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DISCIPLINA DE ACIONAMENTOS ELÉTRICOS

TECNOLOGIA EM ELETROTÉCNICA INDUSTRIAL


Professor Edmar Zinato Bertolini
Acionamentos elétricos
Métodos de partida para motores:

PROBLEMAS COM A CORRENTE DE PARTIDA:

Por motivos óbvios, as partes integrantes das instalações elétricas, tais como
os condutores, transformadores e dispositivos de proteção, são
dimensionados para suportarem as condições impostas pela circulação de
correntes até o valor limite das correntes nominais de cada ramo dos
circuitos. Essas condições estão relacionadas principalmente com o
aquecimento das partes que compõem a instalação e com as quedas de
tensão admissíveis nos diversos trechos dos circuitos.

Portanto, na partida de um motor de potência elevada em relação à potência


total do barramento que o alimenta, sabendo-se que quanto maior a potência
de um motor maior sua corrente nominal e mais alarmante o valor que
atingirá sua corrente de partida, podemos esperar a ocorrência de diversos
problemas causados por sobreaquecimentos e quedas de tensão excessivas .
Acionamentos elétricos
Métodos de partida para motores:
Problemas causados por sobreaquecimento:
Diminuição da vida útil dos equipamentos da instalação, tais como cabos,
transformadores, contatos de contatores, tiristores e principalmente os
motores; Aumento da temperatura interna dos painéis, podendo causar
inclusive o mal funcionamento de alguns dispositivos; Desligamento de
cargas por atuação de relés de proteção com pares bimetálicos.

Problemas causados por queda de tensão excessiva:


Ao cair a tensão em um barramento, ocorre um aumento da corrente nos
circuitos que alimentam todos os motores que já se encontram na
velocidade de regime, agravando-se ainda mais os problemas causados
pela sobrecorrente do motor que está partindo;
Diminuição do conjugado médio de aceleração do motor, aumentando-se o
tempo de aceleração e até mesmo, em situações críticas, impedindo que
se vença o conjugado resistente e o motor arreia não conseguindo acelerar
seu eixo;
Acionamentos elétricos
Métodos de partida para motores:
Desligamento de cargas por atuação de relés de proteção de subtensão;
Diminuição dos níveis de iluminamento dos ambientes, podendo haver inclusive o
desligamento de luminárias que se utilizem de reator; Interferência nociva ao
funcionamento de equipamento microprocessados, cuja utilização está cada vez
mais disseminada com o virtual crescimento da automação, tanto comercial como
industrial.

Mais um problema, não menos freqüente, ocasionado por correntes elevadas na


partida, que proporcionam conjugados de partida de até duas vezes os conjugados
nominais, com o rotor parado, é o esforço excessivo e até mesmos a quebra
instantânea em alguns casos, devido aos “trancos” nas estruturas mecânicas que
suportam os conjuntos para acionamentos.

Além de todos os problemas citados acima, podemos acrescentar, caso você seja
um consumidor de pequeno porte e receba sua energia elétrica em baixa tensão
(127/220V ou 220/380V), os problemas a enfrentar com a concessionária de
energia, que limita em 5CV a potência de motores para partir direto nessas
instalações.
Acionamentos elétricos

Métodos de partida para motores:


As chaves de partida são compostas basicamente
pelos seguintes dispositivos:

Dispositivos de Proteção: Fusível, Relé Térmico,


Disjuntor Motor;

Dispositivos de Comando (manobra): Botão,


Contator, Temporizador;

Dispositivos de Sinalização: Sinaleiro, Voltímetro,


Amperímetro.
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos
Métodos de partida para motores:
PROTEÇÃO:
Todos os equipamentos que estão conectados a uma rede elétrica estão
sujeitos a alguma falha elétrica.
Contra curtos-circuitos: para detectar e interromper o mais rápido
possível correntes anormais inferiores a 10 vezes a corrente nominal (In).
Contra sobrecargas: para detectar aumentos da corrente ate 10In e
interromper a partida antes que o aquecimento do motor e dos
condutores provoque a deteriorizacão dos isolantes.
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos

Sistemas de partidas para motores de indução trifásicos


Existem vários sistemas de partidas de motores, cada qual com sua
peculiaridade. O sistema de partida indica a forma como o motor deve iniciar
sua marcha (partida) e em alguns casos o sentido de rotação. Os sistemas de
partidas podem ser manuais ou automáticos.
Caso a partida direta não seja possível, devido aos problemas citados acima,
pode-se usar sistema de partida indireta para reduzir a corrente de partida:
chave estrela-triângulo
chave compensadora
partida eletrônica (soft-starter)
Inversor de frequência
Acionamentos elétricos
METODOS DE PARTIDA - TIPO DE ACIONAMENTO

*Partida Direta/ Reversora → Acionamento de pequenos motores (abaixo


de 5cv e abaixo de 10cv em instalações industriais)
*Partida Estrela-Triangulo → Acionamento de grandes motores sem
carga;

*Partida Compensadora → Acionamento de grandes motores com carga;


*Partida com Soft-Starter → Acionamento de grandes motores com
carga;
*Partida com Inversor de Frequência → Acionamento de pequenos e
grandes motores com carga.
*Partida com impedância série →
*Partida série paralelo → Partida em série mudança para paralelo a
plena carga.
Acionamentos elétricos

Métodos de partida para motores:


Os circuitos de partida mencionadas anteriormente
possuem um circuito principal e um circuito de comando.

O circuito principal ou de força como também é


conhecido, é o responsável pela alimentação do motor, ou
seja, ele é o responsável pela conexão dos terminas/fios
do motor a rede elétrica.

O circuito de comando, como o próprio nome diz é


responsável por comando do circuito de força,
determinando quando o motor será ligado ou desligado.
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos

Partida direta
É o método de acionamento de motores de corrente alternada,
na qual o motor é conectado diretamente à rede elétrica. Ou
seja, ela se dá quando aplicamos a tensão nominal sobre os
enrolamentos do estator do motor, de maneira direta. Neste tipo
de partida, a corrente de pico (Ip) pode variar de 4 a 12 vezes a
corrente nominal do motor, sendo a forma mais simples de
partir um motor.

Vantagem: A vantagem principal é o custo, pois não é necessário


nenhum outro dispositivo de suporte que auxilie a suavizar as
amplitudes de corrente durante a partida.
Acionamentos elétricos

Partida direta
Desvantagens:
Desvantagem com relação a outros métodos de partida, como
por exemplo, um transiente de corrente e torque durante a
partida. A corrente variando entre 4 e 12 vezes a nominal,
obriga o projetista do sistema elétrico a superdimensionar o
sistema de alimentação, disjuntores, fusíveis, que fazem parte
do circuito elétrico que alimenta o motor.
Dependendo dos valores de pico de corrente, a tensão do
sistema pode sofrer quedas. O Transiente de torque faz com
que os componentes mecânicos associados ao eixo do motor,
sofram desgaste prematuro. A situação piora à medida que a
potência elétrica do motor aumenta.
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos

Partida Direta
Funcionamento:
Acionando o botão pulsante S1, a bobina do contator K1 energiza e
aciona (fecha) os contatos principais que estão em série com o motor M
fazendo-o girar para a direita ou para a esquerda. No mesmo instante o
contato auxiliar NA (13 e 14), denominado contato de “selo”, também se
fecha permitindo que se tire o dedo de S1 e o contator se mantenha
energizado.

Ao pressionar o botão pulsante S0, interrompe-se a alimentação da


bobina de K1 que desliga e conseqüentemente abre os contatos principais
e auxiliar. Nesta condição o motor será desligado. Qualquer problema que
houver no circuito de carga ou de comando, o motor será desligado. Caso
o relé de sobrecarga F3 atuar, por exemplo, por falta de fase, seus
contatos principais e auxiliar se abrirão, desligando o motor e o comando
simultaneamente.
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos

Partida direta com reversão


Funcionamento
A partida direta com reversão é utilizada em aplicações nas quais
se deseja inverter o sentido de giro do motor. Para inverter o
sentido de giro, basta inverter as ligações de duas fases que se
ligam ao motor. A inversão de fases é feita automaticamente
pelos contatores. Observar e analisar as ligações dos contatos
principais de k1 e k2 na figura anterior.
O funcionamento deste circuito é semelhante ao circuito
anterior. Porém, neste tipo de acionamento é possível direcionar
o sentido de giro do motor. K1 faz o motor girar por exemplo, à
direta e k2 faz o motor girar em sentido contrário.
Acionamentos elétricos

Partida direta com reversão


Funcionamento:
O botão S1 quando acionado liga o contator k1 que se mantém energizado
através de seu contato auxiliar NA (13 e 14). Os contatos principais de K1 que
estão em série com o motor se fecham e o motor gira. Ao energizar k1, o
contato auxiliar NF(21 e 22) se abre impedindo que k2 energize caso S2 seja
pressionado acidentalmente ou de propósito.
Análise semelhante se dá ao pressionar S2. Neste caso, o motor girará em
sentido contrário ao anterior. Quando k2 estiver energizado, k1 é impedido de
ligar. Esta técnica na qual um contator energizado impede a ligação de outro
contator é denominada de intertravamento por contato de contatores. Nesta
técnica de comando a inversão de rotação só é possível quando o motor for
desligado, no caso em análise, por S0.
Neste sistema de partida não há inversão instantânea de rotação. Quando for
necessário fazer inversão instantânea de rotação, coloca-se em série com as
bobinas de k1 e k2 contatos fechados dos botões S1 e S2 em substituição aos
contatos NF dos mesmos contatores.
Acionamentos elétricos
Partida Estrela triângulo:
É fundamental para a partida que o motor tenha a possibilidade de
ligação em dupla tensão, ou seja, em 220/380V, em 380/660V ou
440/760V. Os motores deverão ter no mínimo seis bornes de ligação.

A partida estrela-triângulo poderá ser usada quando a curva de


conjugado do motor for suficientemente elevada para poder garantir a
aceleração da máquina com a corrente reduzida. Na ligação estrela,
a corrente fica reduzida para 25 à 33% da corrente de partida da
Ligação em triângulo.

O conjugado resistente da carga não poderá ultrapassar o conjugado de partida do


motor (figura 1), nem a corrente no instante da mudança para triangulo poderá ser
de valor inaceitável.

Existem casos onde este sistema de partida não pode ser usado, conforme
demonstra a (figura 2).
Acionamentos elétricos
Partida Estrela triângulo:

I Δ - corrente em triangulo
I y - corrente em estrela
Cy - conjugado em estrela
C Δ - conjugado em triangulo
Cr - conjugado resistente

(Figura 1) Corrente e conjugado para partida estrela-triangulo de um motor


de gaiola acionando uma carga com conjugado resistente Cr.
Acionamentos elétricos
Partida Estrela triângulo:
Na figura 1 temos um alto conjugado resistente Cr. Se a partida for em estrela, o
motor acelera a carga aproximadamente ate 85% da rotação nominal. Neste
ponto, a chave devera ser ligada em triangulo. Neste caso, a corrente, que era
aproximadamente a nominal, ou seja, 100%, salta repentinamente para 320%, o
que não é nenhuma vantagem, uma vez que na partida era de somente 190%.

Figura 2
Acionamentos elétricos
Partida Estrela triângulo:
Na figura 3 temos o motor com as mesmas características, porém, o conjugado resistente Cr
e bem menor. Na ligação Y, o motor acelera a carga ate 95% da rotação nominal. Quando a
chave e ligada em Δ, a corrente, que era de aproximadamente 50%, sobe para 170%, ou seja,
praticamente igual a da partida em Y. Neste caso, a ligação estrela-triangulo apresenta
vantagem, porque se fosse ligado direto, absorveria da rede 600% da corrente nominal.

IΔΔ - corrente em triangulo figura 3


IY - corrente em estrela
C Δ Δ - conjugado em triangulo
CY - conjugado em estrela
C/Cn - relação entre o conjugado do motor
e o conjugado nominal
I/In - relação entre a corrente de partida e a corrente nominal
Cr - conjugado resistente
Acionamentos elétricos
Partida Estrela triângulo:
A chave estrela-triangulo em geral só pode ser empregada em partidas da
máquina em vazio, isto e, sem carga. Somente depois de ter atingido pelo
menos 90% da rotação nominal, a carga poderá ser aplicada. O instante da
comutação de estrela para triangulo deve ser criteriosamente
determinado, para que este método de partida possa efetivamente ser
vantajoso nos casos em que a partida direta não é possível. No caso de
motores tripla tensão nominal (220/380/440/760V), deve-se optar pela
ligação 220/380V ou 440/(760)V, dependendo da rede de alimentação.
Acionamentos elétricos
Partida Estrela triângulo:
Vantagens:
• Pequeno espaço ocupado pelos componentes
• Baixo custo ( em relação `a compensadora)
• Sem limite máximo de manobras
• a corrente de partida fica reduzida para aproximadamente 1/3 da nominal.

Desvantagens:
• Se o motor não atingir pelo menos 90% de sua rotação nominal, na
comutação para triângulo o pico de corrente é quase o mesmo da partida
direta
• O motor deve ter pelo menos seis terminais acessíveis para ligações
• O valor de tensão da rede deve coincidir com o valor de tensão da ligação
triangulo motor.
• Com a corrente de partida reduzida para aproximadamente 1/3 da corrente
nominal, reduz-se o momento de partida para 1/3.
Acionamentos elétricos
Partida Estrela triângulo:
Esquematicamente, a ligação estrela-triangulo num motor para uma rede de 220V é feita da
maneira indicada na figura 4, notando-se que a tensão por fase durante a partida é reduzida
para 127V.

figura 4
Acionamentos elétricos
Partida Estrela triângulo
Aplicações: serras de fita circular, ventiladores, furadeiras e esmeris.
Funcionamento:
O botão de comando S1 através de seu contato NA (13 e 14) aciona
o contator k3 e ao mesmo tempo impede, através de seu contato
NF (21 e 22), o ligamento de k2.
Quando a bobina de K3 energiza seus contatos principais fecham as
bobinas do motor em estrela e ao mesmo tempo liga o contator
principal k1, responsável por aplicar as fases na bobina do motor.
O motor inicia sua partida (marcha). Transcorrido certo tempo, o
contato temporizado de k3 (55 e 56) se abre desligando sua bobina.
Quando k3 desliga, seu contato auxiliar NF (11 e 12) que se
encontrava aberto, volta a fechar. Como o contator principal
encontra-se energizado, seu contato auxiliar NA (23 e 24) também
está fechado.
Acionamentos elétricos

Partida Estrela triângulo


Funcionamento:
Nesta situação k2 energiza e fecha em triângulo as bobinas do
motor e se mantém energizado através de seu contato auxiliar
(13 e 14). Ao energizar a bobina de k2 seu contato auxiliar (21 e
22) que está em série com a bobina de k3 se abre impedindo
que k3 volte a energizar se o botão S1 for acionado
acidentalmente ou de propósito.
Este sistema de proteção é denominado “intertravamento” por
contato de contator e por botão. O desligamento geral do
circuito é possível através de S0. Se houver qualquer falha no
circuito de carga ou comando, os fusíveis e o relé térmico F3
atuam desligando todo circuito.
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos

Partida Estrela triângulo com reversão


Funcionamento:
Pressionado o botão S1 (13 e 14) ou S2 (13 e 14) o contator K4,
liga e se mantém ligado através de seu contato de selo NA (13-
14) e os terminais 4, 5 e 6 do motor serão fechados em estrela,
veja Figura abaixo.
Ao ligar K4, o contator principal K1 ou K2 também será ligado e
o motor parte em estrela. O sentido de giro dependerá de qual
contator, K1 ou K2, foi acionado. Portanto, acionando S1 ligam-se
os contatores K1 e K4 e o motor gira, por exemplo, à direita;
acionando S2 ligam-se os contatores K2 e K4 e o motor gira em
sentido contrário ao anterior.
Acionamentos elétricos

Partida Estrela triângulo com reversão


Funcionamento:
É importante notar que em série com a bobina de K2 existem os
contatos fechados (21 e 22) de S1 e K1 que impedem o
ligamento de K2 e em série com K1 existem os contatos fechados
(21 e 22) de S2 e K2 que impedem o ligamento de K1. Esta
técnica de intertravamento é denominada de intertravamento
por contato de contator e botão.
Após um tempo pré-determinado pelo relé de tempo de K4 o
contato NF (55 e 56) se abre e K4 é desligado,
conseqüentemente K3 é ligado e os terminais 4, 5 e 6 do motor
serão fechados em triângulo com os terminais 1, 2 e 3.
Acionamentos elétricos

Partida Estrela triângulo com reversão


Funcionamento:
Com o fechamento em estrela as bobinas do motor ficam
submetidas a uma tensão menor que a tensão da rede
elétrica, nesse caso a corrente de partida também será menor
não sobrecarregando os condutores de alimentação. Quando o
contator K3 muda o fechamento do motor para triângulo as
bobinas do motor ficam submetidas a 100% da tensão da rede e
o motor gira a plena carga.
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos
Partida compensada com autotransformador

Diagrama de carga:

O sistema de partida compensada também tem como função permitir que o motor dê
partida com tensão. O autotransformador geralmente possui derivações (TAP’s) de 50%,
65% e 80%. Se, por exemplo, for utilizado os tap’s de 65%, durante a partida o motor
partirá com uma tensão correspondente a 65% da tensão da rede de alimentação.

Uma chave de partida compensadora é composta, na maioria dos casos, dos seguintes
equipamentos:
1) um transformador ligado em estrela;
2) três contatores;
3) um relé de sobrecarga;
4) três fusíveis retardados e
5) um relé de tempo.
Destina-se a máquinas que partem com conjugado tais como, bombas, compressores,
ventiladores, exaustores, etc.
Acionamentos elétricos

Partida compensada com autotransformador


- Partidas normais (< 10 s ).
- Para partidas prolongadas (pesadas) deve-se ajustar as especificações
do contator, relé de sobrecarga, condutores, etc.
• A partida compensadora ou chave compensadora é utilizada para
partidas sob cargas de motores de indução trifásicos com rotor em
curto-circuito, onde a chave estrela-triângulo é inadequada.
• As normas técnicas e manuais de fabricantes prevêem a utilização
desta chave para motores, cuja potência seja maior ou igual a 15
CV.
• Esta chave reduz a corrente de arranque, evitando sobrecarrega a
linha de alimentação. Deixa, porém, o motor com conjugado
suficiente para a partida.
Acionamentos elétricos
Partida compensada com autotransformador
As vantagens do uso da chave compensadora são (FRANCHI, 2007):
- na comutação do TAP de partida para a tensão da rede, o motor não é
desligado e o segundo pico de corrente é bastante reduzido;
• - para que o motor possa partir satisfatoriamente, é possível variar o TAP de
65 %, 80 % ou até 90 % da tensão da rede, calculados conforme o conjugado
da carga;
• - o valor da tensão da rede pode ser o mesmo da tensão da ligação triângulo
ou estrela do motor;
• - o motor necessita somente de três bornes externos.
Como desvantagens, podem ser citadas:
• - custo mais elevado em função do autotransformador;
• - maior espaço ocupado no painel devido ao tamanho do
autotransformador.
• O número de partidas por hora dessa chave é limitado pelo
sobreaquecimento do auto-trafo. Quanto mais partidas necessárias maior
a potência do auto-trafo e mais cara a chave.
Acionamentos elétricos

• Partida compensada com autotransformador


Quais são as aplicações da Chave Compensadora?
• O acionamento com chave de partida compensadora
normalmente é indicado para motores de potência elevada,
(potência seja maior ou igual a 15 CV), acionando cargas com
alto índice de atrito, tais como acionadores de compressores,
grandes ventiladores, laminadores, moinhos, bombas
helicoidais e axiais (aplicações em poços artesianos),
britadores, calandras, máquinas acionadas por correias, etc.
Acionamentos elétricos

Partida compensada com autotransformador


Funcionamento
Para que o motor possa dar partida é necessário que os
contatores K2 e K3 sejam energizados (ligados). Inicialmente,
quando o botão S1 for acionado o contator K1 será bloqueado,
e simultaneamente K2 energiza e mantém-se energizado pelo
contato de selo (13 e 14) e assim, seu contato (11 e 12) que está
em série com a bobina de K1 reforça o bloqueio de K1.

Ao ligar K2, o contator K3 também será ligado e nesse


momento o motor dará partida com tensão reduzida em suas
bobinas. Após o tempo pré-determinado por KT, e com o motor
girando em plena carga, o contato temporizado (55 e 56) se
abre e desliga o contator K2 e K3.
Acionamentos elétricos

Partida compensada com autotransformador


Funcionamento
Simultaneamente o contato temporizado (67 e 68) se
fecha e o contator K1 liga e se mantém ligado pelo seu
contato de selo (13 e 14).
Observa-se pelo diagrama que enquanto K1 estiver
energizado, K2 ficará bloqueado, mesmo se S1 for
acionado acidentalmente ou de propósito. O botão S0
desliga todo o circuito a qualquer momento. Os fusíveis e
relé térmico protegem a carga e o comando contra sobre
carga e curto-circuito.
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos
CHAVE COM IMPEDÂNCIA SÉRIE:
Aplicável também a motores com 3 terminais acessíveis e para qualquer tensão
nominal;
• Na energização do motor instala-se 3 impedâncias externas, resistências ou
reatâncias, cabendo a escolha normalmente a fatores econômicos, em série com
os enrolamentos do estator do motor (C1 fechado). Naturalmente ao circular a
corrente produzirá uma queda de tensão na impedância, sendo aplicado ao
motor uma tensão menor do que a sua nominal, ou seja: VM = VN - Z.I , onde VM
é a tensão efetivamente aplicada ao motor, VN é a tensão nominal do
barramento e Z.I é a queda de tensão na impedância inserida.
Após a aceleração o contator C2 “by-passa” o conjunto de impedâncias,
aplicando tensão plena aos terminais do motor. A comutação será em circuito
fechado;
• Nesse método a corrente de linha que deriva do barramento cai diretamente
com a tensão aplicada ao motor e o conjugado cai com o quadrado da tensão,
enquanto que nos outros dois métodos tanto o conjugado como a corrente caem
com o quadrado da tensão. Sob esse aspecto a chave com impedância série
torna-se menos vantajosa em relação às chaves estrela-triângulo e auto
compensadora.
Acionamentos elétricos
CHAVE COM IMPEDÂNCIA SÉRIE:
• Variando o valor da impedância podemos determinar qual o nível de
tensão a ser aplicado ao motor. Normalmente são fornecidos bancos de
resistência com um terceiro contato por fase deslizante, para que assim
possamos determinar no campo a melhor relação entre a diminuição
da corrente e o conjugado necessário para a aceleração da carga;
• A queda de tensão nas impedâncias, ao contrário da tensão aplicada
ao motor, será tão maior quanto maior for o valor da corrente. Já
sabemos que a corrente no moto é máxima no instante da sua
energização (Fig. 6.1 e 6.3) e a medida que seu eixo acelera ela vai
diminuindo seu valor. Com isso podemos concluir que a tensão
efetivamente aplicada ao motor aumenta à medida que seu eixo
acelera, podendo fazer com que as partidas se tornem bastante suaves.
Isso é uma grande vantagem desse método;
• Utiliza somente 2 contatores, porém o custo do banco de resistências
ou reatâncias onera bastante a chave com impedância série.
Acionamentos elétricos
• Partida com chave série-paralelo
É necessário que o motor seja religável para duas tensões, a
menor delas igual a da rede e a outra duas vezes maior.
Este tipo de ligação exige nove terminais no motor e a tensão
nominal mais comum é 220/440V, ou seja: durante a partida o
motor é ligado na configuração série, partindo com tensão
reduzida em suas bobinas (metade da tensão em suas
bobinas EX. 220V) até atingir sua rotação nominal e, então,
faz-se a comutação para a configuração paralelo. (100% da
tensão EX. 440V).
A corrente fica reduzida à 25% na partida.
O conjugado de partida fica reduzido `a 1/4 de seu valor em
partida direta.
Aplica-se e para .
Acionamentos elétricos
• Partidas
• Animação 91 `a 97 pen drive 2
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com soft starter
Acionamentos elétricos

Sistema de partida com Soft Starter – CHAVES ESTÁTICAS


Os semicondutores de potência existem há mais de 30 anos,
mas até relativamente pouco tempo, eram muito caros para
serem usados em chaves de partida de motores elétricos,
substituindo as chaves eletromagnéticas convencionais. Porém,
com a redução dos custos de produção dos semicondutores, têm
surgido no mercado as chamadas chaves estáticas (soft starters)
com preços mais competitivos, ampliando o seu uso nos dias
atuais.

Além de possibilitar a redução da tensão aplicada ao motor na


partida a valores muito baixos, elas têm incorporado outras
funções de controle e proteção do motor, tornando-se
extremamente versáteis.
Acionamentos elétricos

Sistema de partida com Soft Starter – CHAVES ESTÁTICAS


• O tiristor ou retificador controlado de silício (SCR - silicon
controlled rectifier), que opera em dois estados estáveis,
aberto ou fechado, tal como um interruptor comum, é o
principal componente da chave estática. O controle da tensão
aplicada, mediante o ajuste do ângulo de disparo dos
tiristores, permite obter partidas e paradas suaves do motor.
• Com o ajuste adequado das variáveis, o conjugado produzido
é ajustado à necessidade da carga, garantindo a mínima
corrente necessária para a partida. Como os tiristores operam
como interruptores que permitem fluxo de corrente em um
único sentido, nos circuitos de corrente alternada eles são
ligados dois a dois, formando a chamada ligação antiparalela
(conforme ilustra a figura abaixo).
Acionamentos elétricos

Sistema de partida com Soft Starter

Ligação antiparalela dos tiristores

Desta forma, a corrente alternada circula normalmente e, ao mesmo tempo


se obtém o controle da tensão aplicada ao motor. As chaves estáticas
permitem um ajuste contínuo da tensão entre 0 e 100% da tensão de linha e
não têm, como as chaves eletromagnéticas convencionais, o problema do
surto de corrente e conjugado quando se passa para a tensão plena. A WEG e
a SIEMENS produzem chaves estáticas em modelos avançados, com várias
funções.
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
• Princípio de Funcionamento
• Baseia-se: Na utilização de TIRISTORES (SCR’S), sendo que estes são
comandados (ângulo de disparo) por uma PLACA ELETRONICA DE
CONTROLE que através do USUARIO: Ajusta a tensão nos bornes do motor
suavemente até atingir o valor nominal.
• Circuito de Potência:
É onde circula a corrente que e fornecida ao motor. É constituída por:
TIRISTORES e suas proteções (snobber - evitar dv/dt, evitar disparos
acidentais, variação de tensão);
TC’s (Transformadores de Corrente – monitorar o limitar a corrente).
• Circuito de Controle
É onde estão os circuitos de:
Comando, monitoramento e proteção do circuito de potência;
Comando, sinalizacão e interface homem-máquina;
A maioria utiliza MICROPROCESSADOR.
As mais baratas possuem controle ANALÓGICO.
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter

Diagrama de blocos simplificados do Soft Starter


Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
A utilização de controladores micro processados para as chaves
estáticas é uma tendência geral entre os fabricantes. O uso dos
microprocessadores permite ampliar o número de funções de
controle da chave, não se limitando a ligar e desligar o motor.
Algumas destas funções são, resumidamente, as seguintes:
• Função partida suave: o tempo de aceleração do motor pode
ser controlado.
• Função limitação de corrente: limita a corrente a valores pré-
determinados
• Função partida de bombas hidráulicas: reduz o chamado
golpe de aríete que ocorre quando há desligamento do motor.
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
• Função parada suave: permite que o tempo de desaceleração do motor
possa ser controlado, reduzindo-se gradualmente a tensão do motor ao invés
de desligá-lo da rede.
• Função freio: o disparo dos tiristores pode ser feito de forma assimétrica,
aplicando ao motor uma tensão desequilibrada que provoca o aparecimento
de uma componente de tensão de seqüência negativa que, por sua vez, cria
um conjugado de sentido oposto ao da rotação, freando o motor;
• Proteções:
a) contra aquecimentos devido a sobrecargas ou a partidas
demasiadamente frequentes;
b) Detecção de desequilíbrio ou falta de fases e defeitos nos tiristores.
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
Principais Funções (programáveis):
Rampa de tensão na aceleração:
- Controle da tensão eficaz através da variação do ângulo de disparo dos
tiristores.
- Ajusta-se o TEMPO e a TENSÃO DE PARTIDA (Up) da rampa.
- O tempo para acelerar de 0 ao valor nominal DEPENDE da relação
MOTOR/CARGA ( Parametrizável).
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
• Rampa de Tensão na Desaceleração:
A parada do motor através da SOFT-STARTER pode ocorrer por:
* INERCIA: leva-se a tensão de saída a zero, por inércia, assim o motor
perde velocidade gradativamente de acordo com a energia cinética da carga.

* CONTROLADA: reduz-se gradualmente a tensão de saída até um valor


mínimo em um tempo pré-definido.
Utiliza-se em aplicações que necessitam de uma parada suave
(transportadoras) e para diminuir o “golpe de aríete” nas bombas centrífugas.
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
• Pulso de Tensão de partida - Kick Start:
Utiliza-se quando a necessidade de um esforço extra (carga com alto
conjugado de partida).
- Aplica-se um valor de tensão que consiga vencer o conjugado resistente
da carga.
- Para este pulso o AMPLITUDE e a DURAÇÃO são programáveis (entre 100
e 300 milisegundos) conforme a carga a ser acionada.
- Só deve ser utilizada em casos estritamente necessário devido a corrente
de partida ser elevada (partida severa), o que contraria a utilização da soft-
starter (partida suave).
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
• Limitação de Corrente:
É útil para acelerar uma carga com elevada INÉRCIA.
O sistema Rede/Soft-Starter fornece SOMENTE a corrente necessária.
Garante: acionamento suave e viabiliza a partida em locais onde a REDE
encontra-se no LIMITE de sua capacidade.
• Utiliza-se quando: a rampa simples não tiver sucesso e quando Up for
próxima dos níveis de outros sistemas de partida.
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
• Pump Control ( controle de bomba):
- Utiliza-se especialmente para sistemas de bombeamento.
- É uma configuração pré-programada para este tipo de aplicação.
- Estabelece: rampa de tensão na aceleração; rampa de tensão na
desaceleração (minimiza o golpe de aríete) e habilitação de proteções (de
seqüência de fase e subcorrente imediata [ escorvamento]).
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
- Desvantagens:
- Só é aplicável a cargas inferiores a 50% da nominal (isto é impraticável
devido ao custo de um motor sobre dimensionado).

- Geração de harmônicas na tensão e na corrente (provoca danos e


redução da vida útil dos capacitores para correção do fator de potência
sobreaquecimento de trafos e interferências em equipamentos eletrônicos).

- Variações no fator de potência.


Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
Economia de Energia:
Quando o motor opera em carga reduzida, consequentemente opera com
baixo fator de potência. A soft starter possui uma função que otimiza o ponto
operacional do motor, minimizando as perdas de energia reativa, fornecendo
apenas energia ativa requerida pela carga.

Esta função é aplicada com vantagens nas situações em que o motor


permanece funcionado a vazio por um longo período de tempo. Isso é feito
mediante a redução da tensão fornecida nos terminais do motor durante o
tempo em que o motor desenvolve a sua operação em carga reduzida ou à
vazio. Reduzindo-se a tensão, reduz-se a corrente à vazio e
conseqüentemente, as perdas no entreferro, que são proporcionais ao
quadrado da tensão.
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
Economia de Energia:
A economia de energia pode ser conforme a aplicação entre 5% à 40% da
potencia nominal, considerando que a carga apenas de 10% da potencia
nominal no eixo do motor sob tensão nominal. Esta situação não é valida e
vantajosa quando o motor opera em carga reduzida por curto período de
tempo.

A otimização só é valida quando a carga for menor que 50% da carga nominal
durante um período de operação superior a 50% do tempo de funcionamento
do motor.

Pode ser aplicada para cargas como esteiras transportadoras em aeroportos,


escadas rolantes e cargas similares.
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
Principais Proteções:
• Sobrecorrente imediata na saida (E06):
Ajusta-se o TEMPO e a CORRENTE MÁXIMA de saída para o motor.
• Sequencia de fase invertida (E07):
Alguns modelos só funcionam se a seqüência estiver correta.
Assegura que cargas sensíveis a inversão do sentido de giro sejam
DANIFICADAS (bombas).
• Defeito externo (E08):
Atua através de uma ENTRADA DIGITAL programada.
Dispositivos de proteção externos acionados: relês auxiliares, etc.
• Falha nos tiristores:
Detecta a FALTA de alguns dos tiristores, BLOQUEIA os pulsos de disparo e
ENVIA mensagem de ERRO.
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
Principais Proteções:
• Erro de programacao (E24):
- NÃO ACEITA alterações incorretas de um valor já definido.
- Ocorre nas alterações dos parâmetros com o motor desligado.
• Erro de comunicacao serial (E2X):
Não aceita um VALOR ALTERADO ou TRANSMITIDO incorretamente pela porta
serial.
• Erro na CPU:
Ao ligar, a CPU faz uma AUTO-DIAGNOSE e verifica os circuitos essenciais. Em
caso de problemas: BLOQUEIA os pulsos dos tiristores e ENVIA uma
mensagem de ERRO. Interferência Eletromagnética (EMC) também habilita
esta proteção.
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
Descrição de parâmetros:
Os parâmetros são agrupados de acordo com suas características e
particularidades conforme abaixo:
Parâmetros de leitura: variáveis que posem ser visualizadas no display, mas
não podem ser alteradas pelo usuário, como por exemplo, tensão%, corrente
%, potencia ativa etc.
Parâmetros de regulação: São os valores ajustáveis a serem utilizados pelas
funções da Soft Starter, como tensão inicial, tempo de rampa de aceleração/
desaceleração etc.
Parâmetros de configuração: Definem as características da Soft Starter, as
funções a serem executadas, bem como as entradas e saídas, como
parâmetros de relés de saída e das entradas da soft Starter.
Parâmetros do motor: definem as características nominais do motor, como,
por exemplo, ajuste da corrente do motor, fator de serviço.
Acionamentos elétricos

Sistema de partida com Soft Starter


Considerações Importantes:
Fusíveis:
- Utilizar fusíveis ULTRA-RÁPIDOS contra curtos-circuitos.
- Os de ação RETARDADA irão danificar os semicondutores.
Correção do Fator de Potencia:
- Para casos INDIVIDUAIS (junto ao motor), DESCONECTAR os capacitores
durante a execução da rampa.
- Utilizar SAÍDA DIGITAL para religar os capacitores.
Proteção de sobrecarga:
- AJUSTAR de acordo com o MOTOR UTILIZADO e a CORRENTE DE OPERAÇÃO
do mesmo.
- Observação:
Existe um parâmetro na Soft Starter que carrega as configurações originais de
fábrica. Os parâmetros são escolhidos de modo a atender ao maior número de
aplicações, reduzindo ao máximo a necessidade de reprogramar durante a
colocação em funcionamento.
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
• Contator de entrada:
- Para chaves ANALÓGICAS coloca-se na ENTRADA da chave.
- Para as chaves DIGITAIS segue-se a norma: contator, disjuntor, chave
seccionadora, etc... (sem estes componentes não seria possível DESLIGAR o
motor no caso de uma falha da chave, NF).
• Acionamento multi-motores:
- Para uma única soft-starter UTILIZAR RELÉS DE SOBRECARGA individuais
para cada motor.
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com soft starter
Sistema de partida e parada simplificado
A Figura abaixo demonstra um sistema de partida simplificado, utilizando soft
starter. Quando o botão S1 estiver acionado a entrada digital (DI-1) será
energizada e a soft starter ligará o motor, obedecendo aos parâmetros que
forem ajustados nos trimpots. Ao desligar o botão S1, a soft starter e motor
serão desligados automaticamente. Q1 é uma chave seccionadora de
abertura sob carga.
Acionamentos elétricos

Sistema de partida com soft starter


Acionamentos elétricos
Sistema de partida com soft starter:
Diagrama de partida e parada utilizando contator
A Figura abaixo demonstra outra possibilidade de comando para partida de
motor com soft starter. Quando o botão S1 for acionado, o contato interno
(13 e 14) da soft starter se fechará e energizará a bobina de k1 que por sua
vez causará o fechamento de seus contatos principais. Quando os contatos
principais de k1 (em série com as bobinas do motor) estiverem fechados, o
motor girará obedecendo aos parâmetros que forem ajustados nos trimpots.
A entrada digital1 (DI-1) permanecerá ligada através do contato de selo (13 e
14) de k1; esta condição é necessária para manter o soft starter e motor
ligados. Ao acionar o botão S0, a entrada digital (DI-1) será desligada,
consequentemente, a soft starter e motor desligarão automaticamente
Acionamentos elétricos
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com soft starter
Há outras possibilidades de comando, inclusive utilizando a entrada digital
(DI-2) e o contato fechado (23 e 24) da soft starter, porém, não é intenção
deste trabalho esgotar o assunto. Para se ter uma idéia, é possível, por
exemplo, comandar a partida de dois motores utilizando um único soft
starter. O manual do equipamento fornece outras informações que
poderão enriquecer o aprendizado.
Os parâmetros de partida, aceleração e desaceleração da soft starter são
ajustados através de trimpots, que são:
• Ajuste de tensão inicial;
• Ajuste de tempo da rampa de aceleração;
• Ajuste de tempo da rampa de desaceleração;
• Ajuste da corrente do motor, dentre outros conforme modelo.
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com Soft Starter
Diagramas dos Acionamentos Típicos:
Acionamentos elétricos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso de qualquer uma das chaves descritas anteriormente provoca a
redução do conjugado do motor durante o processo de aceleração que pode
ser considerado praticamente concluído quando o motor atinge a velocidade
correspondente ao escorregamento crítico sm.
Se a redução for significativa, como ocorre no caso da chave estrela-triângulo
ou da chave autotransformadora na derivação de 50%, há o risco da curva do
conjugado motor cortar a curva do conjugado resistente em um ponto bem
antes do conjugado máximo e, com isto, abortar o processo de aceleração.
Além disso, o conjugado de aceleração diminui o que pode provocar um
maior aquecimento do motor durante o período de aceleração.

A escolha de um dos tipos de chave depende do tipo de carga que será


acionada pelo motor e, obviamente, de fatores econômicos. As chaves
estrela-triângulo são as mais baratas e devem ser usadas, preferencialmente,
quando o motor aciona cargas de característica mecânica parabólica.
Acionamentos elétricos
Sistema de partida com soft starter
As chaves com impedâncias primárias são muito usadas em motores de
pequena e média potência, tipicamente, em motores abaixo de 20 kW. Se o
objetivo principal é reduzir o surto de corrente na rede, a chave
autotransformadora deve ser a indicada.

De todas as chaves, a chave estática é a que oferece a aceleração mais suave


e pode incorporar várias funções de proteção e controle do motor. Seu
inconveniente, comparada com as demais, é o custo e a geração de
harmônicos que, no mínimo, trarão problemas de aquecimento do motor.
As chaves de partida só devem ser usadas quando a partida direta do motor
não for permitida devido ao surto de corrente ou quando se deseja reduzir o
conjugado de aceleração para proporcionar uma partida suave.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
É o equipamento versátil e dinâmico que permitiu o uso de motores de
indução para controle de velocidade em substituição aos motores de
corrente continua.
É o método mais eficiente de controle de velocidade de motores de
indução trifásicos, com menores perdas no dispositivo responsável pela
variação da velocidade, consiste na variação da Frequência F da fonte
alimentadora através de conversores de frequência, em que o motor pode
ser controlado de modo a prover um ajuste contínuo de velocidade e
conjugado com relação à carga mecânica.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Em todos os métodos de partida de motores apresentados até o momento
a freqüência de alimentação foi a da rede, isto é, 60Hz. E assim a
velocidade do motor é a velocidade nominal, podendo ser calculada pela
seguinte equação:

onde:
n = velocidade em rotações por minuto (RPM)
ƒ = freqüência da rede em Hertz (Hz)
s = escorregamento
p = número de pólos
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Se considerarmos como exemplo um motor de 4 pólos, com
escorregamento nominal (s = 0,0278) teremos:
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
A partir da simples observação da equação anterior podemos deduzir que
se pudéssemos dispor de um dispositivo que permita variar a freqüência
da tensão de alimentação poderíamos variar diretamente no motor a sua
velocidade de rotação.
Abaixo dois casos, um abaixo da freqüência nominal e outro acima.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Vamos ver agora como podemos através de um dispositivo eletrônico, e a
partir da tensão e freqüência constante da rede, obter um sistema
trifásico com freqüência variável. As figuras anteriores acima mostram
para um mesmo período de tempo exemplos de ondas senoidais trifásicas
com diferentes valores de freqüência.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
O diagrama de blocos da figura anterior mostra as partes componentes
deste dispositivo. O retificador gera uma tensão contínua que é
posteriormente filtrada e introduzida no bloco Inversor. O inversor é
composto de seis “chaves implementadas” numa configuração como
mostrada na figura abaixo:
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:

Dependendo da combinação de “chaves abertas ou fechadas” pode se


obter na saída do inversor formas de ondas diferentes. Estas “chaves” são
implementadas nos inversores de freqüência com dispositivos
semicondutores chamados de transistores de potência.

Existem várias tecnologias de fabricação para este tipo de transistores. Os


transistores mais freqüentemente utilizados são os chamados:
IGBT - Transistor Bipolar com Porta Isolada ( Insulated Gate Bipolar
Transistor) conforme figura abaixo.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Circuito conversor PWM, inversor trifásico.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Na figura abaixo um exemplo simples de como pode ser gerada uma
primeira aproximação de uma onda senoidal. A linha cheia representa a
onda gerada pela combinação de seis estados das chaves 1..6. A onda
senoidal representada com linha tracejada serve como referência para o
leitor identificar a aproximação mencionada.
Durante o primeiro estado as chaves 1, 5 e 6 estão fechadas e as chaves 2,
3 e 4 abertas. Assim no motor a tensão entre as fases U e V é positiva,
entre as fases V e W é zero e entre as fases U e W é positiva, como
representado na forma de onda. Nos cinco estados seguintes muda a
combinação de chaves abertas e fechadas permanecendo o mesmo tipo
de análise do primeiro estado.
Pode - se deduzir também a partir da figura abaixo que variando o tempo
que cada combinação de chaves permanece num determinado estado,
podemos variar a freqüência da onda de saída.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
A figura abaixo mostra o padrão de chaveamento da tensão e a corrente
resultante numa fase do motor , quando utilizada a técnica PWM para
comando dos transistores de potência.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
MÉTODOS DE CONTROLE DOS INVERSORES DE FREQUENCIA
Controle escalar:
O funcionamento dos inversores de freqüência com controle escalar está
baseado numa estratégia de comando chamada “V/F constante”, que
mantém o torque do motor constante, igual ao nominal, para qualquer
velocidade de funcionamento do motor.
O estator do motor de indução possui um bobinado trifásico. Este
bobinado tem dois parâmetros que definem suas características. Um deles
é a sua resistência ôhmica R [Ohm] e o outro e a sua indutância L [Henry].
A resistência depende do tipo de material (cobre) e do comprimento do
fio com qual é realizado o bobinado. Já a indutância depende
fundamentalmente da geometria ( forma) do bobinado e da interação
com o rotor.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Fazendo uma análise muito simplificada podemos dizer que a corrente
que circulará pelo estator do motor será proporcional ao valor da
resistência “R” e ao valor da reatância Indutiva “XL ” que é dependente da
indutância L e da freqüência f . Assim:
XL=

I=
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:

Para valores de freqüência acima de 30Hz o valor da resistência é


muito pequeno quando comparado com o valor da reatância
indutiva; desta maneira podemos, nesta aproximação, e para um
método de controle simples como o escalar , desprezá- lo.

Assim o valor da corrente I será proporcional à tensão de


alimentação V, à indutância L e à freqüência f . O valor de
indutância L é uma constante do motor , mas a tensão e a
freqüência são dois parâmetros que podem ser “controlados” pelo
inversor de freqüência.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Assim, se para variar a velocidade do motor de indução temos que
variar a freqüência da tensão de alimentação, a estratégia de
controle “V/F constante” varia a tensão proporcionalmente com a
variação da freqüência de alimentação (e da reatância indutiva) do
motor para obter no estator uma corrente constante da ordem da
corrente nominal do motor, como mostra a equação e a figura
abaixo.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:

Como se pode observar na figura acima de 60Hz a tensão não pode


continuar subindo, pois já foi atingida a tensão máxima (tensão da rede) , É
assim que a partir deste ponto a corrente, e conseqüentemente o torque do
motor , diminuirão. Esta região (acima dos 60Hz no exemplo) é conhecida
como região de enfraquecimento de campo. A figura a seguir mostra o
gráfico do torque em função da freqüência onde fica em evidência este
comportamento.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Para freqüências abaixo de 30Hz o termo correspondente a resistência R
do estator, que foi desprezado anteriormente, começa a ter influência no
cálculo da corrente. É assim que, para baixas freqüências, mantendo-se a
proporcionalidade entre a freqüência e a tensão, a corrente e
conseqüentemente o torque do motor diminuem bastante. Para que isto
seja evitado, a tensão do estator em baixas freqüências deve ser
aumentada, através de um método chamado de compensação I x R ,
conforme figura a seguir.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Podemos deduzir assim que o controle escalar em inversores de freqüência
é utilizado em aplicações normais que não requerem elevada dinâmica
(grandes acelerações e frenagens) , nem elevada precisão e nem controle de
torque.

Um inversor com controle escalar pode controlar a velocidade de rotação do


motor com uma precisão de até 0,5 % da rotação nominal para sistemas sem
variação de carga, e de 3 % a 5 % com variação de carga de 0 a 100 % do
torque nominal. Pelo princípio de funcionamento e aplicação, são utilizados
na maioria das vezes motores de indução convencionais sem nenhum
sistema de realimentação de velocidade (tacogerador de pulsos acoplado ao
motor ) em malha fechada.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
A faixa de variação de velocidade é pequena e da ordem de
1:10 (Ex: 6 a 60Hz).

Com estas características, o inversor de freqüência escalar é o


mais utilizado em sistemas que não requerem alto
desempenho.

Este apresenta também um custo relativo menor quando


comparado com outros tipos de inversores mais sofisticados,
como por exemplo o inversor com controle vetorial.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
CONTROLE VETORIAL
Em aplicações onde se faz necessária uma alta performance dinâmica,
respostas rápidas e alta precisão de regulação de velocidade, o motor
elétrico deverá fornecer essencialmente um controle preciso de
torque para uma faixa extensa de condições de operação.

Para tais aplicações os acionamentos de corrente contínua sempre


representaram uma solução ideal, pois a proporcionalidade da
corrente de armadura, do fluxo e do torque num motor de corrente
contínua proporcionam um meio direto para o seu controle.

Contudo, a busca por avanços tecnológicos significativos tem


diminuído esta hegemonia e, gradativamente, estão aparecendo
opções de novas alternativas, como o uso de acionamentos em
corrente alternada do tipo controle vetorial.
Acionamentos elétricos

Inversor de frequência:

Vantagens do Inversor com Controle Vetorial


• Elevada precisão de regulação de velocidade;
• Alta performance dinâmica;
• Controle de torque linear para aplicações de posição
ou de tração;
• Operação suave em baixa velocidade e sem oscilações
de torque, mesmo com variação de carga.
Acionamentos elétricos

Inversor de frequência:

No motor de indução a corrente do estator é responsável por


gerar o fluxo de magnetização e o fluxo de torque, não
permitindo obter um controle direto do torque.

Basicamente, o circuito de potência do inversor de freqüência


vetorial não é diferente de um inversor de freqüência V/f, sendo
composto dos mesmos blocos funcionais. No inversor V/f a
referência de velocidade é usada como sinal para gerar os
parâmetros tensão/freqüência variável e disparar os transistores
de potência. Já o inversor vetorial calcula a corrente necessária
para produzir o torque requerido pela máquina, calculando a
corrente do estator e a corrente de magnetização.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Os inversores vetoriais recebem este nome devido ao fato de que:
1. A corrente que circula no bobinado estatórico de um motor de indução
pode ser separada em duas componentes: Id, ou corrente de magnetização
(produtora de FLUXO) e Iq ou o corrente produtora de TORQUE
2. A corrente total é a soma vetorial destas duas componentes.
3. O torque produzido no motor é proporcional ao “produto vetorial” das
duas componentes
4. A qualidade com a qual estas componentes são identificadas e
controladas define o nível de desempenho do inversor .
Para calcular estas correntes é necessário resolver em “ tempo real” uma
equação que representa matematicamente o comportamento do motor de
indução (modelo matemático do motor) . Tempo real significa que este
cálculo tem que ser feito muitas vezes por segundo, tantas vezes quanto
necessário para poder controlar o motor . É por isto que este tipo de
controle requer microprocessadores muito potentes que realizam milhares
de operações matemáticas por segundo.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Para calcular estas correntes é necessário resolver em “ tempo real” uma
equação que representa matematicamente o comportamento do motor de
indução (modelo matemático do motor) . Tempo real significa que este
cálculo tem que ser feito muitas vezes por segundo, tantas vezes quanto
necessário para poder controlar o motor. É por isto que este tipo de
controle requer microprocessadores muito potentes que realizam milhares
de operações matemáticas por segundo.

Para resolver esta equação é necessário conhecer ou calcular os seguinte


parâmetros do motor:
• Resistência do estator
• Resistência do rotor
• Indutância do estator
• Indutância do rotor
• Indutância de magnetização
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Muitos inversores vem com estes valores pré-programados para diferentes
motores, outros mais sofisticados utilizam rotinas de autoajuste para
calcular estes parâmetros, característica muito útil quando utilizados
motores rebobinados.

O controle vetorial representa, sem dúvida, um avanço tecnológico


significativo, aliando as performances dinâmicas de um acionamento CC e
as vantagens de um motor CA.

Porém, em alguns sistemas que utilizam controle vetorial é necessário o


uso de um encoder ( tacogerador de pulsos) acoplado ao motor para que
se tenha uma melhor dinâmica, o que torna o motor especial. Sendo
assim podemos dizer que existem dois tipos de implementação de
inversores vetoriais: o inversor “sensorless” (sem sensores) e o inversor
com realimentação por encoder (controle orientado pelo campo) .
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
O inversor com realimentação por encoder é capaz de controlar a velocidade e o
torque no motor , pois calcula as duas componentes da corrente do motor . Este tipo
de inversores conseguem excelentes características de regulação e resposta
dinâmica, como por exemplo:
*Regulação de velocidade: 0,01%
*Regulação de torque: 5%
*Faixa de variação de velocidade: 1:1000
*Torque de par tida: 400% máx.
*Torque máximo (não contínuo) : 400%

O inversor “sensorless” tem um grau de desempenho menor que o anterior, mas é


superior ao inversor V/f . A seguir alguns valores típicos para estes inversores:
*Regulação de velocidade: 0,1%
*Regulação de torque: Não tem
* Faixa de variação de velocidade: 1:100
*Torque de par tida: 250%
*Torque máximo (não contínuo) : 250%
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Blocos componentes do inversor de frequência:
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
A) Retificador
Este bloco retifica a energia trifásica (alternada) disponível para a
alimentação do inversor. A configuração mais comum é a de uma ponte de
diodos em onda completa com uma disposição conforme ilustra a figura:
Um capacitor de filtro é usado para filtrar a tensão contínua obtida na
saída deste bloco. O capacitor funciona como um “reservatório de
energia” suavizando as variações da tensão com a corrente drenada pela
carga.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
B) Inversor de potência
Este bloco gera a tensão trifásica de alimentação do motor a partir da
tensão contínua do bloco anterior. Conforme exibe o circuito simplificado
da figura abaixo, são usados transistores (IGBTs) que chaveiam a tensão a
partir dos sinais de gerador PWM (Modulação por Largura de Pulso). Os
sinais gerados são trens de pulsos, mas ao serem aplicados numa carga
indutiva como um motor, o resultado é uma forma de onda
aproximadamente senoidal.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
C) Controle
O bloco de controle gera os pulsos que atuam sobre os transistores de
chaveamento. As formas de onda e freqüência do sinal gerado por este
circuito vão determinar a velocidade e potência aplicada ao motor. Na
figura abaixo temos as formas de onda que encontramos neste circuito.
Veja que sua aplicação numa carga indutiva resulta numa forma de onda
aproximadamente senoidal.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
D) Proteção contra Surtos:
Sabemos que a tensão da rede de energia pode conter surtos e transientes. Para
a proteção desses dispositivos e do próprio circuito são usados elementos como
varistores e outros componentes do mesmo tipo.

E) Proteção Interna
Este bloco monitora as tensões presentes na saída do retificador. Diante de uma
variação perigosa, o circuito sinaliza o bloco de controle de modo que ele possa
fazer a proteção, por exemplo, desligando a alimentação.

F) Driver
Este bloco gera os sinais que excitam os transistores de potência de saída. São
usados transistores ou outros dispositivos de menor potência, atuando como
intermediários entre o circuito que gera o sinal e o circuito final de potência.

G) Auto-Boost
Este bloco monitora as condições de carga do motor, determinando o nível de
tensão que deve ser aplicado para se gerar o torque necessário à aplicação.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
H) Programação
Trata-se de um painel que apresenta informações gerais como avisos de
erro e onde é feita a programação do modo de funcionamento do motor.

i) Interface (I/O)
Através deste bloco o inversor se comunica com dispositivos externos, por
exemplo, um computador ou ainda microcontroladores ligados a sensores.

j) Controle
Neste bloco são tomadas as decisões em função da programação, de
sinais externos e de sinais internos como os de proteção.
Chaveamento: Para analisar como o circuito gera uma tensão senoidal
trifásica a partir de sinais PWM tomemos como ponto de partida o circuito
simplificado da figura abaixo:
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Temos então seis transistores funcionando como chaves numa
configuração em ponte.
Na operação, os seis transistores devem ser ligados 3 a 3 de tal forma a se
obter oito combinações que resultam em três formas de onda senoidais
defasadas de 120 graus. Dessas oito combinações, existem três que são
proibidas pois levam o circuito a uma condição de curto. São aquelas em
que transistores que estão em série conduzem ao mesmo tempo.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Na figura abaixo temos, então, os pontos de chaveamento e as formas de
onda correspondentes. Colocamos isso na tabela 1.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Observe que, se o chaveamento for feito da forma indicada, serão gerados
sinais defasados de 120 graus.
Esses sinais são aplicados às bobinas de um motor trifásico, por exemplo,
fazendo com que ele gire no sentido e velocidade desejados.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Dimensionamento:
Para calcularmos a potencia do inversor é necessário saber qual motor,
qual carga será acionada,tensão da rede, identificamos a corrente e
consultamos tabelas dos diversos fabricantes do mercado:
EX: Tensão da rede 380V
Motor: 1CV
Aplicação: exaustor industrial
Fator de potencia do inversor para efeito de calculo = 0,8
CI= P/V.FP
CI=1.746/380.0,8
CI= 2,45A
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Sistemas de entrada e saída de dados:
Composto por dispositivos responsáveis pela interligação do homem com a
máquina, introdução e retorno de informações.
Interface homem/máquina (IHM)
O operador pode entrar com os valores dos parâmetros de operação do conversor,
como ajuste de velocidade, tempo de aceleração e desaceleração. Pode ter acesso
aos dados de operação modo local do conversor como velocidade do motor,
corrente, indicação de erro etc.
Entradas e saídas analógicas
Controle/monitoramento por sinais analógicos por sinais de tensão (0..10 Vcc) e
corrente (0..20 mA, 4..20 mA)
Entradas e saídas digitais
São meios de controlar/monitorar o conversor através de sinais digitais discretos,
como chaves liga/desliga. Permite acesso a funções como seleção de sentido de
rotação, bloqueio, seleção de velocidade,etc. Podendo dar acesso a comandos
remotamente.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Sistemas de entrada e saída de dados:
Interface de comunicação serial:
Permite controle/monitoramento do conversor por um computador central,
operado por CLP, por rede Field bus, RS 232 ou 485 entre outras.
Algumas vantagens:
* O conversor de frequência permite o acionamento de motores de indução
com frequências entre 1 a 60Hz com um torque constante, sem
aquecimentos anormais nem vibrações fora de ordem.
* Rendimento de 90% em toda a faixa de velocidade;
* fator de potencia de aproximadamente 96%;
* Acionamento de cargas de torque constante ou variável;
* faixa de variação de velocidade, que pode chegar até 1:20;
* partida e desligamento suave (rampa).
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Considerações finais sobre os inversores de frequência:
Perda de potencia/restrições:
O inversor não fornece uma forma de onda perfeitamente senoidal o que
traz perdas ao motor na faixa de 15%. No caso de implantação em
motores já instalados, deve-se verificar se existe esta folga de potencia,
para motores novos esta diferença deve ser considerada.

Sobretensões no isolamento:
Como a comutação é em alta frequência, provoca picos elevados que
afetam o isolamento das espiras entre fases e entre fase e terra. A taxa de
crescimento da tensão em relação ao tempo (dt/dt) é muito elevada no
processo de comutação e a isolação das espiras é afetada. Para minimizar
esses efeitos, deve-se especificar o motor de uma classe de tensão de, no
mínimo, 600V com tensão suportável de pico de pelo menos 1000V.
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Considerações finais sobre os inversores de frequência:
Limite e comprimento do circuito do motor:
Uma onda de tensão é injetada no terminal de fonte de circuito do motor, que
tem uma determinada impedância característica, e atinge o terminal de carga
em que estão ligadas as bobinas, cuja impedância característica é relativamente
maior que a primeira, o que pode resultar no fenômeno de reflexão e refração
da onda. Assim, o motor pode ser submetido à elevação de tensão nos seus
bornes. Conforme equação abaixo que mostra o comprimento do cabo, em que
podem surgir anomalias danosas à isolação do motor:
Lcr= (Vpo . Tct)/2
onde:
Lcr= comprimento do cabo
Vpo= velocidade de propagação da onda de tensão de aprox. 150m/Ys
Tct= tempo de crescimento do pulso de tensão
Acionamentos elétricos
Inversor de frequência:
Considerações finais sobre os inversores de frequência:
Distorção harmônica:
O inversor de frequência fornece ao motor uma onda que não é
perfeitamente senoidal, em função dos componentes que geram
harmônicos, tanto de tensão quanto de corrente, afetando, assim, as
características dos motores de indução e seu rendimento.

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