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Jornada do Herói

JORNADA DO HERÓI
A Jornada do Herói está dividida em três
seções: Partida (às vezes chamada Separação),
Iniciação e Retorno.
Partida - lida com o herói aspirando à sua
jornada;
Iniciação - contém as várias aventuras do
herói ao longo de seu caminho;
Retorno - é o momento em que o herói volta
a casa com o conhecimento e os poderes que
adquiriu ao longo da jornada.
Os 12 Estágios da Jornada do Herói

1 Mundo Comum - O mundo normal do herói


antes da história começar.
2 O Chamado da Aventura - Um problema se
apresenta ao herói: um desafio ou a aventura.
3 Reticência do Herói ou Recusa do Chamado -
O herói recusa ou demora a aceitar o desafio
ou aventura, geralmente porque tem medo.
4 Encontro com o mentor ou Ajuda
Sobrenatural - O herói encontra um mentor
que o faz aceitar o chamado e o informa e
treina para sua aventura.
5 Cruzamento do Primeiro Portal - O herói
abandona o mundo comum para entrar no
mundo especial ou mágico.
6 Provações, aliados e inimigos ou A Barriga da
Baleia - O herói enfrenta testes, encontra
aliados e enfrenta inimigos, de forma que
aprende as regras do mundo especial.
7 Aproximação - O herói tem êxitos durante as
provações

8 Provação difícil ou traumática - A maior crise


da aventura, de vida ou morte.

9 Recompensa - O herói enfrentou a morte, se


sobrepõe ao seu medo e agora ganha uma
recompensa (o elixir).
10 O Caminho de Volta - O herói deve voltar
para o mundo comum.

11 Ressurreição do Herói - Outro teste no qual


o herói enfrenta a morte, e deve usar tudo
que foi aprendido.

12 Regresso com o Elixir - O herói volta para


casa com o "elixir", e o usa para ajudar todos
no mundo comum.
Syd Field

Outro autor muito procurado pelos teóricos da


roteirização e da narratologia é o norte-
americano Syd Field, que em seu livro "Manual
do Roteiro", de 1979, publicou as qualidades
que devem estar presentes em um roteiro para
que seja considerado apropriado por um
produtor de Hollywood.
Seu "Paradigma Field", ainda que limitado ao
modelo industrial dos EUA, é
desconcertantemente simplificador sobre a
fórmula hollywoodiana de se contar histórias.
Romance – A ação dramática, o enredo
acontece na mente do personagem principal,
dentro do universo mental da ação dramática.
Teatro – A ação, o enredo acontece no palco, a
ação da peça acontece na linguagem da ação
dramática, que é falada em palavras.
Filme – é um meio visual que dramatiza um
enredo básico, lida com imagens; o roteiro é
uma história contada em imagens, diálogos,
localizada no contexto da estrutura dramática.
Em um roteiro de cinema nada é
improvisado, tudo é pensado
antecipadamente. Para um bom filme, o
personagem tem sempre uma importância e
deve enfrentar as dificuldades que
aparecerão ao longo da história visando um
fim já planejado.
“Quando lemos um bom roteiro, nós o
reconhecemos – fica evidente desde a
primeira página. O estilo, a forma com que as
palavras são escritas na página, o jeito que a
história é estabelecida, o controle da situação
dramática, a apresentação do personagem
principal, a premissa básica ou problema do
roteiro – tudo se estabelece nas primeiras
páginas do roteiro.”
Outra curiosidade interessante é o fato de
que o espectador aceita tudo o que vê
durante os dez minutos iniciais de filme e
“vai se acostumando” com o que virá pela
frente. Nesse período, a história deve ser
apresentada claramente e deve ter uma
trama bem desenhada. Se isso não ocorrer, o
espectador perde o interesse pela história.
Essas são as informações principais.
“Um roteiro, logo percebi, é uma história
contada com imagens. É como um
substantivo: isto é, um roteiro trata de uma
pessoa, ou pessoas, num lugar, ou lugares,
vivendo a sua “coisa”. Percebi que o roteiro
possui certos componentes conceituais
básicos comuns no que se refere a forma.
Esses elementos são expressos
dramaticamente dentro de uma estrutura
definida com início, meio e fim.”
O livro traz a seguinte teoria, um bom roteiro é
dividido em três partes:

Ato l ou Apresentação - da trama e dos

personagens - Introdução

Ato ll ou Confrontação - conflito e clímax -


Desenvolvimento

Ato lll ou Resolução - conclusão da história -


Desfecho
Entre cada uma das partes deve haver um
ponto de virada. O ponto de virada é um
acontecimento ou um conflito que muda a
história do filme, um episódio que “engancha”
na ação e a reverte noutra direção, deixando
o espectador curioso e fazendo com que ele
assista ao filme até o fim.
Em um filme de 120 minutos, os pontos de
virada (plot point) estão próximos dos
minutos 30 e 90 da história.
E isto, por sua vez, teria sido fruto de décadas
de testes com o público, na base da tentativa-
e-erro e das observações dos resultados em
sucessos de bilheteria.

Também há o ponto central, localizado


exatamente na metade da produção.
Esse é o enredo, que deve estar bem
desenvolvido com os personagens e com a
estrutura.
Paradigma de um roteiro

início meio fim


Ato l Ato ll Ato lll

apresentação confrontação resolução


págs. 1-30 págs. 30-90 págs. 90-120

Ponto de virada l – págs 25-27


Ponto de Virada II – págs 85-90
Um paradigma é ...

um modelo,
um esquema conceitual,
uma forma,
não uma fórmula,

Um fundamento de um bom roteiro!


ATO I - APRESENTAÇÃO
O início, é uma unidade de ação dramática
com aproximadamente 30 páginas.
Apresenta a história, os personagens, a
premissa dramática, a situação e estabelece
os relacionamentos entre o personagem
principal e as outras pessoas que estão em
“seu mundo”.
10 MINUTOS – primeira unidade de ação
dramática – parte mais importante do roteiro.
Porque tem que mostrar ao leitor quem é o
personagem principal, qual é a premissa
dramática (sobre o que ela trata) e qual é a
situação dramática (as circunstâncias em
torno da ação).
A premissa dramática é o assunto de que o filme
trata; ela fornece o impulso dramático que
move a história para a sua conclusão.
ATO II - CONFRONTAÇÃO
É uma unidade de ação dramática com
aproximadamente 60 páginas.

O personagem principal enfrenta obstáculo


após obstáculo, que o impedem de alcançar
sua necessidade dramática, ou seja, o que o
personagem principal quer vencer, ganhar,
ter, ou alcançar durante o roteiro.
O que deseja o seu personagem principal?
O que o move através da ação?
Qual a sua necessidade?

Todo drama é conflito. Sem conflito não há


personagem; sem personagem, não há ação;
sem ação, não há história; e sem história, não
há roteiro.
ATO III - RESOLUÇÃO
É uma unidade de ação dramática com
aproximadamente 30 páginas.

O Ato III resolve a história, não é o seu fim.


Resolução não significa fim, significa solução.

O fim é aquela cena, imagem ou sequência


com que o roteiro termina, não é a solução da
história.
Qual a solução do roteiro?
O personagem principal sobrevive ou morre?
Tem sucesso ou fracassa?
Casa-se? Vence?

Início, meio e fim; Ato I, II, III. Apresentação,


Confrontação, Resolução – as partes que
compõem o todo.

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