeteu por entre as mulheres que
avançavam pela água, obrigando-as a se afastarem, assustadas,
para todos os lados.
– Socorro! – gritava Europa, estendendo-lhes as mãos, apavo-
rada com o ímpeto repentino do animal.
O touro, entretanto, avançava mar adentro, deixando atrás de
si as mulheres pela praia, a sacudir os braços, impotentes.
Imaginando que o touro enlouquecera, temeram que tanto
Europa quanto o animal terminariam afogados, logo que ultra-
passassem a rebentação. Surpreendentemente, porém, o touro
rompeu as ondas, lançando-se num trote ainda mais ágil do que
aquele que usara nas areias fofas da praia.
E assim se afastou cada vez mais da praia, enquanto Europa
procurava manter-se agarrada aos chifres do seu sequestrador.
– Pare! Para onde me leva? – perguntava Europa enquanto o
touro permanecia firme no seu galope, saltando sobre as ondas
com a mesma destreza de um golfinho.
Vendo, porém, que o animal parecia determinado a conduzi-la
para algum lugar, Europa começou a clamar por socorro, invo-
cando a protecção de Neptuno:
– Ó deus dos mares, vê em que aflição me encontro! – disse a
moça, recebendo no seu corpo o vento e as ondas geladas (…)
De repente, porém, tendo já avançado imenso pelo oceano, o
touro virou a cabeça para trás e começou a conversar com a as-
sustada Europa.
- Nada temas, bela Europa! – disse o animal.
- Eu sou Zeus e levo-te comigo para a ilha de Creta, onde casa-
remos e serás honrada com uma ilustre descendência.

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Europa, mais calma, manteve-se agarrada aos chifres do seu fu-


turo marido. Dentro em pouco chegaram ambos à ilha que o deus
dos deuses anunciara. Mal pousou de novo os pés sobre o chão, Eu-
ropa viu o touro branco assumir a forma esplendorosa de Zeus.
Impaciente, o deus supremo carregou-a para dentro da ilha,
enquanto Europa ainda tentava ensaiar alguma reacção. Das
núpcias deste casal surgiriam três lindos filhos, dentre os quais
Minos, futuro rei de Creta.”

Com efeito, a Europa foi raptada por forças ocultas, que escravizam
os seus povos. Necessita de uma bússola que a oriente no sentido da sua
libertação. E esta não se fará pela via da violência, da discórdia e do
ódio. Far-se-á pela via do amor, do resgate da tradição, do cultivo do
Bem e do Belo.
Como diz Rainer Daehnhardt “quem conhece e ama Portugal sabe
que este é parte da Europa e que esta é parte de Portugal; só com uma
grande diferença: PORTUGAL NÃO CABE NA EUROPA! A alma de
Portugal será sempre grande demais…”
A condição do Português não é ser escravo, pois, para um Luso que
se preze, “MAIS VALE MORRER LIVRE DO QUE EM PAZ SUJEITO”.
Tal como os Lusitanos, luta para reconquistar a sua liberdade. Povo
milenar, evoca através do canto e da música os seus ancestrais heróis.
Os tambores e as gaitas-de-foles despertam as forças telúricas de uma
Nação que se quer libertar do jugo de um poder tenebroso que aprisio-
nou a Europa. A Alma Lusa está viva, pois canta o grito de libertação e
de independência, mau grado o sofrimento atroz a que o Povo está a ser
sujeito. Não sucumbe ao desânimo nem à revolta violenta, pois tem no
seu gene a capacidade místico-guerreira de preservar a sua identidade,
“conquistando” os outros povos pela via pacificadora da tolerância, da

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concórdia e do entendimento entre raças, credos e nacionalidades, den-


tro de um espírito ecuménico e fraterno.
Portugal não morreu. A nossa força anímica – as forças vivas de Por-
tugal –, e a história milenar que nos corre nas veias são mais fortes do
que o desalento a que nos querem submeter, pois um povo abúlico, “sem
alma”, é facilmente escravizado. O nosso canto é o clamor das nossas
almas, que estão vivas e que não abdicam da sua liberdade. Foi esse can-
to – proeza única na humanidade – que libertou o sofrido povo de Timor
a milhares de quilómetros de distância. CANTEMOS, CANTEMOS A
NOSSA LIBERDADE E A NOSSA IDENTIDADE. E com os nossos tam-
bores e gaitas-de-foles, evoquemos os nossos símbolos e os nossos heróis.
Eles indicar-nos-ão o caminho para libertarmos Portugal e a Europa pela
via do Espírito Santo, isto é, da paz e da compreensão mútua.
CANTEMOS E ESPALHEMOS O NOSSO CANTO PELA EUROPA
FORA. Cantemos em uníssono, imitando os nossos heróis lusitanos, que
avançavam para a liberdade em passo cadenciado, ao som dos seus
tambores e dos seus cânticos, e os inimigos do espírito e da dignidade
humana tremerão1.

Eduardo Amarante

1
Tanto os Lusitanos das montanhas como os da planície tornaram-se famosos na arte
da guerra. Diz Diodoro Sículo [Biblioteca Histórica, v, 34] que os Lusitanos marcham
para a guerra com passo cadenciado, e cantando hinos.

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CAPÍTULO I
_______________________________

SEGREDOS DO EURO

A falta de informação é tanta que pensamos ter “dinheiro nosso” na


mão quando seguramos uma nota de Euros!
Porém, não é “nosso”, nem sequer dinheiro!
O dinheiro só o foi verdadeiramente enquanto era metálico e o seu
valor correspondia ao do metal em questão. Dinheiro em papel é ape-
nas uma emissão de notas promissoras de pagamento, que uns transmi-
tem a outros.
O seu valor depende da sua aceitação! Quem escrever no seu cartão
de visita que promete pagar ao portador uma determinada quantia,
assume o compromisso de honra de o fazer.
Ora, as notas de Euro, embora cheias de símbolos de organizações
secretas, nada nos dizem quanto a quem nos devemos dirigir para tro-
car estes “papelinhos de promessas” por dinheiro!
Um dos símbolos presentes em todas as notas do Euro é o de uma
ponte. Normalmente espera-se que uma ponte nos permita uma traves-
sia de um lado para o outro. As pontes ali representadas, porém, não
nos indicam para onde nos levam!
Somos, todos, uma espécie de “manada”, obrigada a andar em pon-
tes sobre abismos!
Antigamente, as notas ainda diziam que prometiam pagar ao porta-
dor uma certa quantia em ouro. Hoje já não prometem nada. Apenas
valem, porque, como carneirada bem comportada, as passamos uns aos
outros, na esperança de que o próximo as aceite.
Fala-se muito em RESERVAS DE OURO, para tranquilizar os
preocupados. Mas isto é como o velho lema do: “CRÊ MAS NÃO
APROFUNDES!”

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Senão vejamos: as reservas de ouro dos Estados Unidos da América,


oficialmente são 8.133,5 toneladas. Como esta nação se endivida por
hora em mais de 800 milhões de dólares acima do que produz e já tem
uma dívida de triliões de dólares, facilmente se conclui que o seu ouro
é apenas um souvenir dum império falido! A sua venda apenas susten-
taria durante alguns dias os custos da sua máquina de guerra e nada
resolveria.
A República Federal Alemã, grande campeã em sustentar outros,
possui, oficialmente, uma reserva de 3.417 toneladas de ouro. Trata-se
do resultado do seu grande esforço no pós-guerra em reerguer um país
e garantir a cobertura do marco alemão. O que, porém, a maioria dos
alemães não sabe, é que são obrigados pelos aliados vencedores a depo-
sitar o ouro alemão nos Estados Unidos da América. Estiveram durante
décadas em Fort Knox e passaram, há poucos anos, para os subterrâ-
neos de uma das Torres Gémeas de Nova Iorque. Com a queda das tor-
res, estranhamente também desapareceu o ouro alemão. Mesmo dani-
ficado ainda lá deveria estar. Porém nada se encontrou! (Supõe-se que
tenha sido levado, por caravanas, para as grutas de Pamir, na Ásia Cen-
tral). Silverstein, o arrendatário do World Trade Center, conseguiu du-
plicar o valor da apólice de seguro das torres antes da demolição das
mesmas (já decidida em reunião camarária por terem sido construídas
há mais de vinte e cinco anos e com elevada utilização de amianto –
matéria comprovadamente cancerígena), decisão essa entretanto revo-
gada. As seguradoras americanas, por sua vez, ainda conseguiram ven-
der estas apólices, incluindo a do edifício 7, também demolido na altu-
ra, a congéneres estrangeiras, na maior parte a seguradoras alemãs,
que tiveram de indemnizar o Sr. Silverstein, em mais do dobro do seu
investimento, de apenas poucos meses! (Nem se fala sequer do dinheiro
que as demolições criminosas lhe pouparam). Uma vez que a RFA ain-
da se encontra debaixo de ordens específicas impostas pela Comissão

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de Controlo dos Aliados, nem sequer pode reclamar acerca do que lhe
está a acontecer.
Seja como for, nem o ouro americano nem o alemão dão cobertura
aos “papelinhos” existentes nas nossas mãos!
Pode pensar-se que é o Fundo Monetário Internacional quem está
por detrás da cobertura do Euro. O FMI tem uma reserva de 3.217,3
toneladas de ouro e nada tem a ver com o Euro.
Resta-nos “la grande nation”, a França. Esta já pertence à União Eu-
ropeia. A França tem, oficialmente, uma reserva de 2.622,3 toneladas de
ouro, estranhamente depositado, durante a Guerra-fria, nos Estados
Unidos da América. Quando De Gaulle quis levar de volta para a Fran-
ça o ouro da Nação Francesa, foi militarmente impedido pelos ameri-
canos. A ruptura entre os EUA e a França foi tal que a França saiu da
NATO, mas os americanos ficaram com o ouro francês!
Então onde é que está a cobertura do Euro? Talvez em Itália? Este
país tem uma reserva oficial de 2.451,8 toneladas de ouro, mas não di-
zem onde está. Consta que também foi para Fort Knox, nos Estados
Unidos (estranhamente também consta que Fort Knox já foi esvaziado).
Portugal entrou na UE com as suas reservas de ouro. A “pesada he-
rança” dos governos de Salazar e Caetano deixaram um país sem hipo-
tecas, que não devia a ninguém e possuía o seu Escudo, então a 6ª mo-
eda mais forte do mundo. A sua constante garantia estava na cobertura
em ouro das notas emitidas: 866 toneladas de ouro, nos cofres do Banco
de Portugal. Pelas últimas informações, restam apenas 382,6 toneladas
e não se menciona se estão hipotecadas ou não. Seja como for, certa-
mente não é no ouro português que se apoia a cobertura do Euro.
Encontramos pequenas letras nas notas do Euro que nos dão que
pensar. Antes do número em cada nota, encontra-se uma letra. Nada nos
disseram, mas esta indica o país onde a nota foi emitida. Assim temos:

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 A letra, indicando a emissão na Áustria, o “N”;


 A da Bélgica, o “Z”;
 A da Finlândia, o “L”;
 A da França, o “U”;
 A da Alemanha, o “X”;
 A da Grécia, o “Y”;
 A da Irlanda, o “T”;
 A da Itália, o “S”;
 A do Luxemburgo, o “R”;
 A da Holanda, o “P”;
 A da Espanha, o “V”;
 E a de Portugal, o “M”.

Com estas indicações, podemos saber facilmente o país de origem


da emissão das notas de Euro, que passam pelas nossas mãos.
O que, porém, também não nos indicaram, é o facto de nem todos
os países poderem emitir todos os tipos de notas. Assim, por exemplo,
não se deu o direito a Portugal de emitir notas de 200 Euros e de 500
Euros. A Espanha, porém, já é considerada membro com peso sufici-
ente para as poder emitir!
Uma “união” que se compõe de membros de 1ª, 2ª ou até de 3ª ca-
tegoria, não é união nenhuma, mas apenas um comboio de diferentes
classes! Não é a 2ª ou a 3ª classe que decide para onde vai e em que
velocidade, mas o “maquinista”. A nossa locomotiva, porém, não está
em mãos europeias; parece ter sido tomada por associações secretas, de
interesses globais, não europeus.
As notas do Euro também mostram umas letrinhas, começando
com “BCE”. Trata-se da indicação do BANCO CENTRAL EUROPEU,
traduzido em diversas línguas.

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O Presidente do BCE, um holandês de grande prestígio internacio-


nal, não concordou com o que estava a acontecer à Europa. Tirou as
suas consequências e saiu do seu posto. Foi encontrado, pouco tempo
depois, morto, a boiar numa piscina particular em França.
Os dados mencionados colocam a hipótese de roubos sistemáticos
de ouro, em quantidades inimagináveis! Será que alguém se está a apo-
derar do ouro deste planeta para pagar vassalagem a “insectóides”?

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CAPÍTULO II
_______________________________

NASCIDOS DE UM PLÁGIO

Mal entraram em circulação as primeiras moedas de cêntimos do


EURO, o Banco Central Europeu encontrou-se na iminência de ter de
ordenar a recolha e destruição de 85 mil milhões de moedas “euro-
cent” já postas em circulação pelos doze estados membros da União
Europeia que aderiram ao Euro.
O artista laureado por Bruxelas, Luc Luyx, autor do desenho das
moedas do “euro”, baseou o seu trabalho em moedas brasileiras já cor-
rentes. Assim, surgiram moedas de um “euro-cent” com a mesma di-
mensão e aspecto das de um centavo brasileiro. O mesmo aconteceu
com as de 5 “euro-cent” e as de 10 “euro-cent”, respectivamente con-
fundíveis com as de 5 centavos e 10 centavos brasileiras.
Quais destas moe-
das são cêntimos do
EURO e quais são cen-
tavos brasileiros?
O facto é que as
moedas “europeias” são
plágio das brasileiras!
Não só o mesmo
metal, mesmo peso e
as mesmas dimensões
escolhidas, mas, so-
bretudo, os desenhos,
tornam difícil distin-
guir umas das outras.
O tipo dos algarismos

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utilizados, quase idêntico e até com a mesma inclinação; as linhas para-


lelas como fundo; as estrelinhas pentagramas e a presença do globo,
tudo mostra a utilização dos mesmos símbolos.
Estão fora de causa as boas intenções tanto do Banco Central Euro-
peu como dos estados membros que puseram estas moedas em circula-
ção. Ninguém agiu com ideias de prejudicar o Brasil. Porém, é um fac-
to que o grau de parecença entre as moedas brasileiras e as do “euro-
cent” ultrapassa os limites do juridicamente admissível.
Não só o Brasil tem o direito como até o dever de exigir a retirada
das moedas “euro-cent” por se tratar de plágio punível por lei.
Não consta porém que o autor dos desenhos tenha sido obrigado a
devolver o prémio recebido pela escolha das suas propostas. Também
não se sabe nada acerca do Banco Central Europeu ter “adquirido” ao
Governo Brasileiro o direito de colocar moedas tão parecidas em circu-
lação. O Governador do Banco de Portugal, informado da situação, re-
solveu não responder (hoje é mais fácil obter resposta por escrito do
Papa do que de Presidentes de Instituições Financeiras!).
Facto, porém, é que as funcionárias dos Correios em Portugal são
obrigadas a pagar do seu próprio bolso os prejuízos causados pelas cons-
tantes entregas de moedas brasileiras em vez dos “euro-cent”. Os funcio-
nários nas portagens das auto-estradas também sofrem pelos mesmos
“descuidos”. Todos os negócios com máquinas automáticas que recebem
moedas de dez “euro-cent” lutam, sem solução, contra este mal.
É principalmente em Portugal, com muita ligação ao Brasil, que se ve-
rifica o aparecimento de grandes quantidades de moedas brasileiras que
entram por descuido (ou negócio implantado) em circulação europeia.
A Embaixada do Brasil em Lisboa respondeu que o Governo Brasi-
leiro ainda não se pronunciou acerca deste assunto. Seria interessante
saber porquê!

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A retirada das moedas nascidas dum plágio teria chamado a aten-


ção para os símbolos nelas existentes, assim como para as ligações se-
cretas de organizações internacionais que pretendem a globalização.
Assim, optou-se pelo silêncio, esperando que não se dê por isso.

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CAPÍTULO III
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FORÇAS INVISÍVEIS COMBATEM NA EUROPA

A Europa dos europeus já não existe!


Não há sítio nela onde não se tenham instalado forças antagónicas a
tudo o que ainda há décadas podia ser considerado como europeu!
O sonho de oferecer às gerações vindouras uma união de pátrias,
onde todos se sentassem à mesma mesa, como iguais entre iguais, para
poderem decidir em comum o que a todos dizia respeito, foi esmagado
pela prepotência dos que só vêem na Europa Unitária um mero pas-
so para a instalação de um Governo Global, obviamente totalitário e
intolerante a qualquer outra corrente de pensamento.
As estatísticas dizem-nos que somos apenas 2% da população euro-
peia e, como tal, sem peso de decisão. Considero que esta ideia é um
erro total, porque, tal como uma mosca pode causar a descida de um
prato de uma balança, os 2% de Portugal podem até salvar a Europa da
sua auto-aniquilação. Dois por cento de algo que nada vale, nem men-
ção merece. Porém, 2% de algo válido, em si, válido é, e consequente-
mente, merecedor de carinho e atenção.
Foi a prepotência de forças não mencionáveis, certamente não por-
tuguesas, mas internacionalistas, que anexaram a Pátria de Camões,
empurrando-a para dentro de um caldeirão desconhecido, então rotu-
lado de “CEE”. Sem explicação dos prós ou contras, a não ser o velho
sonho de poder comprar rebuçados mais baratos em Badajoz, aprisio-
nou-se a lusa gente aos poucos, passando a receber ordens de quem
nem português é, nem pelos portugueses foi votado.
Rotulou-se então o caldeirão de “CE” e, mais tarde, de “UE”, apli-
cando-lhe uma bandeira com a estrela de cinco pontas de Satanás, por
ninguém votada.

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Estrela ainda bem conhecida dos tanques soviéticos e dos aviões ame-
ricanos, Estados criados pelas mesmas forças globais que, de momento, se
apoderam, às escondidas, da, por elas intitulada, “Velha Europa”.
Até se atrevem a falar duma NOVA EUROPA embora, também
essa, em nada lhes diga respeito.
Qual é o verdadeiro peso de Portugal na Europa? Os meros 2% da
contagem da nossa população? NÃO! Portugal, para já, possui uma das
maiores portas europeias para o mar mais navegado a nível mundial.
Mas Portugal não é só guardião de uma situação geográfica onde os
Açores, Portugal Europeu e a Madeira, retomam a importância das
antigas colunas de Hércules. Portugal é o fiel depositário de um espíri-
to único, potencialmente salvador para uma parte significativa da Hu-
manidade, nos tempos amargos que se avizinham.
Não há outra nação que tenha demonstrado tal grau de capacidade
de convivência pacífica com outras culturas como a portuguesa! Não
há povo que mais bem-vindo seja para regressar às suas antigas coló-
nias! Não há maior grau de tolerância e vontade de compreensão do
que os demonstrados pela lusa gente, mesmo nos confins mais longín-
quos do planeta.
E dizem-nos que não valemos nada e que não possuímos peso! Isto é
propaganda do inimigo de Portugal! Os media, que se digladiam para tra-
zer mais notícias sobre escândalos e perversidades, mostrando o que há de
podre, permitem concluir tratar-se de uma campanha para desacreditar os
verdadeiros valores de Portugal perante os próprios portugueses!
Assim, a prepotência de alguns não só empurrou Portugal para um
covil com o qual não se identifica, como até sistematicamente aniquila
a auto-estima.
Pergunta-se, então, qual é o verdadeiro papel de Portugal na “UE”?
A triste realidade é de que somos considerados “europeus de segunda”.
Onde há prova disso? Nenhum político o admite, embora muitos o sin-

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Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

tam. A prova está no facto de que não somos autorizados a imprimir e


colocar em circulação notas de 200 euros e de 500 euros. À nossa vizi-
nha, Espanha, já se dá este direito!
Mas isto não nos contam! Facto é que muito pouco sabemos acerca
da “UE” e nunca tivemos a mínima hipótese de nos informarmos com
objectividade, e ainda menos de exprimirmos a nossa opinião.
Dos principais pontos da “UE”, porém, nem a maioria dos seus “poli-
tiqueiros” têm consciência.
Número UM é o facto da “locomotiva” deste comboio unitário eu-
ropeu, a Alemanha, não se encontrar em mãos alemãs ou europeias,
mas ainda debaixo da Comissão de controlo americana, que a trata co-
mo território ocupado e vassalo. Na realidade, a ausência de um Trata-
do de Paz e a ilegalidade da instalação de um regime em território de
outrem, significa que o Reich continua a existir (facto reconhecido pe-
las mais altas instâncias jurídicas da RFA!) “de jure”, o que impede a
RFA de ser seu herdeiro (que reconhece não ser!), mas não existe “de
facto”, devido à prepotência dos vencedores ter aprisionado e enforcado
um governo democraticamente eleito e internacionalmente reconheci-
do. A RFA não é a Alemanha, nem geográfica, nem política, nem juri-
dicamente! Estamos, assim, perante um imbróglio, encontrando-nos
numa viagem de comboio, com a locomotiva tomada por “cowboys”,
serviços secretos e afins.
O número DOIS não é o alargamento a leste, embora este já cause o
fim da caminhada inicialmente ajustada, porque o que todos os novos
aderentes querem é “mugir a velha vaca”. Esta não tem mais tetas e já
se encontra seca, o que vai conduzir a um acordar decepcionante! Polí-
ticos finlandeses já declararam abertamente que se a Finlândia receber
menos da “UE” do que o que para esta contribui, deixa então de fazer
sentido a sua permanência.

Apeiron Edições | 27
Rainer Daehnhardt

O número TRÊS é a entrada da Turquia. Esta tem 98% do seu terri-


tório na Ásia. Assim passa-se a dar um pontapé na Geografia. A entrada
de Chipre já é um passo neste sentido como o é o Estado de Israel ter
apresentado a sua candidatura, através de Berlusconi, que chefia um
lobby nesse sentido. A lavagem cerebral das massas europeias já foi
devidamente preparada para a NOVA EUROPA, com capital em Jeru-
salém. Há anos que Israel faz parte do Festival da Canção Europeia (e já
ganhou, muito honradamente que se diga!). Também faz parte dos
Campeonatos de Futebol, dos de Andebol e de Equitação Europeus.
Como é possível que já ninguém saiba nada de Geografia é que é um
espanto. Pelo menos parece que já ninguém se importa. Como também
se torna visível o plano de expulsão dos palestinianos e da tomada do
Líbano (o que impõe a prévia queda do Iraque e da Síria), para o Gran-
de Israel se tornar Estado vizinho da Turquia e, assim, geograficamen-
te, se juntar à NOVA EUROPA.

Medalha/Moeda comemorativa Moeda do “Reich pós-guerra”


israelita de 1996, sugerindo o (que nada tem a ver com os
“Euro” numa altura em que na nazis, mas que é o seu herdeiro
Europa só se pensava no “Ecu”. legal), cunhada por ordem da
Comissão de Controlo dos Alia-
dos desde 1945 a 1948.

28 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

Quando se diz que culturalmente Israel estará mais ligado à Europa


do que ao Médio Oriente como razão para justificar a sua entrada na
Europa, então também deveríamos deixar entrar a Austrália e o Cana-
dá, onde também isso mais ainda se verifica!
A Europa está moribunda, e Portugal em fase de flagelação da sua
auto-estima; em contrapartida, as forças obscuras que preparam a Tira-
nia Global encontram-se em fase de avanço definitivo!
Só há uma força que os consegue parar: A FORÇA DA VERDADE!
Basta termos acesso à verdade e colocar a mesma no respectivo prato
da balança do destino para que toda a prepotência e mentira nada consi-
gam! Quem sabe? Talvez no momento mais decisivo, serão Portugal ou
os Açores que, com o seu peso colocado no prato certo da balança, acaba-
rão por orientar o destino efectivo da Europa, independentemente das
vontades alheias a esta, que pretendem dela apoderar-se de vez!

1. Duas explicações esclarecedoras


a) A questão dos Reis de Portugal não terem sido IMPE-
RADORES.
D. João VI foi IMPERADOR NOMINAL DO BRASIL (nos
últimos meses da sua vida). Não se podia permitir que o
filho fosse mais do que o pai! No Museu Luso-Alemão
existem diversas Cartas Régias assinadas por D. João VI
na qualidade de IMPERADOR NOMINAL! Este facto é
quase desconhecido em Portugal e mais ainda no Brasil.
O Brasil teve 3 Imperadores. D. JOÃO I, D. PEDRO I, e
D. PEDRO II (respectivamente: pai, filho e neto);
b) A terminologia “COLÓNIA” apenas após a 1ª Guerra
Mundial se degradou de tal maneira, que passou a ser
usada como se se tratasse exclusivamente de um abuso
ou de uma exploração sistemática. No que diz respeito

Apeiron Edições | 29
Rainer Daehnhardt

aos territórios outrora lusos, que vergonhosamente fo-


ram abandonados à sua sorte após 1974, deve-se clarifi-
car que estes, nessa altura, eram classificados correcta-
mente de PROVÍNCIAS ULTRAMARINAS. Todas estas,
porém, ainda poucas décadas antes, estavam classifica-
das de COLÓNIAS, sem que isto fosse de cariz negativo
(com excepção do que restava da Índia Lusa, que então
já se chamava “ESTADO DA ÍNDIA PORTUGUESA”).

No texto que levou a estes comentários falou-se nas “antigas coló-


nias portuguesas”, o que é historicamente mais adequado do que a ter-
minologia de “Províncias Ultramarinas”, visto incluir muitos outros
territórios outrora lusos que nunca chegaram a ter a classificação de
“Províncias Ultramarinas” (por exemplo, o Congo Português, o Ceilão
Português, a Guiana Portuguesa, o Sacramento Português entre deze-
nas de outros perdidos entre os séculos XVI a XX).

30 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

CAPÍTULO IV
_______________________________

A EUROPA ESTÁ SEM FUTURO COM O EURO

O facto de o EURO se ter tornado numa espécie de Espada de Dâ-


mocles, pendurada por cima da cabeça dos europeus, é cada vez mais
evidente. São já diversos os autores que publicaram livros e artigos,
chamando a atenção para a necessidade de se regressar às moedas na-
cionais, a fim de se poder manter a identidade e defender o que é nosso.
O perigo de alguém se manifestar neste sentido é reconhecido atra-
vés do facto do próprio Presidente do Banco Central Europeu ter deixa-
do as suas funções e ter dado uma entrevista a um redactor dum jornal
britânico. Dias depois, este último, foi encontrado morto na cama (na
Grã-Bretanha) e o corpo do ex-presidente do BCE foi encontrado a boiar
numa piscina, em França. Desnecessário será dizer que o artigo da en-
trevista nunca viu a luz do dia.
Mesmo assim, são cada vez mais as vozes que proclamam, aberta-
mente, ser o Euro uma aberração e apenas servir como degrau para a
instalação dum Governo Único Mundial, como aliás também o é
o AMERO, nome da futura moeda que se pretende adoptar para o con-
junto da North American Union (Canadá-EUA-México).
Diversos jornais austríacos, suíços e alemães, publicaram recente-
mente um grande anúncio de conferências sobre esta temática, a reali-
zar em breve. O palestrante principal é o conhecido Professor Universi-
tário, Prof. Dr. WILHELM HANKEL. Trata-se do ex-presidente do Ban-
co do Estado de Hessen, Chefe do Gabinete “DINHEIRO e CRÉDI-
TOS” do Ministério do Comércio da República Federal Alemã, e actu-
almente Professor para o Desenvolvimento e Política Financeira da
Universidade de Frankfurt am Main. O título dado às suas palestras

Apeiron Edições | 31
Rainer Daehnhardt

próximas é: “A EUROPA ESTÁ SEM FUTURO COM O EURO: Proposta


para a reintrodução das moedas nacionais”.
As palestras realizaram-se em Viena de Áustria (Kolpinghaus Al-
sergrund, A-1090 WIEN, Liechtensteinerstrasse 100), a 9 de Outubro
2008, pelas 19,30 horas, e em GRAZ (Gasthaus Gösser Bräu, A-8020
GRAZ, Neutorgasse 48), a 10 de Outubro 2008, pelas 19 horas.
Felizmente, Portugal guardou todas as suas moedas do Escudo!
Estão a ser guardadas por forças militares. A RFA quis vender a Por-
tugal máquinas destruidores de moedas. Portugal não as comprou!
A RFA até propôs oferecer a Portugal algumas destas máquinas! Portu-
gal não aceitou! Enquanto nas grandes cidades alemãs se podia andar
de graça nos carros eléctricos, que continham máquinas que trocavam
os marcos alemães (introduzidas pela Comissão de Controlo dos Alia-
dos, vencedores de uma guerra que ainda não obteve Tratado de Paz),
recolhiam-se em Portugal os escudos para os guardar em local secreto.
Um velho dito do povo luso avisa: “Não vá o diabo tecê-las!”

32 | Apeiron Edições
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CAPÍTULO V
_______________________________

NOTAS DO EURO UTILIZADAS PARA A ESCRAVIZAÇÃO

Poucos em Portugal têm conhecimento de que as notas de 200 Eu-


ros e de 500 Euros não podem ser emitidas no nosso país. As que vemos
em circulação vieram todas do estrangeiro. As letras impressas antes da
sua numeração obedecem a um código, mais ou menos secreto, que
nos dá informações acerca do país de origem.
À nossa vizinha Espanha, por exemplo, já se concedeu o direito de
imprimir notas de 200 e de 500 Euros. A muito promovida “IGUAL-
DADE” entre os estados membros da UE não passa, pois, de uma mira-
gem! Uns são mais iguais que outros! A CEE ainda era uma comunida-
de com um certo grau de igualdade de direitos e deveres. A CE, porém,
já não o era, dividindo os seus membros entre uns de 1ª e outros de 2ª.
A UE nem disfarça sequer esta diferenciação e divide os seus membros
entre um chamado “núcleo duro”, ou seja, de 1ª categoria, os secundá-
rios, que entraram na segunda vaga e os terceiros, os últimos a chegar!
Factos recentes levam mesmo a crer que se pretende criar um estatuto
de 4ª categoria para os que ainda desejam entrar, mas que por enquan-
to não foram admitidos.
A aberração de tudo isto torna-se cada vez mais clara, quando se no-
ta que tudo está montado de acordo com o sistema soviético, com co-
missários não directamente eleitos, que não são responsabilizados pelos
seus actos perante ninguém.
Com o derrube das fronteiras, propagou-se a instabilidade social,
com consequências dramáticas. E com a desculpa de pôr termo às
mesmas, prepara-se agora um assalto estatal aos cidadãos, através
da utilização das notas do Euro.

Apeiron Edições | 33
Rainer Daehnhardt

Em início de Outubro de 2008, lançou-se uma operação surpresa na


maioria dos aeroportos alemães, inspeccionando-se os passageiros
(obrigando muitos a despirem-se até), para verificar quanto dinheiro
levavam consigo. Tinha surgido uma directiva de Bruxelas no sentido
de que ninguém deve andar com mais de 7000 Euros. Todas as quantias
superiores a esta foram confiscadas até que os seus possuidores pudes-
sem explicar a origem do dinheiro e a razão para andarem com ele.
Os comissários de Bruxelas querem o controlo orwelliano sobre
a circulação do dinheiro. Com a desculpa de procurarem dinheiro de
droga ou de lavagem de dinheiro, metem as suas mãos sujas nos bolsos
dos cidadãos e no dinheiro deles, produto do seu trabalho, que não diz
respeito aos “insectóides”.
Semanas antes mandaram parar 5000 viaturas numa estrada muito
movimentada em França e examinaram o conteúdo das mesmas, à
procura de tudo o que fosse ilegal, incluindo qualquer quantia de di-
nheiro considerada suspeita. O montante máximo permitido era o de
7000 Euros. Porém, quando alguém vestido com calças de ganga e sa-
patos de ténis tinha na sua posse quantias inferiores, confiscavam as
mesmas para o obrigar a provar a sua origem, dado que a mesma
lhes parecia “suspeita”.
Está em discussão a criação de novas notas de 200 e de 500 Euros,
com a implantação de um chip que faz apitar a sua presença em detec-
tores especiais, que se tencionam instalar em estações ferroviárias, por-
tos e aeroportos.
George Orwell há muito que está ultrapassado. As notas de dinheiro
já se tornaram nas novas ferramentas da escravização global!

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CAPÍTULO VI
_______________________________
EURO – A MOEDA EUROPEIA SOB AMEAÇA DE MORTE

Tem sido relativamente comum no decorrer da História, que du-


rante confrontos políticos entre Estados, prisioneiros peritos em falsifi-
cação de moedas sejam libertados e lhes seja encomendada a produção
de grandes quantidades de notas do país adversário. Uma vez lançado
no mercado financeiro internacional, este dinheiro falso, enquanto não
é descoberto, acaba por enfraquecer as moedas verdadeiras, e conse-
quentemente a economia do país emissor. Ainda há poucos anos, fo-
ram retirados de um lago da Baviera milhões de notas de libras ingle-
sas tão bem falsificadas que certamente passariam por autênticas. Tra-
tou-se de uma das “armas secretas” do Governo alemão que não che-
gou a ser utilizada.
Agora, porém, tudo mudou! Alguém tomou o euro como alvo e está
a combatê-lo de uma forma única, nunca antes vista. Já são dezenas os
bancos europeus que deram o alarme, tornando-se cada vez mais difícil
esconder ao público esta nova frente de guerra, cuja existência e modus
operandi desafia a mais fértil das imaginações. Milhares de notas de euro
estão a ser devolvidas aos bancos pelos seus portadores, porque se está a
verificar que as mesmas se desfazem. Não só se partem com facilidade
nas suas dobras, como até se desmancham em milhares de fragmentos
apenas com um simples toque de mãos. Aflitos, os portadores correm
aos bancos para as trocar por notas novas. Perante esta insólita situação,
inicialmente pensou-se tratar-se de notas falsas. Contudo, exames cuida-
dosos revelaram o inesperado: trata-se de notas verdadeiras que alguém
está a submeter a algum tipo de “tratamento” (talvez por mergulho em
alguma substância) que as faz reagir ao suor humano, de modo a que se
desmanchem através do seu simples manuseamento.

Apeiron Edições | 35
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Todas as investigações levadas a efeito até hoje para se tentar des-


cobrir o responsável por este “ataque” às notas de euro têm sido infrutí-
feras, havendo mesmo quem tenha pensado que algo estaria generica-
mente mal com as próprias notas.
Paralelamente, estão a surgir de novo alertas acerca da mistura de
dois metais nas moedas de euro, que comprovadamente são prejudici-
ais à saúde pública.
A total ausência de respeito (ou amor) ao euro, que se generalizou
nos países a ele submetidos, tem agora um novo tema de discussão.
A precariedade física das notas poderá levar a que muitas pessoas quei-
ram livrar-se das mesmas, evitando guardá-las nos colchões como fre-
quentemente ainda se verifica.
Nos meios financeiros internacionais é sabido que o dólar norte-
-americano está a lutar pela sua sobrevivência. A dívida pública ameri-
cana é superior à soma de todas as dívidas estatais globais. O perigo da
introdução da venda de petróleo em euros, já anunciado pela proposta
das duas grandes novas bolsas de petróleo a inaugurar em breve
(Teerão e Moscovo), bem como o lançamento maciço de dólares norte-
-americanos no mercado internacional pela República Popular da Chi-
na (de momento o maior detentor desta moeda) podem facilmente
causar a ruptura financeira da divisa norte-americana, o que trará con-
sequências graves para a economia mundial.
Mas porquê agora este ataque maciço, e até físico, contra o euro?
Será a preparação de uma vingança de algum mau perdedor?

36 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

CAPÍTULO VII
_______________________________

O RENASCIMENTO DAS MOEDAS REGIONAIS

A grande maioria dos media europeus mantém-se calada em rela-


ção ao aparecimento de formas de pagamento regionais, dentro da zo-
na do Euro. O jornal suíço “ZEIT-FRAGEN” (edição de 15 de Dezembro
2008, 16º ano, nº 51) dedicou, porém, as suas primeiras duas páginas
exclusivamente a este assunto.
Informa que já existem em circulação 16 (dezasseis) moedas regio-
nais, e com crescente aceitação por parte das populações!
Os benefícios regionais são de tal ordem, que, facilmente, podem
substituir o Euro, quando tal for considerado conveniente!
Por exemplo, as cédulas, também consideradas vales, denominadas
“CHIEM-GAUER”, que de momento já existem em 640 estabelecimen-
tos comerciais nesta zona da Alta Bavária, que aderiram aos pagamen-
tos em notas de Chiemgauer.
Os “Chiemgauer“ são vales regionais, emitidos com a classificação:
“Vereins-interner Régio-Gutschein”, ou seja, vales internos de uma as-
sociação regional. São emitidos nos valores de 1, 2, 5, 10, 20 e 50 Chi-
emgauer, atribuindo-se a cada Chiemgauer o valor de um euro.
O Governo Alemão Federal não sabe o que deve fazer! Se proíbe a
circulação, tem parte da população bávara contra si, o que é politicamen-
te inconveniente. Se permite a sua circulação, age contra ordens secretas
de Bruxelas, que, preferivelmente não são mencionadas em público.
Como a circulação dos Chiemgauer, é “apenas” de três milhões de euros
por ano, consideram que o assunto não requer especiais cuidados.

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Rainer Daehnhardt

Onde está a diferença entre o Chiemgauer e o Euro? A associação


que emite o Chiemgauer assume o dever de reaceitar estes vales e de
os pagar em euros.
Nos euros, porém, ninguém assume responsabilidade de nada!
A troca de Chiemgauer por euros tem, porém, um grande senão!
Sofre uma desvalorização de 5%. Assim, quem tiver 100 Chiemgauer,
que só têm validade na região do Chiemgau, vai ter de os gastar nesta
região, para não perder os tais 5%. Não faz sentido levá-los para fora,
pois não possuem valor e para os cambiar em euros perdem-se 5%.
Com este sistema, levantou-se a Alemanha nos anos trinta, causando
náuseas aos banqueiros globalistas, que não têm assim qualquer lucro.
Com a circulação do Chiemgauer, fica o dinheiro na região, circu-
lando do padeiro para o sapateiro e deste para outro trabalhador, que,
de novo, o gasta no talho ou qualquer outro comércio da vila.
Para evitar que alguém acumule esta riqueza criada pela força do
trabalho real, limitou-se a sua circulação pelo espaço de três meses,
datando todos os vales. Assim, os mesmos têm de ser gastos ou troca-
dos, neste último caso com uma perda de 5%.
Esta ideia da punição indirecta para quem acumulasse riquezas em
dinheiro, já fora inventada no século XIII pelo Imperador Frederico
Barba Roxa, com resultados altamente benéficos para o bem-estar do
seu povo. Podemos assim olhar de forma positiva para a cada vez mais
real probabilidade do desaparecimento do Euro. Vai significar um des-
calabro do sistema financeiro e bancário ainda vigente, mas uma trans-
formação positiva para a Humanidade.
Quem pensa que nós não temos capacidades para criar moeda sepa-
rada de Bruxelas, engana-se. Já nos anos vinte e trinta do século XX,
houve muitas câmaras municipais portuguesas que fizeram frente à
falta dos pequenos trocos, emitindo vales camarários, de circulação
geral, que corriam como moeda legal.

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Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

Ainda na década dos anos setenta, houve casas comerciais em Ponta


Delgada que, perante a grave crise da falta de pequenos trocos, carim-
bavam fragmentos do seu papel de embrulho, no qual escreviam um
valor para vale, devidamente assinado e carimbado pela funcionária da
caixa. Outros estabelecimentos houve, que imprimiram vales de pe-
quenos valores, para trocos, com tal qualidade, que o Governo Regional
pediu para os mesmos não serem postos em circulação, porque revela-
vam a grande facilidade com que se poderia criar moeda regional pró-
pria, o que era, então, considerado politicamente inconveniente (o re-
sultado foi o arredondamento dos preços, algo altamente prejudicial
para a população).

Apeiron Edições | 39
Rainer Daehnhardt

Mais informações sobre o tema:


www.zeit-fragen.ch
http://www.chiemgauer.info/
http://www.regiogeld.de/

Bibliografia sugerida
- KENNEDY, Margrit, Lietaer, Bernard (2004): Regionalwährungen-
Auf dem Weg zu nachhaltigem Wohlstand, München.
- GELLERI, Christian (2005): Assoziative Wirtschaftsräume in Fra-
gen der Freiheit, Bad Boll.
- GESELL, Silvio (1986): Die natürliche Wirtschaftsordnung – Durch
Freiland und Freigeld, Lauf.
- LIETAER, Bernard A. (1999): Das Geld der Zukunft – über die de-
structive Wirkung des existierenden Geldsystems und die Entwicklung
von Komplementärwährungen, Pössnek.

40 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

CAPÍTULO VIII
_______________________________

DESMORONAMENTO FINANCEIRO PLANEADO

Quando um ex-ministro, ainda com funções de relevo no mundo da


economia, proclama, publicamente, que estamos a assistir ao desmoro-
namento do sistema financeiro; quando os maiores banqueiros e estadis-
tas nos dão a entender que estão no fim “do seu latim”, surge a pergunta:
como foi possível deixar a liderança do dinheiro chegar a este estado?
Será apenas a ganância de alguns?
Será mediocridade e incompetência?
Será que é a obediência cega a organizações secretas que está por
detrás disto?
Será banditismo de grupos financeiros?
Basta ler os Protocolos dos Sábios de Sião, para se reconhecer que
tudo está planeado desde longa data. Passo a passo, executa-se o plano
maléfico dos discípulos de Mammon (Deus do Dinheiro), que prevê
uma diminuição drástica da população mundial por meio de guerras,
epidemias e assassinatos em massa através de vacinações impostas…
Para tal, tornou-se necessário conseguir o controlo total dos media, dos
governos e das instituições financeiras e religiosas.
Os Estados Unidos da América foram a primeira nação a substituir
DEUS pelo dólar. O vil dinheiro é motivo de pensamento diário para a
maioria dos americanos. Raras são as vezes em que se consegue assistir
a conversas entre americanos onde não surja, com estranha frequência,
a palavra dólar!
Descendentes de desenraizados, que tudo deixaram para trás em
busca de fortuna, perderam o cordão umbilical mental com as suas
pátrias-mãe. Perdidos no tempo e no espaço, são como folhas que o
Outono arrancou da árvore ancestral e o vento empurra para apodrece-

Apeiron Edições | 41
Rainer Daehnhardt

rem, algures, numa valeta. Julgam-se livres no seu voo, não se aperce-
bendo de que é de uma queda que se trata. Agarram-se ao racionalismo
material, considerando a sua vida como a única hipótese para obterem
tudo o que desejam. Assim, não há nada que os pare na sua ganância
insana, sem ética nem moral. Para os seguidores de Mammon, a caça
ao dinheiro explica tudo e permite tudo. As piores atrocidades que se
cometem são “compreensíveis”, porque são feitas “apenas” na busca do
dinheiro fácil.
Porém, Mammon não se apoderou apenas dos EUA. Toda a União
Europeia é sua vassala! A queda do sistema financeiro, a instalação do
medo e da insegurança, a proposta da salvação do mundo por um Mes-
sias “mamónico” que promete salvar do caos, são as armas utilizadas
para alcançar os seus objectivos.
A instalação dos chips nos automóveis faz parte dos planos de Mam-
mon. Já a implantação dos chips nos animais domésticos, no número de
contribuinte e no cartão de cidadão, são partes do mesmo processo.
O correio electrónico, as “ofertas” de computadores a analfabetos
para os viciar em dependências que permitem o controlo à distância,
são outros exemplos destes planos. O escravo ideal é o escravo satisfei-
to, que ignora ser escravo contribuinte para a maior miséria a que a
Humanidade alguma vez esteve exposta: a servidão a Mammon!

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Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

CAPÍTULO IX
_______________________________

NOTAS FALSAS ASSUMIDAS COMO VERDADEIRAS

Ao que se chegou! O nível das falsificações das notas do Euro já é


tal que as máquinas examinadoras não as detectam.
Assim, o que interessa hoje não é serem verdadeiras ou não. O im-
portante é que “passem” pela máquina, sem que esta reclame.
A “Zona Euro” não é um país, mas uma espécie de polvo que estende
os seus tentáculos à volta do globo, a todos os locais onde os seus “farra-
pos de papel” são aceites (farrapos esses que nem indicação trazem de
quem por eles se responsabiliza). Deveria chamar-se “Absurdistão”.
Nem é na Europa sequer que mais notas falsas estão agora a aparecer,
mas sim noutros continentes, precisamente nas áreas de acção dos seus
tentáculos, onde a verificação da sua autenticidade se torna mais difícil.
Uma das mais repetidas promessas vazias que se propagaram aos
quatro ventos, quando se impôs (sem plebiscito) esta pseudo moeda, foi
a de se tratar de notas impossíveis de falsificar, o que tornaria a sua
circulação muito mais segura.
Rapidamente se verificou o contrário! As primeiras falsificações,
ainda ingenuamente fabricadas em boas máquinas fotocopiadoras, tive-
ram vida curta.
O seu papel não era apropriado e careciam de hologramas de quali-
dade. Também eram detectáveis por desconhecimento dos dois segredos
que sempre se evitou mencionar. Um foi entretanto descoberto. Refiro-
-me à necessidade das notas “tocarem a Raspa”. Para ser mais claro: na
parte superior das notas existe um grupo de linhas paralelas verticais em
alto-relevo. Passando com a unha por cima delas (ou seja, “raspando”)
provoca-se um som parecido com: “TAC-TAC-TAC-TAC-TAC-TAC-TAC-

Apeiron Edições | 43
Rainer Daehnhardt

-TAC-TAC…”. As falsificações por meio de fotocopiadoras não conse-


guem produzir este efeito, o que tornou fácil a sua detecção.
Entretanto, muitos bancos introduziram máquinas de contar notas
que também detectavam tais erros, recusando a sua aceitação.
O BANCO CENTRAL EUROPEU ainda reportou, em 2010, a retira-
da de cerca de 750.000 notas falsas de Euros e indicou recentemente,
com uma certa satisfação, que o quantitativo de notas falsas em circu-
lação apreendidas em 2011 baixou para 606.000 exemplares.
Para os ingénuos, trata-se de um sinal positivo, pois parece que a in-
trodução das máquinas verificadoras baixou o volume de falsificações
de Euros em circulação.
Acontece porém que a boa colaboração das polícias dos diferentes
países, no que diz respeito à fabricação de dinheiro falso, teve resulta-
dos muito melhores ainda. Descobriram, por exemplo, oficinas no Sul
da Itália, na Bulgária e na Lituânia, que trabalhavam com alta tecnolo-
gia chinesa. Os seus produtos tornaram-se muito difíceis de reconhecer.
O pior, porém, é a crescente desconfiança criada por países mem-
bros da Zona EURO, que estão a colocar grandes quantidades de notas
verdadeiras, mas não autorizadas, em circulação, para tentar melhorar
as suas contas.
Portugal é dos poucos países que não estão sob esta suspeita. Até pe-
la simples razão de não nos ter sido permitido imprimir notas de 200
Euros e de 500 Euros. Em Bruxelas e Frankfurt consideram-nos um país
secundário e de pouco peso que não necessita de imprimir notas gran-
des. Com a vizinha Espanha já esta situação muda de figura.
Assim, existe o perigo de uma espécie de “inflação tolerada, por im-
possibilidade técnica da sua anulação e ausência de vontade política de
verificar quem está por detrás”.

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Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

Com isto cai mais e mais a confiança em relação ao dinheiro papel


(algo já previsto pelos “Protocolos”) e, assim, essa perda de confiança é
até bem-vinda pelos defensores da implantação do chip.
A título de mera curiosidade, refira-se que Portugal é a nação à qual
já por duas vezes coube um papel interessante no que diz respeito ao
dinheiro papel. No fim do século XVIII, quando o Governo Central im-
pôs a aceitação de dinheiro papel nas ilhas açorianas, os açorianos junta-
ram todo o dinheiro papel, algo aos seus olhos obviamente sem valor, e
fizeram uma fogueira gigante, destruindo-o na sua totalidade. Deve-se
mencionar que poucos anos antes já tinham sido forçados por decreto do
Governador a aceitar moedas falsas em cobre banhadas a prata, algo que
levaram muito a mal (ainda por cima, as falsificações tinham sido feitas
por um familiar do Governador). Também foi apenas Portugal que teve
um Alves dos Reis que mandou, por sua conta e risco, imprimir notas de
500 reis na tipografia britânica que fornecia o dinheiro a Portugal, colo-
cando as mesmas em circulação através do seu banco em Angola (algo
que incrementou substancialmente o comércio angolano).
Serenamente, assiste-se em Portugal à agonia do Euro e fazem-se
listas dos implicados no roubo do Escudo Nacional, que chegou a ser a
6ª moeda mais forte do mundo, coberto pelas 866 toneladas de ouro,
postas de parte, para este efeito.
As últimas notícias saídas do Banco Central Europeu confirmam a
classificação da UE como sendo uma espécie de “Absurdistão”. Todos os
países membros pagaram a sua parte a um fundo de aposentações dos
funcionários e deputados da organização da UE. Estes não apenas esti-
pularam pensões base, na ordem de nove mil euros (mensais), como
(tocados pela ganância) jogaram à roleta com este fundo de pensões.
Aconteceu o que era de esperar! De repente desapareceram, ninguém
sabe bem como, nem por culpa de quem, 85 milhões de euros. Óbvio é
que cabe aos contribuintes dos Estados Membros reporem este dinhei-

Apeiron Edições | 45
Rainer Daehnhardt

ro, porque seria impensável os eurodeputados ficarem sem as suas pen-


sões. Quem ainda tiver a ingenuidade de pensar que estes não sabem das
quantidades de euros que estão a ser impressos e lançados no mercado,
legal ou ilegalmente, falsos ou verdadeiros, vai então saber que os repre-
sentantes dos funcionários do Banco Central Europeu apresentaram no
Tribunal da Comunidade Europeia uma queixa, pois não aceitam que as
suas pensões estejam sujeitas ao perigo da inflação. Exigem mesmo que
seja criado um estatuto especial que crie (apenas para eles) uma PRO-
TECÇÃO ANTI-INFLACIONÁRIA para as suas reformas.
Não apenas cometem ou dão cobertura ao crime, como criam a le-
gislação que os protege dos efeitos do mesmo!
Parece a raposa a apresentar queixa pelo perigo de haver falta de
galinhas nos galinheiros!
Aproxima-se um tornado ou o tempo da grande vassourada!

46 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

CAPÍTULO X
_______________________________

NÃO DERRETAM OS ESCUDOS!

Em 11/11/2011, o jornal “SOL” publicou, na pág. 13, um artigo intitu-


lado “MOEDAS DE ESCUDO VÃO SER DERRETIDAS – Toneladas de
moedas aguardavam destino há anos. Liga metálica ainda vale dinheiro”.
Apetece-me gritar: “POR AMOR DE DEUS, NÃO FAÇAM ISTO!”
Alguém teve o bom senso de guardar as moedas e de as colocar sob
protecção militar.
Havendo uma necessidade repentina, podem ser recolocados em
circulação, em dias. Como aliás também se guardaram as guaritas
dos postos fronteiriços, permitindo o fechar das fronteiras num es-
paço de 24 horas.
Se o escudo for reintroduzido, estas moedas podem satisfazer as ne-
cessidades imediatas até se criarem novos cunhos. A emissão do dinhei-
ro-papel é fácil. Basta ter chapas bem guardadas e colocar as impressoras
a trabalhar. No caso das moedas é mais complicado. O seu fabrico é mais
caro e exige mais tempo. Em momentos de aflição, temos de nos socor-
rer de uma das nossas melhores armas, o sistema do “desenrascanço”.
Não ter derretido as moedas permite esta possibilidade. Decidir der-
reter agora é pior do que insensato; até parece uma birra ou má vonta-
de para com o próprio passado.
A substituição das moedas nacionais pelo Euro foi um dos maiores
roubos da história da humanidade e devia ser tratado como caso de
polícia. Os portugueses não tiveram voto na matéria. Nunca houve um
referendo neste sentido. O mesmo aconteceu em muitas outras nações;
o que não anula o crime.

Apeiron Edições | 47
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A destruição das moedas nacionais faz lembrar as ordens quinhen-


tistas de conquistadores, que mandaram queimar as embarcações, para
ninguém poder voltar para trás.
No caso das moedas retiradas de circulação, até fabricaram máqui-
nas para a destruição das mesmas. Custavam 5.500 contos cada uma.
Estava “previsto” Portugal adquirir uma dúzia delas. Porém, houve
quem se opusesse. Portugal não as comprou! As outras nações europei-
as, que se deixaram levar na onda da globalização, adquiriram estas
máquinas e destruíram as suas moedas. Como sobraram máquinas (não
estava previsto Portugal não as comprar), chegou-se a oferecer seis de-
las, a título gratuito, ao nosso país. Nunca foram aceites, nem levanta-
das. As moedas ficaram!
Falar agora no valor metálico é um absurdo. Não estão a ver que
todas estas moedas são documentos históricos de uma época, quando
Portugal ainda era Portugal, uma nação soberana e independente?
Tratou-se da 6ª moeda mais forte do mundo, que chegou a ter cober-
tura em ouro. Para onde foram as 866 toneladas de ouro, de cobertura
em ouro para a moeda nacional, deixadas pelo Estado Novo?
Cada uma destas rodelas metálicas circulou em mãos de portugue-
ses em troca do seu esforço de trabalho verdadeiro e deve ser respeita-
da como tal.
O escudo não é apenas uma grande moeda de prata, criada pela Re-
pública, em substituição da de mil reis. O escudo surgiu como moeda
de ouro no fim da Idade Média, quando se criaram moedas de escudo e
de meio escudo. D. Afonso V chegou a mandar cunhar o escudo em
ouro, após a batalha de Toro e D. João III mandou cunhar o escudo em
ouro, dedicando toda a Ásia ao apóstolo São Tomé. O escudo foi nosso
protector, em ambos os sentidos da palavra. Tanto como arma defensi-
va, segurada na mão esquerda, enquanto a direita manejava a espada,
como de moeda protectora do reino.

48 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

É interessante saber-se que a esmagadora maioria das moedas de


ouro lusas quinhentistas (para não dizer mesmo a totalidade), não foi
cunhada com ouro vindo da Ásia, mas com o ouro com o qual os co-
merciantes estrangeiros nos pagavam as especiarias arrematadas no
Terreiro do Paço, que a partir daí passou a chamar-se Praça do Co-
mércio. O nosso ouro nasceu como resultado do comércio. Não nos
foi oferecido, nem nunca surgiu como empréstimo ou venda disfar-
çada de soberania!
Nosso escudo foi respeitado, por meio milénio, em todo o mundo.
Nós devemos respeito ao nosso escudo.
No mínimo, devíamos expor grandes partes dessas moedas em
expositores gigantes e explicar a sua história às futuras gerações.
Mandar derreter o Escudo é um crime de lesa Pátria!

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CAPÍTULO XI
_______________________________

CONSIDERAM-NOS PIGS, “PORCOS”,


QUE DEVEM SER EXPULSOS

É preciso ter descaramento! Então não é que em Bruxelas nos con-


sideram “PORCOS, A EXPULSAR DA COMUNIDADE EUROPEIA?!!!”
Nunca o povo português foi tido nem achado em questões de en-
trada na CEE, na CE ou na UE!
Nunca tivemos voz, quando nos roubaram o escudo ancestral e nos
impingiram o euro, que não passa de uma burla gigante.
Ofereceram-nos dinheiros comunitários, que nos caíram em cima
como quedas de granizo; grande benefício para alguns e grandes estra-
gos para outros.
Sempre soubemos que acabariam por criar “europeus de 1ª e de
2ª”. Agora já temos de 1ª, 2ª, 3ª e até pretendentes a 4ª. Já nem a geo-
grafia sabem!
Puxaram de tal modo os cordelinhos dos media obedientes e das
organizações secretas por detrás dos bastidores da política internacio-
nal, que sempre nos surgiram representantes secretamente anti-
-portugueses, meras pontas de flechas de interesses globalistas.
Que houve entre nós quem abusou destes fundos, espalhados de
forma indevida e pouco controlada, é uma triste realidade, que em na-
da nos honra. São casos de polícia! Agora, classificar-nos de “porcos”,
que devem ser esquartejados ou expulsos, é uma outra realidade.
Vejamos quem é que nos acusa:
 Um grupo de Comissários, com mais nódoas no seu passado do
que os registos criminais de muitos dos nossos encarcerados;
 Um Parlamento, com tal número de infractores das leis éti-
cas e morais (ainda vigentes na maioria dos estados mem-

50 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

bros), que não será para admirar que, futuramente, sejam


acusados como membros de organizações de malfeitores.

O que se esbanjou e desviou de dinheiros públicos, em Bruxelas,


não tem paralelo nem nos piores dos nossos politiqueiros, sendo apenas
comparável às actuações dos nossos servos de Mammon, ligados aos
jogos da Banca Internacional.
Por isso, e tal como diz o ditado: “Quem tem telhados de vidro, não
deve atirar pedras ao do vizinho!”
É interessante descobrir-se, que o carimbo de “porcos”, embora vin-
do de Bruxelas, teve origem em quem manda às escondidas no Fundo
Monetário Internacional, uma famigerada organização orwelliana, que
apenas serve os interesses de um grupo de elite.
Houve quem se sentasse à mesa e despejasse o seu ódio contra al-
gumas nações, ordenando a sugestão da punição das mesmas. Os no-
mes que colocou num papel foram os da Grécia, Itália, Espanha e Por-
tugal. Como velho cabalista moseísta germânico, transformado em
americano, cultivou a sua aversão contra os que considera indisciplina-
dos. Nunca suportou os gregos; despreza os italianos e considera a Es-
panha e Portugal, bem como todos os “latinos” em geral, potenciais
desordeiros, a necessitarem de trela curta!
Brincando com os nomes destas nações, pelas leis dos anagramas,
serviu-se apenas da primeira letra de cada um dos países postos no alvo e
reagrupou as mesmas para que formassem algo. Saiu-lhe a palavra
“PIGS” (“P” de Portugal, “I” de Italy, “G” de Greece e “S” de Spain). Deve-
-lhe ter causado gozo especial ter conseguido tal proeza! O seu anagrama
resultou num nome de um animal, a seu ver, nojento e não comestível.
Porém, DEUS escreve direito por linhas tortas. Se olharmos para a
numismática antiga, descobrimos que a representação do javali, tanto
entre os gregos, como entre os romanos, os iberos e lusitanos, é das

Apeiron Edições | 51
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mais nobres representações de animais, apenas comparável com a re-


presentação do cavalo.
Na Lusitânia, a Divindade ENDOVELLICUS é representada pelo ja-
vali. Os povos celtas consideravam o javali como o expoente do culto
da fertilidade, alcançada na conjunção da água e da terra, merecedora
de respeito e carinho.
Se a sua ideia, introduzida pela porta do FMI, foi a de nos enxova-
lhar, vai-lhe sair o tiro pela culatra, porque está a acordar forças telúri-
cas ancestrais, que ninguém consegue parar.
Em Bruxelas resolveram, em aflição, juntar mais um país ao grupo,
adicionando-lhe mais uma letra, para disfarçar o resultado. Acrescenta-
ram mais um “I” de Ireland, criando assim os “piigs”. Pouca diferença
faz. O nome já havia passado, com gargalhada, pelos gabinetes e destes
para os media. Não se explicou em parte alguma por que razão não
incluíram também a França e diversos outros países membros, todos
até, no mesmo caldeirão. A diferença das contas apresentadas é, afinal,
bem pequena.
Agora vão propor sanções punitivas aos “porcos”, entre os europeus,
criando fossos bem mais fundos dos que já tinham conseguido com a
criação das diferentes classes de europeísmo.
Os irlandeses não gostaram e apontam as culpas aos servos de
Mammon, nas suas próprias fileiras. Assim, o jornal diário “DAILY
STAR” chegou a inflamar a população, mostrando fotos dos ex-directores
da Anglo Irish Bank e da Irish Nationwide Building Society, propondo
que fossem fuzilados, por terem causado um prejuízo de 25 mil milhões
de euros ao país.
Na Grécia, fala-se abertamente no corte de ligação das ilhas a Ate-
nas, caso a proposta da venda e evacuação de ilhas gregas, para fazer
face ao gigantesco deficit, seja levado avante.

52 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

A Itália está no meio de mais uma de tantas crises sem fim à vista
e Espanha e Portugal já se preocupam de novo com a soberania das
suas ilhas.
O que as ordens dadas pelo tal cérebro “momentaneamente ameri-
cano” podem causar, viu-se bem, quando visitou, em 6 de Dezembro de
1975, um país vizinho de uma parcela asiática de território português e
deu luz verde para uma invasão, que causou cerca de 200.000 vítimas,
em terras então ainda lusas.
Quando foi acusado pelo Tribunal Internacional de Haia, os Estados
Unidos retiraram o seu apoio a este tribunal, avisando que, se algum
cidadão americano fosse alguma vez acusado, invadiriam a Holanda.
Já Orwell mostrou, na sua obra “ANIMAL FARM”, que “todos os
animais são iguais, mas uns são mais iguais do que outros”.
É curioso saber-se que a sua obra foi traduzida para o português com
o título “O TRIUNFO DOS PORCOS”. Será que vem mesmo a propósito?
A sua obra mais famosa, “1984”, teve primeiro o título “LAST MAN
IN EUROPE”. Será isto também uma dica em relação ao português, que
sempre terá os Açores como último refúgio da lusitanidade?
Dá que pensar!

Monumento às origens da lusitanida-


de no parque do Museu Luso-Alemão.
Um dólmen erguido por três centenas
de voluntários do Regimento de Infan-
taria Um (Conde de Lippe), encabeça-
do por uma escultura de Endovélico,
representado por um javali.

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CAPÍTULO XII
_______________________________

A NECESSIDADE DE RESPONSABILIZAR OS POLÍTICOS PELOS


ESTRAGOS QUE CAUSAM COM AS SUAS ACÇÕES

Qualquer automobilista é responsabilizado pelas suas acções no trânsito.


Um restaurante é responsabilizado pelo que serve à mesa.
Um médico é responsabilizado pela sua conduta profissional.
Então, por que razão nenhum político é responsabilizado pelos seus actos?
Instalou-se mundialmente um sistema de intocabilidade religiosa em
dois meios fortemente interligados, que são o financeiro e o político.
O pior que pode acontecer a um financeiro ou a um político é não
ser reeleito para o seu cargo. As desgraças que as suas actuações cau-
sam a tanta gente são consideradas irrelevantes.
Isto está profundamente errado!
Procurar vestígios de corrupção, para ver se algum banqueiro ou
governante acumulou fortunas pessoais de forma ilegal, é apenas um
levantar de uma cortina de fumo, para não mostrar a verdadeira gravi-
dade da situação.
Os seus comportamentos devem ser vistos, individualmente, co-
mo as origens das feridas, que as suas acções causaram, com efeitos
nefastos, ao povo e à pátria, que supostamente deviam defender.
Proponho que pessoas qualificadas “avaliem a performance” (per-
mito-me, neste caso específico, usar a terminologia dos próprios), de
todos os políticos que ocuparam cargos no pós-25 de Abril de 1974.
Apoderaram-se de uma nação que existia em harmonia desde a Ilha
do Corvo até Macau.
O que fizeram dela?
Deve-se calcular, em números, os prejuízos que as suas actuações
causaram, não apenas à metrópole, mas também aos povos ultramarinos.

54 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

Deve-se criar um escalão onde se atribua as percentagens de peso


nas decisões, que correspondam a cada lugar governamental e por dia
de ocupação.
De seguida, deve-se procurar saber quais foram as pessoas que ocu-
param estes lugares e qual o montante de estragos por elas causados.
Logicamente, devem ser responsabilizados pessoalmente; a igual-
dade de direitos e deveres com todas as outras profissões a isto obriga.
Não existe fundamento lógico que justifique que os governantes
não possam ser chamados à responsabilidade. Qualquer taxista, talhan-
te, dentista ou educador é responsabilizado pelos seus actos.
Um julgamento público, devidamente transmitido pelos media, é
suficiente para acabar com o assassinato da identidade nacional e con-
seguir o restabelecimento imediato da soberania!
Qualquer um dos políticos responsabilizados deve ter direito de de-
fesa e explicação do porquê das suas acções.
A justiça e a ordem pública têm de prevalecer!
Se as suas acções forem consideradas justificáveis perante o povo e
a pátria, será absolvido.
Se as suas acções forem causadoras de endividamento da nação, do
empobrecimento (espiritual ou monetário) do povo, terá de tentar in-
demnizar a nação e o povo. Caso não tenha bens suficientes para fazer face
ao peso dos danos, terão de responder todas as pessoas, firmas (incluindo
os seus accionistas), ou instituições, que lucraram com as suas decisões,
dentro dos montantes por eles indevidamente recebidos, para que se repo-
nha o estado da Nação ao nível da data da sua tomada de posse.
Este julgamento terá, como consequência imediata, a dissuasão do
aparecimento de novos caçadores de fortunas fáceis na governação.
Isto, por sua vez, será a vassourada de limpeza ética que uma profis-
são (que devia ser merecedora de respeito) necessita urgentemente.

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Quando o Dr. António de Oliveira Salazar assumiu a sua longa ca-


minhada para tirar a pátria do endividamento estrangeiro e para a cria-
ção de uma das mais fortes e respeitadas moedas então existentes, to-
talmente coberta por reserva de ouro, apenas pediu que lhe fosse pago
o mesmo ordenado que recebia enquanto professor da Universidade.
Nunca aceitou mais um tostão. Nunca possuiu um grão de areia que
fosse numa conta off-shore, nem desviou fortunas para familiares seus.
Um verdadeiro GOVERNANTE tem de ser RESPONSÁVEL pelas
suas acções, como qualquer cidadão comum.
Já assim era no tempo de Viriato e no futuro terá de o ser de novo!

O ARCANJO JUSTICEIRO ao
lado de NOSSA SENHORA.
Xilogravura do reinado de
D. João I.
Museu Luso-Alemão.

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Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

CAPÍTULO XIII
_______________________________

PORTUGAL
EXPERIÊNCIA PILOTO À DERIVA?

No final dos anos cinquenta discutia-se no meio diplomático es-


trangeiro em Lisboa, quantos anos Portugal ainda teria para aguentar o
seu Ultramar. A terminologia usada era, obviamente, a de “colónias”,
embora Portugal, já muito antes, as tivesse transformado em Províncias
Ultramarinas. As excepções eram os Distritos das Ilhas Adjacentes e o
Estado da Índia Portuguesa. Devo mencionar que é precisamente este
último, perdido em 1961, por anexação forçada por um estado vizinho
recentemente criado, a única parcela do antigo Portugal que ainda
mantém grande parte das leis lusas.
Liderados pelos Estados Unidos da América, que ofereceram a in-
dependência às Filipinas, sua ex-colónia, a Grã-Bretanha, a França e a
Bélgica começaram, em 1946, a descartar-se das suas responsabilidades
para com as suas colónias espalhadas pelo mundo.
Nenhuma destas potências assumiu um papel com estes povos da
mesma forma com que Portugal se identificou com as populações in-
dígenas das diferentes parcelas que integravam o Mundo Português.
Esta é a grande diferença, que ainda hoje não é compreendida por
muita gente!
Houve diplomatas que chegaram a apostar caixas de espumantes,
na convicção de que meio ano de caos interno nestes territórios chega-
ria para Portugal se retirar destes!
Um factor de relevo foi a descoberta de petróleo em Cabinda. Já
não era apenas a situação estratégica no Índico e Atlântico, com grande
peso na rota do petróleo vindo do Médio Oriente, que se colocava nos
pratos da balança dos interesses globalistas, mas agora também a hipó-

Apeiron Edições | 57
Rainer Daehnhardt

tese de comprar petróleo, a preços baixos, a organizações de “liberta-


ção”, devidamente orquestradas, financiadas e endividadas.
Um desses diplomatas orgulhou-se, mais tarde, de ter sido o autor
da “Libertação de África dos Portugueses”. O seu dossier chamou-se
“THE DEMOCRATIZATION OF AFRICA“ e causou milhões de mortos!
O Portugal da segunda metade do século XX era grande, rico e des-
pertava cobiça. Não havia ódio colonial contra os portugueses nestes
territórios. Este chegou de fora, nos anos sessenta e setenta, por organi-
zações internacionalistas, algumas delas religiosas.
O Mundo Português não se perdeu no campo da batalha militar!
Estas guerras deram-se com forças indígenas locais e forças da metró-
pole, lutando lado a lado, integradas até umas nas outras, contra o ini-
migo comum, que era nitidamente de fora ou a soldo de gente de fora.
O Império Português desmoronou por excesso de dimensão, falta
de orientação e de oposição à coordenação internacional de forças ocul-
tas. Estas, desde há bastante tempo, colaboram na aniquilação das na-
ções, famílias e religiões. Assim, mais facilmente, podem instalar o seu
Governo Mundial. Pretendem uma drástica diminuição das populações,
visto não precisarem de tantos escravos. Para isso, manejam a alta fi-
nança a seu bel-prazer, lançando guerras, fomes e epidemias.
A ingenuidade geral da lusa gente, que não consegue acreditar que
haja tanto mal no mundo, e a total ausência de conhecimento sobre o
que se está a passar secretamente por detrás das cortinas da política
internacional oficial, fez de Portugal uma presa fácil.
As pontas de flecha defensoras de interesses globalistas, desde há
muito entre nós instaladas, chegaram a oferecer a Pátria de Nuno Ál-
vares Pereira e Afonso de Albuquerque como local ideal da instalação
de experiências piloto.
Internacionalmente, precisava-se de um povo pequeno, de cariz eu-
ropeu, para servir de cobaia a diferentes planos de actuação. Parecia ser

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Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

mais fácil observar numa nação de pequena dimensão, como é que a


população responde quando confrontada com determinadas situações.
Assim, foi a Cidade de Lisboa a primeira a ser sugerida para uma
experiência piloto, tipo-chip, para todos os serviços de transporte marí-
timos e terrestres. Quando um jornalista descobriu esta “promessa” e a
mencionou, numa altura em que, oficialmente, nada se devia saber,
sofreu as mais graves consequências profissionais. De membro desta-
cado da redacção de um dos principais diários lisboetas, passou a moço
arrumador de arquivos, até a saúde se acabar.
Não é estranho que tenha sido nos Açores que se iniciou a experi-
ência piloto da introdução do Cartão Único?
Não é menos interessante verificar-se que Portugal foi escolhido
como a primeira nação europeia para a introdução de um chip nas ma-
trículas, que, entretanto, já se transformou num complexo sistema de
localização permanente de viaturas?
Portugal também foi o primeiro a registar as suas galinhas, quando
se lançou a histeria da suposta Pandemia da Gripe das Aves.
Agora é novamente Portugal o primeiro país a “querer” introduzir
uma multa para quem transmitir a chamada gripe-suína. Estranha-
mente, não se trata de uma indemnização da pessoa atingida, mas de
um benefício estatal, por aplicação de uma coima. Ou seja, uma pessoa
dá uma bofetada a outra e um terceiro beneficia disso.
Apenas os Estados Unidos da América nos pretendem ultrapassar
nesta “caminhada de loucos”. Querem introduzir a vacinação compulsi-
va (com pleno conhecimento de que a vacina é muito mais perigosa do
que a doença), com uma coima de mil dólares por dia, aplicável a
quem não se deixar vacinar!
Quem viajar pelo estrangeiro nota que é apenas em Portugal e nos
Estados Unidos que se dão diariamente notícias ultra-alarmantes acerca
desta pandemia.

Apeiron Edições | 59
Rainer Daehnhardt

Vive-se uma paranóia artificialmente criada para este efeito!


Será que se repetirá o que aconteceu em Portugal, em 1919, quando
milhões correram às vacinas para se salvar da Gripe-Espanhola, aca-
bando por morrer da vacina?
A minha avó foi uma delas!
Morria imensa gente e o meu avô tudo fez para conseguir a vacina.
Finalmente foi-lhe possível adquirir uma dose. Chegava apenas para
uma pessoa. A família sentou-se à volta da mesa da cozinha. Pai, mãe e
as duas filhas, a mais velha delas a minha mãe. Tiveram de decidir
quem é que havia de tomar a vacina! Decidiram que a pessoa que mais
falta fazia na família era a minha avó, porque as duas jovens precisa-
vam muito dela. A minha avó faleceu poucos dias depois em conse-
quência da vacina. Isto passou-se em Lisboa em 1919, e agora?
Já fomos enganados com o 25 de Abril!
Fomos novamente enganados com a suposta entrada na CEE! Nun-
ca Portugal “entrou” na CEE! A CEE é que entrou em Portugal e per-
demos imenso do que tínhamos (agricultura, pesca, vinho, siderurgia,
etc.), para que firmas estrangeiras ganhassem concursos na construção
de estradas, que mais serviram para a importação de produtos estran-
geiros do que para a exportação dos nossos.
Fomos intrujados quando se transformou a CEE em CE e, mais tar-
de, em UE sem nos terem perguntado ou explicado devidamente o que
isso significava.
Fomos roubados quando nos tiraram o Escudo, nossa moeda ances-
tral, cujo valor ainda se baseava nas 866 toneladas de ouro de garantia,
mantida para este efeito pelo antigo regime, e nos deram uns papeli-
nhos incobráveis quando alguém lá fora assim o decidir!
Quando nos passaram por cima, sem nos dar ouvidos, com a pro-
posta de um Tratado, vergonhosamente chamado de Lisboa, que mais
não é do que a perda da soberania nacional, fomos forçados à submis-

60 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

são voluntária a um sistema de comissários, tipo soviético e a aceitar a


reintrodução da pena de morte!
Será que agora nos vamos deixar vacinar contra uma epidemia ori-
unda de laboratório militar (onde esteve guardada, como arma secreta,
desde 1920)?
É um facto científico que os efeitos secundários das vacinas propos-
tas são de tal maneira horrendos, que a simples proposta da utilização
da vacina devia ser incriminada!
Será que a experiência piloto chamada Portugal não anda um tanto
à deriva, ao ponto de se tornar vital, para a sobrevivência da lusa gente,
que alguém acorde e ponha termo a isso?
O Santo Condestável ou Afonso de Albuquerque encontrariam solução!
Quero crer que os seus genes ainda se encontram bem patentes
entre nós!
Espero que a memória da morte da minha avó, por ter tomado uma
vacina assassina sem minimamente o suspeitar, ao menos sirva de
exemplo, para que a ingenuidade e paranóia geral não anule, de novo,
parte deste povo.
Algures há um limite!
Tenho cinco filhos portugueses e quatro netos e não quero que a na-
ção perca nenhum por imbecilidade e prepotência de pessoas inqualifi-
cáveis, que causam a desgraça, pensando agir bem! Aproveitam-se da boa
impressão geral que o público ainda tem da profissão médica. Como
ninguém os pára, tornam-se, conscientes disso ou não, genocidas.
Não tenho dúvidas em afirmar que, no século XX, morreram mais
pessoas por injecções desnecessárias, ou “remédios” assassinos, do que
por balas e bombas.
Pena é que este factor não seja tido em conta, por parecer absurdo!

Apeiron Edições | 61
Rainer Daehnhardt

Porém, quando a vida, não apenas a de alguns, mas de famílias, po-


vos, nações inteiras até, está a ser posta em risco, é um dever cívico
chamar a atenção para um perigo iminente.
Já bastou Portugal ter sido cobaia para experiências globalistas de
teorias, supostamente liberais e democráticas, que destruíram mais do
que edificaram.
Não se pode consentir agora que, por efeitos secundários de uma
vacinação insegura, se diminuam as capacidades mentais de boa parte
da lusa gente, em nova experiência piloto!

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Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

CAPÍTULO XIV
_______________________________

A NOSSA CRUZ EM PERIGO?

Há alguns anos foi-me feito o convite, por um partido português,


para aceitar (como independente) ser cabeça de lista dos seus candida-
tos ao Parlamento Europeu.
Em vez de dizer imediatamente “não”, resolvi investigar que hipóte-
se haveria em fazer ouvir a minha voz neste “Parlamento”. Rapida-
mente me apercebi de que seria nenhuma!
Caso fosse eleito, teria de me inscrever num dos poucos agrupa-
mentos políticos aí existentes e seria este que negociaria, com os ou-
tros, quem fala sobre o quê e quando.
Toda a ideia de democracia, onde cada voz validamente expressa o
que bem entender e o eleito fica com o dever moral de cumprir o seu
mandato, baseado no que deixou transparecer na sua campanha eleito-
ral, é mera fantasia! Na realidade, cai tudo por terra a partir do mo-
mento em que o eleito se dá conta de que já não é dono das suas pala-
vras e acções, mas uma mera ferramenta, útil nas mãos de forças obs-
curas, que tudo regem na penumbra.
Na “jaula” de Bruxelas não há mais “independentes”, apenas vendi-
dos! Podem entrar num grupo ou noutro e esgrimir ideologias patoló-
gicas, mas apenas fazem parte de um circo! Para isto, se se calarem,
ganham muito, mesmo muito! Por isso, deixaram de ser independentes
e passaram a ser vendidos!
Ser deputado em Bruxelas e levantar a sua voz em prole da verdade
é um absurdo, algo impensável e a simples tentativa de falar anularia
qualquer hipótese de mais alguma vez ser colocado nas listas dos pro-
postos para poderem falar. Dizer a verdade em Bruxelas, onde apenas

Apeiron Edições | 63
Rainer Daehnhardt

reina a mentira, a prepotência e a conveniência, custaria muito caro,


mesmo muito caro!
É óbvio que recusei a proposta!
Há outros caminhos para defender a verdade e é apenas essa que
alimenta a esperança da sobrevivência da Humanidade!
Resolvi escrever ao Papa!
Foi interessante verificar que uma carta minha a um dos nossos
Presidentes da República (que me conhece), nenhuma resposta obteve.
Uma carta minha ao Papa (que não me conhece, nem sou católico se-
quer, apenas cristão) teve resposta significativa, num espaço de tempo
muito curto e por via diplomática (Nunciatura Apostólica).
Cristo chamou os Fariseus: “Filhos de Satanás e da Mentira“ (São
João, Cap. 8º, vers. 44º). Não posso crer que um Papa Alemão (embora
sabendo que os 7 papas alemães anteriores tiveram reinados curtos e
mortes altamente suspeitas), se vergue à mentira, mesmo que isto lhe
cause martírio.
Assim, optei por depositar confiança no Papa, em vez de a depositar
nos nossos representantes políticos em Bruxelas, na questão da DEFE-
SA DA CRUZ, que facilmente se vai tornar numa cruzada!
O que aconteceu? Nos corredores de Bruxelas não há apenas rumo-
res sobre propostas da anulação do símbolo da cruz por toda a Europa.
Há já elaborações concretas, em comissões de alguns dos estados-
-membros, para “rectificarem” as suas condecorações, visto que não se
pode magoar a sensibilidade de minorias religiosas, que consideram a
presença de uma cruz como algo funesto!
Dizem que são os muçulmanos que ainda vivem o trauma das inva-
sões dos cruzados. Porém, deve tratar-se de mais uma das tantas guer-
ras sob bandeira falsa. Na realidade, são organizações não religiosas,
mas supersticiosas, que tremem perante a cruz, com o receio de que

64 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

este símbolo seja utilizado, em exorcismo, contra eles, e “enviam” fun-


damentalistas islâmicos para a frente!
Em Berlim, por exemplo, está-se a estudar a retirada da mais al-
ta condecoração da República Federal Alemã, o “Bundesverdienst-
kreuz” (já entregue a 215.000 pessoas), visto mostrar, ao centro, a
Cruz Teutónica.
Uma organização islâmica na RFA exige que haja uma quota na en-
trega desta ordem aos residentes turcos na RFA e que seja retirada a Cruz.
Os “laicos” de Bruxelas exigem comportamentos estritamente neu-
trais no que diz respeito à religiosidade e propuseram que todas as na-
ções membros anulem o feitio da cruz nas suas condecorações.
Isto revolta-me! Neutralidade religiosa é Tolerância, ouvir e deixar
existir outras interpretações da fé. Isto não exige a automutilação e a
anulação do símbolo mais sagrado da Europa, que é precisamente a
CRUZ CRISTÃ!
A Europa que temos (e que se encontra em perigo de desaparecer
com a entrada da Turquia e de Ezrah-Israel), é o resultado da defesa do
Cristianismo, liderada pelo abade cisterciense São Bernardo de Clara-
val, um borgonhês, amigo do Conde D. Henrique e do seu filho, nosso
D. Afonso Henriques. Foi a sua intervenção política no lançamento da
Ordem Templária para o Ocidente (criando Portugal) e da Ordem Teu-
tónica para a fronteira Leste (criando os Estados Bálticos), que fez com
que o perigo islâmico fosse expulso e permitiu nove séculos de Identi-
dade Europeia Cristã!
Os nossos representantes em Bruxelas, ou não sabem o que se
passa ou não querem saber. Facto é que já se vergaram à retirada das
cruzes nas escolas e, às caladas, em breve, terão que debruçar sobre a
destruição da CRUZ de CRISTO, da CRUZ de SANTIAGO e da
CRUZ DE AVIZ.

Apeiron Edições | 65
Rainer Daehnhardt

Dois milénios de História Lusa, sob o simbolismo cristão, vão ser


postos em causa porque não temos em Bruxelas hipótese de fazer ouvir
a nossa voz!
É tempo de dizer “BASTA”!

66 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

CAPÍTULO XV
_______________________________

MEDO DA CRUZ?

Após sete décadas de olhar genérico para a cruz suástica como algo
demoníaco (quando este símbolo significa desde há milénios o progres-
so na movimentação solar), chegou agora a luta geral contra toda e
qualquer representação da cruz em si. Todos os países nas mãos de or-
ganizações secretas já ordenaram a retirada de cruzes dos edifícios pú-
blicos e das escolas. Nem sempre se cumprem estas ordens e há mesmo
países que ostensivamente mostram mais cruzes e onde centenas de
milhares de pessoas subscrevem petições para a sua manutenção.
Estamos perante uma guerra não declarada de símbolos.
A numismática – desde há dois milénios e meio expressão de sobe-
rania demonstrada em forma simbólica – conhece bem o significado da
origem deste símbolo. Hoje, porém, Portugal é o último Estado-nação a
demonstrar que tem a coragem de “remar contra a maré” ao usar o
símbolo da cruz cristã nas suas moedas. De forma subtil, todos os ou-
tros países abdicaram deste símbolo. Hoje, já nem as moedas do Vati-
cano mostram a cruz cristã.
As lutas levadas a cabo a nível internacional contra qualquer pre-
sença do feitio da cruz atinge exageros incompreensíveis. Os arquitec-
tos de um estado do Médio Oriente vêem os seus projectos automati-
camente chumbados caso proponham janelas com uma cruz divisória.
Um juiz americano ordenou à cidade de San Diego, na Califórnia, a
retirada de uma cruz de nove metros de altura do Memorial dos Caídos
da Guerra da Coreia, com uma multa diária de cinco mil dólares caso
não o fizessem, justificando que a presença da cruz ofendia os seguido-
res de religiões não cristãs. Uma organização de veteranos desta guerra
acabou por levar este caso ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos da

Apeiron Edições | 67
Rainer Daehnhardt

América, que decidiu autorizar a manutenção do memorial com a pre-


sença da cruz.
Contudo, poucos sabem o que está por detrás desta luta.
“Bush-pai” deferiu, ainda na qualidade de Presidente dos Estados
Unidos da América, uma ordem que dedica (desde 1991) um dia do
ano à memória do Rabi Schneerson. Nesta ordem executiva presidenci-
al reconhece-se que “a cultura americana se baseia nas leis ancestrais
noéticas”. Esta pequena menção num documento considerado secundá-
rio pode esconder uma sentença de morte para milhares de milhões de
seres humanos, já que a 1ª dessas leis noéticas (que nada têm a ver com
os Dez Mandamentos) ordena “que seja decapitada qualquer pessoa que
tenha consigo ou em sua casa um símbolo da cruz ou qualquer outra
forma de representação de uma fé religiosa que não seja a de Javeh!”
A Igreja Católica tem conhecimento desta aversão, ou talvez mes-
mo do medo que algumas pessoas têm ao símbolo da cruz, e utiliza-a
inclusivamente em exorcismos.
Diversos cultos satânicos utilizam a cruz invertida, demonstrando
desta forma não ter medo dela.
Ordens secretas retiram as cruzes das moedas e bandeiras nacionais,
substituindo-as pelas estrelas de cinco pontas (da magia negra de Sata-
nás) tentando apanhar um comboio de reconvertidos. Autointitulam-se
descendentes da “cultura judaico-cristã” (algo que nunca existiu), pen-
sando que desta forma não serão sentenciados à morte, caso o Governo
Mundial de facto se instale e estabeleça a aplicação das leis noéticas.
Tanto Medo da Cruz PORQUÊ ?

Fonte: American Free Press, 17/07/06, entre outras.

68 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

CAPÍTULO XVI
_______________________________

CAIU A MÁSCARA DA “UE”?

– REVELAÇÕES SENSACIONAIS DE UM GENERAL ALEMÃO


PÕEM EM CAUSA TODA A EXISTÊNCIA DA UNIÃO EUROPEIA! –

A “CEE” (berço da actual “UE”), classificada pelo Embaixador Fran-


co Nogueira (de saudosa memória) como “Comboio Europeu liderado
pela Alemanha, porque é ela que dá força, que decide para onde vai,
quem entra, como e quando”, está agora a ser posta em causa pela reve-
lação de um segredo há muito suspeitado, mas muito bem guardado.
A máquina do “Comboio Europeu” foi tomada por cowboys, seus
mentores sionistas e obedientes vassalos!
A UNIÃO EUROPEIA não se encontra em mãos de defensores de
interesses europeus, mas nas de “pontas de flechas” de interesses globa-
listas, contrários aos interesses europeus!
Com uma força esmagadora, foram os factos agora colocados sobre
a mesa, como se um punho de aço a partisse para acordar mesmo os
que não querem ouvir!
Um General alemão, Gerd-Helmut Komossa, comandante da 12ª
Divisão-Panzer e antigo chefe do “MAD” (Militärischer Abschirmdienst
= Serviço Militar de Contra-Espionagem da RFA), publicou o que há
muito se desconfiava, mas que ninguém ousava exprimir.
Na sua obra “DIE DEUTSCHE KARTE - DAS VERDECKTE SPIEL
DER GEHEIMEN DIENSTE” (A CARTA ALEMÃ - O JOGO ESCONDI-
DO DOS SERVIÇOS SECRETOS), ISBN 978-3-902475-34-3, página 21 e
seguintes, diz, textualmente:
“O BUNDESNACHRICHTENDIENST (SERVIÇO DE IN-
FORMAÇÃO DA RFA) classificou o Tratado-Estatal-Secreto de

Apeiron Edições | 69
Rainer Daehnhardt

21 de Maio de 1949 de "STRENGSTE VERTRAULICHKEIT"


(SEVERÍSSIMO SECRETISMO).
“Neste (Tratado-ESTATAL-SECRETO), estipularam-se as CON-
DIÇÕES PRÉVIAS impostas pelos vencedores sobre o reconheci-
mento da Soberania da República Federal Alemã (criada nessa
data) e que estas CONDIÇÕES são para ser mantidas até ao ano
de 2099 (ano dois mil e noventa e nove). Quase ninguém tem
hoje consciência deste facto. Em consequência disso, fixaram-se
CONDIÇÕES PRÉVIAS sobre as media (jornais, rádios etc.) ale-
mãs até ao ano de 2099. Por outro lado regulamentou-se que, em
cumprimento das ordens dos Aliados, cada Chanceler Alemão
tem de assinar uma ‘Kanzlerakte’ (documento secreto de aceita-
ção de condicionalismos nos quais o Chanceler da RFA se verga a
Washington e Tel-Aviv), antes de prestar juramento (perante o
Parlamento Alemão). Fora disso ficam as reservas de ouro da
RFA hipotecadas a favor dos aliados.”

O jornal “UN” nº 12/2007, página 2 (UNABHÄNGIGE NACHRICHTEN,


Postfach 10 17 06; D-46017 OBERHAUSEN), publica esta citação da
obra do General e acrescenta:
“Todos os media, até toda a RFA, deveria estar ‘desvairada’.
O Presidente deveria fazer um discurso à Nação, a Chanceler de-
veria prestar declarações sob juramento e o General na Reserva,
Komossa, deveria ser obrigado a prestar juramento sobre os seus
conhecimentos ou então retratar-se e retirar o que disse. Porque
caso seja verdade o que publicou tira o fundamento ao Estado.
A ordem básica da liberdade democrática é então apenas uma
máscara duma governação alheia – impensável!
“Os alemães lembram-se de que cada vez que se escolhia um
novo Chanceler o mesmo fazia uma viagem a Washington antes

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Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

de assumir as suas funções. Também se lembram de quando o


deputado Martin Hohmann perguntou ao Governo por que razão
as reservas de ouro da RFA (nas quais se baseou o valor do Marco
Alemão) ainda estavam armazenadas em Nova York (nas caves
de uma das Torres Gémeas) e em Fort Knox.”

O deputado não obteve resposta e acabou por ser expulso pouco


depois.
O jornal “UN” publica ainda as moradas das entidades alemãs que
pelas funções que ocupam deviam prestar esclarecimento sobre este
assunto da maior gravidade:
“BUNDESPRÄSIDENT HORST KÖHLER; Bundespräsidi-
alamt, D-11010 BERLIN;
“BUNDESKANZLERIN ANGELA MERKEL; Bundeskanzle-
ramt; Willy-Brandt-Strasse Nº 1, D-10557 BERLIN.”

O que é que isto tem a ver connosco?


ALERTA VERMELHO!!! – A “UE” ENCONTRA-SE EM MÃOS ALHEIAS!
Ficamos assim a saber que quem manda no “comboio europeu” são
WASHINGTON e TEL-AVIV!
Todo o trabalho e sacrifício feito até agora a favor de uma Europa
Unida acabará por ser em vão, caso se verifique que de facto se estava
inconscientemente a trabalhar ao lado de “pontas de flechas de interes-
ses extra-europeus”!
O AVISO deste General Alemão explica muito do inexplicável
acerca do que se passa na Alemanha. Tanto a ausência de patriotismo
imposto pelos media como o ensino e a constante autoflagelação com
lamúrias que não despertam respeito em ninguém, têm de ser vistos
sob o prisma da constante lavagem cerebral. A Alemanha está doente!
Os alemães sabem-no e o mundo também o sabe!

Apeiron Edições | 71
Rainer Daehnhardt

Mas quem obriga os seus parceiros na Europa a seguir as mesmas


pisadas, quando se descobre para onde estas os levam?
Elas conduzem à submissão, escravidão, loucura e morte!
Será isso que pretendemos para os nossos filhos?

72 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

CAPÍTULO XVII
_______________________________

PÂNICO – A PODEROSA ARMA DA MENTIRA

Incutir o pânico é uma arma conhecida desde a mais remota anti-


guidade. Trata-se de um estado de espírito nascido do medo do desco-
nhecido que leva ao bloqueio do raciocínio, tornando todo aquele que
por ele é atingido numa presa fácil. A ameaça, o medo e o pânico são o
tridente da mentira. Esta, incapaz de se manter em pé por força própria,
necessita destes companheiros combatentes para se impor à verdade.
Sempre com receio de serem desmascarados assopram todos no grande
balão da mentira para a propagandear como se de uma realidade se
tratasse. Muitos que dela se aproveitam enchem o mesmo balão, tor-
nando-o cada vez maior. Assim a mentira paira sobre as nossas cabeças
como se de uma campanha publicitária se tratasse. A sua dimensão e a
adesão em massa, porém, não nos devem enganar. Trata-se apenas de
uma mentira, algo perigoso por só se manter vivo enquanto não for
desmascarada como tal.
É o medo da pequena abelha que com o seu ferrão facilmente pode
esvaziar o maior dos balões.
Há séculos atrás, enchiam-se as igrejas
com esculturas e pinturas do purgatório para causar medo. A simples
ameaça do mesmo levou muita gente ao pânico, julgando salvar a al-
ma ao subjugar-se a uma hierarquia nem sempre bem-intencionada.
Quem não mostrou ter medo da morte nem do purgatório, acabou por
ser condenado como herege.
E hoje? Não se serviu o Governo Nacional
Socialista da Gestapo como arma de ameaça, medo e pânico? Não se
serviu o bolchevismo das suas polícias políticas para se “libertar” de
eventuais não seguidores, ao ponto que imensos preferiram o suicídio a
cair nas suas mãos? Não se serviram os serviços secretos combinados
dos Estados Unidas da América, da Grã-Bretanha, de Israel e do Paquis-

Apeiron Edições | 73
Rainer Daehnhardt

tão já de comprovadas mentiras em relação à queda das Torres Gémeas


de Nova Iorque e de pistas comprovadamente falsas em relação à exis-
tência de armas de destruição em massa e de tantas outras amea-
ças?
Por que razão lhes devemos dar atenção agora com os supostos
planos de ataques a aviões?
O medo do desconhecido, de eventuais
ameaças, o terror do pânico não são mais do que ferramentas da menti-
ra!
O que pretende a mentira?
Quem está por detrás dela?
Talvez uma
parte dum discurso do Secretário de Estado Americano, em Evian-Les-
-Bains (França) de 1991, nos esclareça:
“Hoje a América ficaria indignada se tropas das Nações Uni-
das entrassem em Los Angeles para restaurar a ordem: mas
amanhã estarão gratos! Isto será especialmente verdade se lhes
for dito que existe uma ameaça vinda de fora, tanto faz que seja
real ou promulgada, e que coloca a nossa existência em risco.
Será então que todas as pessoas do mundo irão pedir para se ve-
rem livres desse mal. Se existe alguma coisa de que o homem
tem medo é do desconhecido. Quando confrontados com este ce-
nário, os direitos individuais serão voluntariamente postos de par-
te em troca de uma garantia do seu bem-estar, que lhes poderá
ser dada pelo Governo Mundial.”

74 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

CAPÍTULO XVIII
_______________________________

PEQUENAS GRANDES NOTÍCIAS

1. Presidente da RFA nega-se a assinar o Tratado de Lisboa


Um deputado da República Federal Alemã apresentou queixa no
Tribunal Constitucional por não concordar com o Tratado de Lisboa.
Tal obrigou as mais altas instâncias jurídicas alemãs a debruçarem-se
pormenorizadamente sobre o Tratado. Este facto levou o gabinete do
Presidente da RFA a rever a sua posição em relação ao Tratado. Com
grande susto geral, compreendeu-se que o parlamento da RFA tinha
concordado, sem o ler devidamente, em assinar um tratado que leva à
extinção das soberanias nacionais e à submissão a comissários de tipo
soviético, que não são votados por ninguém, e seus tribunais arbitrários,
sem direito a recurso.
Perante a gravidade da situação, resolveu o Presidente da República
Federal Alemã comunicar a sua decisão de não assinar o Tratado de Lis-
boa, apesar de o mesmo já ter sido aprovado pelo parlamento alemão;

2. A Rússia devolve território à China


Em 1929, a União Soviética ocupou um território de 174 quilóme-
tros quadrados pertencentes à China. O Ministro dos Negócios Estran-
geiros da República Popular da China, Yang Jiechi e o seu colega de
pasta, o representante da Federação Russa, Sergej Lawrow, declararam
agora que os dois países dão por terminados os seus conflitos de dispu-
tas territoriais.
Internacionalmente, pensou-se que se tratava de um caso perdido,
visto já se terem passado tantos anos. Mais uma vez se verificou a velha
máxima de Frederico, o Grande: uma guerra só está perdida quando
um desiste de lutar! Da mesma maneira, devem os russos devolver a

Apeiron Edições | 75
Rainer Daehnhardt

parte da Prússia Oriental, ocupada em 1945, já que a desistência de


Willy Brandt sobre este território carece de legalidade.
Também Portugal pode reclamar a devolução de Olivença!;

3. Milho geneticamente manipulado é causador da morte de abelhas


A cidade de Munique ordenou a criação de zonas de protecção para
as abelhas. A onda aniquiladora de abelhas, que causou não apenas a
perda do mel, mas também de grande parte da fruta no continente
norte-americano, passou para a Europa com a introdução da utilização
de milho geneticamente manipulado. A gravidade da situação só aos
poucos começa a ser reconhecida;

4. A Noruega oscila
Na semana passada, uma das maiores revistas norueguesas publi-
cou um artigo denominado: “A NORUEGA ENTRE O OESTE E O LESTE”.
Sendo a Noruega um parceiro de pleno direito da NATO, não esta-
va minimamente prevista a hipótese de começar a pesar se havia ou
não de permanecer na NATO. O facto de ser membro, obriga-a a en-
trar em qualquer conflito em que o TRATADO DE ALIANÇA DO
ATLÂNTICO NORTE entre. No caso da Geórgia ou Ucrânia entrarem
na NATO e a Federação Russa lhes fazer frente militarmente, encon-
trar-se-ia a Noruega imediatamente em guerra com a Federação Russa.
Tal é impensável para os noruegueses! A Noruega possui (na Lapónia)
fronteira directa com a Rússia. O norueguês, genericamente falando,
prefere a neutralidade! A NATO transformou-se, após a dissolução do
Pacto de Varsóvia, numa ferramenta da política americana. Quando
estes exigiram que a Noruega enviasse tropas para a Somália, a Noru-
ega optou em “ajudar” de outra maneira, aceitando refugiados políti-
cos somalis. Cerca de 50.000 somalis passaram, desde então, a colorir
o cenário social norueguês, sem contribuírem minimamente para o

76 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

bem-estar deste Estado; bem pelo contrário, sugam todas as ajudas


sociais possíveis!
O relevo dado agora na Noruega à pergunta se deve ou não conti-
nuar na NATO, abre caminho para a eventual revisão dos outros Esta-
dos membros. A convicção americana que todos os países membros da
NATO têm simplesmente de seguir a sua batuta, deixou de ter razão de
ser. A Noruega já conseguiu evitar a sua entrada na União Europeia e,
como tal, nem sequer se expôs ao roubo da sua moeda própria, man-
tendo a coroa norueguesa. O único ponto onde a Noruega cedeu foi na
questão do Espaço Schengen, no qual entrou. Mas este, estranhamente,
apenas serviu para espalhar a criminalidade pela Europa. De resto, tem
havido tantos problemas, que muitos governos regionais-europeus já
sentem as pressões das suas populações para saírem;

5. Quem, afinal, atacou quem?


Os media do ocidente estão de tal modo embrenhados no cinismo
da interpretação tendenciosa lançada pelos gabinetes de desinformação
de USrael, que não apenas as populações ocidentais como até muitos
dos seus governantes (ou candidatos a tal) se convenceram de que teria
sido a Federação Russa a começar um conflito no Cáucaso ao atacar
deliberadamente e sem provocação de espécie alguma o Estado da Ge-
órgia. Isto faz lembrar o mercador de Veneza (na obra de Shakespeare),
que rouba e grita “agarrem que é ladrão”, apontando para outro.
O que se passou em concreto? A Ossétia (norte e sul) juntou-se por
sua livre vontade, no ano de 1776, ao Império Russo. O que o levou a
tal foi a necessidade de protecção contra os ataques dos Tártaros. Foi
Estaline quem, arbitrariamente, dividiu a Ossétia em parte norte e
parte sul, servindo-se de uma cordilheira de montanhas como frontei-
ra. Por razões de conveniência burocrática, juntou a Ossétia do Sul
à Geórgia (como os romanos juntaram o “Algarve” à Lusitânia).

Apeiron Edições | 77
Rainer Daehnhardt

Aquando do desmembramento da União Soviética, optou-se pela cria-


ção de novos estados pelas fronteiras burocraticamente já existentes.
Assim, a Ossétia do Sul, muito contra a vontade da sua população, qua-
se exclusivamente russa, viu-se integrada na Geórgia, conseguindo de-
clarar a sua autonomia em 1991. Em Novembro de 2006, 99% da popu-
lação osseta votou a favor da sua separação da Geórgia. Nos últimos 16
anos existe uma força de manutenção da paz internacional na Ossétia
do Sul, composta por tropas russas, ossetas e georgianas. A sua tarefa é
a manutenção de uma coexistência pacífica entre as diferentes étnias.
Aproveitando a atenção do mundo para a abertura dos Jogos Olím-
picos de Beijing, a Geórgia lançou, na noite de 7 para 8 de Agosto, um
feroz ataque à Ossétia do Sul, matando 15 soldados russos e ferindo
mais de 100. Com este acto, a Geórgia atacou a Rússia e não o contrá-
rio, como os nossos media (infestados pela mentira), nos desejam fazer
crer. No mesmo ataque, a Geórgia bombardeou, com aviões, tanques,
artilharia pesada e órgãos de Estaline, a indefesa capital osseta do sul,
Zchinwali, matando cerca de dois mil civis e destruindo completamen-
te as suas infra-estruturas.
Só após tudo isto é que a Federação Russa respondeu, o que não era
apenas seu direito como até seu dever!
O que o presidente USrealita-georgiano não esperava era o facto de
nem os Estados Unidos nem a NATO virem em seu socorro. Os conse-
lheiros militares americanos e israelitas (mais de mil) apressaram-se a
sair da Geórgia. A EL AL teve de enviar diversos aviões para rapida-
mente retirar judeus instalados na Geórgia para Jerusalém. O resto já é
do conhecimento geral.

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Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

CAPÍTULO XIX
_______________________________

DESGRAÇA AMERICANA? – UM GRITO DE ALERTA

Ao observador atento não passa despercebido que os Estados Unidos se


preparam para a possibilidade de novas guerras a nível externo e interno.
Caso tal aconteça, e tudo assim o indica, não vai ser uma nova
Guerra Civil entre uma União de Estados do Norte e uma Confedera-
ção de Estados do Sul. Vai ser algo muito diferente.
Os Governos distanciaram-se de tal modo das populações, cujos in-
teresses deviam defender, que o divórcio parece inevitável e violento!
Antigamente escolhiam-se os melhores e mais aptos para governar
e confiava-se na democracia. Hoje, perdeu-se a confiança tanto nos in-
divíduos e nos partidos, como no sistema em si. Mas nada se faz para
mudar esta situação.
Os norte-americanos não se dedicam a revoluções! Até na altura da
sua Declaração de Independência, pouco apoio interno tiveram. Sendo,
em grande parte, descendentes de “desenraizados”, que deixaram as
suas terras de origem em busca de algo melhor, são uma espécie de
“fugitivos de guerras não assumidas”. Não podendo melhorar as suas
pátrias ancestrais, desistiram da defesa dos seus habitats naturais, trans-
formando-se em eternos peregrinos, em busca de mais e de melhor.
Muitos perderam a sua ligação cultural; outros, porém, tentam cultivá-
-la e retransmiti-la aos seus filhos.
Quem os governa soube aproveitar o “caldeirão” de diferentes ori-
gens, injectando um patriotismo artificial, balofo, criado de cima para
baixo, que não passa de uma frágil casca de ovo, que liberta monstros
egocêntricos quando se quebra.
Colocar milhões de bandeiras idênticas numa aglomeração de esta-
dos, sem lhes ensinar o respeito, não passa de um acto publicitário de

Apeiron Edições | 79
Rainer Daehnhardt

baixo nível. Quando se permite que um grande nadador olímpico, me-


recedor de todas as medalhas de ouro que recebeu, se apresente no
pódio, usando a bandeira nacional como calção de banho, fica demons-
trado que há algo de muito errado!
Sem respeito, não há identidade e sem identidade não há pátria!
Então, para que serve toda esta “palhaçada” em que transformaram
o saudável patriotismo americano?
Vive-se uma espécie de Carnaval permanente, onde já não se sabe o
que é realidade ou apenas ficção!
Não sabendo mudar o que acha inaceitável, grande parte da popu-
lação americana distanciou-se do sistema de governação, ao ponto de se
desligar, não apenas emocionalmente, mas também na prática diária,
da classe política, que, abertamente, considera sua inimiga.
Cerca de metade de todos os eleitores americanos inscritos nunca
votaram em actos eleitorais.
Mais de metade dos congressistas americanos não possuem passa-
porte, nem nunca viajaram para o estrangeiro. Também não conse-
guem identificar os nomes dos 50 estados que representam, mas consi-
deram-se aptos a definir políticas planetárias.
O americano, genericamente falando, é bem-intencionado e vive,
como uma criança ingénua, na sua bola de sabão azul, branco e verme-
lha, cheio de boas intenções.
Não sabe dos males mundialmente praticados em seu nome, por
sistemática omissão no ensino.
Descendente, também em boa parte, de grupos auto-exilados
por perseguições religiosas, considera-se um protector da fé, não se
apercebendo que os lugares de chefia de muitas das suas igrejas já
foram usurpados por gente sem escrúpulos, que os exploram e
manipulam.

80 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

Na prática, a religião tornou-se, para muitos, num fanatismo basea-


do em superstições.
O materialismo venceu o espiritualismo!
Deus foi substituído pelo dollar!
Não é, pois, de admirar que muitas igrejas norte-americanas sejam
vistas, pelas Agências de Defesa do Estado, como “potenciais ninhos de
terrorismo”.
O caso WACO (Texas), da Igreja Davidiana, foi um forte aviso
em relação ao que em breve nos espera. Em 1993 desentenderam-
-se as autoridades com os seguidores de uma das muitas auto-
-proclamadas igrejas americanas. Uma tentativa de busca domiciliá-
ria foi recebida com armas de fogo. Houve mortes a lamentar, de
ambas as partes duma contenda totalmente desnecessária. Os funci-
onários públicos julgaram-se no direito de intervir, a qualquer custo,
e os seguidores de um culto julgaram-se com o direito de autodefesa
contra tal intromissão. Infelizmente, não surgiu quem conseguisse
pacificar ambas as partes. Pior do que isso: a prepotência juntou-se à
raiva e seguiu-se um cerco de 51 dias, que acabou da pior maneira
possível. Por ordem superior, Forças da Ordem utilizaram tanques
equipados com lança-chamas e os edifícios arderam, com todos no
seu interior. Morreram perto de 80 pessoas, muitas delas crianças e
algumas mulheres grávidas.
Hollywood, sempre pronta a distorcer a verdade, tentou dar a inter-
pretação de que estes fanáticos religiosos se teriam suicidado e provo-
cado o incêndio ao qual as Forças da Ordem apenas assistiram, sem
contudo intervir.
Os factos reais, porém, foram outros, e para grande parte da popu-
lação americana os seguidores da Igreja Davidiana (de cuja existência
poucos sabiam), tornaram-se mártires dos direitos individuais.

Apeiron Edições | 81
Rainer Daehnhardt

“Remember WACO!” é uma frase de aviso tão enraizada na geração


americana actual, que os defensores do direito à autodefesa se levan-
tam para prestar homenagem aos que caíram nesta “guerra entre o
individualismo e a prepotência do Estado”. As Forças da Ordem utili-
zam a mesma frase, mas no sentido inverso, para fazer medo aos indi-
vidualistas e avisá-los do que lhes pode acontecer.
Muitos americanos, opositores individuais do regime instalado, até
mencionam como sequência simbólica da prepotência e mentira esta-
tal: “WACO / OKLAHOMA BOMBING / 9-11”.
Estes três termos encontram-se gravados em muitas almas e nem as
tentativas da indústria cinematográfica em dar outra versão dos acon-
tecimentos lhes tira a convicção de que terão de se preparar para en-
frentar o “Gigante Demolidor da Liberdade”, como eles o entendem.
Para muitos americanos, a Constituição é a sua Bíblia Política.
Nunca a leram, mas sabem que “My home is my castle (a minha casa
é o meu castelo)” e que possuem “The Right to bear Arms (o direito
de estar armado)”.
Tirar-lhes o direito à autodefesa é carregar num botão muito sensí-
vel, de consequências inimagináveis.
Para o comum dos europeus, arrepia a ideia do linchamento públi-
co de um ladrão de cavalos. Aos americanos não! Muitos até o aplau-
dem. O cavalo foi o seu principal meio de transporte durante séculos.
O “cowboy”, que para um europeu não passa dum vaqueiro montado,
personifica, nos Estados Unidos, uma figura glorificada, comparável ao
cavaleiro medieval, com armadura e lança em riste.
Apenas nos Estados Unidos se coleccionam os diferentes modelos
de arame farpado, símbolo do avanço da “civilização organizada” sobre
um “Wild West”, por muitos visto como um caos de liberdade sem leis!
Na Europa também houve tempos em que se previa a autodefesa.
No reinado de D. Sebastião, obrigava-se cada cidadão livre a possuir

82 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

mosquete de mecha, devidamente apetrechado, e a mostrar, uma vez


por ano, ser destro no seu manejo. Porém, apenas podia ser utilizado
“em Defesa da Pátria e da Fé”. Hoje, delegou-se na Europa a defesa do
Estado às Forças Armadas e a defesa pública a forças da ordem para
este fim criadas.
Nos Estados Unidos também existem estas forças, mas grande parte
da população não confia nelas, preferindo assim manter-se quieta, mas
equipada para uma eventual necessidade de autodefesa.
O Estado mostra cada vez mais sinais de medo da sua própria popu-
lação e prepara-se para um eventual confronto. As escutas telefónicas,
as investigações bancárias e outras demonstram, desde longa data, que
não é apenas o ladrão que as Forças da Ordem perseguem, mas qual-
quer indivíduo rotulado de “potencialmente ‘criminoso’ contra a vonta-
de do Estado”.
Neste contexto, classificam-se todos os defensores dos direitos indi-
viduais, da constituição, do direito de autodefesa ou de sinais de patrio-
tismo, como “inimigos potenciais”.
Obviamente, também a origem étnica é tida em conta. Na 2ª Guer-
ra Mundial, os americanos levantaram, nos Estados Unidos, muitos
Campos de Concentração (na altura chamados Campos de Internamen-
to), para japoneses, alemães, austríacos e seus familiares. Muitos inter-
nados morreram aí.
Prepararam-se, agora, estas antigas instalações, há muito abando-
nadas, para receberem, de novo, grandes quantidades de internados.
Desta vez, parece que serão os potenciais opositores ao regime que se-
rão presos.
Isto está em contradição total com a ideia da democracia e das li-
berdades individuais, tão caras à forma de ser americana. Mas, ao que
parece, estes idealismos irão ruir no dia em que a constituição for posta

Apeiron Edições | 83
Rainer Daehnhardt

na gaveta. Para isto, basta um novo ataque provocado debaixo de falsa


bandeira, apenas para legitimar a anulação da constituição.
Não são apenas os antigos Campos de Internamento, nos desertos
americanos, que estão a ser reaproveitados. Também muitas instala-
ções militares, fora de uso, estão a ser adaptadas para prender uma
grande quantidade de pessoas. Construíram-se até vagões de com-
boio especiais para transportar presos acorrentados, sentados em
longos bancos de alumínio, em dois pisos, todos presos a tubagens .
O nome que deram aos novos Campos de Concentração é MDC (Mi-
litary Detention Center) , encontrando-se todos debaixo de alçada e
jurisdição militar.
Ao que parece, a governação será feita pela FEMA (Federal Emer-
gency Management Agency), que não deixou boa memória pela sua
actuação na catástrofe de New Orleans.
Não se sabe hoje por quem, ou quando, será despoletada esta situação
de emergência, que pode levar a máquina do Estado a prender grande
parte da sua população. Tanto o Governo como as suas agências se pre-
param para isto “parecer ser”, cada vez mais, verdade, assim como a cor-
rida às armas de autodefesa por uma parte da população que, em total
desespero de causa, se vê empurrada para esta situação.
Parece pois que WACO se pode repetir, mas numa dimensão
apocalíptica!
Durante a governação Clinton, pretenderam os democratas dimi-
nuir as facilidades de acesso a armas, pensando assim diminuir os
crimes. Resolveram então que a venda de armas a civis seria sujeita a
regras; impôs-se um prazo entre a aquisição e a entrega da arma e o
registo de posse foi sujeito a aprovação policial. Visto que cada lei tem
alguns meses até entrar em vigor, aconteceu uma corrida à aquisição
de armas sem registo, como nunca houve até então. Os armeiros ame-
ricanos esvaziaram os seus stocks em poucos dias. Do Canadá e do

84 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

México, enviou-se tudo o que disparava. Vendeu-se tudo. Da Grã-


-Bretanha, da Bélgica, da República Checa, da Eslovénia e do Brasil,
enviaram-se aviões fretados para levar armas para os Estados Unidos
e venderam-se todas.
O Governo Clinton (então com 280 milhões de habitantes nos Esta-
dos Unidos) estimou que o número de armas modernas em mãos de
civis era de cerca de 350 milhões! Nestas contagens não se incluíram as
de pequeno calibre nem as de cano liso.
Agora, após o 9-11, estimou-se de novo, o número de armas em
mãos de civis norte-americanos. É importante frisar que não se incluem
as armas das Forças Armadas ou Policiais, nem as das Agências ou for-
ças para-militares e muito menos ainda as armas em mãos de mafiosos
ou criminosos de delitos comuns. Desta vez, porém, incluíram as armas
de pequeno calibre e as de canos lisos. O número a que chegaram é
verdadeiramente assustador. Hoje existem cerca de 300 milhões de
habitantes nos Estados Unidos com uma posse particular de cerca de
600 milhões de armas, ou seja, duas por habitante!
Há centenas de feiras de armas nos Estados Unidos, que se reali-
zam com grande frequência. Estas estão sujeitas às legislações dos
respectivos estados, que variam muito. Basta, por exemplo, andar
mais alguns quilómetros e parar num parque de estacionamento de
um estado vizinho, para se transaccionar, legalmente, directamente
do porta-bagagem, os mais sofisticados modelos, com a quantidade de
munição que se quiser.
É voz corrente entre os membros da maior associação desportiva de
armas nos Estados Unidos (que tem quatro milhões de membros inscri-
tos), que cada pessoa deve ter, pelo menos, dez mil balas de cada calibre
das suas armas.

Apeiron Edições | 85
Rainer Daehnhardt

Nas feiras de armas americanas vêem-se grandes camiões, em filei-


ras, para descarregar quantidades enormes de munições, porque o “li-
vre mercado” assim o exige.
Durante as últimas duas décadas, as fábricas americanas de muni-
ções transferiram as suas instalações para a Ásia, em busca de mão-de-
-obra mais barata. É o lucro que os rege, não o patriotismo! Entretanto,
o “livre mercado” teve como consequência a abertura das portas adua-
neiras americanas à importação de munição chinesa. Assim, estamos
perante a situação de as fábricas americanas falirem, sendo substituídas
por chinesas. Tanto as forças policiais como os civis americanos utili-
zam hoje, maioritariamente, munições vindas da China. Mas isto parece
não preocupar ninguém.
Uma das grandes molas reais da economia americana é o medo!
Causa-se medo e apresenta-se o produto para se proteger do even-
tual perigo!
Isto tanto se verifica com a introdução de medicamentos suposta-
mente seguros e eficazes, como na encomenda de armas sofisticadas.
Um bom exemplo: os submarinos nucleares, hoje obsoletos, por serem
facilmente detectáveis do espaço, por causa da linha de água quente
que os motores de arrefecimento do reactor expulsam.
Nos anos 50 e 60 viveu-se o medo da Guerra Nuclear, surgindo in-
dústrias americanas para construir abrigos particulares, comidas enla-
tadas e uma grande variedade de produtos eventualmente necessários
para uma luta pela sobrevivência. Estes bunkers particulares ainda
existem. Servem hoje de esconderijos para as grandes quantidades de
munições que se guardam, para qualquer eventualidade.
Anda muito na moda fazer cursos de treino de sobrevivência em ca-
so de “General Civil Uprising” (levantamentos populares), muito divul-
gados em jogos de vídeo.

86 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

Para se distanciar o mais possível da sistemática perseguição estatal,


surgiu uma atitude que, nesta dimensão, apenas se conhece nos Estados
Unidos: “To become a non-citizen” (passar a ser um “não-cidadão”).
Quando apenas dezenas de milhares sabiam disto, uma cadeia de tele-
visão resolveu fazer um programa sobre esta temática, que, à primeira
vista, parecia absurda. Deixaram legisladores e representantes das For-
ças da Ordem falar acerca do que estava a acontecer, mas também
mostraram simples cidadãos que, com alegria, rasgavam o seu cartão
de segurança social (equivale nos EUA ao bilhete de identidade) e iam
viver para as montanhas. O programa teve consequências gravíssimas,
porque um crescente número de espectadores se identificou a tal ponto
com estes “desertores da civilização”, que acabaram por fazer o mesmo.
Agora são milhões, que vivem nos Estados Unidos afastados de tudo
e de todos, sem cartões de identidade, sem impostos e com nomes inven-
tados. Educam particularmente as suas crianças, para não as vacinar nem
inscrever em escola alguma. Voltaram o relógio do tempo séculos atrás
e sentem-se bem assim. Mas sempre armados até aos dentes, para que
ninguém ouse tirar-lhes a liberdade pela qual estão dispostos a morrer.
Nos Estados Unidos criticam-se como incompreensíveis os terroris-
tas bombistas, que enfrentam no Médio Oriente (e com razão).
Não se dão conta, porém, que existe um grande paralelismo entre o
fanatismo com que um muçulmano abraça a morte, para a qual pre-
tende levar consigo o maior número possível de inimigos, com a pron-
tidão que muitos americanos têm em morrer algures, agarrados às suas
armas, levando consigo o maior número possível de inimigos.
Será que realmente ninguém aprendeu com WACO?
Terão morrido tantos em vão?
O homem é, supostamente, o único “animal” que tropeça duas vezes
na mesma pedra! Mesmo que seja verdade, tal não nos obriga a repetir
erros tão graves.

Apeiron Edições | 87
Rainer Daehnhardt

Peço ao leitor que veja nestes meros apontamentos um grito de


alerta para uma situação preocupante para toda a humanidade.
A esperança mantém a hipótese de que surja quem ainda possa pa-
cificar a situação.
Nenhuma guerra é inevitável!
Se ela acontecer é porque houve quem a quisesse e não houve
quem ousasse evitá-la!
O destino não está escrito, nem nos é ditado, mas é por nós formado!
O divórcio entre a governação e grande parte da população pode fa-
cilmente levar à DESGRAÇA AMERICANA, com consequências para
todo o mundo.
Mas nada tem de ser!

NOTA: O autor visitou o Continente Norte-Americano


durante décadas. Leccionou e deu palestras como “visiting
professor” no Smithonian Institut de Washington; na Ari-
zona Historical Society de Phoenix; no Harvard Club de
New York e em instituições culturais e de ensino de um
grande número de Estados Americanos.
Em 1977 foi eleito “Honorary Member” (o 3º não ame-
ricano) pela associação de maior prestígio entre os ameri-
canos coleccionadores de armaria antiga.
Em 1986 recebeu o “Certificat of Commendation” da NASE
(National Academy For School Executives) “for the Enrich-
ment of the Expertise and Skills of School Executives
through Professional Development Programs”.
Em 2001, foi a sua intervenção nas Nações Unidas
na “First International Conference on Small Arms” , que
ajudou a estabelecer a diferença no tratamento de armas
antigas das modernas.

88 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

Em 2005 foi declarado “One of the Top 100 Scientists


of Scientific and Historical Research”, pela Cambridge.
Desde 1972 representa Portugal nos congressos inter-
nacionais de coleccionismo de armaria.

Referências bibliográficas:

INDICAÇÕES DE MUITOS LINKS ligados aos CAMPOS DE CONCEN-


TRAÇÃO ACTUAIS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA:
http://targetfreedom.typepad.com/targetfreedom/2009/08/fed-now-hiring-
-concentration-camp-guards.html

Apeiron Edições | 89
Rainer Daehnhardt

CAPÍTULO XX
_______________________________

ESCONDE-SE O SUICÍDIO DA AMÉRICA?

Ao que tudo indica estamos a assistir ao desmoronamento dos Esta-


dos Unidos da América. Porém, tudo parece ser normal, não se fazem
grandes ondas.
Dois dos maiores grupos financeiros americanos, MORGAN STAN-
LEY e CITY-GROUP, já avisaram que 141.000 funcionários do sector fi-
nanceiro vão ser despedidos (isto significa meio milhão de americanos
sem Natal).
Cerca de uma centena de bancos americanos faliram nas últimas
semanas e nada disso é mencionado nos media.
O apelo de “SOCORRO” lançado pelos financeiros americanos aos
seus congéneres europeus e asiáticos não obteve qualquer resposta.
O dólar americano desligou-se do ouro em 1971, criando-se
o petrodolar. Uma invenção de génio enquanto o mundo esteve aos pés
dos americanos. Uma vez posta em dúvida a sua liderança, já
o petrodolar não faz mais sentido. Isto, por sua vez, significa o colapso
do sistema financeiro mundial actual.
Saddam Hussein assinou a sua sentença de morte quando decidiu
vender petróleo em euros!
Agora, tanto a Pérsia como a Federação Russa desistiram de vender
o seu “ouro líquido” pela moeda americana, preferindo outras moedas
ou até trocas comerciais.
O dólar já não é preciso!
E os Estados Unidos?
O próximo golpe é escondê-los dentro duma União Norte-
-Americana, unindo-se ao Canadá e ao México.

90 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

Toda a prepotência demonstrada no campo político e militar não


esconde o facto de a dívida pública americana ter atingido (situação de
3 de Dezembro de 2007) a astronómica quantia de 9.154.986.584.732,22
dólares americanos.
A escolha de Bush como Presidente custou por ano aos contribuin-
tes americanos mais de 500 biliões de dólares. Cada cidadão americano
deve à nascença mais de 30.000 dólares em dívida governamental her-
dada. Dívida pública que aumenta um milhão de dólares por minuto!
NÃO EXISTE HIPÓTESE DE A PAGAR, nem amortizar sequer!
Os Estados Unidos estão falidos!
O mundo sabe-o. Mas ninguém tem a coragem de o afirmar publi-
camente com medo das consequências, porque uma coisa é certa e os
analistas americanos não se cansam de o afirmar: o colapso do dólar vai
causar o colapso do sistema financeiro mundial como o conhecemos.
Algo totalmente novo tem de ser criado e já não vão ser os financei-
ros americanos que o vão liderar!

Apeiron Edições | 91
Rainer Daehnhardt

CAPÍTULO XXI
_______________________________

E DEPOIS DO DÓLAR?

A dívida dos Estados Unidos da América ultrapassa, em valor, a


soma de todas as dívidas públicas e privadas de todos os outros estados
e cidadãos do mundo. É óbvio que é impossível o seu pagamento por
caminhos ditos “normais”.
Ainda há poucos anos, a dívida da Federação Russa era considerada
enorme (porém, incomparavelmente menor do que a actual america-
na). No entretanto surgiu a mão de ferro que a libertou das suas san-
guessugas. Não só pagou tudo o que devia, como até acumulou novas
riquezas, o que lhe permite fazer frente aos grandes desafios político-
-militares que se avizinham.
Os EUA não têm esta possibilidade! Não existe a mão de ferro com
vontade de os limpar das suas sanguessugas. Estas tomaram posse do
dinheiro e da informação e controlam assim a nação.
Uma vez que o México, o Canadá e os EUA já há bastante tempo se
encontram comercialmente interligados, surgiu agora a hipótese de
espalhar a monstruosa dívida americana sobre os seus estados vizinhos.
Nada melhor de que fazer isto com uma grande festa de “UNIÃO”.
Assim pode nascer a “UNION OF NORTH AMERICA”.
Juntam-se três que, basicamente, assumem a dívida de um, visto
que as dívidas do México e do Canadá, com as suas jazidas de petróleo
ainda por explorar, não têm peso em comparação à dívida dos EUA
(cujos poços, parcialmente esgotados e de má qualidade, já não mere-
cem crédito de peso).
Uma união destas, de três nações com moedas diferentes, permite a
instalação de uma nova moeda única para os três. A moeda proposta é
o AMERO e o ano da sua introdução chegou a estar previsto para 2007.

92 | Apeiron Edições
Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

O aparecimento de uma nova mo-


eda não exige apenas a retirada das
três antigas, mas também a avaliação
da nova. Este é precisamente o mo-
mento em que se pode, desavergo-
nhadamente, cometer a maior des-
truição de dinheiro alguma vez vista.
Ao que parece, está a propor-se uma
desvalorização do Dólar Americano
em cerca de 90 %. Isto é facilmente
visível pelas moedas do AMERO que
estão a ser propostas. Uma de cobre
de 20 AMEROS e uma de níquel de
100 AMEROS. Aproveita-se a ocasião
para explorar também o mundo numismático, vendendo-lhe moedas
comemorativas em Prata 999 e PROOF com a comemoração do 4º Cen-
tenário do estabelecimento da Colónia Britânica em JAMESTOWN-
-VIRGÍNIA.
Que a preparação desta “UNIÃO” já começou há muito, tornou-se
bem visível com pautas aduaneiras iguais para o Canadá e os EUA. Na
fronteira com o México, onde se vê uma crescente onda de emigração
deste país para os EUA, nota-se um maior esforço político na sua lega-
lização do que no impedimento da sua entrada.
A queda destas fronteiras causará a ida em massa de mexicanos e
outros, central ou sul-americanos, para os EUA e o Canadá. O desem-
prego, já enorme por causa da transferência de grande parte da indús-
tria norte-americana para o Extremo Oriente, vai aumentar ainda mais.
A oferta em massa de mão-de-obra barata não vai, sequer, trazer de
volta as antigas capacidades de exportação norte-americanas.
As consequências disto vão ser MUITÍSSIMO GRAVES!

Apeiron Edições | 93
Rainer Daehnhardt

1. Índios Lacota criam o Banco Lacota Livre


Em 17 de Dezembro de 2007, os índios Lacota declararam a sua in-
dependência dos Estados Unidos da América. Agora, livres e indepen-
dentes, deram mais um passo espantoso. Nomeadamente, criaram o
primeiro banco do mundo que não aceita dinheiro fiat2 nem se baseia
no sistema de reservas mínimas obrigatórias, aceitando apenas dinhei-
ro com cobertura de ouro ou de prata para depósito.
“Hoje é um grande dia para nós, um dia em que exercemos com
vigor e orgulho o nosso direito de homens soberanos”, disse Canupa
Gluha Mani, membro do Conselho dos Tetuwan, da tribo dos guerrei-
ros Cante Tenze (Strong Heart). Os 2500 membros da tribo dos guer-
reiros foram incumbidos da segurança do Free Lakota Bank.
“Convidamos as pessoas de todas as raças, religiões e origens de se
juntarem a nós para recuperarmos o controlo da prosperidade. Espe-
ramos que a Nação dos Índios e os cidadãos americanos reconheçam a
importância de uma moeda com cobertura de ouro ou de prata, e que
se decidam por um sistema de comércio honesto”. Mani, também co-
nhecido como Duane Martin Senior, é membro da delegação que de-
clarou a independência dos Lakota, em 17 de Dezembro de 2007.
Russel Means, chefe dos Lacota, mostrou-se muito crítico do siste-
ma monetário americano e chamou ao Federal Reserve Bank uma or-
ganização criminosa. Os índios Lacota tiraram as consequências e cria-
ram um sistema bancário alternativo, que tem uma cobertura de ouro
e de prata,
No website do Banco está escrito:

2
Dinheiro fiat – criado por governos, sem relação com o padrão-ouro, funcionou bem
durante um quarto de século, proporcionando a estabilidade monetária da qual sempre
dependeram sistemas financeiros complexos.
Fonte: http://www.alleinklang.tv/themen/neues-wirtschaften/lakota bank.html.
Site do Banco Lacota Livre: http://www.freelakotabank.com/index.php.

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Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

“Ouro e prata são um repositório de valor, um equivalente da


prosperidade produzida. O dinheiro de papel é uma hipoteca da
prosperidade, que não existe, com cobertura de armas de fogo
apontadas aos que têm de conseguir prosperidade pelo seu traba-
lho. Como apenas queremos lidar com dinheiro verdadeiro, não
participamos nos sistemas fraudulentos dos bancos centrais.
“Só há dinheiro quando se produz alguma coisa. O papel não é
dinheiro verdadeiro, apenas é uma promessa de pagamento. Espe-
ramos que, um dia, o resto do mundo acorde deste sonho america-
no, do sonho que uma pessoa consegue viver quando consome
mais do que produz. Nós chamamos-lhe o sonho americano por-
que é preciso dormir para nele acreditar. O sonho tem uma listra
de prata porque as pessoas descobrem que, na realidade, o sonho é
um pesadelo. A única solução é regressar aos valores antigos, valo-
res que resultam da produção e do comércio honesto.”

Para os clientes fazerem as suas transacções, o Free Lakota Bank


não pede nenhuma fotografia, nem o número do regime de seguro da
pensão. Efectua-se de uma forma anónima. A firma Strike Force, peri-
tos de controlo de acesso, desenvolveu uma nova tecnologia que per-
mite o acesso à conta sem exigir dados biométricos, mas protege con-
tra qualquer fraude.
O banco diz:
“Não nos compete vigiar as transacções monetárias dos nos-
sos clientes. Não queremos saber quem deposita, de onde vem o
dinheiro, nem em que quantias é depositado ou levantado no
nosso banco.
“Se obtiver as suas receitas explorando as fraquezas dos ou-
tros, devia ter vergonha. A sua vida neste planeta será curta e o
Grande Espírito dar-lhe-á a recompensa devida. Se decidir abrir

Apeiron Edições | 95
Rainer Daehnhardt

uma conta no Free Lakota Bank, vamos investir o seu dinheiro


onde haja um forte sentido moral e de valores.”

A tribo dos Lacota convida todos os interessados a abrir contas e a


investir no Free Lakota Bank General Investment Fund, um fundo
que serve para criar indústrias e empresas industriais proveitosas, em
território Lacota. Mani diz ainda que a Nação Lacota recusa donati-
vos, e que insiste em ser ela a “trabalhar para a nossa própria prospe-
ridade, na medida em que criamos valores que inspiram confiança no
nosso sistema.”
O Free Lakota Bank criou uma moeda que corresponde ao Ameri-
can Open Currency Standard e, consequentemente, é aceite em mais
de 10.000 lojas e comércios em todo o continente.

Comentário: Em muitos sítios, na América, estão a surgir sistemas


monetários alternativos, como, por exemplo, o River Currency, o Gor-
ge Local Currency Cooperative. É uma medida típica em tempo de
crise para manter a economia local viva.
Também o sistema monetário alternativo de sucesso da Suíça, o
WIR, existe há já 75 anos, tendo sido criado após a última crise econó-
mica mundial.

96 | Apeiron Edições
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CAPÍTULO XXII
_______________________________

CONCLUSÃO

Em tempos, já os romanos, os castelhanos e os franceses, receberam


amargas lições, quando nos consideraram uns “tansos”, que facilmente
podiam dominar e subjugar!
Povos houve, que perderam as suas razões de existência. Simples-
mente desapareceram, não passando de meras notas em livros de histó-
ria, que ganham poeira em prateleiras, por já não haver quem se inte-
resse pela sua existência.
Portugal, porém, ainda tem por cumprir a sua 3ª razão de existência
e isso, em si, é já razão suficiente para não ficar de braços cruzados.
Há uma tarefa gigante para a qual a lusa gente foi preparada e esta
é para ser cumprida!
Sem isso, todo o esforço e todo o sofrimento das gerações que nos
antecederam terá sido em vão.
Para podermos pensar em cumprir a tarefa que nos cabe fora de
portas e a nível global, temos de começar, primeiro, por fazer uma
grande arrumação na nossa casa.
Mais do que isso, devemos fazê-lo individualmente nas nossas mentes!
Ora, vamos ser muito básicos e tentar compreender o que nos ro-
deia, pela ordem em que tudo surgiu.
PORQUE, NINGUÉM TENHA DÚVIDAS: ALGURES ALGO COR-
REU MESMO MAL!
Somos um povo nascido dos genes de muitos outros que por cá
passaram.
Não somos uma raça, nem fanáticos de seja o que for.

Apeiron Edições | 97
Rainer Daehnhardt

Somos o resultado dos que de forma positiva se souberam entender


com os que nos invadiram, aproveitando o que considerámos positivo e
rejeitando o que classificávamos de negativo.
De certa forma, acabámos equipados com uma espécie de filtro di-
vino, que nenhum outro povo possui!
Haverá quem diga que fomos apenas sensatos. Como éramos pou-
cos, tínhamos de ser bons, senão já não existiríamos há muito.
Não há nada de errado na lógica desta observação.
Facto é, que usamos armas mais penetrantes e duradouras que o
aço, como a tolerância e a boa vontade, na convivência pacífica, em
favor do bem comum.
Quem se rege pelo egocentrismo, a ganância ou a sede de poder,
apenas chega até onde a sua espada lhe permite chegar.
Quem, pelo contrário, sabe que não é nem mais nem menos do que
os povos que encontra na sua caminhada, buscando uma ligação base-
ada no respeito e na amizade, facilmente fundará um Império para as
gerações futuras.
É na BUSCA DO BELO e na CRENÇA NO BEM, que reside a força
secreta que acompanhará a lusa gente nos difíceis tempos vindouros,
durante os quais terá a tarefa de guiar espiritualmente os sobreviventes
de uma grande catástrofe, no cumprimento da sua 3ª razão de existência.
Diariamente acontece na costa portuguesa o milagre oposto ao da-
quele que ocorre nas costas nipónicas. Enquanto nestas se espera, com
ansiedade e alegria, o erguer do sol, que renasce duma aurora de es-
plendor magistral, aqui cabe-nos assistir ao seu mergulho, na penum-
bra aquática do nosso horizonte. Isto poderia encher-nos apenas da tal
tristeza que o nosso fado tão bem canta. Porém, as nossas almas encon-
tram-se cheias de fé. A morte do dia e o desaparecimento da luz que
nos guia do exterior são companheiros da fé no amanhã, iluminados
por uma tocha invisível do nosso interior.

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Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

Quem alberga e é fiel depositário de tal luz interior, por alguma ra-
zão especial aqui terá sido colocado, espalhando os seus rebentos por
todos os recantos do mundo.
O que é a Europa? Pondo de lado a imagem de donzela mitológica,
é apenas uma localização geográfica, onde habitam povos profunda-
mente diferentes.
Pela sua vizinhança, aconselha o bom senso que se tolerem uns aos
outros e até que se sentem à mesma mesa para tratarem de assuntos de
interesse comum.
Se a Europa fosse apenas isto, nada haveria de errado. Mas, NÃO!
Houve quem visse nela um campo de cultivo de escravos, para servi-
rem uma vontade única.
Para não usar nomes de ditadores recentes, que sempre terão os
seus inimigos ou adeptos, menciono o do Imperador Romano Domici-
ano, que reinou do ano 81 até ao de 96. Aclamado como portador da
grande esperança na mudança, tornou-se o expoente máximo do ego-
centrismo. Acusar, sentenciar e mandar executar qualquer homem de
relevo que pudesse estar no seu caminho, já não era novidade, nesta
que foi a primeira tentativa de uma União Europeia debaixo de um
poder central. Porém, no ano 90, Domiciano declarou que Roma preci-
sava apenas de uma única cabeça pensante, e esta era a sua. Assim,
mandou assassinar ou expulsar qualquer cidadão suspeito de possuir
ideias próprias. Foram seis anos de razia entre a inteligência.
Uma Europa Unida não se constrói destruindo, mas aceitando as
diferenças.
Não existe nada de positivo em tentar igualar. Na continuação da
diferença é que está a mais-valia para todos.
Quando cada família tiver um representante em quem depositar a
confiança do seu voto;

Apeiron Edições | 99
Rainer Daehnhardt

Quando estes escolherem entre si os representantes das suas aldei-


as, vales ou cidades;
Quando estes últimos, por sua vez, escolherem os representantes
dos seus povos, para se sentarem como iguais entre iguais à mesa parti-
lhada por todas as nações europeias, então estarão criadas as condições
para uma Europa europeia de raiz.
O que diferencia esta visão futura do que nos serviram? Quase tudo!
Nenhuma das escolhas acima referidas teve lugar!
Inventaram-se partidos e ideologias, que ultrapassam fronteiras e
em nada beneficiam os povos, mas apenas as suas máquinas e quem
fielmente as serve.
Com a famigerada frase da revolução francesa – Liberdade, Igual-
dade, Fraternidade –, palavras ocas que levaram centenas de milhares à
morte, em benefício de nada nem de ninguém, foi plantada a semente
ruim de “um homem = um voto”, na qual se baseia a não menos desas-
trosa palavra “democracia”. Porém, cada um é livre de interpretar esta
palavra como quiser e utilizá-la a seu bel-prazer. O resultado é a insta-
lação da democracia pela força das armas, em povos para os quais ne-
nhum significado tem, a não ser a prepotência do mais forte sobre o
mais fraco. Esperar que tais povos agradeçam a introdução de tal de-
mocracia é ridículo.
Uma Pseudo-Europa nascida de uma Guerra Mundial ainda não
terminada, por não ter havido Tratado de Paz, é uma Europa, no míni-
mo, condicionada!
Estudando um pouco o que se passa por detrás das cortinas das ma-
nipulações político-financeiras internacionais, descobre-se que esta
Pseudo-União Europeia não é nem união nem sequer europeia, mas
um pantanal, onde as mais diversas pontas de flechas de interesses não
europeus, mas globalistas, se digladiam e a querem manobrar confor-
me as suas conveniências.

100 | Apeiron Edições


Do Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

Para Portugal poder cumprir o seu papel na Europa, vai ter de sair
da União Europeia, pois esta é a negação de tudo o que de positivo a
Europa tem!
Também vai ter de sair do Euro, por imensas razões nesta obra já
apresentadas. Devemos começar a ver que o Euro foi o maior roubo
que alguma vez se deu na história. A sua introdução serviu como estra-
tégia para impedir que a reunião das chamadas duas Alemanhas (trata-
se apenas de duas de uma série de zonas ainda ocupadas), desse dema-
siado peso à Alemanha. Porém, este plano fracassou redondamente.
Portugal também vai ter de sair da NATO porque esta organização
de Defesa do Atlântico Norte foi desviada dos seus objectivos e já em
nada diz respeito a Portugal e aos seus interesses.
Portugal também deve sair das Nações Unidas, porque estas foram
criadas em Março de 1945, em São Francisco, declarando guerra unila-
teral à Alemanha e exigindo que todos os futuros estados membros
assumissem as decisões anteriormente tomadas.
Será que desta sorte Portugal se encontra (sem que a população te-
nha tido conhecimento), em estado de guerra com o Deutsches Reich?
E isto desde 1955, ano da sua entrada nas Nações Unidas, pois o Deuts-
ches Reich não se rendeu (apenas as forças armadas regulares se ren-
deram, em 8 de Maio de 1945, sob as ordens do Comandante Chefe,
Grossadmiral Dönitz) e, juridicamente, ainda existe (o que foi devida-
mente reconhecido pelas mais altas instâncias jurídicas da RFA).
Portugal não tem o mínimo interesse nesta guerra, nem o Deutsches
Reich. Este, embora ocupado na Europa, mantém todos os seus direitos
sobre 600.000 quilómetros quadrados da Antárctida, dos quais tomou
legalmente posse ainda antes da 2ª Guerra Mundial. Trata-se de uma
grande parcela do maior reservatório de água doce do planeta, numa
zona de valor estratégico enorme e da máxima importância para a
sobrevivência da humanidade.

Apeiron Edições | 101


Rainer Daehnhardt

Portugal tem o potencial para se livrar das dívidas feitas em seu nome.
Precisamos é de nos livrar das sanguessugas que nos devoram dia-
riamente e, de forma pacífica, lutar para que Portugal volte a estar em
mãos lusas. O resto é trabalho!
O reconhecimento de que se seguiu um caminho errado é o primei-
ro passo na direcção da salvação!
É claro que muito esforço nos espera, mas o alvo e o dever histórico
a isto nos obrigam.
Do nosso lado, sempre tivemos, primeiro Endovélico e depois o seu
herdeiro, o Arcanjo São Miguel.
A inexplicável FÉ NA MISSÃO DO SEBASTIANISMO, a pureza da
CARIDADE DO ISABELISMO e o PARACLETO, como Guia do ESPÍ-
RITO SANTO para o V IMPÉRIO (totalmente incompreensível para os
materialistas), acompanham-nos desde longa data!
Estamos a assistir aos sinais.
Falta compreender, assumir e cumprir!

Nos bosques dos carvalhos sagrados da Lusitânia, 19 de Março de 2013


Rainer Daehnhardt

102 | Apeiron Edições

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