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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE-UFCG

CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS-CTRN


UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA CIVIL-UAEC
ÁREA DE ESTRUTURAS
DISCIPLINA: CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIO
PROFESSOR: MILTON BEZERRA DAS CHAGAS FILHO

TINTAS, VERNIZES, LACAS


E ESMALTES
Resumo e Exercícios do capítulo 22
Materiais de Construção –L.A. Falcão Bauer 5ª edição

Aluno: Zacarias Caetano Vieira


Campina Grande, Outubro de 2008
1.0 - INTRODUÇÃO
 Através da aplicação de tintas, vernizes, lacas e esmaltes,
obtém-se uma película que impede a ação dos agentes de
destruição ou corrosão, caracterizando-se como a
maneira mais fácil de combater a deterioração dos mais
diversos materiais e proteger suas superfícies.
2.0 - TINTAS
 2.1 – Generalidades
As tintas são constituídas essencialmente de uma
suspensão de partículas opacas (pigmentos) em veículo
fluído. A principal função das partículas é cobrir e
decorar a superfície; a do veículo, aglutinar as partículas
e formar a película de proteção.
2.0 - TINTAS
 2.2 – Classificação das Tintas
Atualmente, os produtos do comércio diferem tanto
entre si, que escapam às limitações de qualquer
classificação. A subdivisão que apresentaremos
posteriormente é estritamente didática.
2.0 - TINTAS
 2.3 – Tintas a Óleo
São tintas compostas de: veículos (servem para
aglutinar as partículas de pigmentos, neste caso, são
óleos), solventes (tornam a tinta mais fluida), secantes
(catalisadores do processo de secagem), pigmentos(dão
cor e opacidade à pelicula), pigmentos reforçadores e
cargas ( que melhoram as propriedades das tintas).
2.0 - TINTAS
 2.4 – Tintas Plásticas Emulsionáveis
São aquelas em que uma resina não solúvel em
água ou uma solução de tais resinas em solventes é
convertida em uma emulsão na qual a água é a fase de
dispersão ou fase contínua.
2.0 - TINTAS
 2.5 – Tintas para Caiação
São bastante conhecidas e muito econômicas, tendo
como principal componente a cal extinta. As tintas à base
de cal extinta há se encontram prontas no comércio,
necessitando somente a adição de água na quantidade
especificada pelo fabricante.
2.0 - TINTAS
 2.6 – Tintas Especiais
São tintas que atendem a finalidades especificas,
tais como as resistentes ao calor, retardadoras de
combustão, indicadoras de temperatura, luminescentes,
fungicidas, inibidoras de crescimentos de ostras e
mariscos nos cascos de navios, etc.
3.0 – VERNIZES, LACAS E ESMALTES
 3.1 – Vernizes
São soluções de gomas ou resinas, naturais ou
sintéticas, em um veículo(óleo secativo, solvente
volátil), soluções estas que são convertidas em um
película útil transparente ou translúcida, após a aplicação
em camadas finas.
3.0 – VERNIZES, LACAS E ESMALTES
 3.2 - Lacas:
São compostas de um veículo volátil, uma resina
sintética, um plastificante, “cargas” e, ocasionalmente,
um corante.
 3.3 – Esmaltes

São obtidos adicionando-se pigmentos aos vernizes ou às


lacas, resultando daí uma verdadeira tinta caracterizada
pela capacidade de formar um filme excepcionalmente
liso.
4.0 – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE
 4.1 – Introdução
Cada superfície exige um preparo especial, que
depende do estado em que ela se encontra e do material
de que é constituída. A má qualidade da primeira demão
ocasiona reduz a duração da tinta; e para se assegurar
uma boa cobertura final, deve-se aplicar uma película
intermediária que adira ao material e produza uma boa
base para o revestimento final.
4.0 – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE
 4.2 – Paredes com Reboco
Devem ser limpas, secas e isentas de substâncias
que possuam incompatibilidade físico-química com os
componentes da tinta. Aplicam-se posteriormente as
seguintes demãos: selador, emassado e aparelhamento.
4.0 – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE
 4.3 – Madeira
Para as madeiras, segue-se a mesma sequência das
paredes em reboco, valendo salientar que as madeiras
naturais contêm um grande número de substâncias que
podem interferir na secagem das tintas.
4.0 – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE
 4.4 – Metais
Após efetuarmos a limpeza da peça, devemos
então, aplicarmos as seguintes demãos: fundo antióxido
de ancoragem, selador, emassado e fundo mate.
5.0 – MÉTODOS DE APLICAÇÃO
 5.1 – Introdução
A industria oferece uma grande quantidade de
métodos para a aplicação de tintas, mesmo assim, os
métodos mais utilizados ainda são, aplicação a pincel ou
a revólver operados manualmente.
5.0 – MÉTODOS DE APLICAÇÃO
 5.2 – Aplicação a Pincel e Rolo Manual
É um método lento e portanto não usualmente
empregado em linhas de produção. É o único método
possível de se usar em grandes estruturas (pontes, torres,
etc) por não envolver equipamentos pesados. Uma boa
aplicação com pincel deve: espalhar-se com pequeno
esforço e permanecer fluida até as marcas do pincel
desaparecerem e a tinta não escorrer.
5.0 – MÉTODOS DE APLICAÇÃO
 5.3 – Nebulização a Ar Comprimido
É a forma comum de nebulizar e consiste em
introduzir a tinta num fluxo rápido de ar por meio de um
sistema de orifícios adequado, subdividindo-a em
minúsculas gotas. Este método de aplicação é mais
rápido que a pincel, o equipamento é barato e os custos
de aplicação, razoavelmente baixos.
5.0 – MÉTODOS DE APLICAÇÃO
 5.4 – Nebulização sem Ar
Neste processo, uma bomba de alta pressão força a
tinta através de um bocal bastante estreito. Este processo
fornece um cone pulverizado de abertura menor e,
consequentemente, necessita de menos ventilação.
5.0 – MÉTODOS DE APLICAÇÃO
 5.5 – Imersão
Consiste em imergir o artigo na tinta, retira-lo e
esperar que o excesso de tinta dele escoe. As vantagens
apresentadas pelo processo são a simplicidade e a
facilidade de automatização. A vantagem específica do
processo de imersão é a possibilidade de recobrir
superfícies internas de concavidade.
5.0 – MÉTODOS DE APLICAÇÃO
 5.6 – Aplicação por Jorro
É bastante relacionado ao de imersão, mas elimina
o grande tanque de tinta. Esta é bombeada de um
reservatório, para uma série de canos perfurados,
dispostos de tal maneira a “lavar” uniformemente os
artigos presos por articulações a um transportador. O
excesso de tinta é coletado e recirculado.
5.0 – MÉTODOS DE APLICAÇÃO
 5.7 – Aplicação por Rolos
Este processo está intimamente ligado ao de
impressão. O processo pode ser automatizado, mas só
pode ser utilizado em chapas planas. Ao contrário dos
processos de imersão e jorro, ele pode fornecer
acabamento de alta qualidade.
5.0 – MÉTODOS DE APLICAÇÃO
 5.8 – Aplicação por “Cortina”
O processo foi desenvolvido quase que
exclusivamente para a aplicação de tintas à base de
poliésteres insaturados. Na prática não é fácil formar
uma cortina continua de tinta. O processo exige um
mecanismo de ajuste de fenda bastante preciso, bombas
de alta capacidade e um filtro muito eficiente.
6.0 – MÉTODOS DE ENSAIO
 6.1 – Estabilidade de Armazenagem
 6.2 – Estabilidade à Aeração

 6.3 – Propriedades de Aplicação

 6.4 – Tempo de Secagem

 6.5 – Dureza

 6.6 – Adesividade.
EXERCÍCIOS
 1 – Dar o conceito de tintas.
São produtos utilizados para proteger materiais,
constituídos basicamente de uma suspensão de partículas
opacas (pigmentos) em veículo fluido. As partículas têm
a função principal de cobrir e decorar a superfície,
enquanto o veículo tem a função de aglutinar as
partículas e formar a película de proteção.
EXERCÍCIOS
 2 – Classificar os tipos de tinta com base na origem dos
pigmentos.
Tintas a Óleo, Tintas Plásticas
Emulsionáveis, Tintas para Caiação e Tintas Especiais.
EXERCÍCIOS
 3 – O que são tintas tixotrópicas?
São tintas que apresentam a propriedade chamada
de tixotropia; ou seja, estando em estado gelificado
podem ser reconvertidas à forma fluída por agitação
mecânica, deixadas em repouso retornam a sua forma de
gel.
EXERCÍCIOS
 4 – Dar o conceito de tintas plásticas emulsionáveis.
Tintas Plásticas Emulsionáveis são aquelas em que
uma resina não solúvel em água ou solução de tais
resinas em solventes é convertida em uma emulsão na
qual a água é a fase de dispersão ou fase contínua.
EXERCÍCIOS
 5 – Citar os cuidados necessários para a execução de
uma boa pintura em paredes de reboco, e em metais.
As paredes devem ser limpas e secas, e
posteriormente deve ser observado se a parede possui
substâncias incompatíveis físico-quimicamente com os
componentes da tinta, para evitar prejuízos as
propriedades que são requeridas para o caso em questão.
No caso dos metais deve-se inicialmente proceder a
limpeza da peça, ou tratamento fosfatizante ou
passivante, para em seguida aplicar as respectivas
demãos.
EXERCÍCIOS
 6 – Quais os principais métodos de aplicação de tintas e
os respectivos cuidados na aplicação a serem tomados?
*Aplicação a Pincel e Rolo Manual – deve-se ter o
cuidado de não deixar a película endurecer antes do
término da operação adicionando-se solventes de ponto
de ebulição elevado.
*Nebulização a Ar Comprimido – deve-se ter o
cuidado de evitar a formação de crateras na película
utilizando “solventes rápidos” e baixa viscosidade na
nebulização.
* Nebulização sem Ar – usa-se uma mistura de solventes
similar à empregada no processo convencional de
nebulização.
* Imersão – evita-se a formação de bolhas na película
final ajustando-se a viscosidade da tinta e a volatilidade dos
solventes.
*Aplicação por Jorro – controla-se a concentração de
vapores do solvente para fornecer uma adequada velocidade
de assentamento da película.
*Aplicação por Rolos – realiza-se uma secagem final em
estufa para atender à velocidade do processo e fornecer
películas com as propriedades requeridas.
* Aplicação por “Cortina” – deve- se formar a
cortina contínua de tinta, através de um mecanismo de
ajuste de fenda bastante preciso, bombas de alta
capacidade e um filtro muito eficiente.
EXERCÍCIOS
 7 – Defina aditivo
São substâncias que, adicionadas às tintas,
proporcionam características especiais às mesmas ou
melhorias nas suas propriedades. Existe uma variedade
enorme de aditivos usados na indústria de tintas e
vernizes:secantes, anti-sedimentares, niveladores,
antipele, antiespumante,tec.
EXERCÍCIOS
 8 – Quais as características que uma tinta deve
apresentar para ser considerada boa para ser aplicada a
pincel?
Essa tinta deve espalhar-se com pequeno esforço e
deve permanecer fluida o tempo suficiente para que as
marcas do pincel desapareçam e a tinta não escorra.
EXERCÍCIOS
 9 – Quais são os dois tipos principais de vernizes?
a) vernizes à base de óleo: são os que contêm uma
resina e óleo secativo como componentes básicos de
formação da película , sendo transformados em película
útil principalmente por reações químicas;
b) vernizes à base de solventes os que são
convertidos em película útil principalmente pela
evaporação do solvente.
EXERCÍCIOS
 10 – Quais os ensaios principais para se avaliar as
propriedades das tintas, vernizes, lacas e esmaltes, bem
como suas películas aplicadas?
Estabilidade de Armazenagem
Estabilidade à Aeração
Propriedades de Aplicação
Tempo de Secagem
Dureza
Adesividade.

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