José Maria Eça de Queirós foi um escritor português do século XIX conhecido por seu estilo realista. Sua obra literária apresenta três fases distintas, começando com influências românticas e evoluindo para o realismo e naturalismo, abordando questões sociais da época. Seu último período se volta para o realismo fantasista, com maior ênfase na imaginação. O conto A Relíquia mistura elementos religiosos e profanos de forma irônica para criticar a hipocrisia.
José Maria Eça de Queirós foi um escritor português do século XIX conhecido por seu estilo realista. Sua obra literária apresenta três fases distintas, começando com influências românticas e evoluindo para o realismo e naturalismo, abordando questões sociais da época. Seu último período se volta para o realismo fantasista, com maior ênfase na imaginação. O conto A Relíquia mistura elementos religiosos e profanos de forma irônica para criticar a hipocrisia.
José Maria Eça de Queirós foi um escritor português do século XIX conhecido por seu estilo realista. Sua obra literária apresenta três fases distintas, começando com influências românticas e evoluindo para o realismo e naturalismo, abordando questões sociais da época. Seu último período se volta para o realismo fantasista, com maior ênfase na imaginação. O conto A Relíquia mistura elementos religiosos e profanos de forma irônica para criticar a hipocrisia.
frequentemente e pela mesma razão”. Eça de Queiroz Realismo em Portugal CONTEXTO: Revolução Liberal do Porto (1820) e Guerra Civil ( 1828-1834) - Liberalismo • 1865 – Questão Coimbrã: disputa, na Universidade de Coimbra, entre os “novos” escritores realistas, liderados pelo poeta Antero de Quental, e os “velhos” escritores românticos. Antero escreve o artigo “Bom senso e bom gosto”, atacando a estética romântica. • 1871 – Conferências Democráticas do Cassino de Lisboa – série de polêmicas palestras para a divulgação das propostas da nova escola/estilo. • 1875 – publicação da primeira versão do romance O crime do Pe. Amaro, de Eça de Queirós. Eça de Queirós (1845-1900)
Sua obra literária apresenta 3
fases: 1ª - Pré-realista/romântica: influências do Romantismo – O mistério da estrada de Sintra (narrativa policial) 2ª - Realismo-Naturalismo: estudo da sociedade O crime do Padre Amaro (Igreja – celibato): Pe. Amaro e Amélia. O primo Basílio (educação burguesa – adultério): Jorge e Luísa, Basílio, Juliana, d. Conceição, Conselheiro Acácio (“acaciano”), Julião. Os Maias (nobreza/elite – incesto e decadência): Carlos da Maia e Maria Eduarda. • 3ª - Realismo fantasista: distanciamento em relação ao Naturalismo, que não desaparece de todo, por uma maior valorização da imaginação fantasiosa e do estilo lírico impressionista (prosa poética), bem como por uma valorização das tradições rurais/aristocráticas lusitanas. A relíquia (hipocrisia religiosa -humor): Raposão e sua “Tite”. A correspondência de Fradique Mendes, A cidade e as serras, A ilustre Casa de Ramires, Últimas páginas:Vidas de Santos. Características da prosa queirosiana • Cenas “grotescas” com linguagem “polida” • Conteúdo “dolorido” e forma “sofisticada” • Ironia fina; • Descritivismo e detalhismo; • Realismo/Naturalismo. • A crítica literária costuma identificar três fases distintas na obra de Eça de Queirós . A relíquia (1887) • Epígrafe: “Sob a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia”. • Proposta estética: escapar dos rigores do modelo realista-naturalista. • Primeira publicação: folhetins do jornal Gazeta de Notícias (Rio de Janeiro), em 1887. • Aspectos do enredo • Relíquia religiosa (falsa): coroa de espinhos. • Relíquia profana (verdadeira): camisola de Mary. • Mistura religiosidade/transgressão. • Primeira moral: “inutilidade da hipocrisia” (sem pudor da verdade). • Segunda moral: “descarado heroísmo de afirmar” (mentir sem pudor). Experiência mística • Teodorico, homem do século XIX, assiste à crucificação de Cristo, no século I. • Esforço de superação das limitações do Realismo. • Versão da morte de Cristo: falsa ressurreição. • Religião: invenção dos homens. Narrador • 1ª pessoa: Teodorico Raposo, o Raposão. • Narrativa memorialística. • Aparência: comportamento piedoso. • Essência: sensual e luxurioso. Personagens • Dona Patrocínio das Neves (Titi): tia de Teodorico, mulher rica e beata. • Círculo de influência da Titi: – Padre Casimiro: alegre. – Padre Pinheiro: melancólico. – Padre Negrão: bajulador. – Dr. Margaride: juiz aposentado. – Justino: tabelião. • Círculo de amizades de Teodorico: – Xavier: primo desprezado pela tia. – Topsius: arqueólogo que o acompanha na viagem. – Alpedrinha: figuração paródica do heroísmo português. – Paulo Pote: guia em Jerusalém. – Crispim: colega de infância, que se torna cunhado. • As mulheres de Teodorico: – Vicência: sonhos infantis. – Adélia: amante lisboeta. – Miss Mary: amante inglesa em Alexandria. – Jesuína: esposa rica. Tempo e espaço • Confusão temporal: mistura século XIX (realidade) × século I (experiência mística). • Lisboa: espaço de religiosidade e de pecado. • Peregrinação à Terra Santa. • Aspectos formais • Mistura registro elevado/registro baixo. • – Registro elevado: referências religiosas. • – Registro baixo: referências vulgares, insinuações eróticas.