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ATRIBUIÇÕES DO CONCEITO

NEUROEVOLUTIVO BOBATH: um
foco na criança com paralisia
cerebral

PROFª :MANUELA DALTRO


A Paralisia Cerebral (PC) descreve um grupo de desordens do
desenvolvimento do movimento e da postura, causando
limitações nas atividades. São atribuídas a distúrbios não
progressivos que ocorrem no cérebro em desenvolvimento

(Rosenbaum, 2007)
O CONCEITO NEUROEVOLUTIVO BOBATH é uma
abordagem para a solução de problemas, para a avaliação
e para o tratamento de indivíduos com distúrbios da
função, do movimento e do controle postural, devido a
lesões do sistema nervoso central (IBITA,2008)
CONCEITO BOBATH REPETE AS ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA

GERANDO O APRENDIZADO MOTOR

AUTOMATISMO
Conceito Bobath
HIPERTONIA INIBIÇÃO

NORMAL FACILITAÇÃO

HIPOTONIA ESTIMULAÇÃO
Ponto controle

Ponto controle
Ponto controle

Ponto controle

Ponto controle
Pontos controle nos braços e na cintura
escapular proporciona:

*ROTAÇÃO INTERNA: leva à flexão global.

*ROTAÇÃO EXTERNA: leva à extensão global.

*ABDUÇÃO DO POLEGAR com braço em


supinação: facilita a abertura dos dedos.
Pontos controle em pernas e pelve:

*FLEXÃO DAS PERNAS: facilita a abdução,


rotação externa e dorsiflexão.

*ROTAÇÃO EXTERNA com extensão: facilita a


abdução e dorsiflexão.
DESENVOLVIMENTO
NEUROPSICOMOTOR
NORMAL

3 meses - sustento
cefálico e rolar.
4 meses- arrasta.
6 meses- senta sem
apoio.
9 meses- engatinha.
12 meses- andar.

(BOBATH,1995)
COM PARALISIA CEREBRAL
CRIANÇA COM QUADRIPARESIA ESPÁSTICA

Figura: Organização do tônus em cintura escapular


CRIANÇA COM QUADRIPARESIA ESPÁSTICA

Figura: Tapping para inibir flexão do cotovelo


CRIANÇA COM QUADRIPARESIA ESPÁSTICA

Figura: Dissociação de cinturas


CRIANÇA COM DIPARESIA ESPÁSTICA

Figura: Transferência de peso e rotação de tronco


CRIANÇA COM HEMIPARESIA

Figura: Facilitação do sentado de lado para gatas


CRIANÇA COM HEMIPARESIA

Figura:Transferência de peso em membro inferior parético


Saúde, Santa Maria, vol 35, n 1: p 28-33, 2009

INFLUÊNCIA DO CONCEITO NEUROEVOLUTIVO BOBATH NO TÔNUS E FORÇA


MUSCULAR E ATIVIDADES FUNCIONAIS ESTÁTICAS E DINÂMICAS EM
PACIENTES DIPARÉTICOS ESPÁSTICOS APÓS PARALISIACEREBRAL

Lívia Willemann Peres, Aneline Maria Ruedell e Cristina Diamante

RESUMO
O objetivo desta pesquisa foi observar o tônus e a força muscular, juntamente com
atividades funcionais estáticas e dinâmicas após tratamento por meio do Conceito
Neuroevolutivo Bobath, em pacientes diparéticos espásticos devido a Paralisia Cerebral.
Participaram do estudo quatro pacientes diparéticos espásticos com idade entre 6 a 8 anos,
avaliados antes e após o tratamento. Avaliou-se o tônus muscular pela Escala de Ash Worth
modificada e as atividades funcionais estáticas e dinâmicas e a força muscular. A pesquisa
realizou-se na Clínica escola de Fisioterapia da Universidade do Oeste do Paraná, durante
três meses. O tratamento constituiu-se de 25 sessões, duas vezes por semana com duração
de 40 minutos. Houve uma diminuição do tônus e aumento da força muscular em grupos
musculares específicos em todos os pacientes. Ainda verificou-se adequação em algumas
atividades funcionais estáticas e dinâmicas. Conclui-se que o tratamento aplicado nestes
pacientes proporcionou uma diminuição de tônus e aumento de força muscular, e
conseqüente melhora nas atividades funcionais estáticas.
A utilização do conceito neuroevolutivo bobath na paralisia cerebral:
intervenção fisioterapêutica domiciliar
Juliana Olívia pereira Ubaldo, Fabiana de Medeiros

RESUMO:

O propósito dessa pesquisa foi verificar a eficácia da utilização do Conceito Neuroevolutivo


Bobath no tratamento fisioterapêutico domiciliar, nas desordens sensório-motoras
secundárias à paralisia cerebral. Foi realizado um estudo de caso, onde, para tal contou-se
com a amostra de um indivíduo que recebeu intervenção fisioterapêutica domiciliar diária,
durante trinta e uma sessões. Para fins comparativos e evolutivos, foram utilizadas fichas
para avaliação fisioterapêutica, as quais foram aplicadas na primeira sessão e na trigésima
primeira, juntamente com anotações diárias para registro da evolução clínica do paciente,
como também um depoimento dos pais ao final do programa. No processo de análise
qualitativa dos dados, observou-se ao final das sessões uma evolução no desenvolvimento
neuropsicomotor do paciente, principalmente, nos aspectos relacionados ao tônus
muscular, equilíbrio corporal, esquema sensorial, posições adquiridas, controle cervical e
de tronco, bem como maior atenção aos estímulos externos e a participação progressiva da
família.
REFERÊNCIAS

CARR J, SHEPERD R. Reabilitação Neurológica: otimizando o desempenho motor. São Paulo:


Manole,2008, 1ª Ed.

COHEN, H. Neurociência para Fisioterapeutas. São Paulo: Manole, 2001, 2ªEd.

EFFGEN, S.K.. Fisioterapia Pediátrica – Atendendo ás Necessidades das Crianças. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan. 2007.

FINNIE, N R. O Manuseio em Casa da Criança com Paralisia Cerebral. São Paulo: Manole, 2000, 3ª
Edição

GALLAHUE, DL. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e


adultos. São Paulo: Phorte editora, 2005, 3ª Ed.

KISNER, Carolyn; COLBY, Lyann Allen. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. Tradução
Lilia Breternitz Ribeiro. 4. ed. São Paulo: Manole, 2005.

SHEPHERD, Roberta. B. Fisioterapia em pediatria. 3 ed. São Paulo: Santos Livraria e Editora, 1997.

TECKLIN, J.S. Fisioterapia Pediátrica. Porto Alegre: Artmed.. 2002.


“Nós não ensinamos o movimento, nós os
tornamos possíveis...”

Berta Bobath

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