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DRAMATURGIA

Dra Marcia Polacchini


TEATRO

A palavra teatro abrange ao menos duas


acepções fundamentais: o imóvel em que se
realizam espeteaculos e uma arte específica,
transmitida ao público por intermédio do ator
(Sábato Magaldi – Iniciação ao teatro)
Arte específica pela qual, através
da presença física do ator, um
autor se manifesta e transmite,
com palavras, gestos atos,
movimentos, um conteúdo a um
público.
Já a mensão do ator começa a
sugerir o que é o personagem…

Atores representam personagens.


Fazem de conta que são outras
pessoas, e por meio dessas pessoas
ficcionais, veiculam o conteúdo de
uma peça de teatro.
A importância da Poética de Aristóteles na teoria e história do teatro,
A importância da Poética de Aristóteles na teoria e história
do teatro, bem como na teoria literária, é incontestável.

- Primeira obra significativa.


- Seus conceitos e linhas de argumentação influenciaram
persistentemente o desenvolvimento da teoria ao longo
dos séculos.

A teoria do teatro ocidental começa com Aristóteles.


Suscitaram opiniões divergentes...
Mimeses – Afirma-se que o conceito de mimese
corresponde a cópia. Entretanto... O conceito
pressupõe um duplo olhar:

-Platão – conotação pejorativa - para o filósofo,


considerado o mundo das ideias, a mimese é
concebida como cópia, sombra, escravização do
homem ao mundo das aparências. Imitação indigno
dos deuses, em um mundo perfeito, ideal, nada precisa
ser imitado.
-Aristóteles – desenvolve uma conotação positiva do
conceito, segundo a qual o poeta não copia, mas recria
o movimento interno das coisas (essência) que se
dirigem a perfeição.
RECRIAR, PROCURAR A ORIGEM PRIMEIRA,
REINVENTAR.

Diz Aristóteles, falando da imitação dramática:


Como a imitação se aplica à ação e a ação supõe
personagens que agem, é absolutamente
necessário que estas personagens sejam tais e
tais pelo caráter e pelo pensamento (pois é
segundo estas diferenças de caráter e
pensamento que falamos da natureza de seus
atos.
ETHOS – caráter

DIANÓIA – pensamento

Princípios da caracterização do
personagem de teatro e isto é o básico
na sua construção.
Quem conduz a ação, produz o
conflito, exercita a sua vontade,
mostra seus sentimentos, sofre por
suas paixões, torna-se ridículo na
comédia, patético na tragédia, ri,
chora, vence ou morre, é o
personagem.
O personagem é um determinante
da ação, que é, portanto, um
resultado de sua existência e da
forma como ela se apresenta. O
personagem é o ser humano (ou
um ser humanizado) recriado na
cena por um artista-autor, e por
um artista – ator.
Portanto, temos aqui o personagem, um
contorno de ser humano feito por um
criador, mais ou menos preenchido de
detalhes, imitador de uma pessoa, que
está destinado a cumprir um papel na
peça de teatro, dizendo, fazendo, agindo,
mostrando-se por gestos, atitudes,
entonações, levando adiante a ação
dramática que é a essência da obra
teatral.
PERSONAGENS

São os condutores e/ou instrumentos da


ação. As coisas acontecem no texto desta
e não de outra maneira porque seus
personagens têm tais e não outras
características.
As melhores informações sobre os
personagens provêm da observação do seu
comportamento em ação, sobretudo nos
momentos de clímax, quando eles estão
mais sob pressão.
Características dos Personagens
- Superobjetivo (eixo, meta ou desejo principal);
- Motivações secundárias;
- Força de vontade;
- Código moral (normas, valores éticos, etc);
- Relacionamento com outros personagens;
- Aparência, e como ela traduz a natureza profunda
do personagem.
É INTERESSANTE QUE SE FAÇA UM
HISTÓRICO DAS NUANÇAS
COMPARTAMENTAIS DOS PERSONAGENS AO
LONGO DA PEÇA.
Estudo das características
- Fazer um histórico da vida
(econômica, familiar, psicosocial) do
personagem.
- Incluir depoimentos ou comentários
dos personagens a seu próprio respeito
ou a respeito dos outros;

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