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Resumo das aulas de sondagem

mecânica
Nome: Fernando Samuel Cossa
Introdução à Sondagens mecânicas
Sondagens são perfurações que se fazem no solo que
permitem recolher amostras de camadas interiores da
Terra e que dão indicações preciosas sobre a sua
constituição. As máquinas com que se executam as
perfurações denominam-se de sondas.
Prospecção Geológica e Geotécnica
Prospecção Geotécnica
Conjunto de operações com vista a averiguar a
constituição, características mecânicas e outras
propriedades do solo e do substrato do ou dos locais de
interesse para um dado trabalho de engenharia.
Prospecção Geológica e Geotécnica
Podemos usar a prospecção geológica e geotécnica para:
Fundações de edifícios urbanos e industriais;
Fundações de edifícios urbanos e industriais;
Barragens;
Obras portuárias;
Vias de comunicação;
Silos;
Pontes;
ETAR’s;
Muros de suporte;
Injecções;
Rebaixamento do nível freático;
Captações de água.
Prospecção Geológica e Geotécnica
Na prática, geotecnia é…
Identificar (quem és tu?) I
 caracterizar (como te comportas?)
 Dimensionar (como executar?)
Monitorizar (posso melhorar?)
Objectivos da Prospecção Geológica e Geotécnica
Identificação e caracterização.
Prospecção Geológica e Geotécnica
Ensaios laboratoriais são menos adequado
Menor dificuldade na interpretação primária dos, Maior tempo
de execução, Dificuldade em obter amostras indeformadas de
qualidade.
Ensaios “insitu são mais adequado
Necessidade de ultrapassar limitações irresolúveis dos ensaios
laboratoriais, Limitações conduzem à aplicação de correlações
para obtenção dos parâmetros geotécnicos.
Planeamento de campanhas
Ter em conta: Objectivos do projecto (acções e solicitações
estruturas sobre o terreno)
Prospecção Geológica e Geotécnica
Estudos prévios e viabilidade
Actividades características: Revisão da informação, Foto –interpretação, Visita e
reconhecimento prévio do campo.
Objectivos geológicos-geotécnicos: Viabilidade geológica, Identificação de riscos
geológicos, condições geológico -geotécnicas gerais.
Métodos directos
Observação directa do subsolo (recolha directa de elementos das formações a
estudar) valas ou sanchas, trincheiras, pocos, galerias.
Métodos semi -directos
Ensaios mecânicos
Sondagens: Sondagens a trado, Sondagens a rotação, Sondagens a percursao.
Métodos indirectos
Conjunto de técnicas que investiga o interior da terra a partir de variações geofísica.
Amostragem

A amostragem consiste na recolha de amostras o mais


inalteradas possível para ensaios em laboratório.
Etapas da amostragem
Amostragem
Técnicas de amostragem
Acesso directo;
Acesso indirecto
Equipamento de amostragem
1-Calibra
2-Tubo de revestimento
3-Caixa porta molas
4-Mola
Cabeça de injecção, permite introduzir água no sistema.
Amostragem
1-Calibra
2-Tubo de revestimento

Equipamento de amostragem 3-Caixa porta molas


4-Mola
Amostragem
Caracterização geométrica do tubo amostrador: Parâmetros a considerar

Hvorslev (1949) definiu os parâmetros índice de área, relação


comprimento do tubo amostrador/diâmetro e índice de folga interior
como parâmetros críticos que condicionam a qualidade das amostras.
Amostragem

 O factor mais importante no controlo da perturbação das amostras diz respeito à


combinação do índice de área com o ângulo do bisel.
Dimensões exigíveis do tubo amostrador
Amostragem
Consequências da amostragem
Cravação no terreno sem rotação;
Alteração do estado de tensão;
Alterações volumétricas das amostras;
Estados de tensão distintos dos originais;
Destruição da estrutura do solo, na fronteira da parede do amostrador.
Dimensão das amostras 
A dimensão das amostras deve ser tal que a amostra colhida contenha
uma distribuição granulométrica representativa do solo "in situ".
As amostras devem ter uma dimensão mínima da ordem das 5 a 10
vezes a dimensão máxima das partículas do solo.
SPT

O ensaio SPT, é um dos ensaios “insitu” mais antigos, que surgiu da


necessidade de padronização de um sistema que era vulgarmente
utilizado na avaliação de capacidades de carga d e terrenos de
fundação: cravação de um elemento no terreno afim de avaliar a
capacidade de carga.
Objectivos
Determinação da resistência do solo à penetração dinâmica de um
amostrador normalizado, bem como a obtenção de amostras
representativas do solo em causa.
Normas
Eurocode7, Geotecnicaldesign part3
EN ISO 22476-3
SPT
Equipamento
Máquina de perfuração
Varas de penetração
Dispositivo de queda
Amostrador normalizado
Execução
Consiste na cravação no terreno de um amostrador com dimensões
E energia de cravação normalizadas.
A cravação é feita recorrendo-se a um pilão com 63,5 kg de massa
Caindo de uma altura de 76 cm.
SPT
Vantagens:
Pode executar-se em todo o tipo de solo incluindo ainda a rocha branda
Permite a obtenção de amostra relativa ao trecho ensaiado
Encontra-se difundido por todo o planeta, pelo que pode encontrar-se bastante
bibliografia sobre interpretação de dados
Desvantagens:
A sua execução é realizada no decurso de sondagens, tornando o processo
moroso, e ao contrário do que se julga ser o ensaio mais barato, acaba por ser
mais caro que muitos outros ensaios pelo facto de acrescer o preço da furação.
Não simula o tipo de comportamento de terreno mediante solicitação estática.
Os resultados podem ser fortemente influenciados pelo equipamento, modo de
execução e profissionalismo do operador.
DP’s

Os DP’s são ensaios de filosofia idêntica àquela apresentada


para o ensaio SPT.
As diferenças básicas, comparativamente com o ensaio SPT,
Residem na substituição do amostrador por uma ponteira
cónica, (de dimensões padronizadas, cuja secção transversal é
de dimensão superior à das varas)
O ensaio e realizado de forma continua,
(o que permite ma medição da resistência de ponta dinâmica e
o estabelecimento de perfil contínuo da resistência do solo).
A ausência da necessidade de execução de um furo de
sondagem.
DP’s
Objectivos
Determinação da resistência do solo, através da penetração dinâmica contínua
de uma ponteira cónica de dimensões padronizadas.
Normas
Eurocode7, Geotecnicaldesign part3
EN ISO 22476-3
Execução
Consiste na cravação contínua de uma ponteira cónica (desde a superfície do
terreno ou a partir do fundo de um furo de sondagem) Cravação por acção de
queda de um pilão de massa e altura de queda pré-estabelecidas
(Massa e altura, dependem do ensaio DP que se efectuar) Contabilizando seu
número de pancadas, NDP necessárias à penetração de 10 ou 20cm
dependendo do ensaio DP escolhido.
DP’s
Vantagens:
Permitem uma visualização em pormenor da variação das
resistências à penetração com a profundidade;
Permitem a obtenção de perfis contínuos de resistência dinâmica
dos solos podendo ser muito úteis para o zonamento do terreno;
Equipamentos leves, permitem atingir locais de difícil acesso; 
Equipamento de grande rendimento e pouco dispendiosos;
A possibilidade de utilizar mais do que uma energia de penetração
permite cobrir uma vasta gama de tipos de solos, desde argilas
moles, siltes, areias, solos residuais ou argilas duras.
DmT

DmT -Para que serve este ensaio


Obtenção de parâmetros geotécnicos solos determinações directas
de índices directos obtidos neste ensaio e posterior determinação
de parâmetros da mecânica dos solos através de correlações.
Classificação dos solos dmt :
A partir do índice de material (I d), estabelece -se uma correlação
estratigráfica;
Determinação do peso volúmico (γ): Pela junção do índice de
material (I d) e do módulo dilatométrico (Ed);
Informação estado de “in situ”: “ Através da obtenção do
coeficiente de impulso em repouso (K 0);
DmT
Aplicação da dmt:  
Solos arenosos, siltosos e argilosos, desde que a dimensão máximas dos grãos não
ultrapasse 1por 10 de diâmetro da membrana.
O limite da aplicação do ensaio é definido pela capacidade de cravação;
A lâmina suporta forcas de cravação da ordem de 25 tonf;
É possível realizar o ensaio em rochas branda. 
Dmt vantagens:
Portátil, equipamento de grande precisão, elevada resistência, de fácil manuseamento, as
perturbações causadas pela cravação das lâminas no solo são menores do usando outros
ensaios com mesmo principio, execução rápida, permite a correlação com os principais
parâmetros geotécnicos, possibilidade de executar o ensaio por cravação dinâmica.
Limitações
 Impossibilidade de recolha de amostras, impenetrável em solos com elementos
grosseiros, na cravação dinâmica as perturbações induzidas pela cravação são muito
maiores.

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