Você está na página 1de 30

ROMANTISMO

Literatura
Profa Carla
“Amar e ser amado! Com que anelo 
Com quanto ardor este adorado sonho 
Acalentei em meu delírio ardente 
Por essas doces noites de desvelo! 
Ser amado por ti, o teu alento 
A bafejar-me a abrasadora frente! 
Em teus olhos mirar meu pensamento, 
Sentir em mim tu’alma, ter só vida 
P’ra tão puro e celeste sentimento 
Ver nossas vidas quais dois mansos rios, 
Juntos, juntos perderem-se no oceano, 
Beijar teus labios em delírio insano 
Nossas almas unidas, nosso alento, 
Confundido também, amante, amado 
Como um anjo feliz... que pensamento!?

Castro Alves
Deixa eu dizer que te amo
Deixa eu pensar em você
Isso me acalma, me acolhe a alma
Isso me ajuda a viver
Hoje contei pras paredes
Coisas do meu coração
Passeei no tempo, caminhei nas horas
Mais do que passo a paixão
É o espelho sem razão
Quer amor, fique aqui Meu peito agora dispara
Vivo em constante alegria
É o amor que está aqui
Amor, I love you
Amor, I love you
Amor, I love you
Amor, I love you
Amor, I love you
Amor, I love you
Amor, I love you
Amor, I love you
ROMANTISMO
 Revolução Francesa (1789-1799) – poder da
burguesia – liberdade, igualdade e fraternidade.
 Revolução Industrial (XVIII –XIX) – mudança no
estilo de vida – proletariado.
 1º manifestação artística do mundo BURGUÊS
Efeitos para a Literatura

• Declaração de Direitos do Homem e do


Cidadão (liberdade de expressão).

• Novo público leitor (amplo e diversificado).

• Escritores livres do regime de mecenato.

• Livros vendidos em escala industrial.


O Romantismo foi a primeira escola a romper com a
estética clássica.
Era Medieval Era Clássica Romantismo
Trovadoris Humanis Classicismo Barroco Arcadismo
mo mo

O Homem com Luva - Ticiano O Desesperado - Coubert


Romanti
smo
Quadro Contrastivo do perfil do herói
Literaturas Clássica e Romântica.

Estética Clássica Estética Romântica

Classe dominante: nobreza Classe dominante: burguesia


As obras clássicas são povoa-das As obras românticas são habi-tadas
por deuses e nobres. Os heróis por mortais comuns. São jovens de
clássicos, geralmente, pertencem a classe média ou popular, que amam,
um mundo bem diferente do odeiam, lutam para subir na vida.
cotidiano.
Apoteose do Sentimento – Ímpeto, tempestade e
liberdade
A jangada da medusa – Théodore Géricault
ROMANTISMO NA ALEMANHA
• Goethe assinala o início da fase romântica na
Alemanha com a publicação de Os
sofrimentos do jovem Werther
A Literatura torna-se uma ponte para um
(1774).
mundo estranho, misterioso e invisível.
Werther transforma-se numa espécie de
paradigma de herói romântico, um jovem
apaixonado que se suicida diante de um amor
não correspondido.
LORD BYRON
O poeta inglês LORD BYRON influenciou os jovens
poetas românticos com pessimismo, melancolia e
mistério, lançando o byronismo, tendência romântica
que popularizou-se como o “mal do século” ou
ultrarromantismo.
PRODUÇÃO LITERÁRIA ROMÂNTICA

• Poesia: o eu lírico volta-se para si mesmo,


buscando retratar com profundidade seu
mundo interior
• Prosa: idealização do herói romântico
Características
• Subjetivismo: tratar dos assuntos de forma
pessoal (sentimento; realidade tratada
parcialmente). Ex: Gonçalves de Dias não
fala da escravidão, nem e outros problemas
da época

• Idealização: idealiza temas pela fantasia e


imaginação
• Sentimentalismo: (emoção)
• Egocentrismo: voltado para o próprio eu;
narcisismo
• Medievalismo: índio – passado medieval
• Religiosidade: reação ao racionalismo
materialista, mais comum entre os
primeiros românticos; cristianismo; vida
espiritual – válvula de escape.
• Idealização da mulher (virgem/sensual)

• Gosto pela noite


• Escapismo (sonho, pesadelo, passado, morte)

Eu deixo a vida como deixa o tédio


Do deserto o poento caminheiro
-Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro.
....................................................................
• Valorização da natureza.
LOCUS HORRENDUS
O EU ROMÂNTICO: O TEMPO E O
ESPAÇO

• A natureza romântica é EXPRESSIVA. Ao


contrário da natureza árcade, DECORATIVA.
Ela significa e revela. Prefere-se a noite ao dia,
pois à luz crua do sol impõe-se ao indivíduo,
mas é na treva que latejam as forças
inconscientes da alma: o sonho, a
imaginação.”
• Mal-do-século = Insatisfação com os
mecanismos da vida = tédio & melancolia =
obsessiva atração pela morte = solução para
os males da existência.
• Quanto à forma:

 Vocabulário e sintaxe mais simples;


 Métricas populares;
 Liberdade formal;
 Descrição minuciosa, comparação, metáfora;
O início da fase  romântica  na literatura
portuguesa  ocorreu com a publicação do poema
narrativo “Camões”, do autor Almeida Garret, em
1825.
 Primeira geração romântica portuguesa 

- Sobrevivência de características neoclássicas.


 
- Nacionalismo 

- Historicismo, medievalismo
ALMEIDA GARRET

Almeida Garrett: um dos mais

importantes representantes do
Romantismo português.

Nasceu na cidade do Porto (Portugal) em


1799 e morreu em 1854, na cidade de Lisboa. Seus
romances possuíam um forte caráter dramático.
Participou também da política, escrevendo
sobre este tema. Produziu textos históricos, críticos e
diplomáticos.
SEUS OLHOS

Seus olhos – se eu sei pintar  


O que os meus olhos cegou –  
Não tinham luz de brilhar,  
Era chama de queimar;  
E o fogo que a ateou  
Vivaz, eterno, divino,  
Como facho do Destino. 
ALEXANDRE HERCULANO
Herculano foi o responsável

pela introdução e pelo


desenvolvimento da narrativa
histórica em Portugal.

Alexandre Herculano - Nasceu na cidade de Lisboa


em 1810 e morreu em 1877, na cidade de Val-de-
lobos. Homem de lúcida visão crítica e participante
ativo das lutas políticas de seu tempo , destaca-se
principalmente como historiador , tendo escrito
História de Portugal e da origem e estabelecimento da
Inquisição em Portugal .
 Segunda geração romântica portuguesa 
-Mal do século 
- Excessos do subjetivismo e do emocionalismo
românticos. 
- Irracionalismo 
- Escapismo, fantasia 
- Pessimismo 
Terceira geração romântica portuguesa
- Diluição das características românticas. 
- Pré-realismo
Camilo Castelo Branco

Consagrado como o melhor


representante do
Ultrarromantismo.

Camilo Castelo Branco nasceu na cidade de Lisboa


em 1825 e morreu em 1890 na cidade de São Miguel
de Seide. Teve uma vida que pode ser confundida
com uma de suas próprias novelas, ou seja, uma vida
dramática e tão cheia de atribulações que chega a
espelhar as histórias que escreveu. 
AMOR DE PERDIÇÃO – principal
obra de Camilo Castelo Branco

Você também pode gostar