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Enfª Graziele Pinheiro Paes

O QUE É O CRIE
• Estrutura direcionada ao atendimento
diferencial;

• Moderna tecnologia e produtos imunobiológicos


de alto custo;

• Investimento do Ministério da Saúde, com a


finalidade de proporcionar melhor qualidade de
vida à população brasileira.
OBJETIVO
• Facilitar o acesso da população com doenças e
condições que podem ter necessidades de
vacinas não contempladas no Programa nacional
de Imunizações;

• Investigar, acompanhar e elucidar os eventos


adversos à vacinação;
OBJETIVO
• Proporcionar imunização às pessoas com
intolerância a algum componente vacinal ou de
imunização passiva.
INDICAÇÕES DOS IMUNOBIOLÓGICOS
ESPECIAIS

Pacientes imunodeprimidos;
• Motivos biológicos;
• Convívio contínuo com pessoas
imunodeprimidas;
• Intolerância aos imunobiológicos comuns;
• Exposição inadvertida a agentes infecciosos.
ATRIBUIÇÕES
• Avaliar a solicitação, aplicar e/ou dispensar,
orientar, e acompanhar os pacientes;

• Manter registro informatizado sobre os dados


das vacinas e imunoglobulinas especiais;

• Zelar pela manutenção dos Imunos, controlando


o movimento do estoque e garantindo a
disponibilidade;
ATRIBUIÇÕES

• Apoiar investigação clínica e laboratorial de


casos de eventos adversos;

• Apoiar pesquisas de interesse do Programa


Nacional de Imunização.
Fluxo de atendimento das
demandas externas

Caixa térmica com SIBE e possíveis


termômetro e previsão de exame e/ou notificação
retirada

Analisa os pedidos de indicação;


Devolve os pedidos;
Agenda para retirar;
Cadastra o paciente e registra o dad0s;
Dispensa o imunobiológico;
Documenta o fornecimento;
Orienta.
Qual a importância do
preenchimento da SIBE?
VACINAS/IMUNOGLOBULINAS DISPONIBILIZADAS

V. Poliomielite Inativada
V. Hepatite A
V. Influenza sazonal
V. Pneumococo (Pn23) Imuno. Antitetânica
V. Haemophilus Influenzae B Imuno. Anti rábica
V. Tríplice acelular (DTPa) Imuno. Hep B
V. Meningococo conj. C Imuno. Varicela
(MncC) Imuno. Palivizumabe*
V. Dupla infantil (DT)
V. Febre Tifóide (exército)
V. Varicela
Como fazemos isso?

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_centro_referencia_imunobiologicos.pdf
EVENTOS ADVERSOS

http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/-01VACINA/manual_Eventos_adversos.pdf
Eventos Adversos
Certamente que as vacinas pertencem a um dos grupos de
produtos biológicos com excelente perfil de segurança e
a ocorrência de eventos adversos relacionados à
vacinação deve ser imediatamente notificada,
investigada e esclarecida para que não ponha em risco
não apenas todo o programa de imunizações, mas
também a segurança epidemiológica de toda a
população.
ATENÇÃO!
Todos os eventos adversos graves e/ou inusitados
devem ser notificados imediatamente ao nível
hierárquico superior, com a finalidade de alertar a
vigilância e obter orientações quanto à investigação
se necessário: • Fluxo imediato dentro das primeiras
24 horas por meio de telefone, e-mail, fax. • O tempo
máximo para se iniciar uma investigação de campo
em tempo oportuno é de 48 horas após a notificação.
Evento adverso pós-vacinação (EAPV) é qualquer
ocorrência médica indesejada após a vacinação e que,
não necessariamente, possui uma relação causal com
o uso de uma vacina ou outro imunobiológico
(imunoglobulinas e soros heterólogos). Um EAPV
pode ser qualquer evento indesejável ou não
intencional, isto é, sintoma, doença ou um achado
laboratorial anormal.
Entre os eventos esperados, podemos ter eventos
relativamente triviais, como febre, dor e edema local, ou
eventos mais graves, como convulsões febris, episódio
hipotônico-hiporresponsivo, anafilaxia etc.

Eventos inesperados são aqueles não identificados


anteriormente, às vezes com vacinas de uso recente, como
ocorreu com a vacina rotavírus rhesus/humana (invaginação
intestinal), ou mesmo com vacinas de uso mais antigo, como
por exemplo, visceralização e falência múltipla de órgãos,
observada muito raramente após a vacina febre amarela.
São ainda eventos inesperados aqueles decorrentes de
problemas ligados à qualidade do produto, como por
exemplo, contaminação de lotes provocando
abscessos locais, ou teor indevido de endotoxina em
certas vacinas, levando a reações febris e
sintomatologia semelhante à sépsis.
ALGUNS EA MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL:
-Eventos adversos por reações de hipersensibilidade
-Reações de tipo I, anafiláticas, mediadas por IgE, mais
frequentes em indivíduos alérgicos
-Outras substâncias, agregadas durante a preparação e
purificação da vacina (por exemplo, antibióticos,
conservantes, estabilizantes ou adjuvantes).
-Reações de tipo II, ligadas à formação de anticorpos
que se fixam a células do organismo
- Reações de tipo III, provocadas pela formação de
complexos imunes, que levam à vasculite e à necrose
tecidual no sítio da aplicação, como pode ocorrer
após número exagerado de doses de vacinas difteria e
tétano

- Reações de tipo IV, chamadas de hipersensibilidade


tardia, que envolvem a imunidade celular, com
linfócitos T citotóxicos direcionados contra alvos do
próprio corpo, como ocorre na síndrome de Guillain-
Barré e na encefalomielite pós-infecciosa aguda.
Falhas na Vacinação
*Fatores relacionados à utilização ou administração:

-Erros de administração (erros de via de administração,


doses incorretas, diluentes incorretos).
-Esquemas vacinais incompletos, não cumprimento de
esquemas, incluindo reforços (falha na administração e
não falha da vacina).
- Relacionados ao armazenamento e conservação: rede de
frio.
- Prazos de validade expirados.
- Diluição incorreta
- Dosagens incorretas
- Calibre de agulhas utilizados de forma incorreta
- Idades fora da recomendação
- Erros nos intervalos entre as vacinas
- Administração de vacinas fora da data de validade
*Fatores relacionados aos programas de imunização:

-Falhas nas recomendações de calendários: número de


doses e/ou reforços.
-Escassez na quantidade de vacinas
-Falhas no transporte, armazenamento, acondicionamento,
distribuição, controle de temperatura, alterações de
coloração, turvação.
LEMBRE-SE!
As práticas inadequadas de imunização podem resultar
em danos para o produtor do imunobiológico, para a
instituição que os adquire e distribui, para o
profissional que manipula e administra, bem como
para as pessoas que a recebe.
Condutas diante de alguns eventos adversos
comuns a vários imunobiológicos
Reações Locais
- Analgésico, se necessário.
- Compressas frias, nas primeiras 24 a 48 horas após a
administração, nos casos de dor e reação locais
intensas.
- Os abscessos devem ser submetidos à avaliação
médica, para conduta apropriada (uso de
antibióticos, drenagem cirúrgica etc.).
- Contraindicação para doses subsequentes: Não há.
Febre
Quando a febre se deve à vacinação, o quadro
geralmente é benigno e autolimitado. Manter a
pessoa em repouso, em ambiente bem ventilado,
administrar água e outros líquidos apropriados, tais
como o leite materno, terapia de reidratação oral e
considerar o uso de antitérmico.
NÚCLEO DE VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
CRIE
Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais

Fluxo de encaminhamento de pessoas com possibilidade de reação adversa


a imunobiológicos do CRIE ao Pronto Socorro (PS)
CRIE recebe exames confirmatórios e solicitação

Médica do CRIE analisa exames e solicitação/ confirma/ assina necessidade


de imunização em ambiente hospitalar

CRIE Encaminha análise e documentação para o município de origem

Enfermeira do CRIE agenda data para a aplicação com a enfermeira


supervisora do Pronto Socorro

No dia agendado
CRIE: Pronto Socorro HC:
Encaminha para a abertura da ficha; Médica realiza a internação;
Médica repassa caso para médica do PS; Recebe o caso da médica do CRIE;
Prescreve medicação; Administra medicação prescrita;
Após 30 minutos imuniza Observa pelo tempo necessário;
Orienta alta hospitalar.
Particularidades de
algumas vacinas...
Imunoglobulina Hepatite B
• Indicações
 Prevenção no pré-natal pelo VHB (até 7 dias após o parto, no caso do
indivíduo suscetível);
 Vítimas de acidente com material biológico positivo, ou fortemente
suspeito de infecção pelo VHB (7 dias após o acidente, preferencialmente
nas primeiras 24 horas);
 Comunicantes sexuais/vítimas de violência sexual agudos de hepatite B
(até 14 dias após a exposição);
 Imunodeprimido após exposição de risco, mesmo que previamente
vacinado.
Vacina Haemophilus influenzae do tipo b
• Indicações
 Nas indicações de substituição de pentavalente por DTP acelular + Hib+HB;
 Transplantados de medula óssea;
 Nos menores de 19 anos e não vacinados, nas seguintes situações :

• HIV/aids;

• Pneumopatias crônicas;

• Asma persistente moderada e grave;

• Cardiopatias crônicas;
• Diabetes mellitus;

• Fístula liquórica;

• Fibrose cística (mucoviscidose);

• Doença de depósito;

• Imunodeficiência congênita isolada do tipo humoral ou

deficiências do complemento;

• Imunodepressão terapêutica ou devido ao câncer;

• Implante de cóclea;

• Doença neurológica incapacitante.


• Nefropatias crônicas, hemodiálise, síndrome nefrótica;

• Trissomias;

• Asplenia anatômica ou funcional e doenças anatômicas;


Vacina 23 valente (Pn23) e 10 valente (Pn 10)
Indicações
 HIV/aids;
 Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas;
 Pneumopatias crônicas (especificar), exceto asma intermitente ou
persistente leve;
 Asma persistente, moderada ou grave;
 Cardiopatias Crônicas;
 Nefropatias crônicas, hemodiálise, síndrome nefrótica;
 Transplantados de órgãos sólidos e medula óssea;
 Imunodeficiência devido ao câncer ou imunossupressão

terapêutica;

 Diabetes mellitus;

 Fístula liquórica;

 Fibrose cística (mucoviscidose);

 Doenças neurológicas crônicas incapacitantes;


 Hepatopatia crônica;

 Doença de depósito;

 Implante de cóclea;

 Trissomias e

 Imunodeficiências congênitas ou adquiridas.


Vacina tríplice acelular (DTPa)

• Indicações
 Após os seguintes agravos ocorridos com a aplicação da vacina DTP
celular ou tetravalente:

a) Convulsão febril ou afebril nas primeiras 72 horas após a vacinação;

a) Síndrome hipotônica hiporresponsiva nas primeiras 48 horas após a


vacinação;
 Para crianças que apresentarem risco aumentado no
desenvolvimento de eventos graves à vacina DTP ou pentavalente:
a) Doença convulsiva crônica;
b) Cardiopatias ou pneumopatias crônicas em menores de 2 anos de
idade com risco de descompensação em vigência de febre;
c) Doenças neurológicas incapacitantes;
d) Crianças com neoplasias e/ou que necessitem de quimio, rádio ou
corticoterapia;
e) RN que permaneça internado em unidade neonatal por ocasião da
idade da vacinação;
f) RN prematuro extremo (menor de 1000 gramas ou menor que 31 semanas)
Vacina tríplice acelular (DTPa)

• Contra-indicações
 As seguintes ocorrências contra indicam o uso de vacina Tríplice
acelular (DTPac):

- Choque anafiláfico provocado por aplicação de vacina tetravalente


ou da tríplice celular ou da tríplice acelular das vacinas antitetânicas
diftéricas duplas (Dt ou dT) e vacina antitetânica;

- Encefalopatias instaladas no período de até sete dias depois da


aplicação da vacina tetra ou da DTP ou da DTPa, devendo o
esquema nesses casos ser completado com vacina Dt ou dT.
Vacina meningococica conjugada C
• Indicações
 Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas (anemia
falciforme, talassemia, eslenectomizados);
 Imunodeficiências congênitas da imunidade humoral;
 Pessoas com HIV/AIDS;
 Microbiologista rotineiramente exposta ao isolamento de Neisseria
Meningitides;
 Implante de cóclea;
 Fístula liquórica e DVP;
 Trissomias;
 Doenças de depósito;
 Hepatopatia crônica;
 Doença neurológica crônica incapacitante;
 Transplante de órgãos sólidos e medula óssea.
Vacina dupla infantil
• Indicações
 Crianças de 2 meses até 7 anos que apresentam encefalopatia nos 7
dias subsequentes à administração de dose anterior da vacina
pentavalente, DTP celular ou DTP acelular.
Imunoglobulina Humana Antitetânica
• Indicações
 Indivíduos que apresentaram algum tipo de hipersensibilidade quanto a
utilização de qualquer soro heterólogo;

 Indivíduos imunodeprimidos, nas indicações de imunoprofilaxia contra


tétano, mesmo que vacinado. Os imunodeprimidos deverão receber sem
a IGHAT no lugar da SAT, devido a meia-vida maior dos anticorpos;

 Recém-nascidos em situações de risco de tétano cujas mães sejam


desconhecidas ou não tenham sido adequadamente vacinadas;

 Recém-nascidos prematuros com lesões potencialmente tetanogênicas,


independente da história vacinal da mãe.
Imunoglobulina anti-rábica
• Indicações
 Indivíduos que apresentaram algum tipo de hipersensibilidade
quanto a utilização de soro heterólogo (anti-rábico, antitetânico,
anti-ofídico, etc.)

 Indivíduos que não completaram o esquema anti-rábico por eventos


adversos a vacinação;

 Indivíduos imudeprimidos – na situação de pós-exposição, sempre


que houver indicação da vacina anti-rábica.
Imunoglobulina Palivizumabe
• Indicações
 Crianças com menos de 1 ano de idade que nasceram prematuras;

 Crianças com até 2 anos de idade com doença pulmonar crônica ou


doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica
demonstrada.

Encaminhamento a depender do município, direto à Imunização Estadual


Alguns casos

REAIS
Caso 1
• Indicação: criança, com reação local – eritema
em coxa esquerda após aplicação de vacina
pentavalente em segunda dose

• Solicitação: DTPa + Hib


CRIE:

Negada, pois não há


indicação no manual dos
CRIES
Caso 2
• Indicação: ausência.

• Solicitação: Hepatite A e Varicela


CRIE:

Negada, pois não há


indicação para a avaliação
do CRIE
Caso 3
• Indicação: alergia crônica

• Solicitação: varicela
CRIE:

Negada, pois não há


indicação no manual dos
CRIES
Caso 4
• Indicação: prematuridade, nascida com IG 32
semanas (criança com 2 meses, em domicílio)

• Solicitação: DTPa+Hib
CRIE:

Negada, pois não há


indicação no manual dos
CRIES
Caso 5
• Indicação: vacinação especial

• Solicitação: Pn 23
CRIE:

Negada, pois não há


indicação para a avaliação
do CRIE
Caso 6
• Indicação: imunoglobulina anti-rábica

• Solicitação: paciente idoso


CRIE:

Negada, pois não há


indicação no manual dos
CRIES
Caso 7
• Indicação: diabetes tipo II (recebeu última dose
há 1 ano)

• Solicitação: Pn 23
CRIE:

Negada, pois a indicação é da


próxima dose após 5 anos da
primeira
Caso 8
• Indicação: rinosseptoplastia

• Solicitação: Pn 23
CRIE:

Negada, pois não há


indicação no manual dos
CRIES
Caso 9
• Indicação:prematuridade

• Solicitação: Hepatite A e Varicela


CRIE:

Negada, pois não há


indicação no manual dos
CRIES
Caso 10
• Indicação: trigêmios prematuros com rinite e
asma

• Solicitação: meningo C
CRIE:

Negada, pois não há


indicação no manual dos
CRIES

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