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CURSO DE AGREGAÇÃO PEDAGÓGICA

6TA EDIÇÃO

Outubro de 2018
¨SE NÃO TE DIVERTIRES
ENSINANDO, DEDICA -TE
A OUTRA COISA¨

2
3
COMPONENTES DO PROCESSO DOCENTE -
EDUCATIVO E SEU RELACIONAMENTO

SOCIEDADE PROBLEMA
PROBLEMA

OBJECTIVOS
OBJECTIVOS

CONTEUDO MÉTODOS
MÉTODOS
CONTEUDO

ALUMNO
AAVALIAÇÃO
VALIAÇÃO MEIOS
MEIOS
TURMA
PROFESSOR

FORMAS
FORMASDE
DE ORGANIZAÇÃO
ORGANIZAÇÃO 4
INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO
KATANGOJI

Módulo

Teoria de
Desenvolvimento
Curricular
Professor: Doutor Professor Titular
Enrique Téllez López 5
OBJECTIVOS DO MÓDULO

• Explicar a essência da teoria de desenvolvimento


curricular e sua relação com as demais ciências no
acto educativo.

• Identificar os componentes de um currículo para o


processo de ensino-aprendizagem e o papel dos
seus principais actores na implementação.

• Aplicar com o devido rigor, no processo de ensino-


aprendizagem, os conhecimentos da teoria do
desenvolvimento curricular, visando o sucesso dos
processos de ensino e da aprendizagem.
6
INTRODUÇÃO

Sobre o conceito de currículo evidencia-se a


complexidade e diversidade das definições
apresentadas pelos autores, expressão das
diferenças de visão e perspectivas sobre a educação,
em geral, bem como acerca dos processos de
formalização e realização das opções de política
educativa, a que são inerentes valores, crenças e
atitudes diferenciados, contraditórios ou mesmo
antagónicos, que se propugnam para a construção e
o desenvolvimento das sociedades .

7
O termo Currículo, proveniente do
étimo latino currere, que significa
caminho, jornada, trajectória, percurso
a seguir, encerra, segundo Pacheco
(2001, pp. 15-16), duas ideias
principais, que são a “sequência
ordenada” e “a totalidade de estudos”,
com base nas quais se “manifesta (…)

8
A partir da enunciação do seu significado
etimológico, pode fazer-se uma primeira
aproximação ao conceito de currículo, em cuja
definição estão ou devem estar, necessariamente,
presentes tanto a perspectiva de planificação
sistémica e ordenada dos objectivos, conteúdos ou
competências de aprendizagem, ou seja, a
intencionalidade educativa (o currículo prescrito),
como a de implementação dos planos de
aprendizagem, com a respectiva aferição dos
resultados (o currículo implementado,
experienciado e avaliado).

9
CURRÍCULO

“Um plano de acção pedagógica muito


mais largo do que um programa de
ensino (…) que compreende, em geral,
não somente programas para as
diferentes matérias, mas também uma
definição das finalidades da educação
pretendida”. D’Hainaut (1980, p. 21),

10
CURRÍCULO

…um projecto, cujo processo de construção e


desenvolvimento é interactivo, que implica
unidade, continuidade e interdependência entre o
que se decide a nível do plano normativo, ou
oficial, e ao nível do plano real, ou do processo
de ensino-aprendizagem. Mais ainda, o currículo
é uma prática pedagógica que resulta na
interacção e confluência de várias estruturas
(políticas, administrativas, económicas,
culturais, sociais, escolares…) na base das quais
existem interesses concretos e
responsabilidades partilhadas. Pacheco (2001).
11
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na escola.

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Conjunto de procedimentos

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que os alunos devem seguir

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INTERPRETAÇÃO METODOLOGICA DO CURRICULUM

12
CURRICULUM VISTO COMO PROCESSO

POLÍTICO

SOCIAL CURRICULUM
CULTURAL
ESCOLA

AM
BI ECONOMICO
EN
TA
L

13
Fontes Sociológicas: Recolhem todas aquelas
contribuições que envolvem o meio social,
cultural y político.
FONTES DO CURRICULUM

Fontes Epistemológicas: Envolvem a estrutura


das matérias e a forma como estas serão
ensinadas.

Fontes Psicológicas: Concentra a organização


e aplicação do curriculum nos alunos como
factor fundamental.

Fontes pedagógicas: Recolhem matérias, a


organização e aplicação do curriculum. A teoria,
prática organizacional e a didática
14
FUNÇÕES DIDÁCTICAS DO
CURRICULUM
Recolher as intenções Servir de guia para
educativas adoptadas pela orientar a actividade
sociedade. pedagógica.

PROCESSO DO
FUNÇÃO DA
ENSINO-
EDUCAÇÃO
APRENDIZAGEM

ESCOLA
15
QUE É
DESENVOLVIMENTO
CURRICULAR?

16
DESENVOLVIMENTO CURRICULAR
O termo desenvolvimento curricular é utilizado para
expressar uma prática, dinâmica e complexa, processada
em diversos momentos de modo a formar um conjunto
estruturado com quatro componentes fundamentais:
justificação teórica, elaboração/planificação,
operacionalização e avaliação (Pacheco, 2001).

Ao conceito de desenvolvimento curricular está


associado um processo de construção do currículo, de
elaboração e de reflexão baseada na sua
implementação que envolve pessoas e procedimentos.

17
PRINCIPIOS DO
DESENVOLVIMENTO
CURRICULAR

18
PRINCIPIOS DO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR

1. Principio da realidade – dar lugar à programação


curricular feita na escola de acordo com a realidade da
mesma.
2. Princípio da racionalidade – o currículo desenvolvido
de forma empenhada por parte do docente de forma a
promover experiências significativas por parte do
aluno.
3. Princípio da sociabilidade – o currículo fundamenta-se
na medição da diversidade privilegiando a integração
social dos alunos.
4. Princípio da publicidade – o currículo torna as
intenções, as acções convertendo a educação em algo
público, comunicável e controlável. 19
PRINCIPIOS DO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR

5. Princípio da intencionalidade – para que o currículo


seja desejado analisando-se dados e adoptam-se
decisões no sentido de corresponder às propostas
anunciadas.
6. Princípio da organização ou sistematicidade –
baseado na congruência entre componentes do
currículo de modo a que este funcione como um
todo integrado.
7. Princípio da selectividade – o currículo é um
processo de selecção que deve corresponder a
critérios de valor, oportunidade, congruência e
funcionalidade situacional.
8. Princípio da decisionalidade. 20
PASSOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM CURRÍCULO

1. O diagnóstico das necessidades.


2. A formulação dos objectivos.
3. A selecção dos conteúdos.
4. A organização dos conteúdos.
5. A selecção das experiências de aprendizagem.
6. A organização das experiências de aprendizagem.
7. A determinação daquilo que deve ser objecto de
avaliação e dos processos e meios para o fazer.

21
PASSOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM CURRÍCULO

Dando respostas a quatro perguntas:


1. O “Que objectivos educacionais deve a escola
procurar atingir?” .
2. O “Que experiências educacionais podem ser
oferecidas que tenham probabilidade de alcançar
esses propósitos?”.
3. O “Como organizar eficientemente essas
experiências educacionais?”.
4. O “Como podemos ter a certeza de que esses
objectivos estão sendo alcançados?” .

22
MODELOS DE
CURRÍCULO

23
Tendo como ponto de partida a definição de Modelo como
uma “representação, em pequena escala, de um objecto
que se pretende representar em grande” (Dicionário
Enciclopédico Lello Universal:262), os modelos de
currículo são uma representação, em pequena escala,
dos sistemas educativos. É com a evolução destes
sistemas educativos que surgem vários modelos de
currículo, propostos por diferentes autores, os quais se
podem agrupar em dois grandes grupos: os modelos
curriculares fechados e os modelos curriculares abertos.

24
Os modelos curriculares fechados caracterizam-se por
serem modelos rígidos, de acordo com os quais se
atendem a diversas características que pressupõem uma
certa rigidez curricular. Assim, e de acordo com um
esquema apresentado por Vilar (2000, com base em
Roman e Diez 1989), o currículo, detalhado e rígido, é
obrigatório para todos os contextos, sendo aplicado
rigorosamente e de forma mecânica na aula, negando-se a
possibilidade de acrescentar algo para além do
devidamente contemplado. Sendo este um modelo
centrado na conduta do professor, adequam-se a ele
professores competentes em reproduzir fielmente nas suas
aulas o currículo definido por outros. Ao nível da
aprendizagem, ênfase na capacidade de memorização,
traduzida em resultados que subentendem uma avaliação
meramente sumativa.
25
Enquanto modelo aberto, compreende uma
aplicação flexível do currículo oficial,
possibilitando ao professor adequá-lo às
necessidades dos seus alunos, sendo um
professor reflexivo e crítico. Deste modo, o
professor, torna-se um investigador das suas
práticas. O melhorar das capacidades do
professor culminará numa melhoria do
ensino e dos alunos.

26
Um modelo cuja ênfase é dada aos
objectivos é considerado um modelo
fechado, por outro lado, quando as
estratégias têm um papel principal,
referimo-nos ao modelo aberto.

27
MODELO BASEADO EM DISCIPLINAS

As características e pontos de vista expressos pelos proponentes


deste modelo podem sintetizar-se nas seguintes afirmações:

a) as disciplinas representam a fonte predominante dos conteúdos


curriculares e programáticos a seleccionar, o método mais lógico e
eficaz para a sua organização e, por esse facto, também o processo
mais eficiente de aprender o conhecimento humano disponível.

b) a lógica ou estrutura de cada disciplina - o conjunto de conceitos


fundamentais e processos necessários para a compreensão dessa
disciplina - determinam a escolha e organização dos conteúdos e
métodos de ensino-aprendizagem, cabendo, sobretudo, aos
especialistas disciplinares o estabelecimento de tal estrutura e a
participação na definição dos métodos da sua transmissão ou da
assimilação pelos alunos desse corpo de conhecimentos logicamente
estruturados;

28
c) este tipo de organização curricular justifica-
se, ainda, pela sua conveniência operacional -
com tradição firmada - facilitando a sua
concretização prática, designadamente em
termos de horários lectivos, composição de
turmas e do sistema tradicional de formação de
professor por disciplinas.

29
As principais vantagens do modelo de organização
disciplinar resultam das características acima
mencionadas, situando-se no relativo «sucesso»
desta forma tradicional de estruturação curricular - a
sua permanência inquestionável no tempo - no
pressuposto subjacente de que as disciplinas
constituem um processo sistemático e eficiente de
transmitir a «herança cultural» bem como de
desenvolver processos e aptidões intelectuais, no
modelo tradicional de formação de professores que
suporta tal modelo e na conveniência ou facilidade de
organização escolar que claramente o favorece.

30
De acordo com tal modelo de organização, os
elementos fundamentais do currículo sofrem um
tratamento típico. Assim, os objectivos curriculares
são formulados, de modo explícito ou implícito, no
contexto da própria selecção e organização dos
domínios e conteúdos programáticos a serem objecto
de ensino-aprendizagem. Ressalta, portanto, a
«instrumentalidade» de grande parte dos objectivos
face aos conteúdos a transmitir, pois aqueles são
componentes subsidiárias destes.

31
A selecção e organização dos conteúdos curriculares
constituem a tarefa mais importante, determinando a
especificação dos objectivos de ensino, que,
dependendo embora da natureza da disciplina, são,
regra geral, predominantemente de tipo cognitivo. Os
conteúdos de ensino são seleccionados e estruturados
por especialistas das disciplinas e propostos aos
alunos, em conformidade com um âmbito e sequência
previamente estabelecidos.

32
As estratégias de ensino e experiências de
aprendizagem são definidas em função da selecção,
estrutura e sequência dos conteúdos, visando a
apresentação destes sob uma forma organizada e
coerente, com recurso a métodos e materiais didácticos
específicos da disciplina a que se referem, sendo de
salientar a importância dos livros de texto ou manuais
escolares, cuja construção obedece, regra geral, ao
princípio da apresentação lógica e sequencial das
matérias de ensino.

33
Os processos de avaliação estabelecem-se
em função do objectivo de apreciar a
aprendizagem e domínio das matérias e
conteúdos ensinados, privilegiando os
resultados cognitivos.

34
As limitações deste tipo curricular - pelo menos, na sua forma mais
pura - têm que ver, em síntese, com os seguintes aspectos maiores:
a) É discutível que a organização lógica das disciplinas represente a
melhor estrutura para a aprendizagem dos conteúdos curriculares,
tendo presente que o processo de aprendizagem de uma matéria
pelos alunos não segue, necessariamente, a lógica de transmissão de
um saber já previamente completo e estruturado segundo critérios
exclusivos do especialista dessa matéria.
b) Pode contribuir para a fragmentação de conhecimentos propostos
ao educando, pondo em risco a relacionação ou integração de
saberes provenientes de várias disciplinas, a qual é, na maioria dos
casos, deixada à iniciativa e capacidade real dos alunos para o fazer;
c) Pode evidenciar um conflito difícil de sanar entre a formação geral
do aluno e a acção especializada - concebendo o aluno como
«miniatura» do especialista de uma disciplina e formando-o num
estilo de pensar específico desse domínio - designadamente no
contexto de uma educação básica alargada;

35
VARIANTES DO MODELO CENTRADO EM DISCIPLINAS

• A organização pluridisciplinar.
• A organização de pendor interdisciplinar.
• A organização por áreas de conhecimentos

OUTROS MODELOS

• Modelo Baseado em Núcleos de Problemas/Temas


Transdisciplinares
• Modelo Baseado em Situações e Funções Sociais.
• Modelo Centrado no Educando.
• Modelo Baseado em processos cognitivos

36
QUAL CURRÍCULUM
SATISFAZ O ENSINO?

37
QUAL CURRÍCULUM SATISFAZ O ENSINO?

●É flexível e diversificado.
●Define o perfil de saída dos estudantes tendo em conta
os interesses e as perspectivas dos mesmos de acordo
ABERTO a evolução politica e sócio – económica do país.
●Adequa as metodologias do ensino de acordo a
realidade educativa.

●É tradicionalista,
FECHADO ●Não permite a inovação.
●É característica dos sistemas educativos caducos.

●Permite a unificação de todos os critérios curriculares


UNICO das diferentes regiões académicas ou instituições do
ensino de acordo com os interesses locais.

●Emprega-se para transmitir de maneira oculta e


OCULTO indirecta algum tipo de conhecimento.

38
OS 4 PILARES DO CURRÍCULUM

O que ensinar? ● Selecionar corretamente os


objetivos.
Quando ensinar? ● Sequencia correta dos
conteúdos.
Como ensinar? ● Metodologia,
● Atuações do professor.

● Planificação dos elementos de


Que, como e quando
avaliação: objetivos, conteúdos,
avaliar
habilidades, valores, normas etc.

39
MODELO DE
CURRÍCULO

DO ISP KATANGOJI

40
CURSO: Engenheira Química em Produção de Alimentos e
Medicamentos
Distribuição das Disciplinas por Semestre e Ano de Estudo

41
Continuação

42
Continuação

TERCEIRO ANO
Primeiro Semestre Segundo Semestre
Balanço de massa e energia 75(EX) Separações mecânicas 60(EX)
Mecânica dos fluidos 75(EX) Termodinâmica técnica 60(EX)
Electrotecnia 45 Engenharia de materiais 60(EX)
Química física II 60(EX) Microbiologia 60
Fenómenos de transporte 60 Biotecnologia 60
Bioquímica 60(EX) Seguro da qualidade 60
Legislação e Ética 45 Metod da Inv Tecnológica 30(TC)
Prática trabalhista inquiridora I 320 (TC)
390
420
(710)
QUARTO ANO
Primeiro Semestre Segundo Semestre
Transferência de calor 60(EX) Transferência de massa 75(EX)
Termodinâmica química 60(EX) Reactores homogéneos 60(EX)
Instrumentação e controle de Métodos numéricos e de optimização
60 60
processos
Engenharia ambiental 60(EX) Processos industriam II 60(EX)
Processos industriam I 60(EX) Optativo I 45(TC)
Engenharia económica 60 Riscos tecnológicos 60(TC)
Introdução à simulação de Prática trabalhista inquiridora II
60(TC) 320(TC)
processos
360
420
(680)

QUINTO ANO
Primeiro Semestre Segundo Semestre
Reactores heterogéneos 60(EX) Prática trabalhista-inquiridora III 600 (TC)
Modelação e simulação 60(TC) Seminário de tese 30 (TC)
Processos industriam III 60(EX)
Desenho de plantas 90(TC)
Optativa II 60(TC)
Pedagogia 30
360 630

43
GRÁFICO CURRICULAR

Introd. a la Geometría Informátic Quím Quím Termod Termod Riesgos Pedago


Informática Descriptiv Física I Física II Técnica Química Tecnológ gía
a
Introd. A A. L. y G. Dibujo Instr y Desenh
Prob. y Electrot
Ingeniería Anal. Básico Control o Planta
Estad.

introd. a la Matemát Matemát Matemát B. Masa Metod Int a la Métod Model y


Matemática I II III y Energ Inv Tec Simulac Numér Simulac

Introd. A TRABAJO
Química Química Anal. Quím Fund Ing React DE
Química Orgânica Quím Inst Hidrocar Ing Yac Ambient Homogé DIPLOMA
neos
Aprender a PL Inv III
Introd. de Física I Física II Fenóm Separ Transf Transf React
Aprender
Física Tranp Mecán Calor Massa Heterg
.
Lengua Lengua Cultura e Prob Soc Mecán Ing. Proj de Proj de Proj
Portug I Portug II identidad Cien -Tec Fluidos Material Refinac Gas Petroquí
e mica

Inglés I Inglés II Inglés III Legisl de Aseg de Ing Optativa Optativa


Hidrocar Qualida Económ I II
de
PL Inv I PL Inv II

Primeiro Segundo Ano Tercero Ano Quarto Ano


Ano Quinto Ano

44
45
DESENHO CURRICULAR
Possíveis Sistemas a Derivar e Integrar

Curso

Áreas de Conhecimento Anos

Disciplinas

Temas

Aulas 46
Quais são os componentes do
processo docente - educativo?

47
COMPONENTES DO PROCESSO
DOCENTE EDUCATIVO

 PROBLEM
PROBLEMAA

 OBJECTIV
OBJECTIVOS
OS
 CONTEÚDO
CONTEÚDO

 MÉTODOS
MÉTODOS

 MEIOS
MEIOS

 AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO

 FORMAS
FORMASDE
DE ORGANIZAÇÃO
ORGANIZAÇÃO

48
COMPONENTES DO PROCESSO DOCENTE -
EDUCATIVO E SEU RELACIONAMENTO

SOCIEDADE PROBLEMA
PROBLEMA

OBJECTIVOS
OBJECTIVOS

CONTEUDO MÉTODOS
MÉTODOS
CONTEUDO

ALUMNO
AAVALIAÇÃO
VALIAÇÃO MEIOS
MEIOS
TURMA
PROFESSOR

FORMAS
FORMASDE
DE ORGANIZAÇÃO
ORGANIZAÇÃO 49
Que é uma
Disciplina?

50
DISCIPLINA

Estructura de forma lógica e


pedagógica, que integra um
conjunto de conhecimentos,
habilidades e valores de um
ramo do saber.

51
PROGRAMA DA DISCIPLINA

 Documento do Plano de Estudo que


contem a planificação e organização
do PDE ao nível da disciplina.

 É o documento em que se sintetiza o


desenho realizado.

52
PROGRAMA DA DISCIPLINA

 Representa o modelo de processo


docente que, como patrão ideal o
professor deve aspirar a materializar no
desenvolvimento da disciplina.
 Se precisam na linguagem do ramo do
saber objeto de estudo, os
componentes do PDE e se concretizam
as leis e princípios da didáctica.

53
PROGRAMA DA DISCIPLINA

 É um documento metodológico de
muito valor para o professor.

 Esta em constante aperfeiçoamento


como parte do processo de validação.

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PROPÕE-SE A ESTRUCTURA SEGUINTE:

a) Dados preliminares.
b) Fundamentação.
c) Objectivos gerais.
d) Sistema de conhecimentos.
e) Planeamento e organização dos temas da
disciplina.
f) Indicações metodológicas e de organização.
g) Sistema de avaliação da aprendizagem.
h) Plano bibliográfico.
55
DADOS
PRELIMINARES

56
DADOS PRELIMINARES

 Nome da disciplina.
• Nome da área a que pertence.
• Curso.
• Ano lectivo.
• Total de horas.
• Ano em que se lecciona
• Semestre

57
PROGRAMA ANALÍTICO DE LA
DISCIPLINA

DISCIPLINA: CURSO: CENTR ANO


O: ISPK
MATEMÁTICA I TODOS OS ACADÉM
CURSOS ICO:
2012 -16
ANO: 1 SEMESTRE: CANTIDAD DE
2 HORAS: 90
DISTRIBUIÇÃO DAS HORAS: 6H/S
FORMAS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA:
EXAME FINAL
58
FUNDAMENTAÇÃO

59
FUNDAMENTAÇÃO

Deve-se precisar o papel que lhe


corresponde desempenhar à disciplina na
área e no plano de estudo, apoiando-se na
lei que expressa o vínculo universidade -
sociedade, utilizando a tríada problemas,
objeto, objectivo.

60
FUNDAMENTAÇÃO DA DISCIPLINA MATEMÁTICA
(EXEMPLO)

Como objeto da matemática são consideradas todas as formas e


relacionamentos do mundo real que possuam objetivamente tal
grau de independência com respeito ao conteúdo, que podem ser
totalmente abstraídas deste último. Ademais, não só as formas
abstraídas da realidade são objeto de estudo da matemática sem
não também aquelas logicamente possíveis, determinadas sobre
a base de formas e relacionamentos já conhecidos.
O Cálculo Diferencial e Integral de funções de uma variável real
contribui ao desenvolvimento do pensamento lógico e algorítmico
e contribui aos fundamentos básicos de um especialista em
Ciências Técnicas, dado que todo o engenheiro considera
representações técnicas e cientistas em termos matemáticos,
com os quais reflete os rasgos quantitativos e qualitativos dos
fenómenos que estuda.

61
OBJECTIVOS
GERAIS

62
OBJECTIVOS GERAIS.

 Neste ponto se escrevem os objectivos


gerais educativos e instrutivos da
disciplina .
 Os objectivos instrutivos devem estar
expressos de forma que fique clara a
tarefa que vai se realizar o estudante,
para resolver o problema.

63
OBJECTIVOS GERAIS.

 Se recomenda que sejam os menos


possíveis, para garantir a
sistematização dos conteúdos.
 Os objectivos educativos devem estar
formulados de maneira clara, para que
o professor possa interpretá-los
adequadamente e conduzir as acções
necessárias para o cumprimento dos
mesmos no PDE.

64
OS OBJECTIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

De acordo com a sua função

EDUCATIVOS INSTRUTIVOS

Formação de
Formação de
capacidades,
Sentimentos
hábitos e
convicções
habilidades

O educativo consegue-se através do instrutivo


65
ESTRUCTURA E ORGANIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS
DO PROGRAMA DA DISCIPLINA

Objectivos do área de conhecimento

Objectivos da disciplina

SEMESTRE ACADÉMICO OU ANO


66
EXEMPLOS DE OBJECTIVOS INSTRUCTIVOS

Área de Conhecimento. Direito Civil

 Interpretar, integrar e aplicar as normas que, por um


lado, disciplinam as relações jurídico-privadas
comuns e que, por outro lado, cuidam da
respectiva realização.

Disciplina . Teoria Geral do Direito Civil

 Aplicar as normas jurídicas básicas que regulam as


relações travadas entre particulares ou entre estes
e os poderes do Estado.

67
EXEMPLOS DE OBJECTIVOS INSTRUCTIVOS

Disciplina . Direito das Sucessões

 Regular as relações patrimoniais das


pessoas falecidas.

68
SISTEMA DE CONHECIMENTOS

69
COMPONENTES DO SISTEMA DE CONHECIMENTOS

Conhecimentos

Habilidades

Conteúdo
Conteúdo

Valores
Fenómenos

Acontecimentos Processos

Conhecimentos

Princípios, Leis e Teorias


DISCIPLINA MATEMÁTICA
(EXEMPLO)

SISTEMA DE CONHECIMENTOS

Noções básicas de lógica. Funções e modelos.


Limite e continuidade de funções de uma variável
real. Derivada em um ponto. Interpretações
geométricas e físicas da derivada em um ponto.
Função derivada. Regras de derivação. Derivadas
de ordem superior. Razões de mudança
relacionadas. Aproximações lineares e
diferenciais. Teoremas fundamentais do cálculo
diferencial. Extremos de funções. Aplicações da
derivada ao cálculo de limites, ao traçado de
gráficas, à solução de problemas de otimização
de funções de uma variável real e à solução
numérica de uma equação… 72
PLANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO
DOS TEMAS DA DISCIPLINA.

73
PREMISSAS GERAIS

 Estudo do documento Plano de Estudo.


 Estabelecer os objetos e objectivos da
disciplina a partir do área de conhecimento.
 Estabelecer a utilização dos Eixos
Transversais.
 Análises das cadeiras que se relacionam
(precedentes, posteriores e em paralelo).
 Análises da bibliografia disponível.
 Atualizar o aspeto científico-técnico dos
conteúdos.

74
ORGANIZAÇÃO E PLANIFICAÇÃO DOS TEMAS:

 Temas.
 Objectivos específicos dos temas.
 Objectivos específicos das aulas.
 Enfoque científico-metodológico dos
conteúdos com um alto grau de
atualização.

75
ORGANIZAÇÃO E PLANIFICAÇÃO DOS
OUTROS COMPONENTES:

 Os métodos e meios de ensino.


 Distribuição das diferentes formas e
tipos de aulas.
 O sistema de avaliação da
aprendizagem.
 A orientação e controlo do trabalho
independente e a auto preparação do
estudante.

76
EIXOS TRANSVERSAIS

São as diretrizes que estão presentes


nas tarefas pedagógicas, em estreito
vínculo com os objectivos gerais e por
ano, com o propósito de dirigir e
reforçar a formação integral dos
estudantes, em correspondência com
as demandas da sociedade em cada
momento.

77
EXEMPLOS DE EIXOS TRANSVERSAIS

 A informática.
 Os fenómenos do meio
ambiente.
 A economia.
 As técnicas de direção.
 A historia do país.

78
DETERMINAR NA DISCIPLINA

 Os temas e sua sequência lógica.


 Os objectivos particulares de cada
tema.
 O conteúdo de cada tema (Sistema
de Conhecimentos e Habilidades) e
seu tempo aproximado.

79
RECOMENDAÇOES

É aconselhável:

 Definir poucos temas para que se tenha à


disposição um espaço de tempo que
permita alcançar o objectivo.

 Formular, se possível um só objectivo em


cada tema, para poder dirigir o processo
de modo a permitir um domínio do
conteúdo essencial.

80
DETERMINAR NO TEMA

Partindo da disciplina:
 A sequência lógica de conhecimentos
e habilidades.
 Os métodos e meios de ensino-
aprendizagem.
 A avaliação da aprendizagem.
 A organização do trabalho
independente e a autopreparação do
estudante. 81
DISTRIBUCIÓN POR TEMAS
FONDO DE TIEMPO (HRS)
TEMAS AVALIAÇ
AT. PL. ATP TOTAL
ÃO
1- Estrutura  
atómica e Tabela
Periódica.
16 -  - 16
Nomenclatura de
compostos
inorgânicos.
2- Enlace
Químico. 2 (Prova
12 2 - 16
Propriedades das Parcelar)
substâncias.
3- Noções de -
Estequiometria 14 14
4- Eletrólitos. 12 2 - 14
TOTAL 56 4 - 60

Aulas teóricas : AT
Aulas Teóricas Praticas: ATP 82
Praticas de Laboratório: PL
INDICAÇÕES METODOLÓGICAS E
DE ORGANIZAÇÃO

83
INDICAÇÕES METODOLÓGICAS E DE ORGANIZAÇÃO

Expressá-la lógica do PDE, para que o


estudante aproprie-se do conteúdo e
cumpra os objetivos.

Objectivo-Conteúdo-Método

84
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
E DE ORGANIZAÇÃO

 O enfoque como deve-se desenvolver a


disciplina, tendo em consideração a sua
contribuição na formação vocacional e seu
carácter educativo.
 Os métodos e meios de ensino a utilizar em
correspondência com os diferentes tipos
de aula que planifica-se. Priorizar a
utilização de métodos produtivos e
participativos de ensino.
 A forma de introduzir os programas de
desenvolvimento. 85
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
E DE ORGANIZAÇÃO

 Como dirigir o trabalho independente


do estudante para alcançar um
aprendizagem consciente e como
comprovar continuamente a evolução
da mesma.
 Especificar as principais acções a
realizar nos temas da disciplina afim
de contribuir para a formação de
qualidades da personalidade.

86
INDICAÇÕES METODOLÓGICAS E DE ORGANIZAÇÃO DICIPLINA
INTRODUÇÃO Á MATEMÁTICA

A matéria deve dar-se seguindo o texto, o que facilita o desenvolvimento


de habilidades para a comunicação matemática nas diferentes
linguagens consideradas, isto é, formal, gráfico, numérico e verbal, além
de dar estratégias para a solução de problemas e que inclui exemplificar
e exercitar para a solução simbólica, gráfica e numérica de problemas
com o uso de meios técnicos, este texto constitui um suporte
fundamental da implementação com sucesso deste programa.
Nos esquemas de relacionamentos concetuais podem-se precisar com
os símbolos de implica e equivale o conhecimento da lógica matemática
ao refletir as definições e teoremas através destes relacionamentos,
quais são condições necessárias, suficientes, necessárias e suficientes,
o trabalho com os recíprocos e contra recíprocos, e outros. Assim
mesmo é conveniente ao início da cada tema apresentar esquemas
orientadores generais que localizem ao estudante nos conteúdos que
vão receber e o relacionamento que existe entre eles e as aplicações dos
diferentes temas.

87
INDICAÇÕES METODOLÓGICAS E DE ORGANIZAÇÃO DICIPLINA INTRODUÇÃO Á
MATEMÁTICA (CONTINUAÇÃO)

É necessário trabalhar intensamente, desde primeiro ano, em


eliminar deficiências presentes na formação de muitos dos
nossos estudantes, referimo-nos ao hábito de trabalhar
mecanicamente, a partir de repetir sem muita análise nem
consciência os métodos de trabalho que se utilizaram em
exemplos anteriores, devemos ensinar a pensar.
Resulta importante a utilização dos assistentes matemáticos
(DERIVE ou Matlab) para interpretar conceitos, obter e comparar
resultados, sacar conclusões e resolver problemas reais que à
mão resultariam muito complexos, mas para o que é
imprescindível ter clareza nos conteúdos matemáticos estudados.
É necessário trabalhar para conseguir o domínio dos conceitos, a
paulatina integração dos mesmos, bem como a possibilidade de
modelar e resolver problemas de acordo ao planificado.
88
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO
APRENDIZAGEM

89
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO
APRENDIZAGEM

TIPOS DE AVALIAÇÕES

Frequentes Finais

90
TIPOS DE AVALIAÇÕES

1.- O controlo frequente deve-se efetuar


a final das etapas ou temas.
O controlo frequente é muito
importante pela direção do processo,
sua regulação e retificação, que
permitem detetar a tempo error ou
dificuldades e brindar-lhe uma ajuda
efetiva a estudante no momento
oportuno.

91
TIPOS DE AVALIAÇÕES

2.- O controlo final.


O controlo final, ter fundamentalmente
uma função de qualificação o registro
que permita avaliar a correspondência
entre o nível alcançado na ensino e os
objectivos.

92
Todas avaliações em sua planificação
devem cumprir com os requisitos de:
 Objectivos a medir.
 Pergunta ou exercício.
 Resposta ou Chave.
 Norma para a correcção.

93
Como lograr um número
reduzido de perguntas o
exercícios para as avaliações
dos conteúdos fundamentais
e habilidades requeridas nos
objectivos?

94
 O professor decide quais som os
tópicos mais significativos, e qual deve
ser o peso relativo de cada um deles na
prova, e decide os tipos de exercícios a
formular.
 O controle final supõe a avaliações dos
conhecimentos e as habilidades.
 Os conteúdos a avaliar ter que ser em
relação aos OBJECTIVOS PROPOSTOS.

95
Como fazer a medições do
tempo que deve necessitar o
estudante para a resposta de
uma prova ou exame?

96
PLANO BIBLIOGRÁFICO

97
PLANO BIBLIOGRÁFICO

Faz referencia aos textos básico da


disciplina, assim como os textos
complementares e a literatura
auxiliar mais importante durante o
desenvolvimento da disciplina.

98
TRABALHO EM EQUIPA

99
"SE NÃO TE DIVERTIR
ENSENANDO,
DEDICATE A OUTRA
COISA"

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INSTITUTO SUPERIOR
POLITECNICO KATANGOJI

CURSO DE AGREGAÇÃO
PEDAGÓGICA

5ta EDIÇÃO

Agosto 2018
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